30 de out. de 2020

Jogos Steam para Retrogamers #31

 Duas dicas hoje, uma para a galera que gosta da emoção da aventura, outra para quem gosta de um desafio mental.

Ou podem ser duas para quem gosta de ambos.

Se você está com saudades de jogar: "Castlevania III: Dracula´s Curse" (NES); "Castlevania: Bloodlines" (Mega Drive); "Castlevania" (NES"; "Lord of Darkness" (Master System); "Super Castlevania IV" (SNES), "Frankenstein: The Monster Returns" (NES)

Tente: Bloodstained: Curse of the Moon 2


Sinopse: A contiuação do jogo retrô da franquia "Bloodstained", que manteve os mesmos gráficos estilo 8 bits e seus cenários multi-facetados com jogabilidade dos dias de hoje. O jogo segue as caçadas do espadachim amaldiçoado Zangetsu e traz novos guerreiros, como a exorcista Dominique, além de todo grupo que se formou no jogo anterior.
Se você gosta dos antigos jogos de "Castlevania", com certeza esse jogo vai te agradar muito! Recomendo bastante.

SUGESTÃO #2

Se você está com saudades de jogar:  "Shangai" (NES, Master System)

Tente: Mahjong


Sinopse:  O bom e velho mahjong solitaire, com 70 fases diferentes, vários cenários (alguns parecem que saíram de um filme de kung Fu) e peças para customizar ao design do jogo de acordo com seu gosto pessoal e uma trilha sonora zen. É muito legal e bem-feito, mas admito que acho o "Shangai" do Master System mais charmoso.


Pessoal, para quem curte dia das bruxas, boa diversão, para quem não curte, jogue "Mahjong" e deixe os outros se divertirem. Até a próxima e bom jogo a todos!




27 de out. de 2020

Mappy

 


Policiais comumente protagonizam jogos de videogame. Raramente suas contrapartes do mundo dos jogos se parecem com os do mundo real, mas ainda assim protagonizam. E dentre os que guardam menos semelhanças, o herói de "Mappy" é talvez o caso mais flagrante!

Lançado em 1984 no Japão pela Namco, "Mappy" é um jogo de plataforma de primeira fornada do NES que chegou ao console após sua estréia nos arcades, sendo posteriormente relançado para sistemas mais contemporâneos, individualmente ou em coletâneas.

História e Roteiro


Em "Mappy" um simpático e pouco belicoso ratinho membro da força policial deve recuperar os itens roubados pelo gato rechonchudo Goro e sua gangue, os Meowkies. Os gatunos (não resisti a usar esse termo) roubaram de pinturas valiosas até rádios e esconderam tudo em sua mansão (aliás, mais de uma... o negócio deles deve ser bem lucrativo), e agora cabe ao valente Mappy pegar tudo de volta enquanto pula por trampolins e plataformas das mansões, perseguido por Goro e seus capangas felinos.
Aliás, quem foi o arquiteto desse lugar? O cara tinha uma ideias bem exóticas de como uma mansão deve ser...
Um roteiro simples para um jogo simples, Apenas para dar um pretexto para a correria toda, mas ainda assim... até que é legal.

Gráficos


Gráficos bem simples, mas agradáveis aos olhos. Os sprites de Mappy e Goro são o maior destaque, sendo engraçados até hoje, mas os Meowkies não são ruins. O cenário é OK, mas pouquíssimo variado, com pouca coisa mudando exceto um detalhe aqui ou lá, como a presença de sinos na
os cantos dos telhados ou a disposição das portas. 
Os gráficos até que envelheceram bem para um jogo de 1984, na minha opinião.

Música e Efeitos Sonoros

A música é até legal, e quando digo A música é literal mesmo. O jogo possui apenas uma única música tocada fase após fase, ad infinitum... apesar de não ser de modo algum uma música ruim, é compreensível que ouvi-la ininterruptamente possa dar nos nervos de alguns.
O jogo não tem muitos efeitos sonoros, e os que tem são ao mesmo tempo simples e funcionais. Nada que faça trincar os dentes de nervoso.


Controles e Jogabilidade

Os controles são simples. Você controla para onde Mappy vai pelos direcionais e os botões A e B abrem as portas. Apenas isso.
E isso é uma das razões do estranhamento que pode se ter de início...  Mappy é um dos protagonistas mais limitados dos 8/16 bits. Ele sequer pode pular! Você só consegue fazê-lo saltar usando as várias camas elásticas espalhadas pelas fazes. Mappy também não tem nenhum tipo de ataque próprio, apenas podendo usar sinos ou as "power doors" (umas portas piscantes que aparecem em cada estágio) para acertar os gatos e também não dá para fazê-lo correr mais rápido.
Sim, é difícil entender como alguém deixou Mappy usar aquele uniforme e ganhar um distintivo.
Essas limitações todas do herói fazem com que alguém que esteja jogando o título pela primeira vez tenha um pouco de dificuldade, mas os controles respondem bem e não é difícil se acostumar com as escolhas de gameplay feitas pelos programadores.

Dificuldade




Para um arcade daquela época "Mappy" não é dos mais difíceis, depois que se pega o jeito.  O jogo vai de fato se tornando mais difícil conforme as fases vão se sucedendo, com mais Meowkies se juntando à caçada ao ratinho policial, mas é uma curva bem-feita, sem subidas abruptas.
Algo a se ficar atento é quando, ao se gastar muito tempo na fase, aparece "Hurry Up" na tela. O pior dos capangas de Goro, Gosenzo, aparece depois do segundo aviso para perseguir Mappy, e ele é bem mais difícil lidar com ele que com os Meowkies (ele pode acertar Mappy enquanto o ratinho está pulando em uma cama elástica, por exemplo).
Um último aviso sobre o Goro! Ele volta e meia se esconde atrás de um dos itens roubados. Pode encostar sem medo. Você recupera o item e ainda ganha 1000 pontos extras por descobrir o esconderijo do gato larápio.
O jogo é cheio de outros detalhes. As portas que brilham quanso abertas libeetam uma onda de choque que varre da tela todos os felinos que encontra (vale lembrar que a onda sempre seguirá para o lado da porta que tem a maçaneta) e os sinos que aparecem em alguns estágios podem ser derrubados sobre os seus perseguidores. Cuidado quando os trampolins ficarem vermelho escuro. No próximo pulo vão arrebentar. Em alguns momentos isso pode ser útil, em outros é morte certa. O chão brilhante que desaparece após Mappy passar por ele também pode ajudar ou prejudicar. Fique atento.
E por último, fique atento ao lado que as portas abrem. Elas podem golpear os ladrõezinhos, tonteando-os, ou você, facilitando que eles te alcancem.
O jogo não possui Power-Ups e Mappy morre ao menor encostão ou queda que não seja em uma cama elástica, mas ganha-se vidas a cada 70000 pontos. A cada três fases comuns aparece uma fase-bônus onde se estoura balões, ótima para ganhar pontos.


Comentário Final




"Mappy" ainda é um jogo que diverte, mesmo após tantos anos de seu lançamento. É um tanto datado, tem as características da sua época, mas de fato é divertido. Graças à sua simplicidade, "Mappy" é um daqueles jogos ideais para quando se quer jogar algo, mas se está sem cabeça ou vontade para algo mais complexo.
Seu maior defeito é a repetitividade, tanto de cenários quando do próprio jogo em si, o que vai fazer o jogador enjoar mais cedo ou mais tarde dessa infinita correria por pontos, já que "Mappy" não possuí um final propriamente dito e entra em looping após o level 15.

NOTA: 6,0

P.S: O nome do jogo vem de "mappu", um termo japonês levemente pejorativo usado para se referir a policiais.



23 de out. de 2020

Jogos Steam para Retrogamers #30

Micro-especial jogos de tabuleiro!

SUGESTÃO #1

Se você está com saudades de jogar:  "Super Igo: Go Ou" (SNES)

Tente: Ancient Go


Sinopse: Um jogo de Go, um dos mais populares jogos de tabuleiro no oriente, voltado para iniciantes.
Voêe pode jogar contra a máquina (em diferentes níveis de dificuldade) ou contra outros jogadores. O jogo possui tutoriais, opção de tabuleiro dos tamanhos tradicionais e, algo muito importate para quem está começando, o jogo indica visualmente elementos e posições d jogo, como o ko, facilitando o aprendizado.
Para quem tem vontade de aprender é uma ótima pedida!

SUGESTÃO #2

Se você está com saudades de jogar:  "Sega Chess" (Master System); "Chessmaster" (NES)

Tente: Chess Ultra


Sinopse: Um jogo de xadrez bonito, com opções para jogar contra o computador (10 níves de AI) ou contra outros jogadors em várias modalidaes (clássico, relâmpago, etc) inclusive em campeonatos. O jogo também traz 80 problemas quebra-cabeças e vários tutoriaispara você treinar, estudar e melhorar seu desempenho no xadrez.
Para quem se importa com essas coisas, também suporta 3D.

Só duas dicas hoje. Antes de ir vale a pena lebrar que até dia 26 de outubro é o Festival de Jogos de Mesa Digitais do Steam, com muitos jogos de tabuleiro em promoção (inclusive os dois acima). Bom jogo a todos e até logo.

21 de out. de 2020

Divagações Oldschool: "Deixa seu irmão jogar"

 


"Deixa seu irmão jogar". Na época de poucos bits, onde os save game eram raros e pouco confiáveis (quem já perdeu um save quase no final do jogo em "Shining Force II" e teve que recomeçar do zero levante a mão) essa era uma das frases que mais exasperavam os jogadores que ao mesmo tempo ocupavam o cargo de irmão mais velho em casa. Talvez fosse a frase que mais exasperava, seguida de perto pela afirmação descabida que videogame escangalhava a TV. E que videogame era coisa do capeta.
Os pais daquela época pareciam incapazes de compreender que os jogos eram difícieis e muitos deles, como "Gauntlet" ou "Alex Kidd in Miracle World", consideravelmete longos (e os que não eram longos pareciam ser que devido a dificuldade quase sempre exasperante da época) e que se você encerrasse a partida ali, naquele momento, para seu irmãozinho ou irmãzinha choraminguento(a) poder jogar e perder todas as vidas em menos de cinco minutos, teria que começar tudo de novo, desde o início e sem garantias que chegaria tão longe, já que muitas vezes se alcançava os últimos estágios mais por um golpe de sorte do que qualquer outra coisa.
Parecia uma maldição... muitos amigos e colegas de classe da época relatam situações bem semelhantes: você estava longe em um jogo complicado e lá vinha seu seu irmãozinho(a), de 3 a 5 anos mais novo(a), em média, começar a ladainha... "Deixa eu jogar", "Você já está jogando a um tempão", "Eu ainda não joguei", "É a minha vez"...
Depois de ser ignorado ou enxotado aos berros, o irmão ou irmã mais novo(a) em geral ia atrás de um dos pais (a mãe, na maioria dos casos, mas nem sempre) e contava uma versão distorcida da história, de que o irmão mais velho não deixava ele jogar, que o irmão disse que ia ser a vez dele e não deixou ele jogar, coisas assim.
Aí vinha um de seus genitores na porta da sala (ou do quarto, para os felizardos que conseguiam ter uma TV para uso exclusivo naqueles tempos onde não era raro só se ter a "televisão da casa") e começava a mesma repetição das frases do irmão/irmã mais novo(a), mas agora revestidas com autoridade e/ou finalizadas com ameaças: "Deixa seu irmão jogar um pouquinho", "Daqui a pouco ele perde e você volta a jogar", etc.
Você tentava explicar o quanto isso te atrapalharia, mas era em vão. Era algo semelhante a tentar encaixar o cubo no buraco triangular daqueles brinquedos educativos...  Se você se mostrasse muitas vezes recalcitrante vinha o infame "então vou desligar esse videogame e ninguém mais vai jogar". 
E lá se ia sabe-se lá quanto tempo de jogo ralo abaixo. E tudo para seu irmão ou irmã cair no primeiro buraco da fase por não conseguir apertar o botão no momento certo.
Passei por isso, como quase todos os outros. A vez que mais me irritou, a ponto de até hoje estar gravada na minha memória, foi quando eu estava indo muito bem naquele "Teenage Mutant Ninja Turtles" da Konami para NES (maldito seja quem inventou de colocar aquele labirinto de algas marinhas que dão choque no jogo). Eu estava com três das minhas quatro tartarugas ainda vivas (se não ,me engano tinha perdido apenas o Rafael), havia conseguido passar pelas algas elétricas desgraçadas e estava em um trecho que nunca tinha chegado antes quando meu irmão chegou sei lá de onde só para pedir para jogar. 
Neguei, logicamente e solicitei delicadamente (ou talvez nem tanto assim) que ele não enchesse o saco. Meu irmão foi reclamar com minha mãe, a qual fez o discurso padrão daquela situação. Expliquei e tornei a explicar, ressaltando o quanto era difícil passar pelas algas (de novo, maldito seja o infeliz que pôs aquilo no jogo), mas aí veio o argumento pseudo-conciliativo de "seu irmão não joga tão bem quanto você... ele não vai demorar, aí você volta a jogar". Irritado, respondi que não queria jogar mais nada e apertei o botão RESET. Minha mãe reclamou da minha resposta, enquanto meu irmão se apoderava do controle. Emburrado, saí da sala e fui para meu quarto, ler pela vigésima vez algum dos meus gibis.
Não deu dez minutos, minha mãe abriu a porta, avisando que meu irmão já havia terminado a vez dele e falando para eu voltar a jogar. No melhor do mau humor juvenil, respondi que não queria jogar coisa nenhuma. Minha mãe ainda tentou contemporizar, mas eu estava realmente irritado daquela vez e neguei-me a voltar jogar. A fita era emprestada e não alugada... o espaço de tempo que eu a teria para jogar era maior, então pude me dar ao luxo de cruzar os braços e fazer cara feia no lugar de voltar a segurar o controle. Minha mãe terminou por se aborrecer  e depois de uma bronca, deixou-me sozinho com minha pilha de revistas em quadrinhos. E de fato não joguei mais videogame naquela noite, em protesto pela partida perdida (ou por pirraça, como minha mãe declarou).
Olhando hoje em dia, é claro que (justificadamente) parece um grande exagero, mas quem foi um irmão ou irmã mais velho(a) nos anos 90, e gostava de videogame, vai compreender. 
E se você que está lendo esse texto agora era o/a caçula naquela época, vá e peça desculpas para seu irmão ou irmã.

13 de out. de 2020

Divagações Oldschool: Sonhos

 


Vários amigos e conhecidos meus tiveram sonhos relacionados a videogame, embora eu duvide da veracidade dos mais elaborados (como aquele, a ver com "Mortal Kombat", que um velho amigo me contou no ônibus durante uma excursão escolar) dentre eles. Eu sou o contrário... muito raramente sonhei com algo relacionado a jogos de videogame. 

Sendo mais específico, o único sonho ligado a isso que lembro de ter tido foi quando quando sonhei que jogava xadrez com o velho mago com cara de Merlin das capas antigas da franquia "Chessmaster". Foi no final da adolescência, que coincidiu com o final dos anos 90 e eu estava jogando bastante "Chessmaster" naquela época. Qual deles? Não lembro, mas acho que era o "Chessmaster 6000".

Enfim, esse detalhe não é tão relevante... o mago é o mesmo em todas as capas. Sonhei que jogava contra ele e que eu estava com as brancas. Não lembro bem do lugar, mas jogávamos sentados à uma mesa. O tabuleiro era grande e, assim como as peças, era de madeira.

Lembro que conversávamos durante a partida, mas não lembro direito sobre o quê. Acho que ele me dava dicas durante o jogo. Isso faz sentido, pois no jogo existe uma função onde o computador te recomenda o melhor lance, etc. Ainda assim não tenho realmente certeza.

O mais decepcionante é não saber como terminaria  a partida. Fui acordado para ir ao colégio. Ainda tentei durante o dia lembrar a posição das peças no tabuleiro, mas em vão. 

Nunca mais sonhei com o mago do xadrez de novo. A partida ficou assim, inacabada.

Acho que posso considerá-la um empate, então. 1/2-1/2.

12 de out. de 2020

Jogos Steam para Retrogamers #29

 Que tal umas dicas de presente para sua criança interior nesse 12 de outubro?

Ah, sim... antes das dicas... Por que essa seção já deu mais de meia dúzia de recomendações de uma vez só e atualmente se restringe a dois ou três jogos?  Por duas razões específicas, a primeira é que estou jogando menos videogame e me dedicando mais ao xadrez, estudando e resolvendo exercícios de treino e problemas, além de estar me dedicando a aprender novas formas de xadrez, como o shogi e o xiangqi, além de um jogo de tabuleiro oriental chamado go.

A segunda é que adquiri muitas coletâneas de jogos antigos, como aquela com mais de 50 jogos de Mega Drive e as da Namco, SNK, Konami, de jogos da Disney e do Mega Man, então acabo jogando mais esses jogos antigos do que jogos novos feitos de forma retrô (com exceção dos jogos da JoyMasher e de "Stardew Valley"). Quanto a não estar fazendo reviews... a verdade é que no momento não ando com vontade de escrever reviews e estou preferindo escrever outras coisas.

Esses fatores são permanentes? Não faço ideia...

Enfim... vamos às dicas!

SUGESTÃO #1

Se você está com saudades de jogar:  "Blaster Master" (NES)

Tente: Blaster Master Zero


Um remake do clássico de Nintendinho, "Blaster Master Zero" manteve a estética e a essêcia do original, mas adicionando novas áreas e chefes de fase, atualizando os controles com o uso de controles com mais botões, novos elementos de jogo como mais armas secundárias  (subweapons).
O cenário também foi modificado, corrigindo as limitações impostas pela tecnooogia da época. Quanto à história do jogo ela tem como base à da versão norte- americana. Calma! Não precisa espumar de raiva por não terem usado a original japonesa! Ainda tem o lance do garoto ir atrás do sapo, mas nessa versão a história ganhou mais detalhe e profundidade, com um toque mais mangá de ficção científica do que o roteiro de desenho animado de sábado de manhã que os norte-americanos inventaram para o "Blaster Master" original nos anos 80. Ficou legal, acredite!
Sendo bem sincero, foi um dos melhores remakes que já joguei. Recomendo bastante tanto para fãs do jogo original quanto para jogadores mais novos que nunca assopraram um cartucho na vida.

SUGESTÃO #2

Se você (ainda) está com saudade de jogar "Blaster Master" (NES)

Tente: Blaster Master Zero 2


A sequência do remake, que dá continuidade às aventuras de Jason e do tanque SOPHIA. A estética retrô foi mantida, assim como mais novidades acrescentadas.

SUGESTÃO #3

Se você está com saudades de jogar: "Pinball Quest" (NES), "3D Pinball: The Lost Continent" (PC), "Jaki Crush" (SNES), "Sonic Spinball" (Mega Drive), "Devil Crash" (Mega Drive), "Crue Ball" (Mega Drive), "Dragon's Revenge" (Mega Drive)

Tente: Demon's Tilt


Eu me amarro nesses pinballs misturados com elementos de outros gêneros de jogo, então "Demon's Tilt" é uma pedida e tanto! A trilha sonora é puro metal em 16 bits. O jogo mistura as jogadas tradicionais de pinball com lutas contra chefes vindosdo mundo das trevas e até elementos de chuva de balas! O jogo tem ritmo rápido e uma ambientação de horror, um tanto gótica, outro tanto neon a la anos 80, com vários segredos para serem descobertos em três mesas diferentes. Se você é aficcionado por pinball, é quase um jogo obrigatório!

O dia das crianças vai chegando ao fim e nossas dicas ficam por aqui também. Até a próxima e bom jogo a todos.

Divagações Oldschool: Dia das Criaças

 


Faz tanto tempo, mas parece que foi ontem. Dia das crianças era sinônimo de jogo novo- aliás, não só o Dia das Crianças! Qualquer data comemorativa significava a possibilidade e esperança de um cartucho novo na estante. O nosso Phantom System chegou no Natal de 89, por exemplo. O Mega Drive no Natal de 93, a primeira noite que meu rmão mais novo e eu viramos em claro na vida, empolgados jogando "Sonic the Hedgehog 2".

Dia das Crianças podia significar um cartucho só para os dois, ou, se os tempos eram de vacas gordas, um cartucho para cada. De qualquer forma dava briga... no primeiro caso tentando chegar a um meio termo, encontrando um jogo que agradasse igualmente aos dois. No segundo era uma irmão tentando influenciar a escolha do outro, tentando fazer que o presente alheio na verdade fosse algo que se queria também. Nunca deu resultado. Nem meu irmão nem eu conseguíamos dissuadir o outro a trocar a escolha feita. Foi assim com "The Jungle Book" do Mega Drive. Meu irmão fez de tudo para que eu não pegasse esse jogo como meu presente de Dia das Crianças. Fracassou. Depois acabou gostando e jogou bastante nas tardes pós-escola.

Cartuchos eram caros. Não era algo que se ganhava sempre, então nós dois e a maioria dos nossos amigos usávamos todas as cartas nas nossas mangas para conseguir jogo novo nas datas comemorativas. Volta e meia os pais tentavam oferecer outra coisa, apresentando algum outro brinquedo ou jogo de tabuleiro. Poucas vezes funcionava. Lembro de um menino de uma rua próxima que recusou, para a ira do pai, uma bicicleta em troca do cartucho que queria. Não lembro qual foi o jogo, mas lembro perfeitamente dos resmungos do pai do garoto quando a galera se reunia para jogar lá, na casa deles. Dizia que a gente não tinha infância, que ele nunca tinha ficado gastanto tempo na frente da TV no lugar de jogar bola, coisas assim.  Comprava, entretanto, os jogos que o filho pedia, então acho que as reclamações eram mais da boca para fora mesmo.

Ou talvez simplesmente tenha se dado por vencido. Eu estava ocupado demais jogando ou prestando atenção na tela, esperando a minha vez, para pensar muito a respeito.

Não moro mais lá, onde cresci. Nunca mais tive contato ou notícias do pai desse antigo colega. Será que ainda está vivo? Ainda mora por lá? Será que já tem um neto ou neta e fica reclamando da criança jogar videogame como antigamente? Não faço ideia... foi tudo a muito tempo atrás.

Mas parece que foi ontem.