29 de jun. de 2020

Jogos no Steam Para Retrogamers #26

Faz tempo que não recomendamos alguns jogos aqui no blog- quase um ano na verdade!
Com julho chegando e aquecendo nossas velhas lembranças das férias escolares de meio de ano cheias de idas e vindas às locadoras, acho que é um bom momento para recomendar alguns.

SUGESTÃO #1

Se você está com saudades de jogar:  "Ultima IV: The Quest of Avatar" (PC, NES, Master System); "The Legend of Zelda" (NES); "Adventure" (Atari 2600)

Tente: Brother Brother



Sinopse: Um pequeno jogo de action RPG bem legal. Divertido com visual retrô e boa música. É curto, mas até que tem bastante exploração, algumas side quests, um chefe secreto que vale um ótimo prêmio se derrotado e um divertido mini-jogo de pesca. Parece uma mistura dos primeiros jogos da série "Ultima" com Zelda do NES, e uma pitada de "Adventure" do velho Atari. 
O jogo segue a busca de um jovem guerreiro por seu irmão desaparecido, o que o leva a encarar de novo o mistério do desaparecimento de seus pais, anos antes. Se você gosta de RPGs clássicos, vale a pena conferir.
O desenvolvedor, Patrick VanMackelberg, já está com um novo projeto em curso, que continua a história de "Brother Brother".

SUGESTÃO #2

Se você está com saudades de jogar: "Brave Fencer Musashi" (Playstation); "The Legend of Zelda: A Link to the Past" (SNES); "Crystalis" (NES)

Tente: Bastion


Sinopse: Um action RPG onde se ajuda um rapaz reconstruir seu mundo, destruído por um cataclisma misterioso. O jogo tem muita exploração e ação e conta com dificuldade bem equilibrada, que não entedia os veteranos nem frustra a galera mais nova. Possui belos gráficos e músicas, em especial as canções que tem trechos cantados. Mas o grande destaque, na minha opinião, é a história, que é bonita, mas melancólica do começo ao fim. 

SUGESTÃO #3

Se você está com saudades de jogar:  "Bucky O`Hare" (NES); "Dinosaurs for Hire" (Mega Drive); "Jack Jazz Rabbit" (PC)

Tente: Clash Force


Sinopse: Um jogo aventura estilo plataforma bem à moda antiga. Ajude uma força de elite formada por um trio de animais humanoídes a salvar o mundo de um cientista louco nesse título inspirado em games antigos e desenhos animados dos anos 80 e 90. 
Bastante indicado se você sente saudades dos tempos de 8 e 16 bits. Um jogo de plataforma leve, legal, com gráficos pixelados bem feitos e bem menos difícil que seus ancestrais do NES. Seu maior defeito é que, depois de zerado, não se tem muitos motivos para voltar a jogá-lo.

Fechamos essa edição com esses três. Boa diversão a todos!

27 de jun. de 2020

10 jogos oldschool que todo mundo acha que eu não deveria gostar, mas eu gosto


Algumas vezes já ouvi que eu não tenho critério e que basta o jogo ser antigo, de 8 ou 16 bits, que eu vou gostar e dizer que é bom. De fato sou um entusiasta de jogos antigos e prefiro qualquer pack com clássicos a um dos jogos super badalados do momento, mas não significa que eu seja cego para toda uma série de limitações, problemas de época ou escolhas infelizes de programadores- como por que "Kid Chameleon" tinha que ser um jogo tão extenso, caramba? Conseguiram transformar o que seria um clássico muito legal em frustrante desafio de paciência!
Por outro lado, tais censuras que recebi são parcialmente compreensiveis e explicaveis por eu gostar de alguns jogos quase unanimamente execrados- embora me pareça que boa parte das pessoas que os odeiem sequer os tenha jogado uma única vez e sim apenas repetem a opinião geral!
Rascunhei uma lista com dez jogos odiados que eu gosto, para horror e revolta dos fanboys do Angry Videogame Nerd, e vou deixar os leitores aqui do blog tirarem suas próprias conclusões. 
Antes um aviso... não estou dizendo que são jogos excelentes, apenas que eu gosto deles, mesmo com seus defeitos e acho que não merecem toda a má fama que lhes foi destinada. Outra coisa... a ordem deles na lista é aleatória, e não do game que gosto mais para o que gosto menos, ou vice-versa. Dito isso, vamos lá:


1- Fester's Quest (NES)

O que gosto nele: O non sense da história; a exploração; as fases são meio labirínticas,; quantidade significativa de itens diferentes para coletar.
Porém... gráficos e música bem mais ou menos; dificuldade alta e frustrante, fases pouco variadas; inegavelmente um caça-níqueis para faturar em cima de uma franquia famosa.

2-Atena (NES)

O que gosto nele: A protagonista é carismática; tem quase todos os elementos clássicos dos jogos de aventura estilo plataforma.
Porém... a jogabilidade é meio truncada; é meio enjoado passar de alguns trechos; é difícil manter a arma que você quer por muito tempo.

3- Karate Kid (NES)

O que gosto nele: Um joguinho de plataforma bem movimentado; segue a história dos filmes  com fidelidade razoavel.

Porém... dificuldade dá saltos consideráveis entre uma fase e outra; pouca variedade nos cenários; possui um dos mini-jogos mais frustrantes de todos os tempos (o do tambor).

4- Hydlide (NES)

O que gosto nele: Um action RPG com uma história clássica, meio conto de fadas; os gráficos são legais; tem puzzles e exploração; até que o número de inimigos é variado; muitos itens e feitiços para usar.

Porém... o combate tem uma mecânica bem esquisita, e se demora para pegar o jeito; subir de nível demora uma eternidade, padrão "Haja paciência!"; grinding excessivamente necessário (de novo, haja paciência); alguns dos puzzles são um tanto criptográficos demais.

5- Super Pitfall (NES)

O que gosto nele: Um aventura estilo plataforma cheia de itens para se procurar; acho o balão que permite voar legal.

Porém... Mais difícil do que o necessário; jogabilidade questionável; excesso de tentativa-e-erro.

6- The Adventures of Bayou Billy (NES)

O que gosto nele: Jogo de ação e aventura com bons gráficos e músicas; a história de tão trash se torna divertida.

Porém... excessivamente difícil... é sério... difícil ao ponto de ser irritante; mesmo inimigos comuns de fase demoram para morrer.

7- Captain Comic (NES)

O que gosto nele: Um joguinho plataforma simples, porém bem clássico, com cenários variados para se explorar não linearmente e muitos itens para achar.

Porém... originalmente totalmente feito por uma pessoa só, logo tem cara de filme de baixo orçamento; excessivamente difícil no início, antes de se conseguir alguns itens específicos.

8- Batman Forever (Mega Drive)

O que gosto nele: Francamente não sei o que as pessoas odeiam tanto nesse jogo... achei um jogo de ação estilo plataforma mediano e, para mim, os gráficos, os quais todo mundo critica, deram um tom meio surreal/ meio bizarro ao jogo que achei diferente.

Porém... jogabilidade pouco fluida; controles meio confusos.

9- Wolverine (NES)

O que gosto nele: Um jogo de aventura e ação estilo plataforma na média da época; protagonizado pelo Wolverine; tipo de jogo ideal para uma quarta-feira chuvosa sem dever de casa.

Porém... gráficos abaixo da média; desenvolvedores colocaram algumas armadilhas bem ridículas, como uma garrafa, item que recupera energia, que se você pular e pegar, volta praticamente para o começo da fase. 

10- Teenage Mutant Ninja Turtles (NES)

O que gosto nele: Um jogo de aventura e ação estilo plataforma onde se vai de uma fase para outra dirigindo o furgão das Tartarugas Ninja, sendo menos linear  que a maioria dos jogos da época; quatro personagens com ataques diferentes que podem ser trocados durante a partida.

Porém...  VÁ SE FERRAR O DESGRAÇADO QUE INVENTOU AQUELAS MALDITAS ALGAS MARINHAS!

Desculpem... trauma de infância... de qualquer forma... fechada a lista. Você também gosta de algum jogo odiado por todos os outros? Que tal contar para a gente nos comentários?
Bom jogo a todos e até a próxima (seja lá quando for).

26 de jun. de 2020

Power Monger

Power Monger [Europe] - Sega Genesis/MegaDrive () rom download ...

O Excelentíssimo Power Monger!   

Nós, criadores desse site tomamos conhecimento desse jogo totalmente por acaso nos anos 90.
Meu irmão, muito novo na época, se deparou com a caixa do jogo, este para Mega Drive, e ficou encantado com o chefão de tapa olho e segurando uma faca. Insistentemente ele queria o jogo com o cara da faca, e meu pai foi e comprou.
Não sabíamos nada sobre esse jogo, não tínhamos visto em nenhuma revista, e para nossa grande e positiva surpresa, nos deparamos com Power Monger, um dos melhores jogos de estrategia.

Como Power Monger é muito especial, teremos diversas postagens sobre o mesmo, a começar por essa incrivel review:

Historia e Roteiro

Play Power Monger Online - Sega Genesis Classic Games Online

O Objetivo de Power Monger é mostrar todo o seu poder no mundo, dominando muitos territórios o maximo que puder até chegar conquistar o ultimo território do jogo no fim do mapa.

Mas isso não significa que você não possa batalhar em todos os territórios desse mundão de meu deus.

Ao todo são 195 territorios!

Cada um com sua dificuldade e aumentando cada vez que esteja mais embaixo no mapa do mundo.

Powermonger Download Game | GameFabrique

Gráficos e Sons
Power Monger (USA) SEGA CD ISO Download - Replayers

Os gráficos do jogo variam de acordo com o console. Incluindo a disposição das ferramentas de jogo na tela.
No AMIGA, os gráficos ficam mais bem definidos e dá pra entender melhor cada item do mapa.
Apesar de que na versão de MegaDrive fica parecendo bem legal um jogo de tabuleiro visto de longe, tipo formiguinhas.
Apesar do gosto, nesse quesito o Mega Drive acaba perdendo para os demais, as arvores por exemplo ficam muito embaralhadas, parecendo muitas vezes manchas no mapa e difícil de ver bem definidas.

Os sons do jogo são excelente!
O tropa marchando, serrando árvores, a voz do comandante (yeah!) ao acionar uma ordem.
No combate os sons das espadas batendo, mesmo que sua tropa não tenha armas, e o dano causado parece que o soldado está engasgando ou soluçando.
E tem também o famoso som do carneirinho que só serve de comida no jogo....bééé...bééé


As telas as seguir em ordem: Mega Drive, Amiga, SNES e Sega CD

Power Monger (Genesis / MegaDrive) - YouTube

3D Landscape Texturing Techniques : Powermonger on Amiga? - Unity ...

Super Nintendo Entertainment System PowerMonger (Europe) - YouTube

PowerMonger - im Klassik-Test (Mega-CD) – MANIAC.de


Dificuldade

Power Monger - TecToy

Como todo bom jogo de estratégia, os territórios a serem conquistados começam fáceis, para ir se acostumando com as estrategias do jogo, e de acordo com que se vai avançando mais abaixo no mapa do mundo, os territórios ficam mais difíceis.

É um jogo de estrategia mesmo, então para cada território, é necessário uma tática diferente para domínio do mesmo.

Para vencer o jogo, é necessário dominar o ultimo território, o de numero 195, que fica no canto inferior direito do mapa do mundo. Você pode tentar dominar os territórios na direção que quiser.

Mas o verdadeiro desafio, se tiver paciencia, é dominar tudo! e ser o rei do mundo!

I'm the king of the world!" | Titanic [1997] (Open Matte, SDR ...



Jogabilidade

Dependendo do console, os comandos ficam um pouco lentos, mas não estraga a partida. Não confundir com os comandos dados aos aliados, que são enviados por pombos correios, logo tendem a demorar mais a serem executados.

No centro tem o mapa do local atual, dependendo do console a lista de comandos, o mini-mapa, abaixo as informações de cada objeto da tela, que você pode obter por meio do comando de interrogação, e a balança e direção da visão.

Na balança você pode definir o zoom, a direção norte do mapa.

Sempre que a balança pender completamente para o seu lado, significa que você venceu o território. Não necessariamente derrotou todas as cidades, mas que se tornou forte o suficiente para passar ao próximo domínio.

A base do exercito é a comida, isso vira uma preocupação constante, principalmente quando o território não te carneiros para a tropa degustar.

Toda vez que vence um território, um password é gerado, então é como se o jogo estivesse salvando suas conquistas. 

Atenção, você pode voltar no território que já conquistou, mas ele não estará do mesmo jeito que deixou, é como se fosse um reset da partida.

Considerações Finais

Nós do OldSchoolDigger somos suspeitos para falar. Adoramos esse jogo.
Em muitos aspectos o jogo agrada muito, em outros temos ódio, mas por conta da dificuldade as vezes de arrumar comida em alguns territórios.

Mas no geral, dá pra gastar horas e mais horas construindo o seu império ao longo do mapa de territórios.

Em breve um dossiê desse jogo explicando timtim por timtim do que fazer e como funciona cada ferramenta, com dicas e tudo que pudermos oferecer.

VICTORY!!

Powermonger (Amiga) Game Download

Nota: 9,5




25 de jun. de 2020

Análise do pack "Namco Museum Archives"- volume 2


Agora a análise do volume 2 da coletânea da Namco! 
Assim como o Volume 1, o Volume 2 também possui 11 títulos, sendo 10 clássicos e um inédito. Vamos dar uma breve olhada em cada um deles:



1- Galaga:  A sequência de "Galaxian", que manteve o que o precursor tinha de legal e acrescentou mais uns detalhes, como a habilidade de disparar mais de um tiro de cada vez e a possiilidade de jogar com duas naves ao mesmo tempo, após resgatar alguma que tenha sido sequestrada pelo raio trator do inimigo.
"Galaga" talvez seja, empatado com "Space Invaders", o maior clássico "shooter de tela parada".

2- Battle City: Um jogo de ação onde se controla um tanque e deve-se proteger sua base enquanto se combate um pelotão de tanques inimigos. É um jogo que consegue ao mesmo tempo ser muito simples e muito divertido- e pode ser jogado por dois jogadores ao mesmo tempo!

3- Pac-Land: Para mim, o pior jogo da coletânea. "Pac-Land" é um jogo que envelheceu muito mal... seus gráficos seguem a mesma linha de "Mappy" e "Mappy Land", com a diferença que não conseguem agradar nem um pouco aos olhos e as músicas e efeitos sonoras são francamente esquecíveis.
O jogo, em si, realmente não é grande coisa, sendo simplesmente um daqueles onde se deve correr em linha reta até o fim da fase, enquanto pula obstáculos e se esquiva dos fantasmas (que agora vem pilotando aviões, saltando em pula-pulas, etc) e tem poucos elementos do primeiro jogo, exceto o protagonista amarelo e os inimigos ectoplásmicos de várias cores. A pílula que permite devorar os fantasmas foi mantida, mas aparece poucas vezes (acho que apenas uma por fase). 
No geral, um jogo monótono e sem emoção.

4-  Dig-Dug II: A sequência menos famosa de "Dig-Dug", onde a pá para cavar suterrâneo adentro foi substituída por uma britadeira capaz de afundar pedaços inteiros das ilhas. A bomba de ar para inflar inimigos até eles explodirem continua firme e forte. É um jogo mais ou menos... gosto mais do primeiro título da franquia.
E atenção ao usar a britadeira... é mais difícil do que parece e um erro de cálculo fará você parar no fundo do mar junto com o terreno afundado.

5- Super Xevious: Basicamente um "Xevious" recauchutado. As poucas modificações feitas não  conseguem evitar a sensação de "mais-do-mesmo".

6- Mappy-Land: A sequência de "Mappy", protagonizada pelos filhos do ratinho policial. O jogo segue o mesmo princípio do anterior, pegar objetos (desta vez são fatias de queijo) enquanto se foge de gatos, mas com muito mais variedade de cenários, armadilhas para se livrar dos gatos (o canhãozinho da fase do velho oeste é um dos mais legais) e itens que podem ser recolhidos e usados depois para distrair os bichanos enquanto você pula fora. Os gráficos, apesar de antigos, são agradáveis e coloridos, com um tom bem lúdico.

7- Legacy of the Wizard: Primeiro de tudo, não se deixe levar pelos gráficos antigos e simples... esse jogo é mais do que parece ser. Um adventure com elementos de RPG (alguns o classificam como um action RPG), um mundo aberto e não linear (obviamente pequeno para os padrões de hoje) e vários personagens com habilidades únicas- e o que é mais legal é que todos são da mesma família. E o mascote da família parece um dinossauro em miniatura.



A história é bem clássica. A família deve se unir para destruir um dragão aprisionado em uma pintura, antes que ele se liberte, mas para isso precisam encontrar uma espada mágica, a "Dragon Slayer", mas para conseguí-la precisam primeiro se apossar de quatro coroas mágicas e derrotar Keela, antagonista maléfico à moda antiga.
O jogo é difícil e cheio de idas e vindas para trocar de personagem, mas acredite... é um jogo recompensador para quem se dedicar a ele.

8- Rolling Thunder: Um jogo originalmente lançado de forma não oficial no ocidente. É um jogo de ação e aventura muito legal, com uma trama de resgate que lembra filmes antigos de espionagem e detetive. Para quem gosta de jogos estilo plataforma é um prato cheio.
Já falamos desse jogo antes aqui no blog, nessa postagem:


9- Dragon Buster II: A sequência de "Dragon Buster", e bem melhor que seu predecessor. "Dragon Buster II" tem muitas diferenças do primeiro título da franquia, sendo um action RPG ao estilo de jogos como "The Legend of Zelda: A Link to the Past" (SNES), "Crystalis" (NES) e "Golvelius" (Master System) enquanto o primeiro jogo era um jogo de aventura e ação com elementos de plataforma. Uma ótima pedida para fãs de action RPGs!

10- Mendel Palace:  Um título bem diferente. Um rapaz tenta salvar a namorada sequestrada por um bando de malfeitores um tanto... exótico, e faz isso revirando placas do assoalho tentando arremessar os vilões contra a parede. É uma mistura de ação e puzzle que talvez não agrade a todos, mas vale a pena ser conhecida nem que apenas como uma curiosidade.

11- Gaplus: Sequência de "Galaga", fechando uma trilogia. "Gaplus" foi originalmente lançado para arcades em 1984 mas nunca havia recebido um port para NES até agora ( uma para Commodore 64 saiu em 1988), sedo portanto um lançamento exclusivo dessa coletânea.
O jogo é legal, mas... basicamente é uma versão recauchutada de "Galaga". Se você gosta de shooters oldschool, vai gostar de "Gaplus", mas não espere nada extraordinário.

Fechamos a lista. Esperamos que tenha ajudado aqueles em dúvida a se decidir. Vou saindo agora para jogar mais um pouco de "Legacy of the Wizard". Bom jogo a todos.

24 de jun. de 2020

Análise do pack "Namco Museum Archives"- volume 1"


Como o preço dos pack da Namco não nenhuma bagatela, vamos dar nossa opinião a respeito de cada um dos jogos dos pacotes e assim tentar ajudar os interessados a decidir se compram ou não. Para não ficar um texto muito grande dividiremos em duas postagens, uma para o volume 1 e a outra para o volume 2.

O volume 1 da "Namco Museum Archives" possui 11 jogos, sendo 10 clássicos e um jogo novo inspirados os jogos de 8 bits do NES.



1- Galaxian: O precursor de "Galaga" é um clássico por seus próprios méritos. É um SHMUP de tela fixa em que só se pode mover a nave para esquerda e direita. É um jogo desafiador, que exige reflexos, pensamento rápido e bons cálculos- até porque só se pode disparar um míssil de cada vez. É um jogo divertido mas jogadores mais novos podem se sentir frustrados pelo foco em marcar pontos e repetitividade do jogo.

2- Pac-Man: Sempre que alguém inventar de fazer uma lista dos "Dez jogos mais clássicos de todos os tempos", "Pac-Man" estará nela- e merecidamente! "Pac-Man" é um daqueles jogos que ajudou a consolidar uma indústria e, mesmo passadas décadas desde o lançamento dessa mistura de puzzle e ação, seus gráficos, sons e jogabilidade continuam atraentes. Talvez devido a sua premissa simples, ritmo bem cronometrado e desafio viciante "Pac-Man" é daqueles jogos que agradam gregos e troianos, jogadores casuais e hardcore, novos e veteranos. Seu maior defeito é mais uma característica de seu tempo do que algo próprio: repetitividade.

3- Xevious: Um SHMUP que não envelheceu muito bem. Tem quase todos os elementos clássicos dos SHMUPs, mas o tempo cobrou seu preço, em especial nos gráficos. Não deixa de ser desafiador e de proporcionar alguma diversão, mas é recomendado principalmente para os viciados em SHMUPs. Seu aspecto mais legal é poder atacar no solo e no ar com tipos diferentes de tiro.

4- Mappy: Um joguinho tipo arcade que mistura ação, plataforma e estratégia, com detalhes muito legais como usar os sinos para derrubar inimigos. É divertido e seus gráficos e música, apesar de simples, são agradáveis. O objetivo é ajudar um ratinho policial a recuperar objetos roubados, enquanto escapa de um bando de gatos.
"Mappy", entretanto, tem os defeitos da época, em especial ser bem repetitivo.

5- Dig Dug: Um clássico dos arcades e do non-sense... Controle um sujeito com roupa de astronauta (ou algo que o valha) enquanto ele cava pelo subsolo e destrói monstros com... uma bombinha de ar, tipo aquelas de bicicleta. O jogo mistura ação com aventura e é divertido, apesar de ser repetitivo e pouco variado- os cenários são muito parecidos e só existem dois tipos de inimigos.
Atenção à jogabilidade! Se não é ruim, em alguns momentos pode te deixar na mão, respondendo mais devagar do que o esperado.

6- The Tower of Druaga: Um jogo cult, que fez um sucesso absurdo no Japão e foi um fiasco no ocidente. É um jogo de labirinto onde se deve derrotar monstros enquanto se procura chaves e itens especiais. Até aí parece tudo bem, mas o combate é muito esquisito, o jogo é dífícil e criptográfico, sendo praticamente indispensável o uso de um detonado/ walkthrough, em especial para achar alguns itens. É aquele tipo de jogo que não tem meio termo- ou você gosta ou odeia!

7- Sky Kid: Um SHMUP acima da média. Difícil, porém recompensador. Tem como principais difenciais seus gráficos cartunescos e o comandoo para se fazer uma manobra com o avião que lembra uma pirueta e é essencial ser dominada para se progredir no jogo.

8- Dragon Buster: Um jogo de aventura, onde um espadachim luta contra monstros em castelos, cavernas e masmorras para resgatar sua amada das garras de um dragão; Alguns vão achá-lo cult, outros vão achá-lo datado e ultrapassado.

9- Dragon Spirit: Outro SHMUP acima d amédia, onde se controla um dragão em um cenário medieval. Tem um detalhe muito legal que o dragão vai se modificando conforme se pega power-ups, podendo desenvolver cabeças extras!
Acho "Dragon Spirit" menos difícil que a média dos SHMUPs de sua época, e além disso conta também com uma boa trilha sonora.

10- Splatterhouse: Wanpaka Graffiti: Uma das estrelas da coletânea, lançado oficialmente no ocidente pela primeira vez. O jogo ao mesmo tempo funciona como um prólogo e uma paródia do primeiro "Splatterhouse", sendo bem cartunesco, com estética "super deformed" e recheado de piadas, brincando com monstros icônicos do terror.
O jogo em si é um jogo de ação e aventura divertido sem ser espetacular e com gráficos que deixam a impressão que poderiam ser melhores.

11-"Pac-Man Championship Edition": O jogo inédito do volume 1. Uma versão recauchutada de "Pac Man", É razoável, mas prefiro o original. Particulatmente eu preferia que tivessem colocado "Ms. Pac Man" o lugar.

Fechamos o volume 1. Em breve faço a análise dos jgos do volume 2. Talvez amanhã, mas não prometo nada. Bom jogo a todos!


23 de jun. de 2020

Análise dos packs de jogos clássicos "Namco Museum Archives" volumes 1 e 2


O blog está em hiato e sem previsão de volta, porém... acabei comprando os packs com jogos da Namco lançados para NES e como grande fã dos 8 bits que sou, resolvi quebrar a pausa e fazer uma análise do pack e seus jogos, para, quem sabe, ajudar quem ainda está em dúvida se compra ou não a coletânea.

Como fiz com o pack da SNK, vou dividir a análise em duas partes, o trabalho da Namco no pack em si e b) a seleção dos jogos.



A) Sobre o pack

Os dois packs da Namco já merecem de cara uma crítica: são dois packs quando podia muito bem ser um só. O da SNK tem 24 títulos e os dois da Namco somados tem 22! E cada um sozinho é mais caro que o da SNK! É muita ganância da Namco e ficou na cara o espírito caça-níqueis da coisa.
Quanto aos packs em si ficaram bem feitos. Não tem extras como o da SNK, mas o layout e a funcionalidade ficaram legais. É bem fácil escolher os jogos e mexer nos menus, você pode personalisar o visual da tela, tem SAVE GAME (algo que originalmente não tinha nos jogos) e pode dar reset quando quiser, além de ter opção para repetir/ replay. O ponto mais criticável é que não tem uma opção selecionável para sair do pack (tem que apertar o ESC mesmo), mas isso não é realmente nada demais. 
Ah, sim... Até o momento não teve nenhum bug comigo, nem nos jogos nem nos menus. No pack da SNK vez ou outra rola uma pane.

B) A seleção de jogos do pack


Cada pack tem 11 jogos, sendo 10 jogos clássicos e um jogo novo, mas feito de forma retrô. A seleção é em geral mediana, com um ou outro momento de brilho, como lançar oficialmente "Splatterhouse: Wanpaku Graffiti" no ocidente pela primeira vez. 
Boa parte dos jogos tem aquele grande apelo a nostalgia da galera dos "trinta-e-tantos & quarenta-e-poucos", pois muitos deles estavam presentes nos multicartuchos que jogávamos em nossos Phanotm Systems. Tem desde clássicos que ainda divertem bem, como "Pac-Man", "Battle City" e "Galaga", até jogos que ficam melhor em nossas lembranças, como "Xevious".
Um ponto favorável é que tem boa variedade de estilos. Tem SHMUPS de tela fixa ou em movimento, tem jogos de plataforma, arcades de ação, um action RPG e um jogo de aventura com elementos de RPG. 
Por último, os jogos inéditos são divertidos, embora não sejam excepcionais.

E aí? Vale a pena? 

Pelo preço que estão cobrando só vale a pena se você for um grande fã de jogos antigos ou do NES. Tem títulos interessantes, como o pouco conhecido por aqui "Legacy of the Wizard" ou o originalmente não licenciado no ocidente "Rolling Thunder", mas a maioria dos jogos é de fato datada (em maior ou menor grau), muitos seguem a fórmula arcaica dos arcades dos anos 80, de priorizar altas pontuações em jogos que muitas vezes não tem um final verdadeiro e boa parte deles tem aquela cara de jogos de primeira fornada do NES.
Atenção! Não estou dizendo que são ruins! Eu gosto de praticamente todos os jogos dos packs (a exceção é o fraquíssimo "Pac-Land") mas o tempo cobrou seu preço da maioria deles e não pode-se fechar os olhos as suas limitações. 

Não sei se farei uma lista falando de cada jogo como fiz com o pack da SNK, pois é muito trabalhoso...