30 de jan. de 2019

Dragon View


O Super Nintendo foi o console de 16 bits com o maior número de RPGs lançados e no meio das dezenas deles que chegaram às prateleiras das lojas e locadoras, é natural que alguns, até mesmo legais, tenham passado quase batido. Esse foi o caso de "Dragon View", um RPG de 1994 conhecido como "Super Drakkhen" no Japão, por ser uma sequência (bem frouxa e com poucas ligações, por sinal) do burocrático "Drakkhen" de 1991. "Dragon View" é um RPG que misturou clichês com aspectos bem singulares e, imerecidamente, não é muito lembrado hoje em dia nem mesmo pelos gamers veteranos.

História e Roteiro


O enredo de "Dragon View" mistura dois dos motivos mais batidos da época: salvar a mulher amada e evitar que o mundo seja tomado pelas trevas. Nada realmente muito original, mas serve aos propósitos do que o jogo pretende ser.
O herói do jogo (o qual você pode escolher o nome ou aceitar o nome pré-definido Alex) aparentemente está no melhor momento de sua vida. Sua amada Katarina, em um beloe romântico momento, aceita o pingente que o jovem guerreiro lhe oferece. A alegria de Alex é tanta que não deixa de sorrir nem durante o exercício de executar 10000 golpes de espada passado por seu instrutor de esgrima, Damme.
Mas obviamente alegria de guerreiro jovem dura pouco em RPG... uma esbaforida e preocupada Katarina interrompe o treino e pede para que Alex procure por seu velho tutor, meste Quros, que havia ido cedo ao arsenal e não retornara ainda. Alex parte até o arsenal e a aventura tem início... logo as coisas se complicam, com Katarina sendo sequestrada por um mago maléfico, Argos, o qual também pretende abrir uma porta entre o mundo dos homens e o mundo dos demônios. Ou seja, basicamente um feiticeiro maligno padrão, com direito a discursos arrogantes para debochar do herói e risadas maléficas.
Alex (ou seja lá o nome que você colocar nele) agora deve botar o pé na estrada e salvar o dia.  Tudo muito típico de um RPG dos anos 90, sendo a grande diferença é que os textos de "Dragon View" lembram mais os de um livro (em especial dos livros- jogos da série "Aventuras Fantásticas") do que o padrão dos games de RPG da época, sendo bem mais descritivo.
Um dos momentos em que o jogo é mais datado é quando ao confrontar Argos pela primeira vez, no momento em que o feiticeiro está sequestrando Katarina, Alex o desafia perguntando se a coragem de Argos se resumia a atacar pessoas indefesas, incapazes de se defender (no caso específico, Katarina). Muitas das jogadoras de hoje provavelmente trincarão os dentes ao ver esse trecho, e com razão, mas lembrem-se... é um jogo de 25 anos atrás... a "donzela em perigo" era um dos motes mais comuns dos jogos de videogame naqueles tempos.

Gráficos


Os gráficos são medianos- na verdade fica-se com a impressão de que, sendo um jogo de SNES, ficou abaixo do esperado. Os personagens e monstros não são ruins, apenas mais "serrilhados" do que se esperava para um jogo de Super Nintendo de 1994! Sem dúvida aqueles que mais chamam a atenção dentre os personagens do jogo são os sprites dos inimigos chefes, bem maiores e melhor animados que os outros. Quanto aos cenários... são em sua maioria simples, sem muita coisa marcante. Cumprem sua parte e caso encerrado. 
O maior destaque dos gráficos (se de forma positiva ou não é discutível) é o cenário do mundo, onde o herói se desloca (e enfrenta uns inimigos pelo caminho) para alcançar as cidades, dungeons e demais localidades dos reinos, todo feito em 3D- rudimentar, porém genuinamente 3D- baseado no engine de seu antecessor "Drakkhen". Hoje em dia obviamente parece datado e primitivo, com cores mortiças e  cenários simplistas, com elementos que se repetem e repetem, mas... o jogo é de 1994, lembra? Exigir mais seria covardia... para a época em que saiu, de fato deve ter sido algo significativo.

Música e Efeitos Sonoros


Tanto as músicas quanto os efeitos sonoros do jogo são razoáveis sem serem notáveis. Bem feijão-com-arroz mesmo, embora bem feito. É justo dizer que tanto as músicas quanto os efeitos sonoros até agradam, mas são pouco marcantes e dificilmente vão ficar rodando na mente o jogador depois que ele parar de jogar.
Nas músicas das cidades e aldeias há muitos tons que lembram flautas e violinos tocados de forma pizzicato, algo bem usual do estilo musical pseudo-medieval dos jogos de RPG (algo que acho um pouco esquisito em um jogos"medieval", pois o violino surgiu no início da Idade Moderna, no final do século XVI ou início do século XVII... enfim... coisas de RPG antigo), enquanto nas partes de ação a música é mais agitada, para combinar com a tensão do momento. Gostei particularmente da música leve que toca na cena de abertura, quando Alex entrega o pingente para Katarina, mas não tenho como negar que não ouvi coisa melhor antes.

Controles e Jogabilidade


Os controles e a jogabilidade respondem bem, sendo o único ponto mais complicado é que leva-se um tempinho para aprender a se deslocar pelo mapa 3D do mundo, sendo essencial o uso dos mapas combinado com o da bússola que fica na parte de baixo da tela. Nada realmente complicado, pura questão de prática.
Outro ponto que merece atenção é como se usar os itens do inventário, bem diferente da maioria dos RPGs: primeiro seleciona-se o item no inventário, aí se saí do inventário e, na tela do jogo, aperta-se o botão "A".Dá para se habituar? Sim, sem problemas, mas. em especial para usar as poções de cura, é um pouco chato.
Algo que o jogador pode ficar despreocupado é que nas lutas os controles respondem bem e não são complicados- algo muito importante em um action RPG  com lutas em tempo real como "Dragon View"!

Dificuldade


"Dragon View" não é um jogo difícil- exceto quando você pisa onde não deve e entra em uma dungeon antes do tempo e os monstros limpam o chão com a tua cara. Tirando esse detalhe, que pode ocorrer em qualquer jogo não tão linear e/ou com mundos abertos ou semi-abertos (como o primeiro "Dragon Quest"/ "Dragon Warrior" do NES), a dificuldade é bem tranquila. Tem desafio o suficiente para o jogador ficar atento e evitar a monotonia, mas nada realmente injusto que cause frustração.
Existem poucas armas no jogo, e você acabará mesmo usando sua espada na maior parte do tempo. Aliás você não pode trocar sua espada ou sua armadura por outras mais fortes, diferente da maioria dos RPGs, mas pode encontrar power ups que façam sua espada e armadura subirem de nível, tornando-se mais fortes. O jovem guerreiro também sobe de nível, o que traz alguns benefícios gradativamente.
O jogo também tem um punhado de itens, sendo as poções de cura sem dúvida os mais importantes em termos gerais, enquanto outros são indispensáveis para se passar por algum trecho do jogo e seguir adiante. Aliás, esse é outro ponto datado que pode incomodar jogadores mais novos... o jogo é cheio de idas-e-vindas, por exemplo  indo se falar com uma pessoa para conseguir informação, depois tendo que se voltar um pedação para buscar um item com outra, e depois tendo que fazer o caminho de volta para aí sim ir para onde se precisa. Isso era mais uma característica da época do que um defeito de "Dragon View, mas realmente tem oras que fica um pouco cansativo.

Comentário Final

Capa japonesa do jogo
"Dragon View" é um jogo com muitos aspectos datados e cujas inovações, arrojadas para a época, hoje em dia pagam o preço do tempo, parecendo limitadas e rudimentares perante os padrões atuais, mas,ainda assim, éum jogo divertido, que vai render umas boas horas de diversão- em especial para aqueles que são fãs de RPGs e JRPGs!
É um título que lembra uma mistura de seu antecessor "Drakkhen" com "Sword of Vermilion" do Mega Drive, oferecendo diversão sem muito compromisso e que vale a pena ser conhecido, nem que apenas por mera curiosidade.

NOTA: 6,0

OBS: "Dragon View" atualmente se encontra disponível para compra na loja Steam, graças ao trabalho da Piko Interactive que o tirou do limbo.

23 de jan. de 2019

"Dragon View", do SNES, chegou na Steam!


Chegou mais um jogo das antigas na loja Steam, e dessa vez um título de SNES pouco conhecido por aqui: "Dragon View". Foi lançado pela Piko Interactive, que amanhã lança mais três títulos antigos na loja Steam (mas como já estavam disponíveis na GOG nem liguei muito).
Admito que tenho um fraco por RPGs do SNES, então estou comprando hoje. Como promoção de lançamento está saindo a R$ 9,25 (um desconto fraco de apenas 15%), mas estou doido para jogar esse jogo e fazer um review dele para o blog.
O jogo é uma sequência de "Drakken", um jogo odiado por muitos mas que se tornou um cult com o pequeno séquito de fãs fiéis que todo jogo cult  tem. E enquant "Drakken" divide-se em opniões bem extremadas, "Dragon View"/ "Drakken 2" em geral tem mais opiniões positivas na balança. 
Veremos... veremos...

P.S: Só para constar... a Piko Interactive também lançou "Drakken" tanto para Steam quanto GOG, mas acho que é a versão de PC, e não a de SNES. Ainda não adquiri esse jogo.

22 de jan. de 2019

10 Jogos Oldschool passados debaixo d'água

Ah, o fundo do mar... tanta beleza! Tanto mistério! Tantos seres fantásticos e perigosos! Tanto cloreto de sódio dissolvido! Um ambiente assim não podia ficar de fora das aventuras gamísticas, mas enquanto alguns jogos colocam uma ou outra fase subaquática, outros colocaram toda a ação no reino de Netuno.  Nós do OSD separamos dez jogos oldschool passados inteiramente embaixo d'água para você, gamer que sempre sonhou ser o professor Jacques Costeau mas tem medo até de entrar em uma piscina Tone sem usar boiazinhas nos braços!

1- ScubaVenture: The Search for Pirate's Treasure (PC)



Um jogo da Apogee Software lançado em 1993 onde o jogador encarna um mergulhador caçador de tesouros atrás de riquezas perdidas em um antigo navio pirata naufragado no mar do Caribe, o Barbarosa. Para se defender o mergulhador conta com uma pistola disparadora de arpões, de munição limitada, assim como o oxigênio de seu tanque- o qual pode ser reabastecido ao se achar novos tanques pelos destroços.
Quanta gentileza daqueles piratas deixaram tantos tanques de oxigênio espalhados por todo o barco para dar uma forcinha para um homem-rã caçador de tesouros uns dois ou três séculos depois do Barbarosa ir a pique!

2- James Pond (Mega Drive)



Uma mistura de paródia de filmes de James Bond com mensagem ecológica tipicamente anos 90, com puzzles e sereias espiãs em cenários coloridos e protagonizado por um peixinho dourado que mais parece daqueles que davam nas feiras de filhote de 30 anos atrás armado com uma arma que dispara bolhas. O nome é Pond, James Pond. 
O jogo gerou duas continuações igualmente bem humoradas, "James Pond 2: Codename Robocod" e "James Pond 3: Operation Starfish".

3- Ecco The Dolphin (Mega Drive; Master System)


Um jogo lindo, com alguns dos cenários mais bonitos que vi nos 16 bits, "Ecco the Dolphin" é um jogo de aventura onde um golfinho deve resolver o mistério do desaparecimento de seu bando, com um toque meio new age, misturando golfinhos, baleias sábias, Atlântida e extraterrestres em um jogo que tem como pano de fundo uma mensagem de conservação ecológica e os perigos de um avanço tecnológico desequilibrado.
Apesar de ser considerado chato por alguns gamers, "Ecco the Dolphin" iniciou uma franquia com várias sequências.

4- The Little Mermaid (NES)


Um dos jogos menos cotados da Capcom lançados para o NES baseados em filmes da Disney, "The Little Mermaid" é um jogo de aventura onde o jogador tenta ajudar a sereia ruivinha Ariel a derrotar Ursula, a bruxa do mar. Mesmo não tendo a fama de "Ducktales" ou "Chip 'n  Dale Rescue Rangers", "The Little Mermaid" é mais um exemplo do bom trabalho da parceria Capcom/ Disneys nos anos 80 e 90.
E todo mundo junto agora! "Under the sea! Under the sea! Darling it's better/ Down where it's wetter"!

5- "Disney's Ariel the Little Mermaid" (Mega Drive; Game Gear; Master System)


A versão do Mega Drive de "A Pequena Sereia" não foi desenvolvida pela Capcom e sim pela pouco conhecida Blue Sky Software e, se segue a história do filme menos fielmente que a versão do NES, traz o Rei Tritão como personagem jogável e belos gráficos.
O jogo foi adaptado para o Game Gear e, unicamente no Brasil, para o Master System- cortesia da Tec Toy!
E mais uma vez todo mundo junto! Vamos lá! Under the sea! Under the sea! Darling it's better/ Down where it's wetter"!


6- The Hunt for the Red October (NES; SNES)


Baseado no filme "Caçada ao Outubro Vermelho", o jogo "The Hunt for the Red October" é um shooter em estilo side scrolling onde um submarino soviético desertor tem que fugir por metade dos sete mares até alcançar os EUA.  
Existem algumas diferenças entre as duas versões do jogo (a do SNES, inclusive, é um dos onze jogos do Super a usar o acessório chamado Super Scope), mas ambas tem em comum serem consideradas verdadeiras bombas.

6- Silent Service (NES; vários PCs diferentes)


Um simulador de submarino passado nas águas do oceano Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. "Silent Service" é um jogo vindo das mãos do grande Sid Meier e publicado pela Microprose e Rare na segunda metade dos anos 80. Para a época foi um simulador bem realista (exceto pela limitação do número de torpedos que o submarino pode disparar), e no geral é um jogo onde tática conta bastante.
Uma curiosidade é que o nome "Silent Service" era o apelido da frota de submarinos dos EUA no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.

7-  Silent Service II (PC)


A continuação de "Silent Service" lançada para MS-DOS. "Silent Service 2" é um simulador de submarino que chamou a atenção na época por seus gráficos e sons. O jogo também tem várias modalidades para se escolher, como um cenário histórico, um cenário de encontro aleatório ou uma "campanha" simulando a carreira militar do capitão do submarino.
E assim como no primeiro título da franquia, o mais legal do jogo é olhar pelo periscópio.

8- Ecoo the Dolphin: The Tides of Time (Mega Drive; Master System)




A sequência direta do primeiro jogo do golfinho com estrelas na testa, dessa vez com elementos místicos ainda mais pronunciados- tem até um oceano senciente e golfinhos com poderes telecinéticos! Assim como no primeiro jogo, elementos de ficção científica (como alienígenas e viagens no tempo) e preservacionistas também estão misturados na trama, tendo uma história bem surreal como resultado.
Assim como o primeiro jogo, "Ecco the Dolphin: The Tides of Tide" também divide opiniões... alguns o adoram por sua história de tom surrealista, levemente transcendental, e seus gráficos caprichados, enquanto outros o acham simplesmente chato...
A franquia ainda teve um terceiro título, mas voltado para o público infantil, o sem graça "Ecco Jr",  para Mega Drive, e um jogo lançado em 2000 para o Dreamcast "Ecco the Dolphin: Dfender of the Future".

9- Sqoon (NES)


Um pirata pilotando um submarino cor de rosa tenta salvar a humanidade do ataque de alienígenas canibais vindos de Netuno que inundaram o planeta.
É... é isso.

10- Seaquest (Atari 2600)


Um clássico do Atari lançado em 1983 pela Activision. Atire em submarinos. Atire em tubarões (O Greenpeace não deve ser lá muito fã desse jogo). Resgate mergulhadores. Tudo isso sob um belo pôr-do-sol cobrindo todo o horizonte.
Apenas lembre-se! Quando submarinos ficam sem oxigênio... eles explodem. E se um tubarão encostar neles, submarinos explodem também.
Tubarão é um bicho sinistro mesmo...

Menção Honrosa: King Neptune's Adventure (NES)



Um jogo não licenciado lançado pela infame Color Dreams para o NES. Um joguinho de aventura onde o rei Netuno deve recuperar oito de seus tesouros, que foram roubados- e isso com a ajuda de golfinhos!
"King Neptune's Adventure" é, possivelmente, um dos melhores jogos da Color Dreams, embora isso não signifique muita coisa... basicamente é o mesmo que dizer que o Moe é o mais inteligente dos Três Patetas. A capa do jogo, entretanto, é surpreendentemente legal!

E não é que a capa é até bonita?

É isso por hoje, pessoal. Dependendo do jogo, ir por água abaixo nem sempre é algo ruim. Até mais e obrigado pelos peixes.

14 de jan. de 2019

Mais uma surpresa da Piko para janeiro na loja Steam!


A Piko Interactive  começou 2019 com o pé direito mesmo! Depois de anunciar "Dragon View", "The Dame was Loaded" e "Mission Critical", a Piko anunciou mais um jogo para 22 de janeiro: "Eric the Unready", um adventure que parodia adventures, com muito humor e deboche.
A jogabilidade lembra um pouco "Maniac Mansion" com menus de opções de ações (Buy, Enter, Drop, etc) e outro com os itens que o protagonista carrega (muitas vezes deve-se combinar opções nos dois menus). Esse tipo de jogabilidade pode parecer datado para a galera mais nova, mas a história do jogo  vai agradar quem gosta de paródias e jogos bem humorados.

Só para constar... esses jogos (exceto "Dragon View") já estavam disponíveis na loja GOG, pela própria Piko, mas só agora chegarão à Steam. Cada um compre onde preferir.

12 de jan. de 2019

"Dragon View", RPG do SNES, chega dia 22/01 na Steam


A Piko Interactive começa 2019 com uma boa surpresa para os fãs de RPGs antigos: dia 22 desse mês um RPG não muito lembrado do SNES vai estar disponível na loja Steam, "Dragon View"!
Lançado originalmente em 1994, "Dragon View" é uma continuação do "ame-ou-odeie" "Drakkhen" (PC e  SNES), sendo intitulado no Japão de "Super Drakkhen", embora tenha pouco em comum com o primeiro jogo, exceto o uso de um pseudo 3-D para se movimentar pelo "mundo"/ overworld, passando para 2D nas dungeons e em vilas ou cidades.
Eu, para ser franco, nunca joguei "Dragon View". Vi uns vídeos agora a pouco e achei razoavelmente interessante, com o combate me lembrando superficialmente "Sword of Vermillion" do Mega Drive. Como sou um grande fã de RPGs antigos, vou dar uma chance.
Já dá para colocar o jogo na lista de desejos/wishlist da Steam. É só conferir.

P.S: Além de 'Dragon View" a Piko também está trazendo para a loja Steam mais dois jogos, "Mission Critical" e "The Dame was Loaded", ambos já disponíveis anteriormente na loja GOG. Em outra ocasião falo desses dois. Fiquei jogando "Adellos" até agora e estou com sono.

11 de jan. de 2019

Serviço de Utilidade Pública OSD- As cores dos power-ups de "Satellite-7" (+ dica)


Que tal aproveitar o final de semana jogando "Satellite-7" do Master? 
Não? Nem pensar?
Ah, bem... enfim... de qualquer forma dos do OSD vamos dar uma força para identificar cada um dos power-ups desse shooter das antigas!

Em "Satellite-7" o jogador consegue um power-up juntando CINCO estrelas da mesma cor. Cada cor é um power-up diferente. Abaixo segue a lista:

* Estrelas VERMELHAS: Conferem TIROS MAIS RÁPIDOS/ RAPID FIRE enquanto o botão de tiro for mantido pressionado;
* Estrelas VERDES: Conferem INVENCIBILIDADE por um tempo limitado.
* Estrelas ROXAS: Aumentam a VELOCIDADE do satélite.
* Estrelas AMARELAS: Dão uma quantidade aleatória de pontos extras para o score do jogador.
* Estrelas BRANCAS: UMA VIDA EXTRA.

Os bônus concedidos pelas estrelas VERMELHAS e ROXAS são perdidos quando se perde uma vida.

E como não faço questão de fazer outro post falando de "Satellite-7" aproveito e deixo uma dica aqui para se conseguir INVENDIBILIDADE PERMANENTE:

PAUSE  o jogo. Com o jogo pausado aperte o BOTÃO 1 TRÊS VEZES e em seguida o BOTÃO 2 SETE VEZES.  
ATENÇÃO! Enquanto estiver invencível devido ao uso desse código o jogador NÃO poderá coletar estrelas.
Para cancelar essa invencibilidade permanente basta pausar o jogo de novo e sair do pause em seguida. Caso queira a invencibilidade de volta, o jogador terá que entrar de novo com o código.
Repita isso quantas vezes der na tua telha e bom jogo.

8 de jan. de 2019

Satellite-7


Muitos dos títulos da primeira leva de jogos do Famicom e do Sega Mark III no Japão não conseguiram fazer o caminho até o ocidente e serem oficialmente lançados para suas contrapartes ocidentais, NES e Master System, e isso por várias razões.
Alguns foram considerados "estrangeiros demais" para o público ocidental da época, enquanto outros foram considerados crús demais, ou sem graça e pouco atraentes ou simplesmente muito ruins para serem levados para outras regiões. Lançado ainda em 1985 no Japão pela própria Sega, "Satellite-7" foi um desses títulos que, por alguma razão ou outra, não alcançou o outro hemisfério.

História e Roteiro


Tudo bem que os jogos da época, em especial os shooters, tinham como foco a ação e alcançar um score alto, mas "Satellite-7" chega ao cúmulo de ter menos do que um fiapo de história! Chega a ser difícil achar qualquer informação sobre o enredo desse jogo na internet!
Basicamente o planeta está sob ataque de pragas como estrelas do mar e cavalos marinhos voadores, sob o comando de algo que parece um caranguejo ermitão, e o dispositivo de defesa conhecido como Satellite-7 ("satélite-7 em tradução livre e bem óbvia) é a única chance de salvação. É isso.
Ah... e tem umas mariposas verdes e uns bichos que parecem uns trilobitas albinos também!
Interessante, hein?

Gráficos


Gráficos fracos e sem graça. "Satellite-7" talvez seja o SHMUP cuja nave que o jogador controla tenha o pior design de todos! O que era para ser um satélite de defesa mais parece um tanque voador esquisito e mal feito! Na capa do jogo os satélites aparentam ter a forma de besouros, mas no jogo não são nem de perto parecidos com algo assim.
Os cenários são simplistas e mortos. Muito sem graça no geral e conseguindo ainda piorar em alguns pedaços, como o trecho em que o solo tem cor de vômito.
Falando de forma bem geral, o que o jogo tem de melhor em termos de gráficos são os inimigos. Não que sejam grande coisa (são no máximo passáveis) mas, pelo menos, você consegue identificar o que são (a maioria deles, pelo menos). Mesmo o chefão do jogo não foge disso. Seu visual é passável e nada mais.
Mesmo para um jogo de primeira fornada, os gráficos de "Satellite-7" são decepcionantes, bem abaixo da capacidade do console de 8 bits.

Música e Efeitos Sonoros

Assim como os gráficos, tanto as músicas quanto os efeitos sonoros do jogo são fracos. Os efeitos sonoros, em especial, são inexpressivos, e isso a tal ponto que não se tem mais o que dizer sobre eles.
O jogo possui apenas três músicas, a da tela de abertura, a música do jogo em si e a de Game Over. A música de abertura é muito ruim, sendo estridente, curta e repetitiva, enquanto a música de Game Over simplesmente passa batida, sem chamar nenhuma atenção. A (única) música de fase até que não é ruim, mas cansa o ouvido bem rápido.

Controles e Jogabilidade


Os controles são bem simples e responsivos, lembrando o estilo de "Xevious" ou de "TwinBee", com um botão para disparar e outro para atirar bombas no solo. Os tiros da nave são OK, mas prepare-se para aprender a ter uma precisão quase cirúrgica quando tiver que usar as bombas terrestres. Outra coisa... também prepare-se para controlar a coisa mais lenta dentre todas da tela de jogo.
O satélite é lerdo, movendo-se devagar e com uma dirigibilidade pouco ágil que torna difícil esquivar de disparos a curta distância ou de inimigos metidos a kamikaze que descem tela abaixo a toda velocidade.
O pior de tudo, entretanto, é voltar ao jogo após perder uma vida! Tanto a tela quanto os inimigos continuam se movendo a todo vapor, mas você não controla o satélite logo de cara quando ele retorna! O satélite surge a borda inferior da tela e sobe verticalmente uns cinco centímetros sozinho e mesmo depois que ele para ainda demora um momento para obedecer aos seus comandos! Simplesmente perfeito para um inimigo se jogar contra você ou levar um tiro a queima roupa.

Dificuldade

"Satellite-7" é difícil, como era de praxe entre os SHMUPs dessa época, mas grande parte da dificuldade advém das limitações de mobilidade do satélite. Sim, existem enxames de inimigos atirando e se mexendo de forma errática pela tela, mas seu pior inimigo são mesmo a falta de velocidade e agilidade do satélite de defesa.
Mesmo os poucos power ups do jogo não ajudam muito... primeiro que para consegui-los é trabalhoso: deve-se juntar cinco estrelas, que aparecem pela tela, de uma mesma cor. São cinco cores diferentes de estrela, cada uma dando uma vantagem no combate ou uma vida (juntar cinco estrelas verdes confere invencibilidade por um curto espaço de tempo, por exemplo), mas, francamente? Consegui-las dá mais trabalho do que compensa. A cor das estrelas em cada lugar da tela varia a cada jogo e os power ups (com exceção da vida, obviamente) duram pouco ou são pouco úteis. Em muitos momentos simplesmente não vale a pena se arriscar para pegar uma estrela.
Uma diferença de "Satellite-7" para a maioria dos outros jogos é que só existe um único chefão, um caranguejo gigante cuja quantidade de tiros para ser derrotado varia bastante, no jogo todo, mas aparecendo várias vezes no correr da partida.
"Satellite-7" não possui um final específico, mas em um determinado momento, o chefão caranguejo gigante aparecerá em frente a um shiro /castelo japonês e, após ele ser derrotado, o jogo volta para o início, ciclicamente.

Comentário Final


"Satellite-7" é um jogo fraquíssimo, com pouco para chamar a atenção de alguém para jogá-lo, ou para prender o interesse de quem arriscou conhecê-lo. Mesmo se você for um viciado em shooters não há muito aqui de interessante e existem títulos muito melhores desse estilo no Master System para você gastar o seu tempo.
Uma das poucas atrações de "Satellite-7" é a possibilidade de dois jogadores poderem jogar simultaneamente, mas mesmo assim não vale muito a pena.
Também acho que será um tanto difícil achar alguém disposto a jogar esse jogo contigo...

NOTA: 3,0

Curiosidade 1: Apesar de nunca ter chegado oficialmente ou em mídia física ao ocidente, a Tectoy incluiu "Satellite-7" em algumas versões de seus Master Systens com jogos na memória e até em outros produtos seus como o Tectoy DVD Karaoke Game DVT-G100.
Ehhh... valeu, Tectoy...
Eu acho...

7 de jan. de 2019

Divagações Oldschool: Outro jogo antigo com capa terrível #10



Falando seriamente... olhe para a ilustração acima.
Sim, eu sei que é pedir demais, mas faça um esforço.
Agora, sem consultar o Google nem nada, responda... a que tipo de jogo essa capa pertence?
Eu teria chutado que seria de algum jogo de plataforma caricato e cheio de humor rasteiro, tipo "Boogerman" ou "Earthworm Jim", mas não é...
É um jogo de luta. Não, não estou zoando.
Não vou entrar na questão se o jogo é bom ou não. Aviso apenas que é um jogo trash, com um par de boas ideias não muito bem executadas e um antagonista, Mongu the Fat, que claramente é um arremedo de plágio do Jabba the Hut. Vamos ao que realmente importa.
O que o cretino responsável por essa atrocidade de capa tinha na cabeça?
Para encurtar a história, isso na capa é uma... versão... do vilão do jogo, o tal "Fatman". Se o original já não era grande coisa (na verdade é um os vilões mais toscos e menos impressionantes que já vi), essa... representação... conseguiu a proeza de estabelecer novos padrões na escala do ridículo.
Mas... por que isso? Para que algo assim? Isso foi alguma piada? Uma tentativa de ser irreverente e original? Os caras estava bêbados?
Não dá para acreditar...
Olhe de novo para a ilustração.
Sim, eu sei que estou forçando a amizade, mas vá lá...
Poucas vezes vi algo tão ridículo. Não tem desculpa para algo assim. Os caras transformaram a metade inferior do rosto de alguém em um personagem que preza pela falta tanto de proporcionalidade quanto de bom gosto e ainda acharam que estavam produzindo algo legal? Não é possível...
E quem aceitou pagar esse mico? Tiraram no palitinho para decidir quem ia ser o infeliz que ia usar batom roxo e... interpretar... Mongu the Fat? Acharam que alguém teria vontade de comprar um jogo com uma capa assim? Tipo "Cara! Olha isso! Parece um refugo daqueles programinhas de TV educativa que ninguém assiste! Eu tenho que ter isso na minha estante"? Acharam mesmo? Sério?
Parece até que o estúdio de design responsável pela capa não tinha nenhum desenhista disponível no momento e o chefe teve que tomar uma decisão estilo "O prazo termina amanhã! Rápido! Corre na lojinha da esquina e compre um batom roxo, um lápis de olho e duas bolas de gude"? Só pode ser isso, porque é difícil acreditar que aquela... coisa... seria fruto de uma decisão artística devidamente calculada.
Ou então estava todo mundo bêbado mesmo...

5 de jan. de 2019

Jogos no Steam para Retrogamers #19

Primeiras dicas de jogos retrô disponíveis na loja Steam para você, caro gamer parado no tempo! Ou seria melhor dizer a primeira dica? Ou seriam as primeiras sete dicas? Porque em geral eu indico uns três ou quatro títulos, mas dessa vez é apenas um título, mas que, ao mesmo tempo, é uma coletânea com sete jogos retrô diferentes, o "Retro Game Crunch"!
O "Retro Game Crunch" é uma coletânea (ou "bundle", como falam hoje em dia) desenvolvida por Rusty Moyer, Shaun Inman e Matt Grimm, com sete jogos originais feitos ao estilo 8 bits. Cada um dos sete jogos é bem diferente dos outros, tendo uma boa variedade de estilos, desde plataforma e shooter até um jogos de raciocínio e puzzle!

Vamos dar uma olhada neles, um de cada vez! 

#1- Super Crew Land

Jogue se estiver com saudades de: "Kirby Dream Land" (Game Boy); Kirby Adventure (NES)


Sinopse: Um jogo de aventura estilo plataforma onde você controla uma pequena criatura verde que tem a capacidade de evoluir e adquirir as habilidades dos inimigos devorados. Tem também um tanto de exploração envolvida, o que o deixa ainda mais interessante.

#2- End of Line

Jogue se estiver com saudades de: Krusty's Fun House (NES; Mega Drive; SNES)


Sinopse: Um jogo de raciocínio e puzzle com uma premissa um tanto perturbadora... você controla as ações de um (aparentemente) simpático androide azul que deve destruir os robôs de reparação automática, precisando por vezes achar formas criativas de alcançá-los, e assim impedir de ser consertado quando ele se auto-destruir.
Ou seja... você, basicamente, ajuda o androidezinho a se matar! 
Como puzzle é de fato divertido, mas mas não deixa de ser um tanto bizarro e esquisito...

#3- GAIAttack

Jogue se estiver com saudades de: Popeye (NES); Bubble Bobble (NES; Master System), Mario Bros (NES), Snow Bros (NES; Mega Drive)


Sinopse: Um jogo de ação onde você controla um dos quatro campeões (na verdade, um de qutro bichinhos fofinhos) convocados por Gaia para acabar com as pilhagens e destruição causadas pelos Sky Pirates ("Piratas Aéreos" em tradução livre. Pode ser jogado por até quatro jogadores simultaneamente. É legal, mas é de fato mais divertido quando jogado com os amigos.

#4- Paradox Lost

Jogue se estiver com saudades de: Metroid (NES); Guardian Legend (NES)



Sinopse: Um jogo estilo plataforma "metroidvania" onde, após cair com seu avião, uma aventureira chamada Abby encontra uma arma que na verdade é um dispositivo que permite viajar no tempo. A aventura se alterna por três períodos temporais distintos e, além de ação, tem bastante exploração e uns puzzles pelo caminho.
Não é ruim, mas sinceramente eu esperava um pouco mais desse jogo...

#5- Wub-Wub Wescue

Jogue se estiver com saudades de: Donkey Kong Jr (NES); BurgerTime (NES); Nuts & Milk (NES); Mappy (NES)



Sinopse: Um joguinho que lembra os arcades da primeira metade dos anos 80, onde um cãozinho da raça pug deve se aventurar na selva para salvar seu dono.

#6- Brains & Hearts

Jogue se estiver com saudades de: Dice Puzzle (Atari 2600)



Sinopse: Um jogo de raciocínio envolvendo matemática e cartas, passado dentro de um sonho de Albert Einstein.

#7- Shuten

Jogue se estiver com saudades de: The Ninja (Master System); Arkista's Ring (NES); Gun.Smoke (NES)



Sinopse: O melhor jogo do bundle da minha opinião! Um shooter vertical caprichado onde você se controla um samurai que tenta salvar sua vila ameaçada pelo despertar de antigas divindades. Eu teria comprado esse jogo mesmo que ele fosse vendido apenas individualmente!
E o nome me parece uma versão pseudo-nipônica e bem humorada de "Shoot them". Boa sacada!

Terminamos por hoje, pessoal. Na próxima postagem dessa seção tudo volta ao esquema anterior, exceto se me der vontade de fazer algo diferente novamente.
Bom jogo a todos.

4 de jan. de 2019

Versão remasterizada de "Gods" chega na Steam



A versão remasterizada do game cult "Gods" do estúdio cult Bitmap Brothers foi lançada sem muito alarde na loja Steam (chegou dia 4 de dezembro passado e só fui descobri hoje). Como fã do Bitmap Brothers só posso dizer que estou um tanto decepcionado... acho que fica mais fácil enumerar as razões:

* O jogo NÃO é o jogo original apenas com uma opção de alterar os gráficos (como fizeram, e muito bem, com "The Secret of Monkey Island"). Refizeram o jogo com alterações como colocar SAVE POINTS em alguns pontos.
* Os gráficos novos não são grande coisa. Os gráficos originais estão presentes (pode-se trocar apertando um botão, segundo a página da Steam) mas a frame rate foi modificada. Quem quer jogar de novo o original conforme suas lembranças vai estranhar um pouco.
* A trilha sonora original foi substituída por uma nova (Parece que por questões de copyright). Eu não ouvi muito da nova, mas como gostava da antiga, para mim é um ponto negativo.
* Mais caro do que eu esperava..está na loja a R$37,99... Eu esperava no máximo uns R$20,00 por um remake de um jogo não tão conhecido nem tão popular. Não entendam mal... "Gods" merecia ser mais popular? Sim, merecia, mas o caso é que não é. Está mais para um cult do que qualquer outra coisa.

Um ponto que estou neutro:

* Os controles foram modificados ("better controls", a página afirma). Não acho impossível a jogabilidade ter melhorado, mas gostaria de experimentar e dizer se estranhei muito ou pouco, e se me adaptei rápido.

Bom... Ainda pretendo comprar? Não sei... em uma promoção que esteja a preço de banana, é provável que eu compre. Em qualquer outro caso... não. Realmente não é o que eu esperava. Eu preferia um port do orginal com a opção de alerar os gráficos para a versão remasterizada e a opção de salvar em um estilo "Save State". Basicamente gostaria que tivessem feito com "Gods" o que a Disney Interactive fez com "The Secret of Monkey Island". Não é o caso,

3 de jan. de 2019

Divagações Oldschool: Outro jogo antigo com capa terrível #9

Primeiro post do ano e que forma melhor de começar mais um ano que não promete nada de bom do que com uma capa bizonha de algum jogo antigo?
Dessa vez tenho que admitir que é de um jogo que ainda não joguei, ao contrário de todos os outros de que falei até agora (sim, eu joguei "Phalanx" do SNES), pois esse jogo de hoje saiu apenas para o Commodore 64, uma plataforma que tive pouquíssimo contato.
Em geral prefiro falar apenas de capas de jogos que conheço de primeira mão, mas não dá para não dizer nada quando você esbarra com isso na internet:


 Sim. É essa a arte da capa do jogo "Blood n' Guts". É sério. Como falei acima nunca joguei o jogo (e vendo essa capa não me anima nada em jogar), mas li que lembra o "Caveman Games" do NES então sei mais ou menos do que se trata: uma versão sangrenta e caricata de jogos olímpicos, só que dessa vez estrelando supostos bárbaros.
Não vou entrar no mérito do jogo ser bom ou não... vou me ater apenas a capa, o que, convenhamos, já é o suficiente... é tanta tosquice junta que é até difícil escolher por onde começar...
Bom...vamos lá... a arte, falando de forma bem geral, é, na melhor das avaliações possíveis, amadora. Extremamente amadora. Amadora padrão moleque de 10 anos que no lugar de estudar na sala de aula fica desenhando na última folha do caderno- e um moleque de 10 anos sem muito talento e que nunca na vida pisou em um curso de desenho, diga-se de passagem!
Por que escolheram o trabalho de alguém com essa total falta de técnica? Mistério... talvez fosse o irmão mais novo de algum dos programadores, ou então o dono da empresa esqueceu pela 4o vez consecutiva o aniversário do filho e para tentar se redimir mandou usarem algum desenho do moleque como capa do jogo, e assim tentar fazer o garoto esquecer o quanto o papai é negligente... Acho plausível. Bem mais plausível do que por terem achado essa ilustração esteticamente adequada.
Quanto a ilustração em si... o que dizer? Três sujeitos vestidos com sobras de figurino do filme "Spartacus" de 1960, os quais os produtores do jogo querem que acreditemos serem guerreiros bárbaros. Vamos analisar um por um.
Olhe o sujeito mais a direita... o que roubou as botas do Conan e tem um péssimo gosto para fivela de cinto... olhe bem para ele... cabelo de cantor de dupla sertaneja do início dos anos 90 e um bigode imitando vilão chinês de filme velho! A combinação de cabelo mullet e bigodinho Fu Manchu com certeza deixou esse cara com o visual mais "vem cá meu puto" de todo o mundo gamistico! 
E o que é aquilo embaixo dele? Um gato alienígena? Um lêmure mutante? Uma arte conceitual de algum pokemon rejeitado? Que bicho mais ridículo... não é a toa que o sujeito do bigodinho está querendo cagar nele...
Depois, agachado a esquerda... sim, o sujeito que sonha ser o Juma* quando crescer e se veste de rosa para mostrar que está seguro de sua masculinidade. Provavelmente também acha que carregar um cabo de vassoura quebrado ao se vestir assim o torna mais intimidador. Ou talvez o cara fosse simplesmente daltônico... ou melhor ainda! Talvez o ilustrador fosse daltônico! Isso explicaria muita coisa, como o chão que mais parece sopa de ervilha derramada do que um gramado...
Por fim, o careca apoiado no menir onde, para horror dos druidas que o colocaram ali, gravaram o nome do jogo. O sujeito parece um monge shaolin banido de algum templo- provavelmente porque preferia ficar enchendo a cara no lugar de treinar kung fu... os outros dois pelo menos estão carregando armas (quer dizer, um está carregando um cabo de vassoura, mas vá lá...nem todo mundo pode empunhar uma Excalibur, né?),  enquanto o careca está carregando uma caneca em forma de chifre cheia de goró! Será que está vestido de amarelo para ninguém reparar quando ele vomitar em cima de si mesmo, completamente bêbado? Agora, uma coisa eu devo admitir... não é qualquer um que consegue transformar uma caneca de bebida em um gêiser portátil! Não sei no que isso seria útil no campo de batalha, mas que é maneiro, é!
Por fim, um céu era para ser algo tormentoso, tempestusoso e assustador, mas parece mais uma gigantesca mão negra se preparando para apanhar esse desenho e jogá-lo na lixeira mais próxima- um fim não muito heroico, mas merecido.
Vou parando por aqui, porque essa é daquelas ilustrações que quanto mais você olha, pior fica. Depois dessa, acho que vou ter que lavar os olhos com água sanitária. Se alguém aí se animar em jogar "Blood n' Guts" apesar da capa, me conta depois o que achou- apenas não me responsabilizo por quaisquer danos ou traumas sofridos por olhar essa capa por muito tempo! Já deixo isso bem claro!


*Juma é um guerreiro kushita que aparece em algumas histórias do Conan, como um dos melhores amigos e mais fortes aliados do Cimério. Foi originalmente criado pelos escritores L. Sprague de Camp e Lin Carter, que assumiram a escrita das histórias do Conan, O Bárbaro após a morte do criador original, Robert E. Howard.