24 de jan. de 2018

A série de jogos "Grow" da Eyezmaze



Nunca fui muito fã de jogos feitos em flash. A maioria dos que joguei foram apenas perda de tempo. Porém... existem exceções, e dentre elas os jogos "Grow" da Eyezmaze.
Basicamente são jogos estilo puzzle, onde você escolhe itens que apareceram em um cenário (quais itens e qual cenário varia de jogo para jogo). O item escolhido causa algum tipo de efeito ou consequência no cenário, e pode (ou não) interagir ou reagir com outros itens previamente colocados, causando novos efeitos ou consequências (alguns inclusive negativos). Cada item também pode se desenvolver com o tempo, alterando sua aparência e causando novos efeitos junto a outros itens. Conforme os itens se desenvolvem e/ou interagem com outros, eles sobrem de n´vel ("level") e um jogo é considerado "zerado"/ vencido quando se atinge nível/ "level" máximo ("MAX") em todos os itens.

O site tem muitos jogos, alguns diferentes da série "Grow" mas aqueles que eu considero imperdíveis são:

* Grow Cube
* Grow Park
* Grow RPG
* Grow Valley
*Grow Island

A arte dos jogos em geral é muito legal, assim como as músicas são bem agradáveis. É difícil dizer qual é o meu favorito... acho que ficaria empatado entre "Grow RPG" e "Grow Valley".
Todos os jogos da Eyezmaze são gratuitos (embora doações sejam aceitas), então pode jogar a vontade.
Infelizmente, desde 2016 o site anda muito parado, sem atualizações e sem novos jogos. Fico na torcida que isso mude em 2018!

Os jogos são muito legais e um ótimo passatempo. Recomendo bastante! Para conhecer os jogos da Eyezmaze, é só clicar no link abaixo:

http://www.eyezmaze.com/


Obs:  Foi lançado em 2016 um aplicativo que permite jogar os jogos da série "Grow" em smartphones. Procure por "Grow Pack" na loja de aplicativos. O aplicativo é pago, entretanto.

18 de jan. de 2018

Meus dez retro-jogos favoritos

Primeiro de tudo... o que eu chamo de retro-jogo? São jogos feitos nos dias de hoje mas seguindo a estética e os padrões de jogos do passado, das gerações de 8 e 16 bits, por exemplo.
A lista abaixo são dez desses jogos que considero meus favoritos- E não estou dizendo que são os melhores, são os que gostei mais. Apenas isso.

Uma última coisa... Não incluí retro-jogos que ainda não tive a oportunidade de jogar, como é o caso de "Shovel Knight".

#10- Pier Solar



"Pier Solar" é um pioneiro, tendo surgido antes de que jogos retrô se firmassem no mercado como um estilo permanente. Foi lançado originalmente como cartuchos para o Mega Drive e só alguns anos depois distribuído digitalmente. Infelizmente sua produtora, a Watermelon, parou por aí e nunca mais lançou nada.
RPGs são um dos meus estilo de jogo favoritos, empatado com jogos de plataforma e infelizmente quase todo retro-jogo de RPG lançado hoje em dia é feito no RPG Maker. Pier Solar é original em tudo, desde o engine até trilha sonora. Premissa interessante, protagonistas muito cativantes e um mundo grande a ser explorado, com direito a side quests. O único senão de "Pier Solar" é que o roteiro tem alguns furos e inconsistências, que dificultam um tanto o compreendimento da história, por isso acabou na décima posição

#9- Handsome Mr. Frog



Sabe aquele jogo que você não dá nada por ele de início e depois acaba se viciando? Foi o caso de "Handsome Mr. Frog" comigo. É um jogo de ação bem casual, com uma premissa bastante satírica (o indie mr. Frog teve seus chapéus roubados por um bando de "normalzinhos" e agora deve recuperá-los) e bastante divertido. Lembra um pouco clássicos como "Bubble Bobble" mas tem personalidade própria. seu maior defeito é ser daqueles jogos em looping, sem um final verdadeiro.

#8- Supercharged Robot VULKAISER



Jogos de "navezinha" são um dos mais clássicos estilos oldschool. "Supercharged Robot VULKAISER" tem todos os elementos dos bons shooters do passado e ainda acrescentou alguns elementos próprios, como a roupagem que homanageia os seriados japoneses dos anos 70 (me lembra em especial o clássico "Pirata espacial' do grande Go Nagai). As dificuldades são bem calibradas, sendo o "easy" bem acessível, o "normal" é desafiante e o "hard" simplesmente enlouquecedor. A última fase me lembra um shooter pouco conhecido de NES mas que eu gosto bastante, "Abadox". Eu canso os dedos jogando "Vulkaiser" mas até agora não enjoei.

#7- Volgarr the Viking



Fantasia medieval é uma das ambientações que mais gosto, daí sempre ter gostado de jogos como "Rastan" do master system. E se você gosta de "Rastan" então "Volgarr the Viking" é uma aposta certa. O jogo tem tudo que deveria ter... espadas, lanças, escudos, elmos, tesouros e centenas de homens- lagarto para serem trucidados. Seu grande senão é a dificuldade absurda, daquelas que faz ter vontade de jogar o controle contra a tela.
Ah, falando no Rastan... ele faz uma participação especial no jogo, ou melhor, seu esqueleto faz..

Rastan, é você?

#6- Alwa's Awakening



Um jogo que vem na trilha dos antigos jogos de aventura estilo plataforma. A premissa é bem clássica, uma jovem de nosso mundo é transportada para um outro mundo mágico dominado por forças malignas e um tirano sinistro (não necessariamente nessa ordem) e agora cabe a ela resolver a situação. O jogo tem muita coisa que eu gosto, como muita exploração e itens que conferem novas habilidades, mas em alguns momentos fica meio confuso o caminho a seguir e aí acaba-se dando voltas e voltas, mais ou menos o que rolava em "Valis: The Fantasm Soldier" do NES,  o que é realmente bem irritante. "Alwa's Awakening" acabou na sexta posição por isso.

#5-Maldita Castilla



Um jogo gratuito do grande Locomalito, desenvolvedor espanhol indie especializado em jogos retro e que os disponibiliza gratuitamente em seu site ( https://www.locomalito.com/  ). "Maldita Castilla" é um caprichado jogo plataforma ao estilo de "Ghouls'n Ghosts" e "Ghouls'n Goblins", ambientado na velha Castela medieval e com criaturas saídas da mitologia européia (espanhola, em especial).
O jogo ganhou uma versão expandida, disponível na loja Steam. Vale a pena conferir.



#4- Shadows of Adam


Até o momento o melhor RPG "estilo JRPG antigo" que já joguei. O jogo tem uma história mais complexa do que parece inicialmente, cenários variados, muito combate onde as diferentes habilidades dos protagonistas fazem a diferença além de Zak & Nik, dois dos antagonistas mais simpáticos que já vi, tanto em jogos antigos quanto retro. Apenas evite se você não goste de RPGs... é um jogo de nicho mesmo.

#3- Oniken



"Oniken" é obra da JowMasher, uma das melhores empresas a produzirem retro-jogos atualmente, e esse jogo junta duas coisas que gosto bastante: ação estilo plataforma e ficção científica estilo "U.S Mangá". A Terra sendo invadida por alienígenas detentores de alta tecnologia e a última esperança é um espadachim calado e mal encarado-Afinal se não for na base da espadada, como salvar o mundo? "Oniken' é um jogo desafiante e conta com uma arte pixelada de primeira.
Ah... E os anos 80/90 foram o momento quando os melhores animes de ficção científica foram criados, em especial em se tratando de OVAs. Nunca ninguém vai me convencer do contrário.

#2- Stardew Valley



Gosto bastante de jogos de simulação, e um de meus favoritos era o "Harvest Moon" do SNES. O que dizer então de um jogo que conseguiu pegar perfeitamente o espírito da franquia "Harvest Moon" e ainda acrescentou muita coisa boa por conta própria, como "Harvest Moon" fez? O jogo é um dos que mais gastei horas na Steam  (mais de 170 horas até o momento) e continuo jogando para conseguir ver todas as linhas de história de todos os personagens. E a trilha sonora é de primeira! Plantar batatas nunca foi tão legal.

#1- Odallus: The Dark Call



Fantasia medieval e terror são uma mistura que costuma dar bons resultados- a franquia "Castlevania" está aí como prova. E para um grande fã de "Castlevania" como eu, "Odallus" é um prato cheio. Sua pixel arte é tão boa que conseguiu superar "Oniken", do mesmo desenvolvedor. O jogo tem detalhes muito legais, como você poder revisitar fases já ultrapassadas e alcançar novas áreas através do uso de novos itens e equipamentos, o que incentiva a exploração. textos encontrados durante o jogo também aprofundam a história, dando mais detalhes do cenário onde a ação se desenrola. O desafio é grande, em especial aquele maldito chefe da parte em que se consegue as asas, mas é daqueles jogos que é difícil de se desgrudar.

Menções Honrosas

* Gunmetal Arcadia Zero


Um jogo de aventura estilo plataforma bem legal. É relativamente curto e não tem nada de realmente extraordinário mas me diverti bastante com ele.

*Slain: Back from Hell


Um dos jogos mais heavy metal que já vi, em um clima bem dark, com muito gore. Um jogo de fantasia medieval de aventura estilo plataforma com um "quê" de ilustração de Boris Vallejo ou Frank Frazetta; de quadrinhos do Alcatena e álbuns de speed ou gothic metal.
O maior senão de "Slain" é que alguns inimigos de fase, como os esqueletos gigantes, são muito chatos de derrotar e isso quebra o ritmo do jogo.


E é essa a minha lista.  Acho que vale a pena lembrar mais uma vez que essa é um lista baseada em gosto pessoal! Se algum jogo que você adora não entrou nela, não precisa se exaltar. Quem quiser deixar a sua própria lista de favoritos nos comentários, sinta-se a vontade. 
T.





16 de jan. de 2018

OSD não recomenda- Ninjahtic Mind Tricks


"Ninjahtic Mind Tricks" é um jogo da Blaze Epic que, para começo de conversa, já parece igual a qualquer outro jogo da Blaze Epic que você tenha jogado, como por exemplo "An Imp? A Fiend!", apenas com mudanças cosméticas. 
O jogo, teoricamente, é um jogo de ação ninja, misturando lutas com habilidades de salto em cenários difíceis, mas é fraco no primeiro quesito e consegue ser no máximo mediano no segundo. As lutas são sem- graça e, se a parte de habilidade consegue ser até interessante em alguns pontos, em outras é apenas frustante e maçante, dependendo mais de paciência do que de habilidade propriamente dita para ser ultrapassada. Outro ponto é que os movimentos do herói e seus saltos parecem muito artificiais, como um filme de kung fu dos anos 70 mal coreografado.
Os gráficos, mesmo não sendo tão ruins de fato, parecem uma versão amadora ou mal acabada do estilo de "Mega Man". Os cenários são repetitivos e na maior parte do tempo tem-se a impressão de se estar vagando pela mesma tela permanentemente. 
A história, se é que podemos chamar assim, é confusa, truncada... no fim das contas você fica sem saber direito porque o herói luta. Nada é explicado sobre a ambientação... por que a cidade está tão dilapidada? O que causou isso? E aqueles NPCs no fundo de algumas telas? Não se pode falar com eles e eles parecem estar completamente alheios do péssimo estado da cidade onde vivem!

Os figurantes fantasma de uma cidade semi-destruída
Música e efeitos sonoros são insípidos. Não lembro de nada que se destaque nesse campo em se tratando de "Ninjahtic Mind Tricks".
O jogo não é tão difícil. Frustante, maçante e tudo mais que já disse acima, mas não realmente difícil. Joguei-o por apenas 7 horas e cheguei ao final. Aliás... "Ninjahtic Mind Tricks" tem um dos piores finais que já vi em um jogo de videogame! Pior até do que a tela preta escrito "congratulations" em letras brancas de alguns jogos de NES das primeiras fornadas. Não faz sentido nenhum, pelo contrário... é confuso e bastante criptográfico.

Como classificar "Ninjahtick Mind Tricks"? Um jogo abaixo da média, sem enredo claro e final menos ainda. Não foi a pior coisa que já joguei, admito, mas ainda assim... não recomendo.


15 de jan. de 2018

"Blazing Chrome" da JoyMasher



Março de 2017 saiu o primeiro trailer do novo projeto dos criadores de "Oniken" e "Odallus",  um jogo de ação estilo "Contra" chamado "Blazing Chrome". Fui dar uma conferida no site deles e, infelizmente, o jogo ainda está em desenvolvimento- se bem que levando em consideração o capricho e perfeccionismo o pessoal da JoyMasher isso não é de espantar.
Não vou mentir que não estou ansioso pelo jogo, afinal "Odallus" é meu retro-jogo favorito empatado com "Stardew Valley", e realmente espero coisa boa de "Blazing Chrome". Quem sabe sai até junho ou julho?
Enquanto esperamos, vou deixar aqui o trailer disponível no You Tube, para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de assistir.


14 de jan. de 2018

Jogos no Steam para retrogamers #10

Metade de janeiro já foi e nem parece... antes que o carnaval chegue vamos deixar umas dicas para você ir jogando no que resta do primeiro mês do ano.

SUGESTÃO #1

Se você está com saudade de jogar: "Zelda II: The Adventure of Link" (NES); "Battle of Olympus" (NES); "Phantom Fighter" (NES); Faxanadu (NES)

Tente: Gunmetal Arcadia Zero



Sinopse: Um inimigo misteriosos se aproxima da cidade de Arcadia, e  jovem elfo Vireo se envolve na luta para proteger a cidade,  lutando contra estranhos inimigos seja dentro da própria cidade seja em florestas, ruínas ou no próprio ninho das criaturas. Um jogo de plataforma típico com alguns detalhes legais, como várias armas e equipamentos a disposição e a possibilidade de escolher se unir a uma dentre duas facções dos elfos de Arcadia- embora isso traga poucas diferenças no jogo em sí, exceto na hora de comprar armas. Se você gosta de jogos de aventura estilo plataforma, dê uma olhada com atenção nesse jogo.

SUGESTÃO #2

Se você está com saudade de jogar: Populous (Master System/ PC/ Mega Drive/ SNES)

Tente: Fate Tectronics



Sinopse: Um interessante jogo de estratégia e construção de mundo, que pode ser jogado tanto de forma mais casual quanto mais hardcore. Conforme o jogo avança, novas divindades vão aparecendo e com elas novos terrenos podem ser construídos, desde planícies até montanhas rochosas, além de florestas e mares- apenas tome cuidado com os vários desastres possíveis de ocorrer. Mesmo sendo um jogo sem grandes pretensões, é divertido e surpreendentemente bem feito, com bons gráficos e música.

SUGESTÃO #3

Se você está com saudades de jogar: "The Fantastic Adventure of Dizzy" (NES); "Treasure Island Dizzy" (NES)

Tente: Dreaming Sarah



Sinospse: Um jogo de plataforma e exploração bastante surreal, com personagens e cenários tétricos e uma história que fica a cargo do jogador interpretar e construir. Nada é claro em "Dreaming Sarah" exceto que o jogo se passa dentro da mente da protagonista, Sarah, que está em coma. Colete e use itens em vários cenários como uma mansão mal- assombrada, o fundo de um rio, uma mina abandonada cheia de lava e boates frequentadas por personagens bizarros e tente acordar. Bons gráficos e uma trilha sonora notável, "Dreaming Sarah" é um dos melhores jogos de exploração que já joguei. Seu maior problema é ser um jogo um tanto curto.


Três jogos de três estilos bem diferentes para dar variedade a suas sessões de jogo. Em algumas semanas traremos mais dicas. Boa diversão.


13 de jan. de 2018

Warpman


As primeiras fornadas de jogos do NES seguiam a mesma linha dos jogos de arcade e do console rival Atari. Muitos desses jogos, inclusive, eram ports de jogos de arcade, como é o caso de "Joust" ou "Dig Dug", ou sequências/ sucessores espirituais, como é o caso de "Millipede" e de "Warpman".
Lançado em 1985 pela famosa Namco, "Warpman" é um jogo de ação estilo shooter, daqueles de tela fixa, e é algo como uma sequência ou sucessor espiritual de um jogo de arcade lançado em 1981 tanto no Japão quanto nos EUA, "Warp &Warp". Ao contrário do jogo de arcade, "Warpman" nunca foi lançado oficialmente no ocidente, chegando por aqui apenas em cartuchos multi-jogos não oficiais.

História e Roteiro


Em "Warpman" o jogador controla um astronauta armado com uma pistola de raios e que deve combater invasores alienígenas que parecem saídos de uma linha de produtos infantis, os Berobero, e proteger o space world (mundo espacial, seja lá o que isso for...), tanto no próprio espaço propriamente dito, quanto em um labirinto esquisito acessado através de um buraco negro. É isso, sem mais nem menos. Lembre-se que esse é um jogo da primeira metade dos anos 80 cujo objetivo principal era coletar pontos e alcançar um score notável. O roteiro era apenas um mero pretexto para justificar a ação.

Gráficos


Os gráficos não são especificamente ruim. Datados e simplistas sim, mas não ruins de fato. Os sprites dos inimigos são até divertidos embora um tanto genéricos, enquanto o do protagonista é no máximo apenas passável. Os dois únicos cenários são simples, tanto o do espaço quanto o do labirinto, sem muita coisa que os destaque.

Música e Efeitos Sonoros

Um quesito em que "Warpman" deixa muito a desejar... tanto música quanto efeitos sonoros são fracos A tela de abertura sequer tem uma música tema e a música dos estágios é repetitiva ao extremo (se tiver meia dúzia de acordes é muito). Os efeitos sonoros são típicos da época, mas parecem algo reaproveitados de outros jogos. Se eu tivesse que escolher qual dos dois aspectos é um pouco melhor, eu votaria nos efeitos sonoros.

Controles e Jogabilidade


Os controles são simples mas respondem bem, assim como a jogabilidade. É bem fácil controlar o herói espacial, a pistola responde bem e a detecção de dano não é um problema. É o grande ponto forte do jogo.
Preste atenção apenas em um detalhe: ao se trocar de cenário, do espaço para o labirinto, o tipo de jogabilidade muda:
a) No espaço você dispara com sua pistola contra os alienígenas, que disparam de volta contra você, além de você poder disparar contra os tiros dos oponentes e assim neutralizá-los;
b) Já no labirinto o jogo torna-se similar a "Bomberman", onde você deve colocar bombas que explodem após algum tempo, enquanto os inimigos não disparam mais contra você, só te matando se tocarem no astronauta. Cuidado que a explosão da bomba também pode matar o astronauta, caso ele esteja muito perto.
É simples para se trocar de cenário. No espaço deve-se tocar no buraco negro no centro da tela quando ele brilhar (o que acontece após se apanhar um power up específico, mas também de vez em quando de forma aparentemente aleatória). Na fase do labirinto troca-se de cenário ao se aparecer a escotilha. Abra-a com uma bomba e toque nela para voltar ao espaço.

Dificuldade

Para os padrões da época "Warpman"  não é um jogo difícil. Mesmo ao se avançar no jogo a curva de dificuldade aumenta de forma em suave. Eu, particularmente, acho o estágio do labirinto mais difícil que o do espaço, mas também não é nada demais (é muito mais fácil que "bomberman', por comparação).
O jogo possui alguns power-ups que melhoram as armas por um tempo limitado, mas com um diferencial: os power ups só valem para o outro cenário! Os power-ups apanhados no espaço funcionam no labirinto, e vice-versa. Existem também alguns inimigos carregando letras que formam a palavra "EXTRA". Apanhe todas as letras e você ganhará uma vida extra.
Você altera passa de fase após matar uma quantidade fixa de oponentes (24 alienígenas), mas a fase seguinte é praticamente igual, só alterando a posição dos asteróides no espaço e de algumas paredes do labirinto.
Para ser bem franco, a maior dificuldade que o jogador enfrentará é continuar interessado no jogo após algum tempo, pois "Warpman" é um daqueles jogos que cansam rápido e dos quais se perde o interesse após uns quinze minutos jogando.

Comentário Final


"Warpman" é um jogo bastante datado e que não envelheceu bem, tornando-se tedioso em pouco tempo e isso se deve mais às suas próprias limitações que as da época, pois existem jogos do mesmo período bem divertidos, como "Dig Dug"; "Pac-Man"; "Galaga" ou "Centipede". 
O principal motivo que vejo levar alguém a jogar, caso não seja um viciado em arcades da primeira metade dos anos 80, é a curiosidade por jogar algo tão antigo e pouco conhecido. "Warpman" até vale a curiosidade, mas nada além disso. Mesmo a boa ideia de o buraco negro funcionar como um portal que altera o cenário colabora pouco para tornar o jogo realmente atraente ou  menos monótono.


NOTA: 3,0
















4 de jan. de 2018

Advanced Dungeons & Dragons: DragonStrike


Dungeons & Dragons é, indubitavelmente, a maior franquia no mundo dos RPGs (jogadores de "Vampiro- A Máscara", conformem-se). Não é de se espantar então que tantos de seus jogos e cenários tenham recebido adaptações para videogame- em graus bastante variáveis de qualidade, diga-se de passagem...
O NES teve um punhado de jogos da grife "D&D", nenhum recebendo muita aclamação ("Heroes of the Lance" inclusive chega a ser considerado um dos piores jogos da plataforma), mas, dentre eles, um título merece destaque por sua originalidade: "DragonStrike".
Lançado em 1992 pela Pony Canyon, "DragonStrike" é um shooter ambientado em um cenário de fantasia medieval e um exemplo pioneiro de simulador de vôo de dragão. Nada de regras de tabuleiro aqui. Apenas voe, incinere e continue voando.

História e Roteiro



A história do jogo vem de um cenário bastante famoso de Dungeons & Dragons, "Dragonlance", onde os dragões tem papel central. Ambientado na parte final da Guerra da Lança, em "DragonStrike" os exércitos draconianos estão atacando o reino de Ansalon, no mundo de Krynn, e para combater dragões nada melhor do que... mais dragões! Contra dragões vermelhos, verdes e negros nada melhor do que dragões de bronze, prata e ouro, afinal! 
Em "DragonStrike" você controla um solitário cavaleiro de dragão (a cor é da montaria é de sua escolha) na luta contra as forças da deusa malévola Takhisis, a qual tenta tomar de vez o mundo Krynn e mergulha-lo nas trevas. Como fazer isso? Da forma mais dragonesca possível: voando e cuspindo fogo em tudo que se mexe, seja no mar, em pântanos, em florestas e até mesmo cidades.
Bem épico, não? É óbvio... é Dungeons & Dragons.

Gráficos

As três raças de dragões benignas de "Dragonlance"
No geral são legais, mas varia um pouco para baixo em alguns momentos... as cidades, por exemplo, parecem desenhadas a régua, ficando um tanto esquisitas. Em compensação as florestas e regiões costeiras são mais agradáveis aos olhos. 
A tela de abertura e de seleção de dragão possuem arte bem razoável, com dragões bem desenhados e até bastante detalhados para um jogo de 8 bits, e os próprios sprites dos dragões do jogador são bem feitos, tendo ainda um detalhe bem legal, de terem a sombra projetada no chão abaixo da criatura, o que serve para passar uma impressão de altura. Esse detalhe é apenas estético e não afeta em nada o jogo, mas de fato ficou algo bem legal.
Os sprites dos inimigos de fase são mais simples, em especial os inimigos humanos (como os arqueiros) sendo aqueles que os que possuem a arte mais fraca, o que é parcialmente explicado pelo tamanho, pois são obviamente muito menores que outros inimigos de fase como gigantes de pedra, beholders, barcos de guerra, balestras, dragões vermelhos e negros. Os chefes de fase são grandes, ocupando um bom pedaço da tela, e em geral são bem desenhados. Para quem joga ou jogou D&D e/ou AD&D e está habituado com o Livro de Monstros, todos os inimigos são bastante identificáveis. 

Músicas e Efeitos Sonoros

Dragão de Prata apanhando um power up

O jogo possui uma trilha sonora até bem variada, com músicas para a tela de abertura, mapa geral, chefes de fase e mesmo algumas músicas diferentes para diferentes fases. A qualidade das músicas varia de bom (como a da tela de abertura) a mediano (como a música tema do primeiro chefe do jogo, o kraken). No geral combinam com o jogo e embalam bem o vôo do dragão. 
Os efeitos sonoros são simples. Não comprometem, mas também não se destacam.

Controles e Jogabilidade


Aqui começa a complicar... não porque os controles não respondam bem ou algo assim... eles respondem, fique tranquilo, mas "DragonStrike" é um daqueles jogos que os controles são um tanto complicados e precisam de uma boa dose de prática para serem bem assimilados. 
Ao contrário de outros shooters (aqueles de nave espacial ou de aviões) se movimentar não é tão simples, bastando apertar o direcional para a direção desejada. Em "DragonStrike" tentou-se simular da forma mais próxima possível o voo de seres vivos, logo para ir para onde você quiser você terá que manobrar, as vezes até voando primeiro em círculos para acertar o ângulo certo. É um tanto frustrante até se pegar o jeito, de fato, mas quando se habitua o jogo flui bem.
Outro ponto interessante na jogabilidade: o dragão pode voar em duas alturas diferentes (mais alto e mais baixo). Para selecionar a altura basta apertar o direcional para cima para DESCER (a figura de seu dragão na tela ficará menor e ele poderá atacar inimigos ao nível do solo como catapultas, balestras e arqueiros) e direcional para BAIXO para subir para a posição mais alta (a figura de seu dragão fica maior e ele NÃO poderá atacar inimigos ao nível do solo). Sim... direcional para o alto, faz o dragão descer e vice-versa... Demora-se um pouco para se acostumar, já deixo avisado. 
Um último detalhe que não pode ser esquecido: se você estiver voando baixo com o seu dragão e bater em algo do cenário (um árvore ou rochedo) você tomará dano e reverterá automaticamente para a posição de voo alto. Preste muita atenção nesse detalhe.

Dificuldade

O mapa do mundo (world map) de "DragonStrike". Cada dragãozinho vermelho é um estágio do jogo.
"DragonStrike" não é um jogo fácil, mas boa parte da dificuldade liga-se a curva de aprendizado dos controles. As fases iniciais são mais simples, mas os estágios posteriores tem bem mais inimigos na tela e projéteis vindo em sua direção. Alguns dos chefes de fase são consideravelmente enjoados de se derrotar, precisando-se descobrir qual é jeito de atacar- nada que não fosse esperado em um jogo dessa época, convenhamos.
O jogador tem três escolhas de dragão a sua disposição, com diferentes atributos, os quais podem ser conferidos na tela de seleção (S= velocidade; A= armadura/ resistência; B= ataque/ sopro; H= saúde /vida). Cada dragão também possui dois ataques, sendo que os de bronze e prata possuem um ofensivo e um paralisante, enquanto o de outro possui dois ofensivos, sendo o segundo o ataque mais poderoso do jogo.
Algo que pode irritar alguns jogadores é que os dragões só começam com a barra de energia completa no nível fácil/ easy. No nível normal/ medium e no difícil/ hard, a barra começa incompleta e o jogador deve achar corações que recuperam energia pela fase. Existem outros power ups, tanto espalhados pelo cenário quando conseguidos ao se derrotar outros dragões, que dão desde pontos até aumento temporário  de poder ou velocidade. Sem dúvida alguma os mais úteis são os que recuperam energia.

Comentário Final


"DragonStrike" foi um shooter bem diferente para sua época, o qual tentou algumas inovações interessantes, mas que nem sempre conseguiu um grande resultado devido tanto as limitações técnicas da época quanto ao fato de ser um pioneiro no gênero. Pode não ser um jogo excepcional mas está acima da média, em especial como shooter, e vale a pena ser conhecido, mesmo que apenas por curiosidade. Um defeito é que "DragonStrike" tende a se tornar um pouco repetitivo no correr dos estágios, não variando muito no tipo de ação, o que pode levar alguns jogadores a acharem-no um pouco maçante depois de algum tempo de jogo.

NOTA: 6,5

Observação:  "DragonStrike" recebeu versões para vários computadores da época, em sistemas como o MSX  e o MS-DOS, sendo as versões para computador bastante diferentes da versão do NES, tendo uma perspectiva de simulador em primeira pessoa, onde o jogador vê a tela do jogo como se fosse a visão do cavaleiro montado nas costas do dragão..





Melhores packs de jogos na loja Steam para retrogamers

O que poderia ser melhor para um veterano old school do que um pacotão com vários jogos antigos clássicos? Melhor que isso só se estiver em promoção! O Old School Digger traz uma seleção com os cinco melhores packs de jogos antigos para você desenferrujar seus talentos de poucos bits.

#1- SEGA Mega Drive and Genesis Classics



Sem dúvida o melhor pack disponível... 58 jogos do bom e velho Mega Drive mais Sonic CD do Sega CD. O pack pode ser usado de duas formas: simple launcher (onde simplesmente se escolhe o jogo e se joga) ou usando o próprio hub do Classics, que cria um ambiente virtual representando um quarto de adolescente gamer dos anos 90, onde você escolhe os cartuchos em uma estante, e pode controlar demais opções clicando em outros itens do mobiliário.
Dentre os jogos  temos clássicos como Sonic the Hedgehog 2"; "Toejam and Earl"; os três "Street of Rage"; os três "Golden Axe"; "Altered Beast", os dois "Shining Force" e por aí vai. Dentre outros pontos de destaque temos a possibilidade de salvar os joos em qualquer momento e também a possibilidade de se criar e jogar mods criados na oficina steam. 
Obviamente nem tudo são fores... não existem jogos de third parties no pack, e ainda faltam alguns bons jogos da Sega no bundle, como "Jewel Master" e a empresa não dá nenhum tipo de resposta ou informação se pretende colocar mais jogos no pack futuramente.

#2- The Disney Afternoon  Collection



Outra opção de primeira. Um pacote com seis jogos que a Disney lançou para o NES 
em parceria com a Capcom, sendo um jogo excelente ("Ducktales"), quatro muito bons ou bons ("Ducktales 2"; "Chip' n Dale- Rescue Rangers"; "Chip' n Dale- Rescue Rangers 2" e "Darkwing Duck") e um jogo mediano ("Talespin"). O jogo ainda tem extras como artwork original dos jogos e alguns modos de jogo extra, como boss rush. O detalhe mais legal, entretanto é a possibilidade de "rebobinar" o jogo e recomeçar de algum ponto. Realmente útil quando o dedo escorrega e você morre em um buraquinho qualquer que deveria ser um pulo fácil.

#3- Double Dragon Trilogy



Iniciada em 1987 com o lançamente de "Double Dragon" para os arcades, essa é uma das franquias mais icônicas dos anos 80 e 90. O pack traz os três primeiros jogos da série: "Double Dragon"; "Double Dragon 2: The Revenge" e injustiçado "Double Dragon 3: The Rosetta Stone". O pack ainda traz dois modos de jogo (Arcade e Story), filtros para imagem e a possibilidade de se escolher entre trilha sonora original ou remasterizada enquanto enche alguns Black Shadows de porrada.

#4- Mega Man Legacy Colection



Os seis jogos do Blue Bomber lançados para o NES em um unico pacote, inclusive o clássico Mega Man 3, onde o cachorro mecânico Rush aparece pela primeira vez. O pacote ainda traz um museu com imagens e informações da franquia e novos modos de jogo, como o Challenge Mode. 
Em especial é uma boa oportunidade de conhecer alguns jogos menos famosos do Mega Man para o NES, como Mega Man 5.

#5- Apogee Throwback Pack



A Apogee Software foi uma distribuidora de razoável destaque nos anos 90, tendo como um de seus maiores sucessos o FPS "Rise of the Triad", o qual inclusive se encontra nessa coletânea.
Os outros três jogos são os dois FPS do Blake stone,  "Blake Stone: Aliens of Gold" e "Blake Stone: Planet Strike", além de "Extreme Rise of the Triad", que traz 40 novos cenários para "Rise of the Triad" além de um randomizador de fases.
Se você gosta de FPSs à moda antiga, é um prato cheio.

Dica dada, pessoal. Bom jogo e lembre-se de ouvir bastante o tema da fase The Moon de "Ducktales". É uma das melhores músicas feitas para um jogo do  NES.

OBSERVAÇÃO: Obviamente existem outros packs disponíveis para o Steam, mas por uma razão ou outra ficaram de fora da lista, como o "Atari Vault" ( seleção fraca onde faltam alguns dos melhores jogos do Atari como "Pitfall" ou "H.E.R.O") ou o "Arcade Game Series 3-in-1 Pack" (caro demais para ter apenas "Dig Dug", "Galaga" e "Pac-Man"). Em algum futuro post poderemos voltar a esses packs e dar mais detalhes

2 de jan. de 2018

Jogos no Steam para Retrogamers #9

2017 foi uma droga e 2018 promete ser pior. Enquanto aproveitamos a folguinha do começo de um ano que ainda não mostrou as garras, que tal algumas dicas para começar 2018 retrojogando?

Sugestão #1

Se você está com saudade de jogar: Contra (NES), Bionic Comando (NES), Super C (NES), Rush'n Attack (NES), Super Turrican (NES)

Tente: Alien Splatter Redux



Sinopse:  Tradução livre da descrição do jogo na Steam: "blá blá blá 8 bit, blá blá blá exploda tudo, blá blá blá retro. Soprar o cartucho não é necessário". Basicamente é isso mesmo, e é divertido. Prepare-se para cansar o dedo de tanto atirar.


Sugestão #2

Se você está com saudade de jogar: Battle City (NES)

Tente: Armored Gear




Sinopse: Um jogo claramente inspirado no clássico Battle City, mas com muitos elementos a mais, como cenários variados; possibilidade de gastar dinheiro para customizar o tanque, tornando-o mais forte; chefes de fase; missões variadas e outros tipos de inimigo além de tanques.
Mas... para falar a verdade... o original, mesmo muito mais simples, ainda é melhor... "Armored Gear" precisa de um pouco mais de polimento, como melhorias na IA dos inimigos e um pouco mais de velocidade para o tanque do jogador, mas é um joguinho legal, sem dúvida.


Sugestão #3

Se você está com saudade de jogar:  Mega Man (NES), Quartet (Master System), Metroid (NES)
The Adventures of Rad Gravity (NES), Journey to Silius (NES), Xexyz (NES)

Tente: Xeodrifter




Sinopse: Um metroidvania bem típico, onde um explorador tem sua nave avariada por um asteroide, agora o explorador espacial precisa se aventurar por quatro planetas diferentes para conseguir os materiais necessários para reparar o mecanismo de warp de sua nave danificada. Um jogo de plataformas com muitos segredos para serem descobertos.

Por hoje é isso, pessoal. Bom jogo e ( na medida do possível) bom ano novo.