28 de nov. de 2019

26 de nov. de 2019

Anime Oldschool: "Detonator Orgun"


Na extinta rede Manchete, em meados da década de 90, foi exibido um dos meus desenhos japonses de ficção científica favoritos: "Detonator Orgun", de 1991. Dirigido por Masami Obari, "Detonator Orgun" foi uma série de de 3 episódios lançados diretamente para vídeo (o chamado OVA).


A trama gira em torno de Tomoro Shindo, um jovem fora de sincronia com seu tempo e fascinado pelo passado, em especial pelo século XX. A inadaptação de Shindo ao mundo ao seu redor é tão grande a ponto dele usar um modelo de jaqueta da 2ª Guerra Mundial, motivo de críticas por parte de seu melhor amigo.

Indiferente ao fato de estar no final de seus estudos e das possibilidades até promissoras que tem a sua disposição, o distante e frio Shindo passa a maior parte de seu tempo livre assistindo filmes antigos em cinemas quase vazios ou jogando uma espécie de videogame chamado psych-sim (uma espécie de capacete que faz com que o jogador,"sonhe" o jogo, sendo ele o protagonista). Provavelm,ente essa seria sua rotina para o resto da vida, porém...

Os sonhos- jogo de Shindo começam a sofrer estranhas interferências. Algo que a princípio ele não sabe precisar o que é o alerta de forma insistente para uma grande ameaça que se aproxima da Terra, e o incentiva a se preparar para a luta.Paralelamente a isso, uma jovem pesquisadora, Michi, e seu super-computador I- Zack, dotado de uma avançada inteligência artifical capaz de interagir normalmente com seres humanos, buscam compreender o que seria uma estranha armadura recém- descoberta, aparentemente vinda do espaço.

As respostas vão ser conseguidas da pior forma possível. A queda de um meteoro no mar revela-se muito mais que isso, sendo na verdade o início da invasão da Terra porseres vestindo poderosas armaduras robóticas, os Evoluders. A armadura estudada pela pesquisadora Michi desperta, e parte ao encontro de Shindo, o único capaz de usá-la.Após uma batalha inicial contra um par d einvasores, algumas coisas ficam mais claras: a armadura não é apenas uma arma. Ela possui sua própria consciência e identifica-se pelo nome de Orgun. A partir daí Shindo e Michi vão se envolver em uma batalha de grandes proporções, onde muitas coisas serão reveladas, como qual a ligação entre Shindo e Orgun e a origem dos Evoluders.


"Detonator Orgun" é sem dúvida um dos meus animes favoritos. Recomendo a todos que gostem de ficção científica e/ou animes "old school".

P.S: Originalmente postado no blog Dotaku em 23/04/2011.

24 de nov. de 2019

Karnov, ilustre esquecido


Hoje em dia Karnov anda sumido, mas ele já foi um personagem de relativa fama. Sua primeira aparição no mundo dos jogos foi no jogo "Karnov" de 1987, lançado para arcade e para o NES pela extinta Data East. Karnov passou a ser o mascote da empresa, aparecendo em alguns outros jogos: foi o primeiro chefão do jogo "Bad Dudes vs Dragon Ninja" (de 1988, um cult-trash da época); apareceu na série "Fighter´s Story" do Neo Geo (inclusive o segundo jogo da franquia trazia o subtítulo "Karnov's Revenge") e ainda por cima fez algumas pontas no peculiar "Trio The Punch: Never Forget Me", além de mais algumas participações espalhadas em outros jogos.
Karnov contudo não conseguiu acompanhar a evolução dos consoles e não "migrou" para os jogos das gerações seguintes, ainda mais depois da falência da Data East em 2003, somando-se a lista de personagens a cair na obscuridade.

23 de nov. de 2019

O jogo "Valis" de NES e seu fantástico comercial para TV


Quem jogava NES ou Mega Drive, ou gostava de perambular pela lista de ROMs desses videogames, pode ter esbarrado em algum momento com um jogo chamado "Valis" ("Mugen Senshi Valis", originalmente), um jogo de aventura com um dos enredos e uma das histórias mais legais da época. Para quem gosta de histórias envolvendo "Magic Girls" de repente vale a pena conferir essa série de jogos, bem famosa no Japão na década de 90, um pouco menos no ocidente na mesma época e meio esquecida hoje.

Os jogos, como um todo, contam a história da colegial Yuko Asou, que acaba se tornando a guardiã de três mundos diferentes: a Terra, seu lar; A Terra dos Espíritos e Vecanti, a Terra dos Sonhos. 

Quando a fonte de força de Vecanti é extinguida pelo senhor da guerra Vogles, os habitantes da terra dos sonhos lançam um chamado por uma alma brava e nobre, capaz de ajudá-los. Yuko atende o chamado e empunhando a espada mística Valis (daí o nome do jogo... meio óbvio, não?), parte para o combate contra Vogles e suas forças, sem saber que acabaria tendo que enfrentar uma ameaça inesperada: sua melhor amiga, dominada pelo senhor da guerra.

Eu, particularmente, gosto bastante dessa franquia, em especial dos jogos do Mega Drive, mas gosto até da versão de NES do primeiro jogo da série, que muita gete a época torceu o nariz!


Aliás, falando de "Valis: The Fantasm Soldier", tem um detalhe muito legal: o comercial desse jogo no Japão era um animê em miniatura, onde a história era contada em pouco mais de 3 minutos! animação é fantástica, em um estilo o qual não é mais feito hoje em dia:


Pena que ficou apenas no comercial mesmo... esse estilo de animação deixou saudades...

16 de nov. de 2019

(Mais) Cinco jogos oldschool com mundo aberto

"Ah, você fala que vai escrever uma continuação em breve e depois nunca mais volta ao assunto, ou demora meses para escrever... já vi que com os jogos de mundo aberto antigos vai ser a mesma coisa".
Ok... Ok... Continuando de onde paramos ontem... mais cinco jogos antigos com mundo aberto!

#6- River City Ransom (NES)


BARF!
Um dos beat'em ups mais criativos de sua geração, originalmente "River City Ransom" era um jogo da franquia do Kunio-Kun, na época totalmente desconhecida aqui nesse lado do globo terrestre, adaptada para se adequar mais ao público ocidental.
Além da tradicional pancadaria pelo meio das ruas, "River City Ransom" oferecia uma cidade que realmente tinha cara de cidade, com diversas lojas e restaurantes onde seu persoagem podia recuperar as forças, melhorar seus atributos e aprender novas técnicas, além de se poder ir e vir pelos cenários de forma não linear. Vale ainda dizer que, se tratando de um jogo de 8 bis, os caras conseguiram tirar leite de pedra e criar um mundo (ou melhor, cidade) consideravelmente grande para os padrões da época.
Aliás, sou um grande fã desse jogo e recomendo a todos jogá-lo. Não desista logo de cara devido a jogabilidade meio dura e esquita. Vai valer a pena.

#2- Shadowrun (Mega Drive)


Baseado no jogo da F.A.S.A, "Shadowrun" foi um dos melhores, mais diferentes e mais criativos RPGs do Mega Drive.
Todo passado em um futuro distópico que mistura cyberpunk com criaturas de RPG de fantasia com orcs, elfos e anões, a versão do jogo do Mega segue a busca de um runner (mistura de aventureiro com mercenário) por seu irmão desaparecido e que o leva a se enrolar em uma trama muito mais complexa e perigosa do que ele imaginava.
O jogo é daqueles que o mundo vai se expandido aos poucos, cada vez com mais áreas passíveis de serem acessadas, mas com o diferencial de que você sempre pode chamar um táxi (sim, chamar um táxi... não tem uber em futuro distópico) e voltar para alguma outra área já visitada, seja por alguma razão referente à campanha/ história do jogo, seja por motivo nenhum além de ganhar uns trocados em trabalhos mais fáceis.
E o jogo ainda tem outra camada de realidade, pois também pode-se acessar o mundo virtual e até lutar nesse mundo paralelo, dando ainda mais variedade de  cenário ao título.

#3- Shadowrun (SNES)


A versão de SNES de "Shadowrun" tem uma história complatamente daquela do Mega, além de diversas outras diferenças em termos de gráficos, mecânicas e tudo mais, mas manteve as perambulações não lineares por um mundo cyberpunk caótico.
Aqui a história segue os passos de um sujeito que acordou sem memória em um hospital e agora procura saber quem é e o que aconteceu, apenas para descorir que foi algo bem maior do que só cair e bater a cabeça ao sair da banheira de casa.
Ambos os jogos são bons, mas eu particularmente, gosto muito mais da versão do Mega.

#4- Fallout (PC)


Já que estamos falado de futuros não muito agradáveis, como esquecer o clássico "Fallout"? Aqui perambula-se por um mudo pós-apocalipse nuclear à cata de um chip capaz de fazer o computador que recicla ar e água de seu abrigo voltar a funcionar e assim salvar sua comunidade.
"Fallout" foi o inicio de uma das mais famosas franquias de ficção científica e apesar de ser um jogo de 1997 seu mundo rico e detalhado, cheio de NPCs variados, ainda impressiona.

#5- Wasteland (PC)


E já que estávamos falando de "Fallout", sabia que esse jogo é considerado um sucessor espiritual de outro jogo passado em um futuro pós-apocalíptico nuclear de 1988, "Wasteland"?
Obviamente os gráficos do jogo são muito (realmente muito) datados, mas o jogo merece muito mérito por ter sido um dos primeiros onde as decições do jogador realmente importam e causam mudanças permanentes no mundo, sendo um dos primeiros jogos apresentar a caracterítica de persistent world (isto é, grava como um local ficou após o jogador sair e se encontra dessa forma ao jogador retornar).
A história é bem clássica, onde um grupo de Desert Rangers (remanescentes do exército norte-americano) de uma base no meio do nada radioativo são designados para investigar uma série de distúrbios que andam ocorrendo na região e o que está por trás deles.
Por fim, sendo bem sincero, "Wasteland"é um jogo que merece ter seus méritos reconhecidos mas os anos cobraram um preço pesado e tem um estilo de jogo pesado e datado. É um título só recomendável para um retrogamer hardcore.

Menção Honrosa: "The Elder Scrolls: Arena"


Se "The Elder Scrolls: Morrowind" foi o jogo que definiu as bases para os atuais mundos de jogo aberto, não teria existido um "Morrowind" se não tivesse tido um "Arena" em 1994.
"Arena" tinha muita coisa nova para um jogo ainda da primeira metade dos anos 90, como a combinação de cenários gerados procedualmente com outros pré- definidos em um mudo (para a época) enorme e ciclos de dia e noite com lojas que fecham e tudo mais.
O jogo tem uma campanha definida, onde se deve achar as dezessete partes perdidas de um cajado mágico em dezessete dungeons específicas, mas também tem muitas sidequests e aventuras opcionais, que você faz apenas se quiser. 
O jogo tem pontos bem datados, como seu estilo de combate esquisito, mas "The Elder Scrolls: Arena" é um clássico que merece ser conhecido por todos os fãs do estilo "Mundo Aberto"!

Bom, agora sim termiamos a lista e...
"E os reviews? Voltam quando?"
Em breve... já falei, caramba... em breve...

15 de nov. de 2019

Cinco jogos oldschool com mundo aberto

Embora sejam uma tendência amplamente difundida no cenário gamer atual, jogos de mundo aberto não são uma novidade tão grande assim e, obviamente em quantidade muito inferior ao que se encotra hoje em dia, já tinham marcado presença as épocas de menos bits.
Hoje ós do OSD separamos cinco jogos antigos de mundo aberto para você cohecer e ver que explorar é uma das coisas mais velhas o mundo dos videogames.

Ah, sim... galera, já deixo avisado que, antes que apareça algum jogador cujo primeiro videogame foi um Playstation 3 dizendo "aaaahhhhh, esses jogos não devem ser considerados mundo aberto....blábláblá... o mapa é muito pequeno...blábláblá... não tem muita liberdade de opções... blábláblá... não é igual "Red Dead Redemption 2" então não é mundo aberto...blábláblá" que é óbvio que esses jogos não tinham a capacidade técnica para terem tudo os que os de hoje tem... alguns desses jogos são 8 bits, caramba! É uma questão conceitual!
OK, dito isso, vamos lá...

#1- Harvest Moon (SNES)



O jogo que deu origem à franquia! Quase todas as características mais marcantes já estavam lá, em uma arte pixelada 2D simplesmente linda. Plante, colha, venda, case e, acima de tudo, explore! 
É claro que a quantidade de localidades nem se compara à de jogos posteriores, mas, ainda assim, tem exploração e segredos em "Harvest Moon" suficientes para te entreter por horas! Bosque, cidade e até um piscina natural nas montanhas... tem tudo isso lá, e mais um pouco.

#2- Jaws (NES)


OK... o jogo é meio sem pé em cabeça, lembrando pouco o filme, o mapa do mundo é minúsculo e a fama de jogo ruim não é lá tão imerecida, mas... ainda assim... cara, pode parecer inacreditável, mas "Jaws" foi um título muito jogado lá na rua em que eu morava pelos idos de 1992! A grande novidade, que prendia a nossa atenção, era a liberdade que, mesmo o mapa sendo tão pequeno, nós tínhamos esse jogo! 
Enquato em todos os outros que jogamos a época em geral tinhamos que ir do ponto A (começo) ao ponto  (fim) de uma fase e então começar outra (geralmente após uma briga com chefão), em "Jaws" tínhamos um mapa inteiro (pequeno, eu sei) para ir onde quiséssemos; dois portos (sim, só DOIS) diferentes para trocar conchas por up grades (não faz o menor sentido, eu sei também); tínhamos que achar o minisubmarino escondido pelo oceano e o momento de mergulhar era totalmente aleatório.
O jogo pode ser fraco, mas para uma molecada que nunca tinha jogado nada parecido, foi algo bem surpreendente e uma experiência de jogo bem diferente!


#3- Freelancer (PC)


Prioritariametne um jogo de combate de naves espaciais, mas com um universo bem grande, ainda mais quando se lembra que o jogo é de 2003! A história é bem legal, mesmo que um pouco clichê em alguns momentos e, se você seguir a campanha, não existem ramificações... a história (e as cutscenes) não tem variantes, sendo apenas um caminho de mão única para o jogador.
Por outro lado... você pode mansar a campanha às favas a (quase) qualquer momento e aloprar simplesmente vagando por todos o cenário aberto (o qual se for mais para perto do fim do jogo é bem grande) fazendo o que te der na telha... comercializando, pegando missões como um mercenário, atacando outras naves aleatoriamente... e ainda tem algumas localidades escondidas pelo "mapa" que não são diretamente ligadas à campanha (como a localização da nave perdida Hispania), mas que você pode descobrir onde ficam ao conversar com NPCs e explorar um pouco- Pode valer a pena visitar algus desses lugares, nem que apenas pela diversão!
Independente da forma como você jogue, "Freelancer" é um jogão que merece ser conhecido, em especial para aqueles que curtem ficção científica.

#4- Nightshade (NES)


Em suas andanças para derrotar Suthkh, o vilão com máscara de deus Anúbis (muito sinistro, hein?), o heróico Nightlamp... eeerr... Nightshade... vai perambular por tudo que é canto do mapa (supreendentemente grande e variado) da cidade de Metro City- com direito até a fazer compras no mercadinho! E isso na ordem que o jogador quiser, mesmo que, em alguns momentos, obviamente você precise de algum item específico ou ter feito alguma determinada coisa, mas se não fosse assim não teria graça.
De carrocinhas de comida no meio da rua até prédios pegando fogo, tem de tudo em Metro City para manter ocupado aqueles jogadores que fazem o estilo "exploradores de cenário"!

#5- The Elder Scrolls III: Morrowind (PC)


A série "The Elder Scrolls" da Bethesda sempre teve um elemento de mundo aberto muito  forte e presente- e isso desde o primeirão "Arena"- mas, dos jogos mais antigos, foi com o terceiro jogo da franquia que a coisa ganhou uma nova escala!
Em "The Elder Scrolls III: Morrowind" as opções são diversas, em um cenário enorme e cheio de possibilidades- e você faz o que quer quando quer! Quer ser um herói e cumprir a profecia? Vai lá... manda ver! Quer virar um ladrão safado e encher os bolsos com riquezas alheias? Tenta a sorte, ué...  Quer fazer de tudo um pouco, dependendo do seu humor? Por que não, ora?
E isso tudo em um jogo de 2002! E ainda por cima, para a época, os gráficos eram algo de fazer cair o queixo! Dava gosto andar a esmo por aquele mundo!
Aliás... acredite... "The Elder Scrolls III: Morrowind" só é recomendado para pessoas com muito tempo livre!

Com esse clássico, fechamos a lista de hoje e...
"Mas por que só cinco jogos? Não tinham outros?"
Sim, tinham... é que comecei a escrever tarde e o sono está batendo... outro dia qualquer continuo a lista em outra postagem.
"Quando?"
Por favor, não faça perguntas tão difíceis... 
Enfim... Bom jogo a todos. Até a próxima!

13 de nov. de 2019

"Arrival in Hell", jogo point-&-click antigo e gratuito


Imprevistos e dificuldades financeiras fazem parte da vida de todo mundo (exceto daquela fina camada da sociedade que realmente merece ser classificada como privilegiada), então não vale a pena falar muita coisa além de que, durante um desses revezes, foi o momento onde mais joguei jogos on line gratuitos- o que obviamente se liga ao fato de que comprar jogos não era prioridade.
A maioria era feita em flash e, para falar a verdade, raramente algum me distraía por mais de um ou dois minutos- sim, por mais que você tenha lembranças saudosas do site Clickjogos, tem que admitir que a esmagadora maioria dos jogos era uma porcaria.
Um dos poucos que realmente me prendeu a atenção foi um point-&-click curtinho, muito amador e consideravelmente tosco, mas ainda assim... divertido. Divertido feito um filme de terror trash barato e mal-feito que ainda assim você gosta.
Os caras, mesmo com zero de recursos, conseguiram criar um jogo com clima opressivo, e com um protagonista que, se bem pouco simpático, era bem original para a época- um presidiário que nada tem de herói!
O jogo se passa em um presídio onde eventos sobrenaturais mortais surgem subitamente.
O jogo teve uma continuação e um pessoal tentou financiamento para um remake do primeiro (chegou a passar pelo Greenlight da  Steam), mas não conseguiram. Disseram que iam continuar programando o jogo devagar, no tempo livre. Veremos se um dia aparece...

Para quem ficou curioso, tem esse jogo em muitos sites, mas, pessoalmente, recomendo a versão do Kongregate:


Se você gosta de point-&-click, terror e tem uns dez minutos livres, de repente vale a pena conferir.

11 de nov. de 2019

Dicas OSD: Um código e uma curiosidade de "Donkey Kong Country"


Sabia que o Donkey Kong que voce joga nesse jogo não é o original, do velho jogo onde se arremessava barris no "Jumpman"? O Donkey Kong original é o avô daquele que você joga em "Donkey Kong Country", e aqui é chamado de Cranky Kong!


Dá até para cogitar que, então, na época de "Donkey Kong Country", Mario e Pauline já devem estar bem velhinhos também!

E se você curte a trilha sonora do jogo, que tal um código para o Sound Test?

Digite  Baixo, Baixo, Baixo, Baixo, A, R, B, Y, Baixo, A, Y e SELECT e boa música para você!

9 de nov. de 2019

Retro jogo "Alwa's Legacy" em campanha no Kickstarter


Uns dois anos atrás,mais ou menos, comprei um jogo que até hoje é um dos meus retrôs favoritos: "Alwa's Awakening".) O jogo chegou a ser citado duas vezes aqui no blog e em 2018 entrou na minha lista de dez jogos retrô favoritos (aliás, preciso atualizar essa lista), como você pode conferir no link abaixo:


Seria repetitivo eu falar de novo todas as qualidadesde "Alwa's Awakening", então vou direto ao ponto: 

Uma sequência/continuação do jogo está em desenvolvimento e precisa de ajuda na campanha do Kickstarter para se tornar realidade.

A página da campanha é bem detalhada, explicando e demostrando muita coisa sobre o projeto do jogo. Confere lá:


Torço muito para que a campanha seja bem-sucedida!  Pelo que vi, a sequência  nada  fica  a dever ao original!


P.S: O jogo "Alwa's Awakening" foi um dos jogos que indicamos no número 8 da nossa seção de games na loja  Steam para retrogamers:

6 de nov. de 2019

Dicas OSD: Só umas dicas e curiosidades sobre "Gradius"


Se você curte SHMUPs, a chance de ter jogado "Gradius" é de cerca de 99%, já que esse é (merecidamente) um dos grandes nomes desse gênero de jogo.
Hoje nós do OSD vamos deixar aqui umas dicas e curiosdades desse grande "jogo de navesinha" para aqueles dispostos a destruir os botões do joystick esse aventura espacial.

#1- Uma mensagem secreta em "Gradius"

Pressione e segure os botões A+B ao iiciar o jogo e aparecerá uma mesagem a tela: "KONAMI ONE GRADIUS ONE".
E o que significa isso?
Olha... não se sabe ao certo, mas a hipótese mais aceita é que é uma tela de diagnose.
Outra curiosidae é que algus jogadores reportaram que aparece escrito TEN o lugar de ONE. 
Talvez seja o resultado de alguma verificação rápida de código... vai se saber...

#2- Uma fábrica de noodles patrocioou uma versão de "Gradius"

Sabe aqueles miojões que vem dentro de um copinho de isopor? Pois é... uma fábrica disso, a ArchiMENdes patrocinou e distribuiu uma versão de "Gradius". A única diferença é que os power-ups vinham na forma de copos de noodles.
Só isso.

#3- O KONAMI CODE surgiu em "Gradius"

Enquato o jogo era adaptado para o ocidente, um dos programadores, Kazuhisa Hashimoto, simplesmente não conseguia ir para a frente no jogo.
Hashimoto etnão criou um código para facilitar sua vida, o qual lhe dava de cara todos os power-ups do jogo. Reza a lenda que depois de pronta a adaptação, Hashimoto simplesmente esqueceu de retirar o código.
No lugar de criar problemas, ou pelo menos render um esporro para o Hashimoto, o código foi incorporado não só à fraquia "Gradius", mas passou a ser uma marca registrada da própria empresa e também uma lenda o mundo dos games.

Por hoje é só isso. Um abraço para todos os aficcioados por SHMUPs e bom jogo a todos!

5 de nov. de 2019

Minhas Cinco "Pontas" Favoritas em Jogos Antigos

Em inglês chamadas de cameos, pontas são pequenas participações de algum personagem emblemático em algum jogo. Raramente essas participações tem alguma relevância para a trama ou desenrolar do jogo, mas sem dúvida divertem os fãs que esbarram com elas.
Essas são as minhas cinco pontas favoritas de personagens consagrados em outros jogos:

#1- Sonic the Hedgehog em "Crusader of Centy" (Mega Drive)



"Crusader of Centy" foi feito para ser o "Zelda" do Mega Drive e, mesmo sem estar a altura do seu concorrente mais famoso, é um joguinho que merecia ter recebido mais recohecimento na época. A maioria das pessoas que conheço que jogou esse jogo só o conheceu via emulador!
Um detalhe muito legal de "Crusader of Centy" é que ao peramular por uma praia, o jovem protagonista Corona esbarra com ninguém mais, ninguém menos que o grande mascote da Sega, tomando sol em uma espreguiçadeira o meio das palmeiras- e para não perder a pose de rebelde cheio de atitude, Sonic ainda manda um discursinho bem bravateiro (e nada modesto) para cima do guri!

#2- Opa- Opa em "Bonanza Bros" (Mega Drive)


Opa-Opa foi por um brevíssimo período o mascote da Sega- antes até do que o Alex Kidd! Embora hoje esteja meio relegado ao limbo, Opa- Opa já fez algumas participações especiais fora de sua franquia, como por exemplo sua imagem aparecer em um dos quadros do level 9 do jogo dos irmãos gatunos, "Bonanza Bros", que é a minha favorita!
Sempre vale a pena lembrar também que Opa-Opa também foi uma das formas que a Miracle Ball assume em "Alex Kidd: The Lost Stars".

#3- Pateta em "World of Illusion"


No jogaço protagonizado por Mickey e Donald, Pateta consegue roubar a cena na abertura, atrapalhado como sempre nos bastidores do teatro. É uma pontinha de segundos, mas ficou muito legal.

#4- Chun-Li em "Final Fight 2" (SNES)


Que as franquias "Street Fighter" e "Final Fight" coexistem o mesmo universo não é nenhuma grande novidade ou segredo, daí nem é de se estranhar esbarrar com Chun-Li na fase de Hong Kong em "Final Fight 2", comendo um lámen na barraquinha ao fundo.
Por que Chu-Li não veio dar uma ajuda a Mike Haggar & cia? Sei lá... de repente por ser hora do almoço...

#5- Chun-Li em "Breath of Fire"(SNES)


A imensa (e merecida) popularidade de Chun-Li lhe valeu ainda mais cameos em jogos de estilos bem diferentes do seu de origem. Aquela ponta que mais me surpreendeu foi vê-la praticando seus lightning kicks no JRPG "Breath of Fire"! Procure por ela na cidade de Bleak!

E com a dobradinha da lutadora de kung-fu preferida de todos (ou quase), fecho minha lista. Quem quiser contar quais foram suas participações especiais favoritas, é só deixar nos comentários!

4 de nov. de 2019

"Ozanari Dungeon", mangá e anime (injustamente) esquecido!


Alguns anos atrás, em 1999 eu acho, estava folheando o jornal em uma tradicionalmente tediosa tarde de domingo, quando esbarrei com os olhos em algo não muito comum na coluna de filmes do dia: um longa de animação japonesa apresentado em um canal aberto!

Não lembro muito bem o horário, mas lembro que faltavam apenas uns 15 ou 20 minutos para começar. Felizmente não havia ninguém ocupando a TV, então a sessão cinema ocorreu sem maiores incidentes.

Jovens Guerreiros” era o nome. A animação era bem feita, com boa trilha sonora e uma história divertida, misturando fantasia medieval, nonsense e um humor diferente.

O filme contava também com um carismático trio de protagonistas: Moka (na época o nome dela foi pronunciado como algo que soava como “Mocha”...), uma guerreira cabeça-quente, impulsiva e gananciosa; Buruman (ou Blueman), um pequeno gato ladrão; Kiriman, um mago de raça desconhecida, talvez algo como um coiote ou um cachorro, e que ainda por cima era mudo, por isso se comunicava através de plaquinhas, no melhor estilo Genma Saotome. No filme os três eram contratados para recuperar um artefato antigo e poderoso, e entre outros desafios encontrados pelos três heróis, se inclui um pirata cuja arma era uma guitarra (sério, não é piada...).

O tempo passou...Em meados de 2001, qual não foi minha surpresa ao esbarrar com um mangá intitulado “Jovens Guerreiros” na banca de jornal? E ainda por cima lançado (sem muito alarde nem propaganda) pela Editora Escala, a qual nunca se destacou por publicar mangás!

Foi a partir daí que soube um pouco mais sobre Moka e seu bando. Até então não sabia nem o nome original: “Ozanari Dungeon”, um mangá criado por Motou Koyama e lançado em 1989, em 17 volumes. Um conhecido me disse que também foi lançado na forma de um jogo para NES, mas nunca fui capaz de verificar essa informação. Um pouco mais para frente vim saber que aquele longa metragem que eu havia assistido (distribuído no Brasil pela distribuidora Mundial) não era originalmente um longa, e sim uma série de 3 OVAs produzida em 1991, de 30 minutos cada episódio! Até hoje não sei dizer se a Mundial simplesmente colocou os 3 OVAs juntos, fazendo um filme de uma hora e meia, ou “adaptou” os OVAs para fazer o filme (isto é, cortou pedaços...).

Bom, mas voltando ao mangá: eu comprei a primeira edição.Gostei. A história era divertida, o traço muito legal, e estava no estilo de leitura oriental. Fiquei na torcida para que o mangá não fosse cancelado na primeira edição, e no mês seguinte, lá estava: a edição número 2!

Comprei a edição número 2, e essa edição tem um ponto que merece ser lembrado, pois além das histórias de “Ozanari Dungeon” foram publicadas duas outras histórias, “Marse Assombrada” e “Come Come Road”. Os autores/ artistas não foram especificados, mas pelo traço, acredito que também sejam trabalhos de Motou Koyama.

Fiquei a espera da terceira. Nada...o mês seguinte chegou, a revista não. Pensei que havia sido cancelada. Vários meses depois encontrei as edições 3 e 4 na Metrópolis (loja especializada em HQ bastante famosa no RJ), mas acabei não comprando, pois tudo indicava que a série não iria para frente. Realmente não foi. Kendier me disse que “Ozanari Dungeon” chegou até o número 6, mas pessoalmente eu não vi. Vi apenas até o número 4. Porém Kendier entende mais dessas coisas que eu, então quem deve estar certo é ele.

Realmente um pena um mangá tão diferente, bem feito e divertido ter tido uma vida tão curta no Brasil. E também ter passado tão despercebido pelos fãs! Sem brincadeira, eu não conheço ninguém além de mim que tenha comprado esse mangá, e muitas pessoas com quem falei sobre “Ozanari Dungeon” não o conheciam.
Gostaria muito de ver esse mangá de novo nas bancas e a série de OVA mais reconhecida pelos fãs, em especial a galera mais nova. O problema é que não sei se faria sucesso, afinal “Ozanari Dungeon” é do fim da década de oitenta/ começo da de noventa, tendo um estilo que pode ser considerado “retrô” por uma parte dos fãs mais novos, mais apreciadores da estética e estilo de “Naruto” e “Shaman King”.

De qualquer forma fica a dica. Se quiserem conhecer um mangá ou anime diferente, e não se importarem por ele ser um pouquinho “velho”, “Ozanari Dungeon” é uma ótima pedida, com um estilo de mangá/anime talvez um pouco datado, mas de qualidade.

E que, pelo menos para mim, deixou saudade.

P.S: Originalmente publicado no Dotaku em 20 de setembro de 2006.

P.S 2: Eu havia me esquecido desse texto! Foi um dos recordistas de acessos o Dotaku e fugiu quase que completamente da minha cabeça! Uma curiosidade é que esse texto chegou a ser usado e citado na página em português da Wikipedia para "Ozanari Dungeon"! E não faço a menor ideia de quem citou- não fui nem eu nem o Kendier!

Meu longa de animação favorito: O Castelo de Cagliostro (Rupan Sansei: Kariosutoro no Shiro)


“Uma das maiores aventuras de todos os tempos”. Foi assim que Steven Spielberg se referiu ao anime longa metragem “O Castelo de Cagliostro” (“Rupan Sansei: Kariosutoro no Shiro”, no original). Eu não sou lá muito fã do Spielberg, mas nesse caso concordo plenamente com ele. Ele acertou em cheio nessa descrição.

Eu esbarrei com esse filme por acaso. Estava dando uma olhada nos DVDs expostos em uma loja de departamentos e a capa me chamou a atenção- não é lá muito comum ver um anime “não-moda” sendo vendido. A arte da capa me agradou. Dei uma lida na sinopse e achei que valia a pena. E ainda tinha o nome do consagrado Miyazaki! Voltei na semana seguinte e comprei. Pouco tempo depois o filme já estava rodando no meu DVD. E desde então já rodou muitas vezes. “O Castelo de Cagliostro” deve ser o desenho animado longa metragem que eu assisti mais vezes. Com certeza é um dos meus favoritos- senão O favorito!

Escrito e dirigido por Hayao Miyazaki e lançado pela Toho em 1979, “O Castelo de Cagliostro” foi o segundo, e muito provavelmente o mais famoso, filme estrelado pelo ladrão aventureiro Lupin III, neto do famoso gatuno francês Arsène Lupin (personagem literário criado pelo francês Maurice Leblanc).
O filme já começa no meio de uma divertida correria. O protagonista Lupin III, famoso ladrão, e seu parceiro Daisuke Jigen, atirador profissional, fugindo com o dinheiro roubado do cassino de Mônaco. É tanta grana que inunda o pequeno veículo de fuga dos dois- um simpático Fiat 500 amarelo!

A alegria dura pouco. Não demora para Lupin perceber que as notas são falsificadas. Falsificações de altíssima qualidade, inclusive: as famosas notas goat (“bode”). Após o fiasco, Lupin decide partir para o pequeno (e fictício) país de Cagliostro, provável origem das falsificações.

Após uma viagem tranquila (embalada pela bela música “Fire Treasure”, tema do filme), Lupin e Daisuke entram disfarçados em Cagliostro. É apenas uma questão de tempo para se envolverem em problemas- uma moça vestida de noiva sendo perseguida por um grupo de homens encapotados leva a dupla de patifes de bom coração a se envolver numa trama cheia de segredos, onde tem que enfrentar um conde mau-caráter e seus assassinos altamente treinados.

A arte do filme é ótima. Além de muito bonita, consegue a proeza de ser ao mesmo tempo caricata e trabalhada, cheia de detalhes. A divertida trilha sonora não fica atrás (além de "Fire Treasure", a versão da tradicional música-tema do Lupin também ficou ótima). A trama mescla aventura, mistério e momentos engraçados, tendo também um elenco de personagens carismáticos (destaque para o inspetor Zenigata, eterno adversário de Lupin).

Uma das maiores aventuras de todos os tempos, de fato. E uma das mais divertidas.


P.S: Originalmente postado o Dotaku em 2 de outuro de 2010.

Divagações Oldschool: Memories... (ou "Eu, os animes, mangás, eventos e tudo mais") (4)



(PARTE IV- E FINAL)

Anime Center começa, se não me engano ainda em 2001 com uma exibição em um prédio do centro da cidade, passando pouco depois para o nono andar da UERJ. Em 2001 eu fui pela primeira vez em um Anime Rio, no Largo do Machado e lá pela primeira vez eu vejo um concurso de cosplay. Pequeno, nada parecido com a “profissionalização” de cosplayers que se por aí hoje. O evento foi razoável, mas na época eu não sabia que seria mais ou menos o momento em que os eventos começariam a mudar e eu mesmo, gradativamente, me afastar... 

Os fãs estavam mudando, nomes até então familiares como o da ABRADEMI começam a ser deixados de lado, aliás uma grande injustiça com esse grupo de pioneiros. Uma das coisas que mais me chateia em termos de eventos de anime foi não ter conseguido ir aos eventos organizados por eles lá em São Paulo. O espírito da ABRADEMI é mais ou menos o que eu gostava e achava ideal para o mundo anime/mangá. O pessoal da ABRADEMI merecia mais reconhecimento.

Freqüentei regularmente alguns eventos, em especial o da UERJ, mas já sem a mesma empolgação e entusiasmo de antes. Mais títulos de magá eram lançados, sendo que eu comecei a colecionar “Dr. Slump” de Akira Toriyama, publicado pela Conrad. O mangá durou dois anos e foi cancelado pela editora, em mais uma demonstração do quanto o respeito aos fãs ainda não é a regra da maioria das editoras. Mandei alguns e-mails para a Conrad, mais nunca recebi uma resposta. Outros fãs me disseram que a “resposta oficial” da Conrad é que estariam estudando uma forma melhor ou mais adequada de publicar “Dr. Slump” e depois disso nada, nem mais uma palavra da editora. De tanto estudarem os caras já devem ser até PhD...*

Em 2003 fiz meu último ato (nossa...que dramático) relevante no mundo anime/mangá: Fui (junto com a menina a quem namorava na época) à primeira edição do “Anime Friends” em São Paulo, em uma escola que não lembro mais o nome.

O melhor do evento foi sem dúvida o show de J-Rock com os cantores das trilhas sonoras originais de “Jaspion”, “Dragon Ball Z” e correlatos. A parte dos fanzines estava legal também. O concurso de cosplay foi o maior que eu tinha visto até então, assim como a quantidade de cosplayers andando de um lado para o outro. Minha namorada tirou dúzias de fotos e fez vários planos para seus próprios cosplays também. Eu nunca liguei para cosplay, então...

Depois disso ainda fui a uns eventos na UERJ (teve um que choveu à beça e estragou o dia) e na terceira edição do Anime Rio. A exibição de desenhos no primeiro dia foi minúscula, comparada ao que eu estava acostumado (embora tenham passado material bom como “Dot. Hack” e “Wolf´s Rain”). No segundo dia fui com a namorada e apenas assistimos um péssimo concurso de cosplay, e fomos embora. 

Partir daí por uma variada gama de motivos fui me afastando dos eventos. Mesmo dos animês estou afastado a alguns anos. Acreditem, eu ainda não assisti nem um episódio de “Naruto”! **

O maior vínculo que ainda tenho conseguido manter é ler mangás, os quais tem chegado em uma quantidade tão grande, mas, infelizmente com pouca coisa dos aos 80 e 90 sedo pulicados... eu realmente gostaria de ver "City Hunter" lançado por aqui. O último que eu estava colecionando era “Shin-Chan”, que saía pela Panini e foi cancelado no número 12. Eu não dou sorte comprando mangás mesmo...***

É, acho que é mais ou menos isso...Uma boa dose de lembranças, uma dose não muito menor de nostalgia e algumas opiniões pessoais combinadas para tentar dar uma idéia da trajetória dos mangás e animês sob o olhar de um fã. Foi isso que eu tentei fazer aqui. 

Não tenho pretensões de me passar por um expert em mangás e animes, inclusive peço ao pessoal que sabe mais do que eu que perdoe qualquer eventual equívoco aqui cometido. Esse texto foi baseado nas minhas lembranças, então é certo que possa haver pequenos e grandes deslizes cometidos tanto por desconhecimento quanto por uma pequena “traição” da memória. Como falei, não sou nenhum expert.... Sou apenas um fã- ou já fui?

Enfim... Um fã que ainda  gosta de animes e mangás, mas que não consegue esconder que preferia que as coisas tivessem mudado menos e ainda estivessem mais de acordo com suas lembranças.

Obrigado por lerem até aqui!

P.S: O nome que dei ao texto é uma pequena brincadeira e homenagem a uma das produção que considero como uma grade obras-prima dentro dos animes: “Memories”, de Katsuhiro Otomo.

P.S 2: Originalmente postado em 17 de agosto de 2006, no blog Dotaku.

* Lembre-se que isso foi escrito a mais de dez anos atrás. Hoje em dia a Conrad nem existe mais, mas "Dr.Slump" voltou a ser publicado de novo,por outra editora.

** Alguns anos depois assisti, quando um cohecido me emprestou um DVD com a primeira temporada de "Naruto". Assisti uns quatro episódios ou cinco e deixei de lado.

*** Isso em 2006... já acompanhei mais coisas depois disso, como o relançameto de "Yu Yu Hakusho".

2 de nov. de 2019

"Thunderflash", um run'n gun à moda antiga da Seep, em desenvolvimento!


Saudades de sair atirando em tudo que se move naqueles jogos estilo run'n gun de 8 bits, como "Heavy Barrel" (NES); "Rambo: First Blood Part II"/ "Secret Commando" (Master System); "Ikari Warriors" (NES) ou "Commando" (NES)? Não se preocupe! Seus problemas se acabaram!
Quer dizer... vão acabar em breve... está em desenvolvimento pelos dois irmãos responsáveis pelo estúdio Seep, de onde saiu o ótimo jogo de samurai "Katana Soul", o run'n gun à moda antiga "Thunderflash"!


Até o momento o pessoal da Seep não deu muitas informações sobre o jogo, exceto que além do modo história também contará com um modo "survival" sobrevivência. Eles já disponibilizaram uns vídeos curtos na rede e a primeira impressão que tive foi que os gráficos em pixel art estão bem legais!
Conforme nós formos sabendo mais novidades, vamos informando aqui o blog. Vocês também podem seguir o perfil da Seep no Twitter ou a página deles na loja Steam e receber de primeira mão as notícias:



Depois do tanto que gostei de "Katana Soul", só posso dizer que estou bem animado com "Thunderflash". Torço que não demore muito a chegar na loja Steam! Run'n gun à moda antiga nunca é demais!

Divagações Oldschool: Memories... (ou "Eu, os animes, mangás, eventos e tudo mais") (3)



(PARTE III)

Além de assistir os desenhos, os eventos serviam para a aquisição de “contatos” e realização de trocas (coisas do tipo “gravo para você a série “Ah! Megami Sama” em troca de “Bastard”!). Bati muito papo, ri bastante, fiz vários amigos naquele tempo, dos quais atualmente tenho contato com apenas um, e desses eventos guardo algumas das melhores lembranças da minha adolescência. 

Era comum após o evento eu ir a lanchonete com o pessoal que organizava e outros frequentadorespara continuar conversando. Não vou mentir, sinto uma saudade grande dessa época, e ainda mais porque sei que essa época passou. Esse tipo de evento não existe mais e nem acho que teria “espaço” para ele, nem interesse dos fãs atuais. Como disse alguém que eu conhecia, essa época passou, foi muito boa, nos divertimos bastante, mas passou...

Sei disso, o que não significa que goste da idéia. Por vezes preferia que a coisa continuasse como era lá pelos meados da década de 90. Mas provavelmente isso se deve ao fato de eu estar ficando velho e estar desenvolvendo a terrível síndrome do “no meu tempo”.

Enfim, voltando ao assunto... Em 1997 estreou na Rede Manchete aquele que até hoje é meu anime favorito: “Yu Yu Hakusho”, com uma mistura perfeita de ação, luta, comédia e romance, somados a um traço muito legal, boa trilha sonora e personagens carismáticos (o meu preferido era o Kuwabara). Assisti a série quase toda, perdendo alguns episódios da última temporada. Até hoje me aorrece o último episódio não ter sido exibido na íntegra na época pela Manchete. Só assisti a versão completa anos depois, graças à internet.

Pouco depois estreou na Manchete “Super Campeões” (“Captain Tsubasa” no original), um desenho sobre futebol (na verdade uma mistura de futebol com Dragon Ball Z, na minha opinião...) que passava logo após “Yu Yu”. Meu irmão mais novo gostava bastante. Eu assistia, mas realmente prefiro enquanto os personagens ainda são crianças.Depois que eles ficam adultos achei meio chato.

No ano seguinte uma surpresa me aguardava nas bancas de jornal: publicado pela Animangá, “Ranma ½” chega às bancas. Em formato “tradicional”, isto é de leitura ocidental e inicialmente com apenas dois capítulos por edição bimestral. O mangá fez sucesso inicialmente, mas a Animangá não teve fôlego para segurar a publicação (chegaram a fazer uma pesquisa para saber qual manga os fãs queriam que fosse o próximo a ser publicado, mas ficou só na pesquisa mesmo), cancelando-a alguns anos depois, lá pelo número 22, eu acho. Mas até hoje quando pego o meu exemplar número 1 e folheio sinto um pouco daquela sensação que tive aos 17 anos quando comprei a revista e li pela primeira vez. Acho que realmente estou ficando velho.

No finzinho da década de 90, em 1999, o canal de TV a cabo Cartoon Network trouxe uma novidade em sua grade, até então praticamente controlada por desenhos norte-americanos: estréia Dragon Ball Z (ou DBZ, como alguns fãs chamam). Além de DBZ, também é exibido pelo Cartoon a grande febre daquela época: “Pokemon”, que tamém foi exiido na TV aberta na época, pela Rede Record.

Tanto “Dragon Ball Z” quanto “Pokemon” fizeram sucesso, mas“Pokemon” foi uma verdadeira mania! Tinha pokemon para tudo que era lado, em tudo que você possa imaginar! Nas bancas era raro ter uma revista voltada para o público infantil, juvenil ou fãs de HQs/anime/mangas que não tivesse na capa Ash e Pikachu. Eu particularmente sempre preferi “Dragon Ball Z”. Fora isso o canal a cao  Multishow ainda exibia meio sem método ou ordem “Babel II” (interessante, pena que vi pouco), “New Dominion Tank Police” (outro velho conhecido. Anime bem legal) e o remake de “The 8 Man” (bem fraquinho, aliás).

Começa a Década 00 (“zerozero”, como eu chamo por brincadeira). Editoras que hoje são conhecidas por todos os fãs fazem sua estréia: A Conrad* lança “Dragon Ball”, a JBC lança “Rayearth”, “Vídeo Girl Ai” (muito legal) e, se não me engano em 2001, “Love Hina”, um sucesso estrondoso naquele tempo! A Conrad tetou aproveitar a onda e lançou umas edições de “Pokemon-As Aventuras elétricas de Pikachu”, sem grandes repercussões, talvez devido ao fato de ter usado algumas alterações feitas nos EUA, e não os originais do Japão.

Em 2001 mais um canal da TV a cabo começa a exibir animes, o Fox Kids, com “Super Pig” (muito engraçado) e um anime de mechas (aqueles animes de robôs gigantes) bem legal chamado “PatLabor”. Na TV aberta foi a vez da Band entrar no jogo com o programa “Band Kids” (como sempre, a visão conservadora que desenho animado é coisa de criança foi bastante influente...sem comentários). “Dragon Ball Z”, alguns velhos conhecidos meus (“El Hazard” e “Tenchi Muyo” ) e um desenho que eu não conhecia até então, mas que foi uma boa surpresa: “Buck”, com seu protagonista que simplesmente queria dominar o mundo e fazer todo mundo de escravo.

Mais para frente a Band também exibiu outro animê famoso, “Slayers”, mas infelizmente exibiu apenas a primeira série e nada mais. Algum tempo depois “Sakura card Captors” (do estúdio Clamp) também estreou no Cartoon Network, mas assisti apenas uns dois episódios e não gostei. Realmente as produções do Estúdio CLAMP não fazem minha cabeça... os seus fãs que me perdoem.

Os eventos a moda antiga ainda existiam**, mas já estavam entrando em sua fase final. Os SESCs não sediam mais os eventos. O pessoal que fazia a exibição no SESC da Tijuca passa a fazer a exibição no Tijuca Tênis Club por alguns anos. É a época em que passo a conhecer o excelente “Cowboy Beebop”, “Bakuretsu Hunter”, “Hunted Junction”, “Maze”,”Gate Keepers”, “One Piece”, “Tri Gun”, o fraquíssimo “Photon”, “Daiundokai”, “Sakura Wars”, “Kare Kano” (um anime que parece que todo mundo gosta, menos eu...), “Boys Be”, “Hellsing”, “X” (uma ex minha adorava...eu acho supervalorizado e realmente não curtia), “Angel Sanctuary” (outro título que nunca achei grande coisa) e muito mais. 

Foi também lá por meados da primeira metade da Década 00 que vi algo do estúdio Ghibli pela primeira vez, "Porco Rosso", em um evento que não lembro mais qual o nome, mas que foi em um domingo.

(Continua a parte 4)

P.S: Originalmente postado em 15 de agosto de 2006, no blog Dotaku.

* A Conrad não existe mais atualmente, mas existia em 2006.

** Ainda existiam em 2006, quando o texto foi escrito. Hoje em dia esse tipo de evento já está morto e enterrado.