30 de set. de 2018

"Citrouille", um novo jogo retrô chega em breve na loja Steam!


Lembra daqueles jogos de plataforma em uma tela só? Tipo "Mario Bros", aquele passado dentro dos esgotos, lançado para arcade e depois para o NES, ou então o jogo dos dinossaurinhos cuspidores de bolhas, "Bubble Bobble", lançados para arcade, NES e Master. Jogos simples mas com bastante ação e, acima de tudo, divertidos!
Se está com saudades, alegre-se! Em 29 de outubro vai chegar na loja Steam um jogo novo em folha desenvolvido pelo estúdio francês Lumen Section, mas feito seguindo a tradição desse velho estilo, "Citrouille".
Em "Citrouile" você controla uma trupe de bruxinhas em partidas que vão de um até quatro jogadores. O jogo tem muitas semelhanças com clássicos do passado, como por exemplo o objetivo ser que todo o piso do cenário fique coberto de plantas, e o jeito de fazer isso é passar andando por cima das plataformas e do chão, bem semelhante ao que o carro tinha que fazer para colorir as auto-estradas em "City Connection". As bruxinhas não podem pular e suas armas apenas paralisam seus oponentes (quem lembrou de "Lode Runner"?), mas podem fazer escadas mágicas aparecerem a vontade, meio como Bubby e Bobby podiam fazer com os arco-íris em "Rainbow Islands: The Story of Bubble Bobble part 2".
Apesar de não ter gráficos pixelados, o que eu acho que combinaria mais com esse estilo de jogo, "Citrouille" realmente bebe na fonte dos clássicos, mas... se estará a altura deles, e se terá potencial para agradar tanto os jogadores veteranos quanto os de gerações mais novas, só descobriremos após o lançamento. 
Quanto a mim... depois do que vi na página na Steam, eu pretendo dar uma chance ao jogo... para quem quiser conferir também, segue o link abaixo:

https://store.steampowered.com/app/833270/Citrouille/

E escrever esse post me deixou com vontade de jogar "City Connection"... até a próxima!

29 de set. de 2018

Jogos no Steam para retrogamers #17

Outubro tem Dia das Crianças! Lembra a época que isso significava um cartucho novo na sua estante? E daquela tia- avó que sempre te dava meias ou cueca de presente, te deixando cheio de raiva? Lembra também? Para alimentar apenas as boas lembranças, nós do OSD separamos mais alguns jogos retrô disponíveis na loja Steam para você torrar um pouco do seu salário e se dar de presente agora em outubro. Vamos lá!

SUGESTÃO #1

Se você está com saudades de jogar: Contra (NES); Quartet (Master System); Bionic Commando (NES); Super Turrican (NES); Journey to Silius (NES); The Adventures of Rad Gravit (NES); Rocketeer (NES)

Tente: Dark Void Zero




Sinopse: E quem disse que só empresa indie pequena produz jogo retrô? Olha aí a Capcom querendo faturar algum no filão da nostalgia de poucos bits! E ainda vem com uma historieta que é um projeto perdido de 20 anos atrás- cabe a você bancar ou não o Fox Mulder e dizer "I want to believe".
O jogo é padrão dos jogos de 8 bits do NES, tendo muitas das características dos jogos da época, como ser prioritariamente um jogo de ação de plataforma onde um herói solitário deve salvar o mundo de uma ameaça gigantesca- nesse, Rusty, um valente piloto de testes e amigo do peito de Nikola Tesla, contra a invasão de seres extradimensionais vindos de um lugar entre-planos chamado "Void". Tente colocar suas mãos no protótipo de foguete individual portátil, feche o Portal X e detenha a invasão!
Você não quer deixar Tesla decepcionado, quer?


SUGESTÃO #2

Se você está com saudade de jogar: "Indiana Jones and the Fate of Atlantis" (PC)

Tente: Bizarre Earthquake


Sinopse: Um point-&-click onde uma dupla de sismólogos tenta entender o que vem causando misteriosos e anômalos terremotos na Turquia. O jogo precisava de mais polimento, tendo gráficos que parecem ter sido feitos por uma equipe de iniciantes, alguns bugs e outros probleminhas técnicos, mas a história é interessante.

SUGESTÃO#3

Se você está com saudades de jogar: King's Bounty (Mega Drive. PC); Heroes of Might and Magic (PC); Heroes of Might and Magic II (PC)

Tente: Royal Bounty HD


Sinopse: Uma homenagem a franquias como "King's Bounty" e "Heroes of Might and Magic" feita de coração, e misturando elementos de ambas as franquias. Embora a homenagem seja indiscutivelmente inferior aos homenageados, não deixa de ser um jogo legal e divertido para quem gosta do estilo. 
Se você é fã dessas franquias e também desse tipo de jogo, dê uma conferida porque vai se distrair por um tempo considerável. Se nunca jogou esses jogos, mas gosta de jogos de estratégia em cenário de fantasia medieval, vale a tentativa, pois o jogo tem seus méritos para te agradar por conta própria. Se você não gosta das franquias homenageadas ou de jogos desse estilo, nem chegue perto... não há nada para você aqui...

Por hoje são essas as dicas. Até a próxima e continuem retro-jogando!

28 de set. de 2018

Machinae Supremacy: Rock, videogame e um chip do Commodore 64


Machinae Supremacy é uma banda de rock sueca fundadora do SID Metal, assim batizado por muitas de suas músicas fazerem uso do SID chip do Commodore 64- e a influência dos videogames no trabalho da banda não para por aí não! Uma das músicas que fez o mundo prestar atenção na banda foi sua versão da abertura de "Great Gianna Sisters", o jogou que fez a Nintendo encrencar com o Commodore 64 nos anos 80! E outro detalhe... nessa faixa, antes do tema de "Great Gianna Sisters" começar, alguns trechos de outros clássicos do velho Commodore 64 podem ser escutados!
A versão SID Metal do tema do jogo das irmãs é todo instrumental, mas nem todasas músicas inspiradas em videogame da banda o são. Duas das minhas favoritas, "Player One" (nenhuma referência nem ao filme ou livro "Jogador No 1") e "Hero", tem letras que remetem ao mundo gamer mas sem fazer referência aberta a nenhum jogo em especial. 
Em 2004 a banda fez a trilha sonora para um jogo de PC, "Jets'n'Guns" (atualmente disponível na loja Steam) e em 2007 participou de um concerto inspirado em músicas de videogame na cidade de Estocolmo, Suécia, acompanhada da Royal Stockholm Philharmonic Orchestra. Atualmente a banda, infelizmente, se afastou da temática gamer investindo mais no aspecto heavy metal de seu trabalho, o qual continua bem legal (embora seja razoavelmente comum ouvir críticas ao seu vocalista, Robert "Gaz" Stjärnström).

Para quem quiser conhecer o trabalho da banda vou deixar uns vídeos com minhas músicas favoritas aqui:

"The Great Gianna Sisters"

"Hero"

"Player One"

Tema de "Jet'n'Guns"

Por hoje é isso, Divirtam-se (ou não)!


Agora vou jogar um pouco...

27 de set. de 2018

"40 Winks" e o beat'em up bundle da Capcom em breve na loja Steam!



A Piko divulgou a data de lançamento da versão cancelada de Nintendo 64 do jogo "40 Winks" para 10 de outubro e o "Capcom Beat'Em Up Bundle" já tem página na loja, mas ainda sem data de lançamento especificada (ainda "Coming Soon"). Nos últimos dez anos tenho reclamado bastante da Capcom por várias razões (tragam "Megaman Legends 3" de volta do limbo, caramba?!) mas agora tenho que tirar o chapéu... vai ser um lançamento e tanto para quem joga prioritariamente pelo PC e não por console. 
Provavelmente vai ser caro para caramba, mas... de repente naquela promoção de Natal... quem sabe?

26 de set. de 2018

Divagações oldschool: Outro jogo antigo com capa terrível #6




Vou ser franco... admito que não entendo muito dessas lutas- livres encenadas... nem mesmo gosto de WWF (ou WWE, ou seja lá como for que se chamam hoje em dia) mas... eu acho que não é bem assim que um headlock funciona, não? 



Quero dizer... sempre pensei que era aplicado no oponente... assim como pensei que ter a cabeça separada do corpo fosse invariavelmente fatal para seres humanos... na verdade para qualquer ser vivo, exceto as planárias... enfim... aprendo muita coisa com videogames antigos, sabe como é...
Uma capa não ter lá muita relação com o jogo não era algo inédito nos anos 80 mas... de onde tiraram essa ideia de uma versão telecatch de "A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça", afinal? Isso ultrapassa o non sense... isso já caiu para o ridículo mesmo... fico pensando se não rolou uma cena como essa:

CHEFE: Recebi sua ilustração para a capa de "Pro Wrestling"...
ILUSTRADOR: (Não responde nem sequer levanta o olhar... continua rabiscando mecanicamente um papel com caneta vermelha de um lado para outro, encarando o vazio).
CHEFE: e... bem... como posso dizer... o golpe é de luta-livre e tudo mais, mas... o lutador não tem cabeça...
ILUSTRADOR: (respirando profundamente) Ele tem...
CHEFE: Tem?
ILUSTRADOR: Tem... Ele está esganando a própria cabeça...
CHEFE: É... isso já responde a segunda pergunta que eu ia fazer, de onde está o corpo do oponente sendo sufocado, mas... um lutador decapitado esganando a si mesmo? Isso...
ILUSTRADOR: (Para de rabiscar e ergue o olhar devagar para o chefe)  Nós somos nosso maior oponente... nossa maior luta é contra nós mesmos...
CHEFE: Contra... nós... mesmos...?!
ILUSTRADOR: (apertando a caneta na mão até os nós dos dedos ficarem brancos) Nossa cabeça... nossa mente... é uma câmara de tortura... uma câmara de tortura particular para usar contra si... isso tem que acabar... tem que parar... deve parar...
CHEFE: Perfeito! ( chefe se afasta lentamente em direção a porta, abre-a sem fazer barulho e foge da sala)

Se não foi isso, desisto de tentar entender... Está definitivamente além da minha capacidade. 
Ou talvez fazer uma capa decente estivesse além da capacidade de quem quer que tenha sido contratado pela Sega naquela época...

20 de set. de 2018

Age of Wonders


Jogos de estratégia foram (talvez ainda sejam) um dos principais gêneros para computadores, em especial a partir de meados dos anos 90. Fosse em turnos, fosse em tempo real, fosse de ficção científica ou fantasia, dúzias deles foram lançadas, logo não é de admirar que nem todos conseguissem a fama e o sucesso de um "Civilization", mas alguns conseguiram cavar um lugar para si, tornando-se um "cult" com admiradores dedicados, mesmo que não muito numerosos.  Desenvolvido por uma parceria entre Triunph Studios e Epic MegaGames e lançado em 1999, "Age of Wonders" é um desses casos.

História e Roteiro

'Não, não sou o Elrond!"

Muitas vezes "Age of Wonders" é comparado a um outro jogo de estratégia mais antigo, "Master of Magic", e, como ele, é ambientado em um típico mundo de fantasia medieval, povoado por raças típicas como elfos, anões e orcs, além de algumas criadas especificamente para o título, como os Azracs. O enredo de "Age of Wonders" também é bem típico, inclusive incluindo o detalhe de que foram os humanos os grandes causadores do encrenca:
Nos tempos que o mundo era jovem, antes que dias fizessem diferença e fossem ansiosamente contados por seres de curta vida, a Corte Élfica, regida pelo rei-mago Inioch, governava todos os seres que habitavam as terras do Continente do Norte ("Northern Continent"). De seu lar no Vale das Maravilhas ("Valley of Wonders"), Inioch mantinha o equilíbrio, sempre delicado, entre luz e sombra e nenhuma ameaça pairava sobre seus súditos.
Tudo começa a mudar (para pior, obviamente, ou não teríamos jogo) quando da chegada nas costas do Continente do Norte de uma raça banida de seu "jardim", vagando atrás de um novo lar: os humanos.
Os elfos aceitam os humanos em suas terras, contudo, logo os humanos mostraram que não haviam sido banidos a toa e se voltaram contra aqueles que os acolheram. O Vale das Maravilhas é atacado e quase toda a Corte Élfica, incluindo o rei Inioch, é morta.
A esposa de Inioch, rainha Elwin, consegue escapar, levando consigo Julia, a filha do casal. Porém o filho primogênito de Inioch, príncipe Meador, acaba ferido e ficando para trás, entre os mortos. A discórdia espalhou-se entre os sobreviventes, dividindo os elfos entre aqueles que queriam apenas reconstruir suas vidas e aqueles que queriam vingança por tudo que perderam e livrar o mundo de qualquer traço dos humanos. Estes recolheram-se em fortalezas subterrâneas e tornaram-se os elfos negros.
Banhados em sangue (que dramático, não?), duzentos anos se passam. Os humanos ainda dominam o Vale das Maravilhas. A princesa Julia cresce e se junta aos Guardiões ("Keepers"), elfos que juraram manter vivos os ideais de paz e equilíbrio de Inioch. O príncipe Meador une-se ao elfos negros e torna-se membro do Culto das Tormentas ("Cult of Storms"), a ponta de lança da cruzada contra os homens, dispostos a tudo para tornar a vida dos humanos ainda mais breves.
O confronto entre as duas facções torna-se inevitável quando uma nova estrela surge nos céus, e com ela profecias de que o momento da guerra chegou.
Liderados pela princesa Julia, os Guardiões partem para o Vale das Maravilhas, dispostos a frustrar quaisquer que sejam os planos que o Culto das Tormentas estejam tramando. Corre o boato que os Meador e os elfos negros desejam trazer Inioch de volta como um morto- vivo e torná-lo o governante de um novo tempo onde os humanos serão exterminados. A disputa entre luz e trevas pelo mundo começa.

Gráficos

 

Os gráficos são bons, mas poderiam ser melhores. As cenas de abertura e cutscenes tem arte bonita, embora não tão caprichada quanto as de um livro de Advanced Dungeons & Dragons. O mapa do mundo é bonito, um cenário bem detalhado, com belas montanhas, florestas e cidades. Algo bem legal é que quando você faz alguma alteração em uma cidade (constrói uma muralha de madeira, por exemplo) essa alteração também aparece no mapa do mundo (a cidade passará a ter uma barreirinha de madeira ao seu redor).
O maior defeito dos gráficos são as unidades na hora da batalha.  Nada que machuque os olhos ao ser visto, mas também não impressiona. Os sprites dos personagens são até bem feitos, mas muito pequenos (logo não podem ser tão detalhados) e a animação não é nada excepcional, algumas das unidades se movendo meio duro, como bonecos em stop motion de algum filme da Sessão da Tarde dos anos 80.

Música e Efeitos Sonoros


O jogo tem mitas músicas em sua trilha sonora e são bonitas, embora sem muita coisa em especial. São típicas músicas pseudo-medievais usadas em jogos de fantasia desse tipo. Gosto em especial de duas delas, "Clouds and Feuds" e "Nature's Embrace', mas aí é mais um caso de preferência pessoal mesmo. Basicamente em termos de música fizeram o feijão-com-arroz em "Age of Wonders". Feijão-com-arroz bem feito, mas ainda assim... feijão-com-arroz.
Quanto aos efeitos sonoros... são abaixo da média. O som do galope do cavalo que se ouve ao movimentar seu herói pelo mapa, por exemplo, parece ser mais rápido do que deveria, soando esquisito. Os sons durante as batalhas (feitiços, golpes e gritos de morte) decepcionam um pouco e realmente poderiam ser bem melhores.

Controles e Jogabilidade

Como na maioria dos jogos de estratégia, a maior parte do tempo se estará usando o mouse para jogar, selecionando unidades, escolhendo opções e clicando no lugar do mundo se quer despachar suas unidades, mas existem algumas hotkeys que podem facilitar a vida do jogador. O jogo é em turnos (embora fora de batalha o turno seja simultâneo para jogador, aliados e oponentes) logo velocidade de resposta aos comandos não é uma questão relevante.
Um ponto a ser frisado: o jogo tem várias telas diferentes, acessadas da tela principal, e cada uma tem opções relativas a diferentes funções e aspectos dentro do jogo, passíveis de serem ajustadas de acordo com a necessidade ou estratégia do jogador (por exemplo, na tela referente à magia pode-se ajustar quanto do mana disponível será usado para gerar cristais, necessários para lançar feitiços em batalha, ou para pesquisa de novas magias). A melhor forma de se habituar com as diversas telas e suas funções é através do tutorial. Não tenha preguiça e jogue-o.

Dificuldade


"Age of Wonders" é um jogo de estratégia mais hardcore, bem mais difícil que alguns dos medalhões do gênero como "Warcraft" ou "Age of Empires". O jogo é bem pouco intuitivo, sendo daqueles em que o ideal é ler o manual primeiro, jogar o tutorial em seguida e só então partir para a campanha- e mesmo assim você terá momentos em que ficará perdido por ter esquecido algum pormenor (eu mesmo, por exemplo, esqueci como desembarcar as tropas carregadas nos navios, o que me tomou um tempão durante a partida). O jogo é cheio de detalhes e realmente custa um tanto para se pegar o jeito,
Fora isso, o jogo em si, o gameplay mesmo, não é fácil. O jogo possui apenas dois recursos, ouro e mana, mas isso não o torna mais fácil... as (poucas) melhorias passíveis de se fazer nas cidades são caras e além disso cada tropa tem um custo de manutenção por turno, enquanto sua receita em ouro, mesmo em cidades grandes, não é nada de encher os olhos... muitas vezes você acaba no dilema de melhorar sua infraestrutura (até para conseguir ter mais ouro por turno) ou ter mais tropas para atacar e evitar que o inimigo fique muito forte (e de fato eles ficam fortes em pouco tempo) e acaba entrando pelo cano. A administração de tropas, cidades e recursos em "Age of Wonders" não é moleza.
Outro fator de dificuldade é que o inimigo sempre parece ter unidades de nível acima das suas- e isso independente de você ter escolhido jogar com os "Keepers" ou com "The Cult of Storms"! Um exemplo que me vem a cabeça é que, se você joga no lado da Luz, o lado das Trevas consegue unidades voadoras antes de você, tornando as muralhas das suas cidades bem menos relevantes. Tudo isso faz você depender muito mais de planejamento e estratégia do que da força bruta pura e simples. 

Comentário Final


"Age of Wonders" realmente é um jogo cult, e, como jogo de estratégia, não é para todo mundo. Não acho que seja exagero supor que um jogador mais casual vai deixá-lo de lado em pouco tempo.
"Age of Wonders" acaba sendo meio jogo de xadrez, onde cada passo tem que ser bem medido, tentando antecipar os movimentos do inimigo e calcular os próprios com antecedência, fazendo que tenha um ritmo mais lento. Alguns jogadores vão gostar (eu sou um deles), outros vão odiar, mas de qualquer forma isso confere ao jogo alguma especificidade dentro de um gênero tão saturado em quantidade de títulos.
Para quem tem paciência e gosta de planejamento e estratégia cuidadosos, é uma boa experiência. Recomendado em especial para fanáticos por jogos de estratégia em turnos ou fãs ardorosos de fantasia medieval.

NOTA: 6,0

18 de set. de 2018

OSD Burocrático- Dyna Bomb


Comprei o jogo em uma promoção achando que era um clone de Megaman com gráficos retrô, mas... o jogo parece mais um daqueles joguinhos gratuitos feitos e animados em flash que empesteavam a internet uns anos atrás. 
Instalei e joguei. Foi uma decepção. Joguei mais um pouco e... continuou sendo uma decepção, embora eu admita que seja mais devido a expectativa não- correspondida. Para o que o jogo se presta a ser, ele faz bem. Tem vários cenários diferentes e é até bem desenhado, apesar de meio amador (em especial na tela de abertura, que parece algo que você veria no caderno daquele colega de classe que desenhava a aula inteira), enquanto a animação, em contrapartida, é truncada, dura e ruim. A jogabilidade é OK. A música é plenamente genérica e esquecível. Efeitos sonoros idem.


Basicamente é apenas mais um daqueles joguinhos onde você entra em uma fase, pega tudo o que precisa e sai antes que o tempo acabe que você juraria que já jogou em algum dos vários sites de joguinhos gratuitos que entrou nos momentos de tédio.. Um joguinho casual onde um androidezinho (você escolhe se menino ou menina) deve recolher diamantes por fases plataforma e coletar bombas para arremessar nos inimigos. 
OK... "Dyna Bomb" até tem um pouco mais do que isso... tem umas fases secretas e uma roda da fortuna na qual, pagando-se um valor em diamantes, pode-se tentar ganhar novos poderes e até novos visuais para os personagens. Realmente dá um alento de vida ao jogo, mas não é lá grande coisa mesmo assim... sem exaltações... sem exaltações...
O jogo custa R$ 10,49, fora de promoções. Vale o quanto custa? Não... não vale... Se você gosta de jogos casuais (em especial desse tipo) e o jogo estiver em uma promoção com desconto de uns 90%, até vale a pena adquirir, mas se não for esse o caso, não compre. Será apenas mais um título pegando poeira na sua biblioteca Steam.

16 de set. de 2018

Versão cancelada de "40 Winks" para Nintendo 64 será lançada em breve pela Piko Interactive



"40 Winks" foi um jogo de plataforma 3D lançado para o Playstation em 1999. Uma versão para o Nintendo 64 foi anunciada e tudo mais, mais acabou cancelada. Através de financiamento no Kickstarter, a Piko Interactive (empresa especializada em trazer jogos antigos de volta do limbo, inclusive aqueles que foram cancelados) conseguiu os recursos para finalmente fazer essa versão ver a luz do dia- e não só em cópia física para o Nintendo 64 mas também disponível na loja Steam!
No jogo um sujeito que não consegue dormir decide que ninguém mais vai dormir também no mundo e sequestra os "winks", criaturas responsáveis por trazer bons sonhos, substituindo-os por "bad winks", os quais induzem pesadelos. Duas crianças, os irmãos Ruff e Tumble, tentam impedir os planos do insone de mau coração e resgatar os quarenta "winks" capturados (daí o nome do jogo) através de vários pedaços do reino dos sonhos (inclusive um castelo e um navio pirata), enquanto lutam para não acordar. Um roteiro legal, meio fábula, meio desenho animado de sábado de manhã.
Para falar a verdade jogos de plataforma em 3D nunca foram o meu forte, mas gostei de um punhado deles como "Spyro the Dragon", também do PS1, então... vou dar uma chance para o "40 Winks" quando sair.
O pessoal da Piko Interactive ainda não disponibilizou data de lançamento- em sua página na Steam diz apenas "40 Winks for Steam is coming soon! Stay tuned!", ou seja, algo como "será lançado em breve! Fique ligado!". Assim que tivermos novidades a respeito de datas e preços, nós avisaremos aqui no blog.

12 de set. de 2018

Divagações oldschool: 13 capas de jogos de Master System nem tão ruins assim

Tenho falado bastante de capas de jogos antigos que não são lá nenhuma benção para os olhos, então, para dar um descanso para a retina hoje!

As versões das capas dos jogos de Master System feitas nos EUA em geral são bastante desdenhadas entre os jogadores, mas um punhado delas são de fato boas, enquanto umas tantas outras podem até não ser a oitava maravilha do mundo do design, mas também não fazem você ter vontade de usar água sanitária como colírio após vê-las. Vamos checar 13 dessas artes de capa que se encaixam nesse seleto grupo!


#1- R-Type


Está aí uma das poucas capas norte- americanas que não fica a dever para as japonesas... a nave é legal, parecendo ter saído de um livro da era de ouro da ficção científica e a criatura espacial ficou ótima, uma mistura de OVAs japoneses dos anos 80 com H.P Lovecraft, e a arte já consegue transmitir o ritmo de ação frenética desse SHMUP! E ainda combina com o que a gente vê quando joga, o que é um bônus a mais!
Tudo bem... usaram a velha técnica de dividir a ilustração em dois campos com cores contrastantes para reforçar a dualidade entre os dois oponentes, azul para o tecnológico, humano, e laranja para o orgânico, monstruoso... não é a jogada mais criativa do mundo, mas usaram bem. Ficou realmente bacana!

#2- Black Belt


A capa de "Black Belt" costuma ser execrada, mas francamente, não acho tão ruim assim... o pior que pode ser dito dela é que é quase a quintessência do minimalismo. Nada mais.
Ok... Ok... também dá para dizer que o desenho parece saído de um daqueles CDs com 2000 clip-arts que vinham de brinde em revistas de informática nos anos 90. Tudo bem... não dá para negar, mas ainda assim... não é das piores... a arte cartunesca é passável e está de acordo com o espírito do jogo- até a cor do quimono do personagem é a mesma! 

#3- Golvellius


Uma capa bonita com arte estilo "A Espada Selvagem de Conan", mesmo que retratando a luta entre uma versão de cabelos verdes do Príncipe Valente e um morro cheio de ervas daninhas com cara de mau. A princesa fugindo entre raios e chuva é o grande destaque para mim! Está bem desenhada em todos os aspectos, mas em especial os cabelos saíram caprichados. 
Certo... poderiam ter escolhido um antagonista melhor para o espadachim de cabelo esquisito... tem vários bem legais no jogo e que não parecem uma pilha de entulho... mas o talento do desenhista é visível.

#4- Shinobi


Não é lá muito inspirada... apenas uma representação padrão de um ninja, sem muitos detalhes e claramente baseada na tela de início do jogo. É uma capa bem "mais-ou-menos", mas tem coisa muito pior por aí. 
A impressão que tenho é que pegaram o artista em um daqueles dias em que se está de saco cheio  de tudo e só se quer  ir embora para casa e pediram "Desenha um ninja aí!" para o sujeito. Aí o cara deu aquela revirada de olhos, sentou e desenhou, sem muita dedicação ou imaginação. Terminado, o chefe pegou a ilustração, olhou, olhou, olhou, sacudiu os ombros e disse "É... até que serve... bota só umas estrelinhas voando aí e pronto". 
Porque é uma capa de jogo de ninja, afinal... obviamente precisa ter shurikens.

#5- Psychic World


Uma capa que poderia ser melhor... Os monstros ficaram legais, o cenário até que ficou também, embora pudesse ter mais detalhes, mas... a heroína... o ponto fraco é que o desenho da heroína parece meio chapado. Talvez tenha sido obra um cara acostumado a desenhar no estilo ocidental tentando desenhar em estilo mangá por ordens da direção, daí acabou ficando com o traço meio duro. Não é uma capa ruim, mas, como disse, poderia ser melhor.

#6-Lord of the Sword


Outra que parece uma capa da revista "A Espada Selvagem de Conan", ou talvez uma ilustração de  algum livro de Advanced Dungeons & Dragons. E o guerreiro também está visualmente parecido com o do jogo. Capricharam de verdade dessa vez.

#7- Master of Darkness

Se a capa de"Lord of the Sword" parece saída da revista "A Espada Selvagem de Conan", a de "Master of Darkness" parece que veio daquelas revistas de horror dos anos 60 e 70, como a "Eerie", que teve muitas de suas histórias publicadas por aqui pela brasileira "Krypta". 
A arte ficou boa, cheia de detalhes... o cenário sombrio ao fundo, mal iluminado por uma lua cheia encoberta, contrastando com as cores vivas do conflito em primeiro plano, entre o caçador de monstros e uma série de figurantes de trem-fantasma. Destaque para um dos Dráculas mais monstruosos que já vi- e dessa vez isso foi um elogio!

#8- Golden Axe Warrior


Uma capa com arte até razoável mas com detalhes que a puxam para baixo. O herói em escala maior, ao fundo ficou muito legal, mas em compensação  parece um manequim na cena de luta em primeiro plano... O esqueleto ficou bem melhor.
E quem desenhou aquele castelo no fundo? O sobrinho de 4 anos do desenhista aproveitou que o tio foi ao banheiro e rabiscou aquilo e depois o cara ficou com pena de apagar porque o moleque ficou chorando? Ficou bem amadorístico mesmo... e aquela torre à esquerda não teria como estar de pé! Um pouquinho de proporção até que faria bem...

#9- Ninja Gaiden


 As capas dos jogos da franquia "Ninja Gaiden" para o Nintendo sempre foram legais, e até que a do Master não decepcionou.


#10- Phantasy Star


Outra capa razoável com detalhes que a puxam para baixo. No geral até que ficou aceitável, mas o esqueleto sendo erguido pelo grandalhão com armadura de Cavaleiro do Zodíaco ao fundo francamente foi um dos piores que já vi.

#11- Y's: The Vanished Omens


Outra capa com cara de história em quadrinhos de fantasia medieval. O cenário ficou ótimo e o herói não está mal, mas foram os monstros que roubaram a cena dessa vez! Ficaram muito legais! Dava até para figurarem no Livro de Monstros do AD &D!
No fim das contas, acho que as melhores capas do Master vieram da temática de fantasia medieval mesmo.


#12- Sonic Chaos


As capas do Sonic são todas legais, mas essa acho que foi a melhor do Master. Traço bonito, bem colorida e ilustra bem o jogo. É isso. Não precisa mais nada.

#13-  Castle of Illusion


Tudo bem, talvez seja um pouco de trapaça escolher uma capa de um jogo da Disney, que provavelmente foi responsável de produzir todo o material de divulgação ou ilustrativo do título, mas... não tem como não gostar dessa capa, não é? É uma das mais clássicas da época!


É isso por hoje. Voltemos agora à nossa programação normal e nas próximas postagens mais capas toscas e medonhas de jogos antigos devidamente comentadas. Aguardem!!

11 de set. de 2018

Divagações Oldschool: Minha tela inicial favorita


Pode ser que eu esteja enganado mas, agora, de cabeça, não consigo lembrar de nenhum jogo de 8 ou 16 bits que não tivesse uma start screen- uma tela de início.
Não estou falando de abertura, que são as sequências de textos, cenas ou animações que inteiravam o jogador da história, objetivo e tudo mais,  e sim daquela tela em que aparecia o nome do jogo com a instrução "Press Start Button" logo abaixo ou então as alternativas a serem escolhidas pelo jogador, como "Start", "Options" e ainda, em alguns jogos, "1 player" ou "2 players".
Muitas dessas telas eram realmente sem graça, apenas o nome do jogo em um fundo preto com as opções em letras geralmente brancas, sendo tais telas particularmente comuns na primeira leva de títulos do NES- "1942" é um bom exemplo dessas.

Uma típica tela inicial do Nintendinho em meados dos anos 80
Outras pareciam anúncio em neon de restaurante barato dos anos 80, como "Fighting Road"...

"Eat At Joe's... Eat at Joe's... Eat at Joe's"
E a tela inicial de "Sqoon" é uma das coisas mais visualmente poluídas que já vi!

Nossa... que bagunça.. tem até um caranguejo no meio do nome da... ei... aquilo ali são peitos?!
E tinham aquelas que eram realmente bonitas, a ponto de eu me demorar alguns segundos admirando-a antes de começar a jogar. "The Legend of Zelda" e "Castlevania" são dois desses casos.

Parecia filme velho  de terror... muito legal!

De todas essas telas que vi, e não foram poucas, qual é a minha favorita?
"Side Pocket", do SNES.

Até hoje, a minha preferida
Não sou um grande fã de jogos de sinuca... "Lunar Pool" do NES até me distraiu por um tempo, joguei algumas vezes um jogo de sinuca para Windows (acho que era o "Challenge Pool" mas não tenho certeza) em momentos de tédio e pouca coisa mais.
O próprio "Side Pocket" provavelmente foi o mais divertido que já joguei, mas, para mim, aquilo que o jogo tem de melhor é sem dúvida sua tela inicial.
A escolha das cores, predominantemente tons de azul escuro, combinada com o título em lilás ficou perfeita. Pesou a favor o fato de que eu gosto de paisagens urbanas a noite, com arranha-céus iluminados contrastando com o céu noturno, mas independente disso quem fez a pixel art caprichou... os prédios tem tamanhos e formas diferentes, assim como as luzes das janelas variam de cor, entre branco, verde e roxo, com o detalhe de terem tido o cuidado até de seu reflexo refletido nas águas escuras da baía (ou seria um grande lago?) ser mais tênue, menos nítido. Em primeiro plano o carro sport com o cara de jaqueta sozinho admirando a paisagem, dando a impressão de ser um daqueles caras "cool", um tanto outsider, que sentem bem em sua própria companhia.
Aí você aperta "START" e começa um jogo de bilhar...
Algo que eu não consigo deixar de pensar... "Side Pocket" foi lançado para o SNES em 1993, quando o grande nome da pop-art Roy Lichtenstein ainda era vivo, mas acho que ele infelizmente não prestou muita atenção em videogames... Foi uma pena Lichtenstein não ter feito com a tela de abertura o mesmo que fez com tantos painéis de história em quadrinhos e transformado a cena em um quadro! Não sou crítico de arte, mas acho que teria ficado simplesmente fantástico!


9 de set. de 2018

"Monkey King: Master of the Clouds", arcade de 1989, chega agora em setembro na loja Steam


Já jogou "Cloud Master" do Master System? Saiu uma versão para o NES também, mas aqui no Brasil a do Master é que foi a mais conhecida. Era um SHMUP lega, sendo um dos primeiros "jogos de navezinha" sem navezinha que joguei na vida. Nem imaginava na época que "Cloud Master" foi a localização para o ocidente de um arcade japonês de 1989, desenvolvido pela HOT-B e inspiraado na mitologia chinesa, em especial nas aventuras do Rei Macaco, o qual inclusive serviu também como inspiração básica para o Goku de "Dragon Ball".



Quase três décadas depois, a versão original do jogo chegará ao ocidente em 14 de setembro pela distribuidora Retroism, em uma versão remasterizada que manteve os gráficos pixelados mas os apresenta em HD. Aparentemente não será disponibilizada a opção de alterar os gráficos entre remasterizados e originais, o que para mim é sempre uma falha grave.
Outra diferença é que pela primeira vez na história da franquia o jogo terá a opção para dois jogadores, jogando no modo "local Co-op"- o velho estilo de dois amigos jogando juntos no mesmo videogame, player 1 e player 2. Arrume outro joystick e chame aquele velho amigo que jogava "Double Dragon 2" com você para relembrar os velhos tempos.
Também estarão disponíveis leaderboards (placares) em escala mundial, tornando mundialmente público quão pouca vida social você tem para conseguir colocar um score seu nele. Não esqueça de tirar um print screen e depois postar no grupo da família no Whatsapp. Vai deixar todo mundo orgulhoso!


Quanto a mim... estou animado para o lançamento? Até estou, mas... sem exaltações... eu até que gostava de "Cloud Master" e pretendo adquirir "Monkey King: Master of Clouds" (dependendo do preço, espero alguma promoção) e tudo mais, porém estaria mentindo se dissesse que não há uma longa lista de títulos  antigos que eu preferia que fossem relançados na Steam no lugar desse jogo de arcade... que tal o "Phantasy Star" original do Master System, hein, Sega? E já que foi lançada uma sequência para "River City Ransom", por que não trazerem o original de volta também? E uma versão que preste do primeiro "Wonder Boy", porque esse remake que fizeram é uma piada...
É... estou sendo chato... vou parar por aqui... 

8 de set. de 2018

Clássico "Gods" dos Bitmap Brothers será relançado em versão remasterizada


Não sei se já comentei aqui no OSD, mas sou um grande fã do trabalho da desenvolvedora britânica The Bitmap Brothers, tanto pelo esmero e qualidade de seus jogos quanto pelo ar menos mainstream, mais cult, deles em comparação aqueles das desenvolvedoras mais famosas. Eu costumo brincar que  Nintendo e a Sega eram os equivalentes à Marvel e à DC no mundo dos jogos, enquanto The Bitmap Brothers seria algo como à 2000 AD, ou em alguns casos até mesmo à Verotik, a pequena editora de quadrinhos do metaleiro Glenn Danzig que publicou dois títulos ótimos, mas pouco conhecidos por aqui, "Jaguar God" e "Death Dealer".
Dos meus dois jogos favoritos da The Bitmap Brothers, "The Chaos Engine" e "Gods", o primeiro cai mais para o lado da 2000 AD, já o segundo fica em um meio termo entre os dois, em especial quando vemos a arte da caixa de "Gods"! E agora o pessoal mais novo vai ter a oportunidade de conhecer esse clássico! "Gods", originalmente lançado para Amiga, SNES e Mega Drive, vai ganhar uma versão remasterizada para as plataformas atuais, com lançamento prometido para breve.



O jogo vai manter o estilo original, misturando plataforma, ação e solução de puzzles, assim como o objetivo original, ajudar os deuses gregos em troca de imortalidade, permanece o mesmo, mas agora com gráficos em HD e alguns elementos em 3D em alguns momentos, algo ausente na versão original. A jogabilidade também foi remasterizada, tornando-a mais suave quando comparada com aquela do original. 
Algo que me deixou bastante satisfeito é que seguiram o exemplo da remasterização de "The Secret of Monkey Island", sendo possível alterar entre os gráficos remasterizados e os originais a qualquer momento. Esse deveria ser o padrão de todo jogo antigo quando lançado remasterizado, o que infelizmente não é o que acontece.
Porém nem todas as notícias são boas... infelizmente o pessoal que está responsável pela remasterização, o estúdio Robot Riot, não conseguiu assegurar os direitos para utilizar a música tema original. As trilhas sonoras dos jogos da The Bitmap Brothers sempre foram um show a parte, tendo inclusive o estúdio britânico sido pioneiro em utilizar músicas licenciadas de bandas "de verdade" em seus jogos, como as músicas eletrônicas de Bomb the Bass em "Xenon 2 Megablast".
A música tema de "Gods", "Into the Wonderful", do grupo Nation 12, realmente vai fazer muita falta. Mesmo a Robot Riot garantindo que a nova trilha sonora vai manter a essência da original eu ainda considero isso uma perda e um grave ponto contra da versão remasterizada. Agora é esperar e saber o que meus ouvidos vão achar quando essa nova versão sair.
Para ir acompanhando as novidades sobre a versão remasterizada e não perder a data oficial de lançamento, é só acompanhar o site oficial da Robot Riot. Para facilitar já vamos deixar o link aí embaixo:

http://www.robotriotgames.com/gods_remastered.html

Pelo que foi divulgado, a primeira plataforma a ser contemplada com "Gods Remastered" será o Xbox One, mas a loja virtual Steam, PS4, Switch e até celular virão em seguida. Estou no aguardo e comprarei minha versão na Steam assim que lançar. Vai ser bom jogar "Gods" de novo depois de tantos anos. Bitmap Brothers nunca é demais- exceto o péssimo port de "Z" para celulares que lançaram na loja Steam no lugar da ótima versão original. Quem sabe se "Gods Remastered" fizer sucesso esse erro não é reparado?

7 de set. de 2018

Divagações Oldschool: Outro jogo antigo com capa terrível #5



Volta e meia aquela máxima que diz que muitas vezes a ignorância é uma benção é confirmada para mim. Até semana passada "Ironsword; Wizards & Warriors II" era apenas mais um dos muitos casos de títulos dos anos 80/90 em que a arte da capa não bate com o jogo em si. Nem achava a capa tão tosca assim... apenas um bárbaro genérico que quer ser o Conan quando crescer, enquanto o herói do jogo é um cavaleiro com uma armadura de placas completa, incluindo o elmo. A capa não combinava nada com o jogo, mas para quem viu as primeiras capas norte- americanas dos jogos  do Megaman, também não era nenhum bicho-de-sete-cabeças. Nada demais.
Aí, durante uma inocente conversa em que se comparavam as capas dos jogos de "Golden Axe" com rótulos de catuaba e capas daqueles livrinhos de banca de jornal para donas de casa de meia idade entediadas libertarem suas fantasias, um amigo mostra umas ilustrações de capa de uns títulos desses, estreladas por um tal de Fabio.


Sabe quando você vê alguém e fica com aquela sensação de "eu já vi esse cara antes"? Pois é... foi o que se sucedeu... e não fazia, inicialmente, a menor ideia de onde poderia ser, já que minha mãe nunca leu esse tipo de coisa. Jogando o nome do cara no Google descobri que o sujeito foi um modelo italiano radicado nos EUA chamado Fabio Lanzoni, famoso por posar para capas dos tais romances de meia- tigela e por pouca coisa além disso.  Cheguei a cogitar que talvez tivesse visto algumas das capas dele nas bancas de jornais quando ia comprar quadrinhos mas aí, veio o estalo...
O cara já havia feito uma capa de jogo de Nintendinho! É o cara da capa de "Ironsword: Wizards & Warriors II"!

Sim... é o Fabio...
Aí vem aquela dúvida... Não...Não pode ser... eles não colocariam um cara que estampava livrinhos semi- eróticos na capa de um jogo voltado para moleques em idade escolar...  o pessoal da época não era tão sem noção assim... Eu devo estar confundindo... as representações de bárbaros são sempre a mesma coisa... Eles não fariam isso...
Ou fariam?
Fizeram. É o Fabio em pessoa, e pelo que consegui descobrir, foi contratado pela própria Acclaim, uma empresa de vulto, para estrelar a caixa do jogo! 
Tive uma crise de riso ao confirmar isso, entremeada por momentos de incredulidade, onde procurava compreender o que levou a Acclaim a gastar uma grana maior do que precisaria paa fazer a tal capa, pagando o cachê a um cara já (de certa forma) renomado no meio quando poderia ter contratado qualquer um para a tal capa... sério... o que não deve faltar por lá são atores de terceira categoria dispostos a se fantasiar de  figurante de "Dungeons & Dragons" em troca de vinte dólares, um cheeseburguer e uma lata de Pepsi! Aliás... se tivessem colocado o cavaleiro de armadura na capa do jogo, como deveriam ter feito, nem teriam precisado contratar ninguém! Vestia o office boy do estúdio com aquela tranqueira e tudo certo! 
O tal do Fabio não deve ter saído tão barato...  a única explicação cabível para esse imbróglio que consigo pensar é que rolou algo assim no estúdio:

CHEFE: OK, o jogo já tem data de lançamento marcada e temos que caprochar na capa para dar um gás nas vendas. Alguém já descobriu onde alugar uma armadura dessas?
ALGUÉM: Chefe... sabe... eu estive pensando... o jogo nem é grande coisa e o que não falta é jogo com sujeito de armadura na capa... não acho que a gente vai conseguir se destacar desse jeito.
CHEFE: Olha... até que o que você disse faz sentido... o que você sugere, então?
ALGUÉM: Antes de dizer minha ideia para a capa, queria expor minha linha de raciocínio com detalhes.
CHEFE: Manda ver.
ALGUÉM: Chefe... já notou que no caso dos videogames.... quem em geral compra o produto não é quem joga? Não é como uma televisão ou torradeira, que quem compra vai usar... pelo menos na maioria dos casos, quero dizer.
CHEFE: Seja mais claro.
ALGUÉM: Quem joga nossos jogos são os jovens... crianças, adolescentes, a molecada em geral, mas... quem compra os jogos em geral não são eles... são as mães. Tudo bem, sempre tem aquele guri de doze anos que juntou três meses de mesada e aparou o jardim da rua inteira em troca de uns trocados e vai na loja comprar seu tão sonhado jogo novo, mas a maioria das vendas não é assim.
CHEFE: Faz sentido... continue...
ALGUÉM: São as mães que mais vão aos shoppings e lojas de departamento... em geral são elas que compram os presentes de aniversário, Natal e tudo mais.
CHEFE: Sim, sim... e daí?
ALGUÉM: E daí que qual jogo você acha que chamaria mais a atenção de uma dona de casa já ficando coroa, um com uma capa assim (mostra um romance barato com o Fabio na capa) ou uma  exibindo um sujeito fantasiado de lata de sardinha?
CHEFE: Entendo... sim... entendo... mas... e os jogadores? Eles não leem esses livrecos baratos, muito pelo contrário! Será que isso não queimaria o jogo e afundaria as vendas, ao reclamarem que não é o cavaleiro que está na capa?
ALGUÉM: Chefe... quem vai ver a capa é a mãe, que não vai jogar aquilo e nem se importa como o jogo é... a molecada quando ganha jogo novo nem olha para a caixa... sai abrindo o pacote, arrancando o cartucho de dentro e enfiando logo no videogame para jogar de uma vez. Depois o jogo vai ficar largado no chão do quarto ou em uma pilha de cartuchos em alguma prateleira... nem colocam dentro da caixa de novo... a maioria nem vai saber se na capa tem um cavaleiro, um bárbaro ou um Papai Noel de comercial de panetone...
CHEFE: Entendi o que você quer dizer, mas ainda assim me preocupa o conteúdo do jogo não ter relação nenhuma com a ilustração da caixa.
ALGUÉM: Nenhum deles tem, chefe...
CHEFE: De fato...
ALGUÉM: Nenhuma mãe sonhadora que lê esses romance resistiria a uma capa assim, chefe... vai comprar mesmo que o aniversário do filhos seja só daqui a oito meses. A gente chama esse tal de Fabio, desenha ele fantasiado com alguma sobra de figurino de filme B e plagia alguma capa da "Espada Selvagem de Conan" como cenário e aí só ver o dinheiro entrar.
CHEFE: Perfeito!

Sim, eu sei que essa explicação não parece fazer sentido, mas nem tanto quanto colocar um galã de romance barato para ilustrar capa de um título do Nintendinho. E lembre-se que o jogo foi lançado nos anos 80, então tudo é possível. 
Ainda assim... o cara das capas de livro de dona de casa sonhadora na caixa de um jogo de videogame! Eu não consigo parar de rir. Sério... eu podia ter continuado sem saber dessa. Como vou jogar "Ironsword: Wizards & Warriors II" agora sem rir ?! E o jogo é legalzinho, caramba!
Realmente por vezes a ignorância é uma benção.

6 de set. de 2018

Mais cinco jogos de 8 bits bizarros e tétricos

Ah... aqueles tempos de poucos bits...

#1- Sqoon (NES)



O planeta Netuno enfrenta uma crise alimentar após seu estoque de carne humana ("man-ham" no original) acabar. Os habitantes de Netuno então invadem a Terra, derretem as calotas polares e aprisionam a maior parte dos sobreviventes para levá-los como gado para seu planeta. 
As forças de defesa da Terra ("Earth Defense Force", seja lá o que isso for) tomam então a única decisão sensata possível em uma situação como essa: pedem a ajuda de um pirata sem escrúpulos para salvar o mundo com seu submarino cor-de-rosa que dispara bombas de gelo. E lá vai o pirata mau caráter resgatar seres humanos de prisões submarinas e levá-los para uma ilha flutuante motorizada, além de, de vez em quando, conseguir viajar por outra dimensão após apanhar o crucifixo carregado por uma sereia fazendo topless.
Sim... uma ilha flutuante motorizada...
Sim... um crucifixo carregado por uma sereia que possibilita deslocamento interdimensional.
Sim... um pirata mau feito a peste tem um submarino cor-de-rosa.
Sim... a última esperança da Terra é o supracitado submarino cor-de-rosa.
Ah, uma última coisa... as orcas se aliam aos invasores extraterrestres e tentam de tudo para atrapalhar, matando a dentadas tantos prisioneiros na água quanto puderem antes do pirata conseguir resgatá-los. 
Bom... falando francamente... as orcas não tem lá muitos motivos para gostar da gente, não é?

#2- Alex Kidd in Shinobi World (Master System)


Sua namorada foi sequestrada por uma entidade maligna que se libertou após 10000 anos de confinamento.
Qual a solução?
Ser possuído pelo espírito de um ninja de idade semelhante (tinham ninjas uns 8000 anos antes de Cristo?) e ir salvá-la.
Já ouvi dizer que situações extremas requerem medidas extremas, Parece que situações esdrúxulas seguem o mesmo princípio...

#3- Devil World (NES)


Um clone de "Pac-Man" onde se usam artefatos religiosos, como crucifixos e Bíblias, para transformar monstros em ovos fritos enquanto corre-se por um labirinto que se move segundo as ordens de um demônio que aparentemente roubou as botas da Mulher- Maravilha e vestiu uma sunguinha vermelha para combinar.
Na época o jogo não foi lançado oficialmente no ocidente. Por que será?

#4- Mr. Gimmick (NES)


Um grupo de brinquedos de pelúcia ficam enciumados e raivosos por sua dona estar dando atenção demais para um boneco recém- ganho, o tal Mr. Gimmick do título, e a sequestram, levando-a para outra dimensão onde só eles poderão ficar com ela, e só eles receberão atenção dela, e só eles serão amados, e ficarão juntos para sempre, e tudo será perfeito...
Olha... Isso é que é amor doentio...

#5- Safari Hunt (Master System)


Um jogo onde se mata a tiros animais silvestres apenas por prazer cuja tela de abertura apresenta uma representação de "nativos" que é um verdadeiro pesadelo antropológico e uma gigantesca ofensa etnológica de tão grotesca e estereotipada.
Realmente profundamente educativo para a formação de crianças em idade escolar.

É... tem coisa que só os jogos oldschool fazem por você... e, sempre lembrando, estar na lista não torna automaticamente um jogo ruim nem nada do tipo. Apenas com um "fator non sequitur" um pouco mais exacerbado que a média.

Uma música da trilha sonora de "Blazing Chrome", da JoyMasher


Que eu estou ansioso para o lançamento de "Blazing Chrome" não é segredo, mas enquanto o dia não chega irei me distrair escutando essa música da trilha sonora disponibilizada no SoundCloud. 
A faixa se chama "Blizzard Ridres" e, a priori, é a música do primeiro estágio da 5o fase do jogo, embora isso possa mudar até "Blazing Chrome" ser oficialmente terminado.
Estou na torcida que essa faixa fique na versão final... gostei bastante dela! Para quem quiser conferir, o link é esse:

https://soundcloud.com/dominicninmark/mission-5-1-blizzard-riders

E por alguma razão a ilustração dos dois heróis juntos que aparece na página do SoundCloud me lembrou o OVA de "Apple Seed", um anime das antigas que ninguém com menos de 30 anos provavelmente conhece...