19 de ago. de 2014

Cheats, Macetes & Dicas- "Decapattack"

Como mencionado no inicio deste simplies blog, mais uma dica na seção Cheats, Macetes & Dicas, com a chancela da Equipe do OldSchoolDigger!

Decapattack

 
Seleção de Fases:
Vá ao menu Options.
Coloque o cursor em "EXIT" e faça a sequencia a seguir:
→, ←, ←, →, →, →, ←, ←, A.
 
 Deverá aparecer uma nova opção para Habilitar a seleção de fases: "Round Select"
 
 
Mude Round Select para ON.
 
Antes de iniciar qualquer fase, você poderá mudar tanto a fase quanto o nível que deseja jogar.
 

25 de jun. de 2014

Alex Kidd in High-Tech World

 


   "Alex Kidd in Miracle World" foi o primeiro jogo estrelado pelo garoto karateca de macacão vermelho. Merecidamente um grande sucesso, é um dos jogos mais famosos do Master System até hoje. Tudo bem, em parte isso se deve a ter sido o jogo que passou vir na memória do console a partir da segunda versão, mas isso não tira o mérito do jogo. 
Motivados pelo sucesso do jogo os responsáveis pelo Master System nos EUA resolveram fazer caixa em cima do personagem, lançando uma sequência exclusivamentepara o mercado ocidental a qual originalmente sequer era da franquia!
   Lançado em 1987, "Alex Kidd in High-Tech World" é um recapeamento de outro título, lançado apenas no Japão e baseado em uma série de mangás virtualmente desconhecida por aqui, "Anmitsu Hime", tendo editado o título original e  inserido Alex Kidd no lugar da princesinha de kimono que originalmente protagonizava a aventura. 
   O resultado, em si, foi um jogo bastante diferente do primeiro título da franquia e isso provavelmente gerou uma onda de frustração bem grande, ainda mais porque foi o tão esperado segundo cartucho do personagem lançado para o console de 8 bits da Sega. E se, inegavelmente, não faltaram motivos para isso, eu admito que guardo uma pequena ligação sentimental com esse jogo, por "Alex Kidd in High-Tech World" ter sido, juntamente com "The Legend of Zelda", um dos primeiros jogos estilo adventure que joguei na vida.
História e Roteiro


  Um roteiro um tanto sem pé nem cabeça com bastante lógica de poucos bits e praticamente nenhuma relação com "Alex Kidd in Miracle World",  exceto o protagonista de ambos os jogos: 
   Jogando conversa fora com seu amigo Paul, Alex vem a saber de uma novidade que muito o interessa: um novo fliperama foi inaugurado nas redondezas, o High- Tech World. Segundo Paul é cheio de jogos modernos e fica logo após uma floresta lotada de ninjas (sim, isso mesmo... anos 80... havia ninjas em todo lugar...), na vila (aparentemente a única que existe por ali, já que sequer nome essa vila tem...).
Para nenhum possível cliente se perder, um mapa indica direitinho a localização do High-Tech World, mas infelizmente foi feito em pedaços. Como se não bastasse os pedaços estão espalhados por todo o palácio real.
   Quem fez o mapa em pedaços, afinal? Paul, obviamente. Por que? Aparentemente apenas porque deu vontade... nenhum motivo em especial.
    Com amigos assim, Alex não tem muita necessidade de inimigos...
   Decidido a torrar a grana que não tem nas máquinas do novo fliperama, Alex Kidd decide procurar os oito pedaços do mapa pelo palácio, para depois arrumar um jeito de fugir, atravessar uma floresta cheia de ninjas que o odeiam gratuitamente, arrumar o dinheiro para pagar a diversão e encontrar famigerado High-Tech World na vila sem nome. Tudo isso antes das 17:00h, porque o fliperama fecha.
   O verso da capa da versão brasileira do cartucho ainda acrescenta que se o tempo acabar, Alex corre o risco de dormir pela rua, ao relento. A vida era dura na época dos 8 bits...

Gráficos


   Os gráficos são medianos, talvez um pouco mais chapados do que deveriam. O visual do palácio real é simples, mas bem colorido, enquanto os sprites dos personagens são razoavelmente bem feitos, bem diferentes entre si e alguns até mais detalhados, como o amigo de Alex chamado Rockwell.  As fases estilo plataforma, como a floresta infestada de ninjas, são mais simples, com menos detalhes, mas o jogo de forma alguma possui gráficos tão ruins quanro algumas resenhas afirmam.

Música e Efeitos Sonoros



   As músicas do jogo são simples e gostosas de ouvir. O tema da abertura tem um ritmo bem divertido, agitado, enquanto as músicas do decorrer do jogo são um pouco menos aceleradas, com um tom mais lúdico. Todas encaixam bem como clima leve do jogo. Por outro lado, os efeitos sonoros são bem genéricos, sem nenhum atrativo especial.


Controles e Jogabilidade

      Aqui o jogo começa a deixar a desejar, por várias razões. Os controles variam conforme a fase do jogo. Na fase do palácio, Alex não é capaz sequer de saltar, algo que deve ter causado muito estranhamento para quem jogou "in High-Tech World" pela primeira vez. Nas fases estilo plataforma, o jogo passa a ter uma jogabilidade mais tradicional, mas a precisão dos controles deixa a desejar. Isso somado a mais alguns detalhes, como o fato de Alex Kidd ser incapaz de agachar, atrapalham consideravelmente o jogo.


 Para facilitar a consulta separamos os controles do jogo em duas tabelas diferentes, relacionadas com seus cenários específicos:

a) Palácio Real e Vila (castle/ village)
  • Direcional para cima: faz Alex entrar nos aposentos, examinar objetos e subir as escadas ou escadarias.
  • Direcional para Esquerda ou Direita: move Alex na direção desejada.
  • Direcional para Baixo; Desce escadas ou escadarias.
  • Botão 1: abre tela do Menu onde se pode conferir os itens carregados, mapa do cenário e os pedaços de mapa já encontrados.
  • Botão 2: acelera os diálogos e confirma escolhas selecionadas.
b) Cenários plataforma/ action scenes:
  • Direcional para Esquerda ou Direita: Move Alex na direção desejada.
  • Botão 1: Saltar. Alex salta mais alto se o botão permanecer pressionado.
  • Botão 2: Arremessa shurikens, as populares estrelas ninja. Preste atenção pois o alcance é bem limitado.

Dificuldade


   Frustante... essa é a palavra que melhor define a dificuldade do jogo. O pior é que não dá para saber se é aquele tipo de dificuldade causado por uma tradução ou localização mal feita, como é o célebre caso de "Castlevania 2: Simon's Quest". Realmente não dá para dizer com certeza absoluta se algumas coisas  ficaram vagas devido a uma tradução capenga ou adaptação imprecisa, mas a impressão geral que fica é essa.
   Alguns dos pedaços do mapa são achados de forma bem tranquila, outros com um desafio justo, mas dois deles em especial são bastante difíceis de se deduzir a localização em vista das poucas e desconexas pistas que o jogo fornece. Fora isso o jogo é cheio de pistas falsas e situações que parecem importantes ou significativas sem o serem. Isso deixa o ritmo um tanto truncado.
   Outro fator estressante é que o jogador só possui uma única vida, que pode ser perdida por motivos as vezes bem absurdos- como ficar entalado em algo! Durante a etapa da busca no palácio o jogador não tem direito sequer a Continues ou Passwords! Apenas após encontrar os 8 pedaços do mapa e uma forma de escapulir do castelo é que isso passa a estar disponível.
   As fases estilo plataforma são difíceis. Além da jogabilidade um tanto imprecisa, Alex Kidd perde sua única vida com um mero golpe, esbarrão ou acidente. Cair na água é fatal. Mas Alex não nadava bem em "Alex Kidd in Miracle World"? Pois é... Fale isso para a Sega...
   Um fator que pode trazer um pouco de alívio é que pelo menos os continues são infinitos após a fase do castelo. O problema é que caso se morra na fase da floresta dos ninjas, inicia-se desde o início! O estágio não é lá muito curto, então isso pode acabar sendo bem cansativo.
   

   O jogo também tem uma quantidade grande de NPCs. saber quem é cada um e o que cada um faz é essencial para conseguir reunir todos os pedaços do mapa:
  • Alex Kidd: Protagonista do jogo. Jovem príncipe vidrado em jogos eletrônicos e que está sempre vestido com um macacão vermelho.
  • Papa: o pai de Alex Kidd e monarca do reino. É um tanto distraído.
  • Mama: Mãe de Alex Kidd. Esposa do soberano do reino, pode ser encontrada ao seu lado.
  • James: um empregado idoso do castelo, tratado carinhosamente por Alex como "Pops" (algo como "vovô", em tradução livre). É bastante severo com a educação do jovem príncipe e tem o hábito de tocar fogo nas coisas quando está com frio.
  • Barbara: Uma das damas da corte. Aprecia leitura e bolinhos.
  • John: O bibliotecário do castelo. Uma pessoa prestativa.
  • Rockwell: Grande amigo de Alex Kidd. Não mora no castelo, mas seu número de telefone pode ser facilmente encontrado. Tem soluções para casos aparentemente impossíveis e sempre anda acompanhado por seu cachorro.
  • Mary: Governanta do castelo e tutora de Alex. Rígida na hora de testar os conhecimento do jovem príncipe.
  • Paul: Amigo de Alex. Gosta de música e de rasgar mapas sem motivo aparente.
  • Bob: O corpulento guarda do portão. Cumpre as ordens do rei a risca.
  • Tom e Mark: Empregados do castelo. Aparecem apenas em horários bem específicos.
  • Spot: Cão de estimação de Alex. Tem um gosto bem peculiar para comida.
  • Retainers/ empregados: Vários homens com aparência de samurais e vestidos de azul e verde. Servem a família e moram no castelo.
  • Serviçais: As seis serviçais que trabalham no castelo, todas um tanto parecidas entre si e são bastante brincalhonas.
  • Ninjas: Guerreiros das sombras que aparentemente juraram devotar sua vida a impedir que Alex Kidd alcance o fliperama, provavelmente por falta de algo melhor para fazer. Arremessam shurikens ou bombas e podem saltar agilmente.

Comentário Final


   A sensação geral que fica é que o jogo poderia ter sido muito melhor. Tem algumas coisas bem legais, mas seus defeitos e falhas o puxam bastante para baixo, em especial o fato de que é bem difícil achar todos os fragmentos do mapa sem auxílio. 
  Não deixa de ser um um jogo interessante, embora seus acertos não evitem que seja frustrante e cansativo em muitos momentos. No geral vale a pena ser jogado pelo menos a título de curiosidade. Recomendado para fãs incondicionais de adventures que sejam pessoas bastante pacientes.

NOTA: 5.5

* Curiosidade 1:  Artwork do jogo original, "Anmitsu Hime", lançado no Japão em 1987. A princesinha de penteado oriental na capa foi o único personagem editado, dando lugar ao protagonista orelhudo e sorridente, enquanto o resto do elenco permaneceu praticamente igual..

"Anmitsu Hime", jogo desconhecido baseado em mangá idem

24 de jun. de 2014

Year 200X - Metal & jogos old school


   Year 200X é uma banda originária de Lansing, Michigan (EUA), formada por amigos que tinham em comum a paixão por videogames oldschool e heavy metal. O gosto pelo oldschool fica evidente já no título, referência a muitos jogos, animes e mangás das décadas de 80 e 90 que usavam datas nesse estilo, com um "X" nublando a datação. O primeiro álbum lançado pela banda foi "We Are Error", sendo seguido por "World in Ruins", lançado este ano.

   As músicas são versões metal de jogos clássicos dos tempos de poucos bits, entre elas daquela que é, na minha opinião, uma das melhores músicas já feitas para videogames, o tema da fase "The Moon" de "Ducktales" (NES):


   Outra que ficou bem legal foi a versão da música Intro de "Ninja Gaiden II- The Dark Sword of Chaos" (NES):


   Para conhecer mais sobre a banda, o site oficial é:

http://year200xband.com/

P.S: Eles também possuem página na LAST.FM, com três músicas completas:

20 de jun. de 2014

8 Bit Dreams- Uma homenagem aos jogos de NES na arte de Campbell White

   
Homenagem a Super Mario Bros

 O artista australiano Campbell Whyte produziu uma série de ilustrações chamada "8 Bit Dreams" homenageando a Era dos 8 Bits e muitos de seus melhores jogos. As ilustrações são bem bonitas e trazem boas recordações para aqueles que curtiram aqueles tempos de poucos bits e muita diversão, fantasia e sonho. 
  Para conferir todas, basta acessar http://www.campbellwhyte.com/projects/8-bit-dreams/

"It's dangerous to go alone! Take this."

18 de jun. de 2014

DecapAttack


   Nos anos 90 a cultura pop japonesa não era tão bem cotada no ocidente como hoje em dia. Graças a isso vários jogos, considerados "nipônicos demais" para o gosto dos yankees foram remodelados, recebendo diversas alterações, desde meramente estéticas até modificações no roteiro ou mesmo histórias completamente diferentes. A lista dessas "versões" adaptadas é longa... "Yo! Noid", "Super Mario Bros 2/ USA", "Alex Kidd in High- Tech World", etc, cada uma com seu quinhão de modificações, em alguns casos mais, em alguns casos menos.
   Dentre os que sofreram mais modificações destaca-se o jogo "Decapattack", lançado pela Sega para o Mega Drive no ocidente em 1991. "Decapattack" é uma versão modificada do jogo "Magical Hat no Buttobi Tabo! Daibōken", lançado um ano antes na Terra do Sol Nascente e baseado em uma série de anime desconhecida por estes lados do globo terrestre. Não só o personagem principal foi substituído... história, roteiro, cenários, trilha sonora, inimigos... tudo foi completamente modificado, aproveitando-se apenas a engine do jogo original- a qual, por sinal, seguia a mesma linha de "Psycho Fox" do Master System e "Kid Kool" do NES.
   E o resultado ficou até bem razoável...

17 de jun. de 2014

Kung Fu

   


   Beat´em ups... um estilo de jogo muito popular de meados dos anos 80 até meados dos anos 90. Basicamente é um tipo de jogo onde um único lutador, por vezes uma dupla, percorrem diversos lugares enfrentando dezenas de oponentes até alcançar o chefe da fase, para depois de derrotá-lo poder seguir adiante. Pode não parecer grande coisa explicado assim, mas é realmente divertido- provavelmente um dos estilos de jogo mais divertidos já feitos até hoje!

   “Kung Fu”, ou “Spartan X” como era originalmente entitulado, é considerado por alguns como o primeiro dos beat’em ups. Originalmente um jogo de arcade, a versão para NES foi lançada em 1985 no Japão e, meses depois, nos EUA. “Kung Fu" também recebeu ports / versões para diversos outros consoles da época, inclusive para o Atari 2600.

4 de jun. de 2014

Arte inspirada em jogos: "Magical Game Time"

Homenagem de Zac Gorman ao JRPG "Dragon Quest" do NES, já resenhado aqui no blog

Zac Gorman é um ilustrador, cartunista e quadrinhista norte-americano cujo trabalho busca bastante inspiração em jogos de videogame antigos e oldschool. Seu traço é bem cartunesco, próprio e agradável, mas em especial o que chama a atenção é o carinho e bom humor com os quais os jogos são retratados, fruto das incontáveis horas que o autor passou em sua companhia.
Para conhecer mais do trabalho de Zac Gorman visite seu site pessoal, Magical Game Time:

http://magicalgametime.com/

29 de mai. de 2014

The Runaway Five- músicas de videogame em versão jazz!



Sim, é sério! Não é só o rock que se inspira nos jogos de videogame! A banda de jazz The Runaway Five busca no mundo dos videogames a matéria-prima para suas músicas e faz um trabalho muito bom, capaz de agradar tanto fãs de jazz que nunca seguraram um joystick na vida quanto a um jogador de videogame que não faz a menor ideia de quem foi Miles Davis ou Chet Baker.
O próprio nome da banda já é uma referência a videogame, pois The Runaway Five é o nome da banda que aparece em "Earthbond" do SNES ("Mother 2", no Japão) e tem um papel significativo no jogo.

Para conhecer mais da banda:

* Página oficial:

http://www.therunawayfive.com/

* My Space:

http://www.myspace.com/therunawayfive2

28 de mai. de 2014

Jewel Master


   Um dos pontos fortes do Mega Drive foram os jogos  de Ação & Aventura estilo plataforma. Alguns dos jogos mais famosos do console seguiam esse estilo, como os jogos das franquias "Sonic the Hedgehog" ou "Shinobi", mas existem dezenas de outros menos famosos, alguns de boa qualidade, como "Alisia Dragoon" ou "DecapAttack", outros nem tanto, como "Chester Cheetah: Wild Wild Quest".
   Para quem curte o estilo de jogo, ainda mais se for ambientado em cenários de fantasia que parecem saídos de um livro de RPG ou anime do início dos anos 90, uma boa pedida é "Jewel Master", jogo lançado originalmente no Japão pela própria Sega em 1991. Um bom jogo sem ser extraordinário, com um ou outro detalhe para eleva-lo acima da média.

8 de mai. de 2014

5Megafive e seus megacovers



Videogame Music é o estilo musical que busca como inspiração primária as trilhas musicais de jogos, em especial de jogos oldschool. Em especial é comum serem feitas versões "rock" ou "heavy metal" de temas ou músicas de fase dos jogos, mas não unicamente- já vi até um grupo que faz versões jazz de músicas de videogames!
O 5Megafive é uma banda desse estilo, e daqui do Brasil. Segue a mesma pegada da veterana MegaDriver, inclusive incluindo covers de músicas de anime.
A banda foi uma boa surpresa para mim.Gostei em especial das versões rock do tema de "Doom", da música do estágio "Chemical Plant Zone" do Sonic 2 e de "Bloody Tears" de Castlevania II- Simon's Quest.



Para quem curtiu, eles disponibilizam muita coisa para download gratuito no Soundcloud:

https://soundcloud.com/5Megafive

A banda também possui perfil no facebook:

 http://www.facebook.com/5Megafive

Banda recomendada com o Selo OSD de Qualidade. Agora peço licença que vi aqui umas músicas de "Shinobi" e "Ninja Gaiden" para baixar...

P.S: Agradecimentos ao usuário Fúria, do fórum Retrogames Brasil, que foi quem deu a dica da banda. Valeu, rapaz!

1 de mai. de 2014

Kenseiden


   Nos anos 90, durante a acirrada briga entre Nintendo e Sega, um bom jogo que fosse lançado para um dos consoles e não recebesse uma versão no sistema rival tornava-se um espinho no pé do jogador não contemplado. “Kenseiden” do Master System é um bom exemplo disso, tendo feito muito dono de NES-clone da época ficar de cara feia.
   Lançado originalmente no Japão em 1988, “Kenseiden” chegou ao ocidente ainda no mesmo ano, sofrendo uma pequena modificação: o cabelo do herói do jogo, Hayato, teve sua cor original alterada, passando de louro para um tom negro considerado mais adequado a um samurai japonês.
   Até hoje foi uma das poucas alterações feitas nos EUA que achei que faz algum sentido

27 de mar. de 2014

Kung Fu Kid

   

   Todo console tem sua cota de "hidden gems", jogos muito legais que receberam menos atenção ou reconhecimento do que mereciam.  aqui no Brasil, um dos poucos países onde o Master System fez sucesso, nomes como "Jogos de Verão", "Shinobi", "Great Soccer", "Rambo III" e "Castle of Illusion" vivam na boca da rapaziada. Não lembro, entretanto, de ninguém comentar algo sobre "Kung Fu Kid". Eu mesmo só tomei conhecimento desse jogo uns poucos anos atrás.
   O que é uma pena...
   Lançado no Japão originalmente como "Makai Retsuden" em 1987 pela própria Sega, o jogo chegou ao ocidente ainda no mesmo ano, mas rebatizado como "Kung Fu Kid". É a continuação de outro jogo da Sega, "Dragon Wang", lançado para um console anterior, o SG-1000. O nome um tanto pueril que o jogo recebeu nesse lado do planeta talvez tenha sido um dos responsáveis pela recepção pouco calorosa na época... Vai saber...

26 de mar. de 2014

Back To The Future NES




Em 1985 é lançado o que na minha opinião vem a ser o melhor filme cult de todos os tempos: Back To The Future (De volta para o Futuro) e com o enorme sucesso que fez, anos mais tarde, em 1989 eis que é lançado seu jogo para Nintendo 8 bits! OBA!

Infelizmente, não é bem de alegrias que sempre vivemos... Descrito pelo próprio co-roteirista do filme, como o “um dos piores jogos já feitos”, "Back to the Future"  foi desenvolvido pela Beam Software e distribuído pela famosa LJN Toys, cujo seu nome está associado a muitos jogos ruins.


24 de mar. de 2014

Excitebike






Tem alguns jogos que parecem nunca perder o encanto, por mais que o tempo passe. Você começa a jogar e parece que tiraram 20 anos dos teus ombros e você sente como se estivesse de novo naquele tempo já distante quando a Sessão da Tarde passava filmes que prestavam.

"Excitebike" é um desses exemplos. Até hoje é um dos jogos favoritos tanto do meu irmão quanto de mim- e olha que, em geral, eu não gosto de jogos de corrida!


   Lançado pela Nintendo em 1984 no Japão e no ano seguinte no ocidente, "Excitebike" também é um dos jogos da primeira fornada para o console. Gráficos limitados, mas que cumprem sua função, música tema estranhamente grudenta, que fica rodopiando durante horas no seu cérebro e jogabilidade simples, somado ao fato de que é um jogo de corrida onde basicamente você não corre contra ninguém, mesmo quando há outros pilotos na pista. Aparentemente nada demais.

   Até você jogar...

23 de mar. de 2014

(E ainda mais) 50 coisas que aprendi jogando videogame




Última lição do legado oldschool de conhecimento e sabedoria. Faça bom uso.


201-Toda pessoa com amnésia é importante ou tem um passado bizarro.


202- Existem pessoas que mesmo no meio de uma missão para salvar o mundo encontram tempo para pescar.

203- Quando seu mestre não tem mais nada para ensinar a você, em geral ou ele morre ou ele é morto.

204- Florestas e demais espaços selvagens podem ter rampas, loopings e demais estruturas dignas de um circuito de corridas radicais.

205- Aparentemente uma cidade pode se sustentar economicamente apenas com uma estalagem e vendendo poções, armas e armaduras para aventureiros.

206- Dinossauros não entram em castelos.

207- Por mais que o ouro seja um metal extremamente pesado, você pode carregar centenas de moedas desse material sem problema algum.

208- Construir ou não um tipo de prédio pode fazer muita diferença na hora de montar um exército.

209- Vulcões podem ser locais perigosos, mas você sempre vai acabar tendo que ir neles.

210- Chefe final que usa metralhadora não luta bem.

211- Catapultas, balistas e demais armas de cerco podem se deslocar sozinhas, sem ninguém as empurrar ou acionar.

212- Monstros podem atacar assim que você der dois passos para fora da cidade, mas não ousam pular uma mera cerca de madeira e atacar alguém dentro dela.

213- Cogumelos são o melhor tipo de alimento para ajudar no crescimento.

214- Andar sem sair do lugar ao mesmo tempo em que mexe os braços é um hábito comum entre muitos heróis.

215- Pássaros, esquilos e demais animais silvestres podem ser transformados em andróides.

216- Muitas vezes o braço direito do chefão do jogo é mais forte que o próprio chefe final.

217- “Do a barrel row”- Peppy Hare

218- Por maior que seja o grupo, apenas o líder é visto quando se movimentam pelo terreno. No máximo, uns dois ou três indivíduos seguem-no cegamente.

219- Fogos de artifício, sinal de sucesso.

220- Salvar o mundo pode até ser divertido, mas passar pelas fases de bônus e resolver todas as “side quests” é ainda mais.

221- Mais dia, menos dia, você acabará tendo que entrar em um laboratório de um cientista louco, por mais estúpida que essa ideia possa parecer.

222- Se vestir de sapo faz muita diferença quando você vai nadar.

223- Se algo cai no chão e você não o apanhar logo, ele piscará e depois desaparecerá.

224- Assustar o Papai Noel te renderá muitos presentes.

225- O fato de ser difícil fazer com que uma pessoa entre para seu grupo não significa automaticamente que ele será útil.

226- Uma única nave espacial é suficiente para derrotar toda uma frota de naves inimigas e poderosas entidades espaciais. Basta ser pilotada pela pessoa certa.

227- “For bad food try ButtHead”

228- Construir uma Fortaleza na forma de uma imensa máquina de pinball é viável.

229- Existem armas com munição infinita.

230- Sonhos sempre são avisos, premonições ou pedidos de socorro.

231- Uma mera casca de banana pode alterar o resultado de uma corrida.

232- Encontrar primatas presos dentro de barris não é algo tão incomum assim.

233- “All your base are belong to us”- CATS. Ou seja, alguns vilões cyborg não sabem falar inglês corretamente.

234- Cidade fantasma. Você ainda vai perambular por uma.

235- Sequestradores não mantêm todos os reféns no mesmo lugar para facilitar vigiá-los. Os reféns são espalhados por todo o canto, muitas vezes em locais onde sequer tem alguém tomando conta.

236- Derrubar caças inimigos é moleza comparado a pousar num porta-aviões ou reabastecer durante o vôo.

237- Em termos arquitetônicos, fossos com espinhos no fundo são algo muito comum.

238- Para o resto do mundo, quase todo brasileiro é capoeirista.

239- Existem momentos que ter um parceiro atrapalha mais do que ajuda.

240- Qualquer um pode entrar em torneios de artes marciais, inclusive animais e monstrengos verdes que dão choque.

241- Plantas carnívoras realmente merecem esse nome.

242- Cabelo moicano + jaqueta jeans = Punk membro de gangue criminosa.

243- Outra dimensão. Você ainda irá parar em uma. E será muito mais difícil voltar dela do que entrar...

244- Não é porque um item parece útil que ele será útil.

245-Chuva com trovões e raios quase sempre significa um grande problema a caminho.

246- Não estranhe se a alavanca que abre uma porta ou levanta uma ponte está muito distante dela.

247- Armas brancas nunca perdem o fio, por mais que sejam usadas.

248- Você vai ser atacado a todo instante ao andar por aí, mas quando parar para acampar, fique tranqüilo que ninguém vai te perturbar durante a noite toda.

249-“We do not stop playing because we are old. We grow old because we stop playing” ( Não paramos de jogar por envelhecer. Envelhecemos por parar de jogar)- George Bernard Shaw.

250- Você é o player 1 da sua vida. Nunca se esqueça disso.

22 de mar. de 2014

Urban Champion

   

   Na época dos NES-clones era comum se encontrar nas lojas multi-cartuchos, com vários jogos de NES, sendo o padrão mais comum quatro jogos. Em geral eram jogos mais simples, das primeiras fornadas de jogos para a plataforma. O já resenhado aqui "Legend of Kage" era um desses jogos". Outro que também era verdadeiro arroz-de-festa era pioneiro jogo de luta "Urban Champion", lugar comum pelos multi-cartuchos naquele tempo.
   Lançado pela própria Nintendo em 1984, "Urban Champion" foi um dos primeiros jogos de NES. Também foi o primeiro jogo de luta do sistema, onde você encarna é um lutador de rua sem muita classe ou técnica que deve lutar contra outros valentões semelhantes a você pelos quarteirões do centro de alguma cidade que parece saída da primeira metade do século XX. Apesar disso conferir a "Urban Champion" algum valor histórico não significa necessariamente que isso faz dele algo bom.

21 de mar. de 2014

Startopia


   Qual seria o resultado lógico da expansão humana pelo espaço sideral? Um tremendo quebra-pau envolvendo toda e qualquer espécie senciente encontrada, obviamente! E depois desse rolo de proporções literalmente cósmicas, como a coisa fica?
   Bem, o cenário encarado pelos sobreviventes não é lá muito animador... a maioria dos planetas onde ainda tem alguém vivo é frio, pequeno,distante, ou qualquer outra coisa pejorativa do gênero, e das outrora altivas estações espaciais sobraram poucas, as quais, na melhor das hipóteses, em um estado que não é lá muito melhor do que cascos danificados.
   Obviamente não seria uma  mera experiência de quase extinção que levaria as raças mais evoluídas do cosmo a tomarem vergonha na cara e passarem a cooperar umas com as outras, não é? Óbvio que não! Pelo contrário! As mais diversas corporações e conglomerados se lançam ao espaço para ocupar as antigas estações, cada uma com seu próprio objetivo e sem o menor escrúpulo de, caso julguem necessário, pegar em armas para garanti-los, pode ter certeza. 
   Lançado em 2001 pela Eidos Interactive e pela Mucky Foot Productions, "Startopia" é um jogo que reúne elementos de estratégia, simulação e gerenciamento de tempo & recursos, em um cenário  caoticamente bem-humorado no melhor estilo Douglas Adams- aliás o jogo foi dedicado a ele! Não sabe quem é Douglas Adams? Basicamente foi ele que revelou a grande importância de uma toalha e descobriu o sentido da vida, do universo e tudo mais.
   Que é 42, aliás.

12 de mar. de 2014

Dragon Quest



   Acho que poucos discordam que os RPGs são um dos gêneros de jogos de videogame mais populares. Todo console que espera ter uma boa receptividade tem que investir nesse filão, detentor de público bem numeroso, em especial das franquias japonesas, os popularmente chamados JRPGs (Japanese RPGs).

   Falando em JRPGs, acredito que valha a pena relembrar o jogo que deu o pontapé inicial nesse gênero: "Dragon Quest", jogo da Enix lançado em 1986 para o NES e um dos primeiros JRPGs lançados no Ocidente. Como era de praxe na época, foi rebatizado nos EUA, passando a ser conhecido como "Dragon Warrior" nesse lado do globo terrestre (Provavelmente os yankees acharam que "Dragon Quest" soava inócuo demais e preferiram um título mais agressivo). A franquia foi um grande sucesso e nove sequências seguiram o primeiro jogo, sendo os jogos 2, 3 e 4 inicialmente lançados para NES, e posteriormente relançados para SNES, enquanto os jogos 5 e 6 foram lançados diretamente para o SNES.


8 de mar. de 2014

7 de mar. de 2014

(acrescentando mais) 50 Coisas que aprendi jogando videogame



Mais um pouco do que duramente aprendi em longas horas repletas de "continues" e "passwords".

151- Por mais que uma ponte pareça sólida, suspeite. Pedaços delas costumam cair assim que você pisar.
152- Placas luminosas escrito "GO!" aparecem flutuando, vindas de lugar nenhum, para indicar o caminho que você deve seguir.
153- Um high five no momento certo pode salvar uma vida.
154- Escopetas calibre 12 e motosseras podem não ser as melhores armas, mas sem dúvida são as mais legais.
155- Vilão de verdade é aquele que volta muitas vezes, só para ser derrotado de novo.
156- Arrumar cubos coloridos em grupos iguais é mais difícil do que parece.
157- Andar de elevador pode ser uma experiência perigosa e emocionante.
158-Todo templo guarda algum segredo.
159- Poucas coisas são tão úteis e importantes quanto chaves.
160- Existem gangues e organizações criminosas que conseguem assolar e dominar uma cidade sem usar nenhuma arma de fogo, contando apenas com os punhos e armas brancas como facas, canos, chicotes e espadas.
161- Atropelar uma vaca com sua moto pode até ser divertido, mas te atrasa muito na corrida.
162- Nazistas, alienígenas e poderosas entidades extradimensionais: as maiores ameaças à raça humana (morra de inveja, aquecimento global).
163- Paleontólogos estão errados. Homens da caverna e dinossauros coexistiram.
164- Pedras rolando ou quicando ladeira abaixo são algo realmente inconveniente.
165- Focas conseguem empurrar cubos de gelo quase do tamanho delas, e os usam para tapar buracos.
166- Se você atropelar um gato, ele sairá voando em câmera lenta.
167- Todo lugar que tenha alguma importância para a aventura, e que você precisa visitar, tem um guardião para ser derrotado ou desafio a ser vencido.
168- Marretas de madeira são as ferramentas mais utilizadas por esquimós.
169- Ter mais de uma vida não privilégio unicamente dos gatos.
170- Aqueles carrinhos de minério são rápidos e divertidos, mas não muito controláveis.
171- Atravessar um rio pulando sobre as cabeças de crocodilos não é uma ideia ruim.
172- Muitas vezes as balas saem das armas na forma de bolinhas brilhantes. Isso era particularmente comum na década de 80 e até a metade da década de 90.
173- Mulheres lutadoras são sempre ágeis e rápidas, mas em termos de força física deixam a desejar.
174- Se o líquido for vermelho, serve para todos. Se for azul, só serve para magos.
175- Bexigas de gás podem até suportar seu peso e servir para voar, mas a dirigibilidade delas deixa a desejar.
176- Se o grande vilão for um ninja ou mestre em artes marciais, ele estará esperando por você no dojô dele, enfurnado no aposento mais distante.
177- Aquela velha norma cavalheiresca que um homem não deve nunca bater em uma mulher não vigora mais.
178- Prefeito que é prefeito mesmo sai do gabinete e resolve a questão da criminalidade em sua cidade pessoalmente.
179- Lutar com pessoas no meio da rua é uma ótima forma de viajar o mundo inteiro e conhecer países distantes.
180- Todo assassinato de parentes deve ser vingado. E você tem que ir atrás dos assassinos e resolver a questão em pessoa. Nada de contactar a divisão de homicídios da polícia ou algo do tipo.
181- Nunca despreze a eficiência de um pedaço de cano de ferro como arma.
182- Depois que o grande vilão da história é derrotado, em geral a base dele explode.
183-Um cão pode ser um parceiro muito útil. Se for um cão robô, mais útil ainda.
184- Depois que você arremessa uma faca em um oponente, ela desaparece.
185- Cultivar legumes, ordenhar vacas, criar galinhas e vender sua produção agrícola pode ser divertido.
186- Nunca fique embaixo de uma sombra que aparece repentinamente, a menos que queira algo pesado caindo na sua cabeça.
187- Basta ter uma bússola que você saberá automaticamente onde deve ir.
188- Fadas não só existem quanto são úteis e divertidas.
189- Nunca duvide das palavras de uma velha estranha vestida de forma esquisita.
190- Barris de metal e caixotes de madeira podem ser destruídos com um único golpe. E após serem destruídos, somem.
191- Cuidado ao dizer para uma mulher que por ela você iria até o inferno. Você pode ter que cumprir...
192- Quanto mais velho um lutador, mais forte ele é. Quanto mais velho um adversário, mais difícil de derrotá-lo será.
193- O item que você mais precisa naquele momento é o que mais demorará para aparecer. Isso se explica através do seguinte axioma: “A chance de um item aparecer é inversamente proporcional à sua necessidade dele”.
194- Balançar-se em cipós para atravessar um rio ou abismo não é uma ideia estúpida.
195- Pedidos de ajuda nunca devem ser recusados.
196- Às vezes, um mero esbarrão pode ser fatal.
197-Ao assistir uma luta, os espectadores fazem sempre os mesmos movimentos de forma cíclica.
198- Geralmente reféns desaparecem sem deixar rastro ao serem salvos.
199- Se você é um garoto cabeludo que cresceu em um local distante e/ou pequeno, é quase certo que salvará o mundo um dia.
200- Quando Bertrand Russel falou que "o tempo que você gosta de perder não é tempo perdido", ele estava completamente certo.

27 de fev. de 2014

26 de fev. de 2014

My Hero




   Sua namorada foi sequestrada e você deve resgatá-la das mãos dos vilões sozinho e a todo custo. Esse foi um dos motes mais exaustivamente usados no mundo dos videogames e gerou alguns jogos muito bons, como as séries "Double Dragon" e "Adventure Island", e outros nem tanto... "My Hero" ( originalmente em japonês "Seishun Scandal") se enquadra nessa segunda categoria.

25 de fev. de 2014

"Shinobi"- A saga do mestre ninja



   "Shinobi" foi o "jogo de ninja" da Sega que concorria com "Ninja Gaiden" da Nintendo, quando eram essas as duas empresas peso-pesado no mundo dos videogames- a época dos 8 e 16 bits. Existiu nesse tempo uma verdadeira guerra entre os jogadores de cada marca, a famosa "Guerra dos 16 bits", equivalente no mundo dos games à 2o Guerra Mundial do mundo real. 

   As discussões esquentadas ocorriam em escolas, cursos, praças ou qualquer outro local onde a rapaziada se reunia, sempre se tentando provar qual empresa era melhor que a outra, ou qual série/ franquia era a melhor. Eu particularmente gosto bastante das duas séries e não me dou ao trabalho de ficar discutindo qual é melhor, "Shinobi" ou "Ninja Gaiden". Curto os dois títulos, e assim me divirto em dobro.

   Acho que a principal diferença é a questão da história. "Ninja Gaiden" teve uma história mais trabalhada e complexa, enquanto as de "Shinobi' poderiam até ser chamadas de clichê. Entretanto os enredos de "Shinobi" tem aquilo que eu, por brincadeira, chamo de "charme da simplicidade", além de cumprirem seu papel de explicar o jogo e deixar as sequencias amarradas. 


   Tudo começa ainda no Master System...


-"Shinobi" (Master System): Uma corporação criminosa chamada Zeed ("Ring of Five", na versão norte-americana) raptou os filhos de vários líderes mundiais. Joe Musashi, um ninja ("shinobi"), é convocado para salvar os reféns e derrotar a corporação. Afinal... para que serviço secreto, esquadrões de resgate, etc, se você tem um ninja por perto?

-"Shadow Dancer"/ The Secret of Shinobi" (Mega Drive): A cidade de Nova York é tomada por um sindicato do crime, Union Lizard, o qual também é responsável pela morte de Kato, amigo de Joe Musashi. Agora, acompanhado por seu cachorro branco Yamato, Joe Musashi vai lutar para libertar a cidade e vingar a morte de seu amigo, enfrentando o Union Lizard e seu chefe, Sauros.Aliás, Sauros é um dos vilões mais nonsense que eu vi nos videogames: um homem lagarto capaz de causar desastres cataclísmicos. O sakê deve ter corrido solto entre a equipe de idealização e roteiro... correu igual a um rio!

Existe uma versão para Master System de "Shadow Dancer", bem fraca, diga-se de passagem e com uma jogabilidade osso duro de doer!

Esse jogo parece ser mais um spin-off, já que não se liga direito as outras sequencias, em termos de enredo e cronologia.


-"The Revenge of Shinobi" (Mega Drive): Três anos após a derrota sofrida em "Shinobi" (Master System) a organização criminosa retorna, tendo mudado seu nome para Neo Zeed (quanta criatividade, não?). Em busca de vingança, Neo Zeed assassina o mestre de Joe Musashi e rapta sua noiva, Naoko. Joe Musashi mais uma vez tem que lutar contra a organização em busca de vingança e de não ficar para titio.

No Japão foi lançado como "The Super Shinobi", um claro exemplo de como os japoneses conseguem criar um nome supimpa e extremamente inovador!


- "Shinobi III- Return of the Ninja Master" (Mega Drive): Com um nome desses só podia ser um jogão, hein? Pois é... Dois anos após sua última derrota a Neo Zeed retorna para ameaçar o mundo (dessa vez tiveram o bom senso de não trocar de nome... Neo NeoZeed soaria ainda mais ridículo...), sob o comando do misterioso Shadow Man (sinistro, hein?).

   Joe Musashi estava em um retiro em uma longínqua montanha quando sentiu a presença da corporação (sentiu a presença! Deu para sacar o naipe do cara, hein?!). Parte então em uma jornada onde terá que atravessar cavernas, montar a cavalo e até surfar em uma prancha voadora (a primeira metade dos anos 90 foi uma época incrível, não acham?) e buscar derrotar o Shadow Man (sinistro, todos tem que concordar...) e a NeoZeed (corporação criminosa que compensa em persistência o que lhe falta em criatividade).


"The Cyber Shinobi" (Master System): Lançado em 1990 apenas para Europa, Austrália e Brasil, quando o Sega Master System já estava sendo descontinuado em outros mercados. O jogo se passa em um futuro próximo, em algum momento não especificado do século XXI, e narra as aventuras do neto do shinobi original, o qual também se chama Joe (sim, criatividade não é o forte dos roteiristas dessa franquia) , o qual tenta impedir a organização criminosa Cyber- Zeed (ok, sem comentários...) de lançar várias cargas de plutônio ao redor do mundo.

Esse jogo também parece ser um spin-off da série original, mas tendo mais relação com ela em termos de cronologia que "Shadow Dancer".

EXTRA



-"Alex Kidd in Shinobi World" (Master System): O que fazer se sua namorada for raptada por um perigoso vilão? Ir salvá-la, lógico! E se você puder contar com a ajudinha do espírito de um antigo shinobi para te tornar um ninja também? Melhor ainda!
Essa é mais ou menos a premissa de um dos mais simpáticos cross-overs do mundo dos games, onde Alex Kidd vai deixar o pedra-papel-ou-tesoura de lado em prol das seculares ténicas dos guerreiros das sombras japoneses, a fim de resgatar sua amada e derrotar o perverso Dark Ninja- que retornou 10000 anos após ser banido para sabe-se lá onde, aparentemente apenas para raptar a namorada do Alex (que azar miserável, hein?).

Divertido, com gráficos e sons bem legais, esse jogo funciona como uma paródia da série, tendo suas fases e inimigos inspirados nos do primeiro "Shinobi", inclusive as próprias músicas de "Alex Kidd in Shinobi World" sendo remixagens das músicas do jogo original.




Brincadeiras a parte, a franquia "Shinobi" é muita boa e tem aquele clima onírico, descompromissado, por vezes até um tanto ingênuo que marcou a maioria dos jogos das gerações 8/ 16 bits e que aos poucos foi se perdendo desde então. Fora isso, a arte das capas japonesas dos jogos da franquia é um atrativo a parte. Todas excelentes!

Aos poucos iremos postando reviews para cada jogo da série merece aqui no OSD. Fãs de ninjas, fiquem atentos!

P.S: Existiram jogos para outros sistemas- o portátil Game Gear, Sega Saturn, etc, mas não os joguei e nada sei a respeito deles. Está aí um bom projeto para o futuro!