1 de nov. de 2019

Divagações Oldschool: Memories... (ou "Eu, os animes, mangás, eventos e tudo mais") (1)


(PARTE I)

É meio difícil precisar quando foi meu primeiro contato com os animes. Basta dizer que no iniciozinho da década de 80 minha mãe assistia na rede Manchete os episódios de “Patrulha Estelar” e “Pirata do Espaço” comigo ao colo... é, é realmente diferente, mas devo meu interesse em animes (assim como em ficção científica) à minha mãe, uma fã de “Star Wars”, “Star Trek”, "Planeta dos Macacos" e animes... inicialmente muitas pessoas pensam que estou mentindo para contar vantagem, o que eu acho até compreensível, visto que a maioria das mães considera tudo isso “coisa de maluco”...

Pouco ficou na memória dessa iniciação. Pouco mais de que uns poucos flashs de cenas esparsas de um sujeito azul com cabelos louros (General Deslock) ou de um velhinho careca com roupa de pára-quedista (o Baku de “Pirata do Espaço”). Apenas com cerca de 6 ou 7 anos é que tenho as primeiras lembranças realmente sólidas de um animê, um desenho de um garoto que possuía uma garrafa e toda vez que ele espirrava saía um gênio gordão de dentro dela, "O Gênio Maluco" ("Hakushon Daimao" o origial). Acho que passava o canal 7, mas não tenho certeza...

Um pouquinho mais velho assisti vários episódios de um anime de uma garota lourinha que procurava uma tal flor de sete cores, "Angel, A Menina das Flores", mas na época não prestava muita atenção neste desenho. Muito mais atenção recebeu “Zillion”, um desenho de ação/ ficção científica onde um trio de soldados de elite (protagonizado pelo incomparável J.J!) protegia a Terra da invasão do Império Nooza. Até hoje gostaria de ver essa série de novo a TV aberta, mais parece que “Zillion” está relegado ao limbo da nostalgia...

Como todo guri com menos de dez anos da década de 80, não pude passar ileso à febre “Jaspion" e "Changeman”. Cheguei a colecionar o álbum de figurinhas, mas não completei... Em seguida ainda assisti “Jiraya”, "GoGo V" e "Cybercops", para depois nunca mais assistir um tokusatsu na vida. Perdoem-me os fãs desse gênero, mas tokusatsu realmente não faz a minha cabeça... prefiro animação mesmo.

Já na década de 90 a rede Globo começa a exibir mais alguns animes polvilhados em meio a sua programação infantil matutina. É assim que chega até mim “Macross”- infelizmente o que apareceu por aqui foi a versão que saiu nos EUA, cheia de cortes e batizada como “Robotech”...Também assistia um desenho muito doido de duas toupeiras que se tornaram heróis para defender o mundo (SIC) chamado “Nik e Nak”, o qual, apesar da premissa meio bizarra era um anime cheio de cenas violentas, bem mais do que em desenhos norte-americanos de aventura, como o sempre politicamente correto“He-Man”.

Ainda por esses tempos assisti vários episódios de um anime chamado “Marco”, sobre um menino italiano que viaja pelo mundo a procura de seus pais em um desenho por vezes bem triste e melancólico. E na Globo rolou também um anime do “Peter Pan”, com um final bem dramático, bem diferente do que eu estava acostumado devido aos desenhos americanos (os quais por sinal raramente possuem um final... vide o triste caso do excelente “Caverna do Dragão”...)

Admito que até essa época não diferenciava desenhos japoneses de americanos ou de qualquer outro. Simplesmente assistia. Mas já notava que aqueles desenhos com traços atípicos eram diferentes, mais profundos, melhor trabalhados e nem sempre com final feliz.
"Peter Pan" que o diga!

(Continua na Parte II)

P.S: Texto origialmente publicado no blog Dotaku, em 8 de agosto de 2006.
P.S 2: Sim... esse tempo todo atrás...

Um comentário:

  1. Você viu "Marco" na reprise... Eu gostava. Lembro-me da Angel também. Ah, e o Deslock era quase gostável!

    Até hoje não sou muito fã de anime, nem de mangá, fora um ou outro que em geral vejo por acaso e acabo curtindo. Mas é questão de gosto mesmo, sei que tem vários ótimos.

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