30 de dez. de 2018

2019 é amanhã e já tem dois jogos na minha lista!

2019 nem começou oficialmente ainda e já tenho dois nomes na lista de jogos que aguardo ansiosamente o lançamento: "Blazing Chrome" da JoyMasher e "Katana Blade" da SEEP.
De "Blazing Chrome" já falei algumas vezes, então falarei mais em outro momento, mas de "Katana Soul" ainda não tinha comentado nada.
Eu adoro jogos de ninja dos anos 80 e 90- desde os grandes nomes como "Ninja Gaiden" ou "Shinobi" até aqueles esquecidos como "Wrath of the Black Manta" e "The Legend of Kage", ambos do NES. Não é de admirar então que eu esteja ansioso pelo lançamento de "Katana Soul", um jogo retrô indie do pessoal da SEEP que parece um jogo do fial dos anos 80 e início dos anos 90, colorido propositalmente com uma palheta de cores limitada, emulando a do Commodore 64.



Os desenvolvedores ainda não divulgaram maiores informações sobre o jogo (nem mesmo da história!), mas pelo Twitter me falaram que saí agora no início do 2019. Pelo vídeo em um site sobre jogos indie que vi o jogo é bem promissor.
Ainda não comprei "The Messenger" e, caso não o tenha feito até "Katana Soul" chegar não sei qual comprar primeiro... provavelmente comprarei os dois juntos... eu já comentei que gosto de jogos de ninja, né?

Para quem quiser ver o vídeo, o site é esse:

http://www.indieretronews.com/2018/11/katana-soul-new-game-prototype-teased.html

No mais... como provavelmente não postarei nada mais por uns dias, já deixo aqui meus votos de ano novo para todos os nossos leitores e amigos. Que tudo corra da melhor forma possível em 2019 e continuem jogando. 

29 de dez. de 2018

Jogos no Steam para Retrogamers #18

Fim de ano está aí. tem sempre alguém falando que o ano correu rápido e quando percebeu já estava acabando e tudo mais... o de sempre... Para você começar 2019 retrojogando, nós do OSD separamos mais três jogos feitos hoje mas com cara de serem de ontem, perfeitos para você se trancar no quarto e escapar daquele tio chato que todo ano novo tenta molhar a família inteira com champagne enquanto grita "Êêêê! Feliz ano novo, famiLHAAAAA!" a plenos pulmões.


SUGESTÃO #1

Se você está com saudades de jogar: "Wonder Boy in Monster Land"/ "Mônica no Castelo do Dragão" (Master System); "Wonder Boy III: The Dragon's Trap"/ "Turma da Mônica- O Resgate" (Master System); "Wonder Boy in Monster World"/ "Mônica na Terra dos Monstros" (Mega Drive); "Faxanadu" (NES)

Tente: Aggelos


Sinopse: "Aggelos" é um action RPG que presta tributo aos grandes jogos do passado que misturaram elementos de RPG com plataforma e muita exploração. Conheço "Aggelos" desde que votei nele no finado Greenlight da Steam e o jogo demorou para ser terminado, mas valeu a pena! Ótimos gráficos, ótima ambientação, boa música e jogabilidade- o único senão é não usar o D-Pad do controle, tendo que se controlar pelo analógico, algo que nunca me agrada!
No jogo você controla um jovem herói que acaba envolvido na luta para salvar o reino ena busca pelos quatro elementos, única coisa capaz de enfrentar as consequências que virão quando a abertura fenda para outro mundo,  obra do vilão do jogo (obviamente), se completar.
O jogo é realmente divertido e tem tudo aquilo que os antigos tinham de legal. Vale bastante a pena conhecer, se você for fã de action RPGs.

SUGESTÃO #2

Se você está com saudades de jogar: "Double Dragon" (NES. Master System, arcade); "Double Dragon 2" (NES, arcade); "Double Dragon 3: The Rosetta Stone" (NES, Mega Drive, arcade); "Super Double Dragon" (SNES)

Tente: Double Dragon Neon


Sinopse: Uma mistura de continuação e releitura, "Double Dragon Neo" traz de volta os dois irmãos Jimmy e Billy um pouco mais velhos, mas sempre se metendo nos mesmos problemas. O jogo tem gráficos um tanto esquisitos e os personagens se movimentam como marionetes desconjuntadas mas até que é divertido. A história é a mesma do primeirão da franquia:nMarian, o eterno amor dos dois irmãos, mais uma vez é sequestrada e agora os dois tem que deixar de lado sua disputa amorosa para trazer a beldade de volta.
Vale a pena acrescentar que "Double Dragon Neon" mantém o clima meio trash da franquia- na verdade conseguiu ser ainda mais trash que "Double Dragon 3: The Rosetta Stone", por mais incrível que isso possa parecer. Isso pode agradar alguns e desagradar outros, variando conforme o gosto do jogador, mas o jogo vale uma conferida.

SUGESTÃO #3

Se você está com saudades de jogar: "Lemmings Revolution" (PC)

Tente: Flock!


Sinopse: Um joguinho um tanto casual lançado pela Capcom, onde você controla um disco voador e tenta levar rebanhos de ovelhas e outros animais para sua nave mãe, a "Motherflocker" (putz... nem eu faria um trocadilho tão tosco assim...), evitando que eles caiam em abismos pelo caminho e outras coisas assim. Os gráficos são engraçadinhos e é um bom joguinho para se jogar quando não se tem nada para fazer ou não se quer jogar nada muito complexo, mas espere pouca coisa além disso.

É isso, pessoal. Na medida do possível, um bom 2019 para todos (eu, particularmente, acho que será tão ruim quanto 2018, ou até pior) e lembre-se: com fones de ouvido nem os fogos do Reveillon podem te incomodar! Bom jogo!

28 de dez. de 2018

10 Jogos oldschool de inspiração cristã

O crescimento dos videogames nos anos 80 e 90 tornou-os uma das mídias com maior alcance junto aos jovens e crianças. Não tardou para grupos religiosos perceberem o potencial que os videogames tinham para o proselitismo religioso e, mesmo os fanáticos nunca deixando de dizer que videogame é coisa do capeta, uma quantidade considerável de jogos inspirados na Bíblia e nas figuras da tradição judaico-cristã nela presentes foram desenvolvidos com o objetivo de divulgar a fé cristã, levando as mensagens dos Evangelhos e do Velho Testamento para a molecada que não conseguia tirar os olhos da TV e o controle das mãos. 
Nós do OSD separamos dez desses jogos de inspiração cristã na lista abaixo e assim você finalmente poder mandar um link nosso para o grupo de whatsapp da família sem desagradar ninguém!

1- Noah's Ark (NES)


Lançado pela Konami (sim, aquela Konami) em 1992 apenas na Europa, "Noah's Ark" é provavelmente o mais divertido jogo de videogame de inspiração bíblica (e,até onde eu sei, o único licenciado). No jogo controla-se Noé enquanto ele tenta resgatar os animais para levá-los para a arca antes do dilúvio, em um jogo de plataforma onde patos conferem poderes especiais e a água está permanentemente subindo, o que é um desafio e tanto para a jogabilidade. Além de correr contra o tempo, em cada fase Noé deve derrotar um tampão de ralo gigante antes de poder colocar um casal de bichinhos a mais na segurança de sua arca.
Realmente não lembro desse trecho da tampa de ralo gigante no Genesis, mas também não sou teólogo...

2- Spiritual Warfare (NES/ Mega Drive)



A versão escola dominical de "The Legend of Zelda", "Spiritual Warfare" é um action RPG onde um jovem devoto deve livrar sua cidade de um exército de demônios aparentemente liderados por Satã em pessoa, enquanto converte todos os seus habitantes ao Cristianismo. Como ele converte as pessoas? Obviamente arremessando frutas, como uvas e bananas, neles, e usando um trecho de Galatas, onde se fala do Fruto do Espírito, como justificativa para sair tacando fruta nos outros.
Não... não tem goiaba no jogo, seu engraçadinho...
"Spiritual Warfare" é provavelmente o melhor jogo do estúdio Wisdow Tree, especializado em games cristãos, mas pode causar desconforto em pessoas de posicionamentos mais liberais, já que indivíduos que, a priori, não são bandidos nem estão fazendo nada de errado, como um hare krishna que aparece no jogo, são tratados como uma ameaça ou antagonista apenas por pensarem diferente do herói, devendo ser convertidos por ele, o que pode ser visto como intolerância religiosa.

3- King Jame's Bible (Game Boy)


Uma versão da completa da Bíblia do Rei Jaime (também conhecida como Bíblia do Rei Tiago, ou ainda Versão Autorizada do Rei Jaime, que tem esse nome por ter sido uma tradução da Bíblia, feita de acordo com os posicionamentos e demandas da Igreja Anglicana, encomendada pelo Rei James I da Inglaterra no início do século XVII) em um cartucho para Game Boy, com o recurso de buscar palavras ou trechos e assim se ir direto ao pedaço que se quer ler.
Apesar de ser prioritariamente um instrumento de estudo e leitura, existem também três mini-jogos presentes no cartucho ("Bible Wordmatch", um jogo de memória baseado texto bíblico; "Bible Sheperd", uma versão do popular jogo da forca, mas onde ovelhas fogem no lugar do bonequinho ir sendo desenhado e "Joshua: The Lost Leves", um jogo de ação onde se deve desviar de obstáculos até chegar ao fim da fase), todos bem simples. 
Atualmente é considerado um cartucho raro e bem valioso para colecionadores.

4- Bible Buffet (NES)



Um family game/ party game que mistura jogo de tabuleiro com quiz de tema bíblico. Pode ser jogado contra o computador ou contra outros jogadores, devendo a cada turno o jogador da vez rodar a roleta e andar o número de casas correspondente- ou perder a vez, caso dê azar! O jogo ideal para jogar no aniversário de alguém da galera do grupo jovem da igreja.

5- Bible Adventures (NES/Mega Drive)


 Quando a desenvolvedora de jogos de NES  não licenciados Color Dreams optou por seguir a linha de jogos cristãos e mudou seu nome para Wisdow Tree, "Bible Adventures" foi seu primeiro lançamento, em 1991. Apesar de imensamente criticado (frequentemente é citado em listas de piores jogos já feitos) e de nunca ter sido comercializado em lojas de jogos comuns (o cartucho era vendido apenas em lojas de lojas e livrarias especializadas em produtos cristãos e gospel) o jogo vendeu cerca de 350 mil cópias e foi decisivo para a continuidade da Wisdow Tree na seara de jogos cristãos.
"Bible Adventures" consiste em três jogos no mesmo cartucho: "Noah's Ark", onde Nóe deve coletar animais e comida para sua arca, em um estilo que lembra "Super Mario Bros USA" (e que idoso forte era Noé... carregava meia dúzia de bichos de uma vez só); "Baby Moses", onde o jogador controla a irmã de Moisés, Miriam, enquanto ela foge dos homens do faraó e tenta salvar a vida de seu irmão, ameaçada pelo decreto real que ordena a morte de todas os meninos judeus recém-nascidos (e para salvá-lo Miriam pode inclusive arremessar o bebê Moisés longe feito uma bola de basquete) e "David and Goliath", um jogo de aventura baseado na passagem sobre a luta de David contra o campeão filisteu Golias.

6- Exodus: Journey to the Promissed Land (NES/ Mega Drive/ Game Boy/ PC)


Nesse jogo da Wisdow Tree se controla Moisés enquanto ele guia os hebreus até a Terra Prometida. "Exodus: Journey to the Promissed Land" é na verdade o antigo título "Boulder Dash" da Color Dreams, mas refeito com novos gráficos e um novo enredo, baseado no livro bíblico do Êxodo.
O jogo teve uma sequência, "Joshua & the Battle of Jericho", lançado para NES, Mega Drive, PC e Game Boy, inspirado na passagem da tomada da cidade de Jericó e da destruição de suas muralhas.

7- Super Noah Ark (SNES/ PC)


Um FPS (First Person Shooter) com mecânica e visual vagamente semelhantes a "Wolfestein 3D", porém estrelando um Noé armado de estilingue atirando comida com sonífero em bodes e avestruzes- outro trecho que não consigo lembrar das Escrituras, mas, como já disse antes, não sou teólogo e posso estar enganado. 
Uma curiosidade é que "Super Noah's Ark" foi o único cartucho não licenciado de SNES lançado no ocidente. E Noé parece ser a figura bíblica mais presente em jogos de videogame! No mais... fico imaginando quem foi o louco que fez o projeto do interior da arca para o Noé, que lembra qualquer coisa menos um barco! E tome cuidado com Ernie, o elefante!
Aliás...será que já existia um nome tão nerd norte- americano como "Ernie" no Oriente Próximo dos tempos bíblicos? Fico na dúvida...

8- King of Kings: The Early Years (NES)



Mais um cartucho da Wisdow Tree com três jogos pelo preço de um- dessa vez todos inspirados por episódios da infância de Jesus Cristo. No primeiro jogo, "The Wise Men", você controla os Reis Magos tentando chegar ao ponto idicado pela Estrela de Belém montados em camelos que cospem algo que eu não sei dizer o que é (veneno? Ácido? Napalm?), mas que é mortal a qualquer um que se atreva a ficar no caminho de Gaspar, Baltazar e Melquior enquanto eles tentam coletar ouro, incenso e mirra pelo caminho, além de pergaminhos que trazem perguntas sobre o texto bíblico para serem respondidas pelo jogador.
O segundo, "Flight to Egypt", é baseado no episódio da fuga de Maria, José e do Menino Jesus para o Egito para escapar do Rei Herodes. É bem parecido com o primeiro jogo, com a diferença que agora se monta um burrico que dá coice nos inimigos.
O terceiro jogo, "Jesus and the Temple", é inspirado no episódio dos doutores do templo, e, como jogo, também é parecido com os outros dois, mas agora se controla José, correndo em direção ao templo.

9- Sunday Funday: The Ride (NES)


Mais um jogo antigo da Color Dreams recapeado pela Wisdom Tree com temática cristã. "Sunday Funday: The Ride" não é nada mais do que uma versão modificada do jogo de skate "Menace Beach", mas agora o jovem skatista deve tentar chegar até a escola dominical  sem se atrasar e não mais salvar a namorada- aliás, a namorada escassamente vestida que aparecia nas cut scenes entre as fases foi substituída por uma bem comportada professora de religião. 
Uma curiosidade é que "Sunday Funday: The Ride" é mais conhecido por ter sido o último cartucho de NES lançado do que por suas qualidades como jogo. Definitivamente o NES passou longe de fechar seu tempo de atividade com chave de ouro...

10- Captain Bible in the Dome of Darkness (PC)


Um jogo de "edutainment" que misturou estudo bíblico, aventura e bastante non sense. A premissa é no mínimo curiosa: Uma cidade é recoberta por um domo escuro por obra dos robôs conhecidos como Cybers  (criados pela ciência e a ciência é má). A organização benévola conhecida apenas como Bible Corps consegue apenas abrir uma pequena abertura no domo e decide tentar destruí-lo por dentro. A organização manda seu melhor agente, o Captain Bible do título (Capitão Bíblia, em tradução livre), ir ao interior do domo e derrotar os Cybers. Captain Bible chega até a cidade em sua nave (mas uma nave não é um produto da ciência e a ciência não é má?), vestido como uma mistura de cavaleiro medieval e herói de ficção científica dos anos 50 e munido de sua Bíblia computadorizada (mas computadores não foram criados pela mesma ciência que criou os robôs?), sofrendo, entretanto, um percalço: ao penetrar no domo, todos os versos de sua Bíblia computadorizada foram apagados!
Agora Captain Bible deve alcançar as Scriptures stations teleportadas (aparelhos de teletransporte não são fruto da ciência também?) para dentro da cidade cercada pela Bible Corps e aos poucos restaurar os versos bíblicos, os quais são uma das duas maneiras de enfrentar os Cybers- a segunda é sentar o braço nos andróides, com a ajuda da Espada do Espírito e do Escudo da Fé, caso essa opção tenha sido habilidade no menu inicial  (possivelmente uma medida para agradar pais que não quisessem nenhum grama de violência no jogo).
"Captain Bible" até que é um jogo interessante, conta com gráficos melhores que a média e, embora o foco seja  apreensão e memorização das passagens bíblicas, não deixaram de colocar alguns elementos de ação e aventura na mistura, deixando as coisas mais agitadas para os jogadores. Realmente um jogo diferente e curioso!

Menção Honrosa> "Adam & Eve", no cartucho "Caltron 6 in 1" (NES)


Um dos 6 jogos presentes no cartucho não licenciado "Caltron 6 in 1", "Adam & Eve" é apenas um clone pobre do clássico "Balloon Fight" do NES. Apesar do nome, o jogo não tem praticamente nada em comum com as figuras bíblicas de Adão e Eva ou com as passagens do texto onde eles aparecem.
E a serpente mais parece um bichinho de maçã...

Ficamos por aqui com a lista, pessoal. Bom jogo a todos. Gostaríamos também de lembrar que em momento algum tivemos a intenção de ofender a fé de alguém, nem o Cristianismo ou qualquer uma de suas denominações ou congregações. Apenas tentamos sempre manter nos textos do blog um pouco de bom humor. Somente isso.
Quanto a muitos desses jogos serem ruins... aí não é culpa nossa e nada podemos fazer a respeito...

27 de dez. de 2018

Dynamite Headdy


Alguns jogos são feitos com tanto capricho e competência que conseguem marcar sua presença e insuflar um sopro de originalidade mesmo em um gênero supersaturado e com títulos a exaustão, como foi o caso dos jogos plataforma em meados dos anos 90. 
Lançado em 1994 pelo estúdio Treasure para o Mega Drive e transbordando originalidade, "Dynamite Headdy" é um notável- e divertido- caso desses.

História e Roteiro


"Dynamite Headdy" é um daqueles casos de uma história a primeira vista habitual, mas que surpreende por alguns elementos meio dissonantes ou até esquisitos na mistura. O enredo de "Dynamitte Headdy"a primeira vista é bem simples, uma fábula fantasiosa e colorida onde um rei fantoche pretende dominar o mundo das marionetes e a única chance de salvação para todos está nas mãos (ou seria na cabeça?) de um heroico bonequinho chamado Headdy.
Aí a coisa começa a ficar um pouco mais sombria... o rei marionete se chama Dark Demon (bem pesado para o clima  aparentemente engraçadinho do jogo) e logo no início Headdy é derrotado e vê sua vila ser destruída e incendiada. Além de ter falhado em proteger seu lar, Headdy ainda é capturado por um dos androides de Dark Demon.
Após conseguir escapar  e liderar a fuga de um grupo de prisioneiros, Headdy agora vai em busca da forra, tentando jogar por terra os planos do rei fantoche metido a conquistador de uma vez por todas.
O grande lance de "Dynamite Headdy" é que nunca fica bem claro se é de fato uma aventura de verdade ou um show de marionetes apresentado a um público, sendo na verdade tudo encenação... as fases se parecem com um palco, com cenários sendo montados ou trocados na hora (ou mesmo caindo), ou então se parecem com aqueles grandes galpões dos estúdios de cinema hollywoodianos de antigamente, com contra-regras e ajudantes estendendo o tapete naquele exato momento- em um determinado momento aparece até uma orquestra tocando ao vivo a música da luta contra um dos chefes de fase!
E preste atenção na tela de "Game Over"! Tem um cartaz meio rasgado na parede onde as quatro primeiras fases do jogo são listadas como os atos de uma peça teatral!
Por outro lado a destruição parece bem real, o próprio cenário estando remendado em alguns pontos e chegando a se partir em pedaços, com ajudantes caindo junto dos destroços e fragmentos ou ficando emaranhados em cabos. Fica de fato difícil dizer se tudo é real ou não- o que é, aliás, um dos charmes do jogo!

Gráficos


"Dynamite Headdy" é um daqueles jogos que é um prazer para os olhos! Os gráficos são muito bons. Os personagens, em especial o herói Headdy, são bem desenhados e bem animados. Os movimentos de Headdy são fluidos, divertidos de se ver, e o bonequinho salvador faz várias caras e bocas engraçadas dependendo da situação.
Os cenários são demais! Criativos, coloridos, variados e cheios de detalhes- e quando digo cheio de detalhes, é cheio de detalhes mesmo! Tem momentos que dá vontade de diminuir o ritmo e ir bem devagar para ficar caçando detalhes divertidos, curiosos ou mesmo estranhos pelo - e tem alguns são bem estranhos mesmo! Essa mistura de lúdico e bizarro é outra marca do título, com algumas coisas bem tétricas misturadas no visual de livro infantil de "Dynamite Headdy", como por exemplo um trecho em uma fase onde você deve arremessar uns bonequinhos redondos contra uma haste pontuda e empalá-los para fazer uma plataforma e conseguir passar! Os bonequinhos literalmente morrem, sua cor passando de um amarelo festivo para um azul mortiço quando espetados, após agonizar por um breve momento.
Sim, isso acontece no jogo. Não estou de brincadeira. E tem muita coisa perturbadora e sombria espalhada pelos cenários, basta prestar atenção. Tem até a insinuação de que alguns fantoches foram mandados para um incinerador e queimados vivos!
Como assim? Fique de olho no que rola logo após a destruição da cidade... Headdy e outros dos moradores capturados são avaliados pelos soldadinhos de Dark Demon e aqueles reprovados são jogados dentro da caçamba de um veículo. Na placa da esquerda ê-se com todas as letras "Incinerador". Headdy destrói o compartimento e escapa junto com um punhado de marionetes que parecem formiguinhas, mas... e aquele boneco que parecia um palhacinho e que foi avaliado um pouco antes de Headdy? Ele foi reprovado e caiu pelo alçapão mas não estava dentre os bonecos que escapam com o herói...
Que sinistro... 

Música e Efeitos Sonoros


A trilha sonora do jogo é ótima e variada, com várias faixas diferentes. As músicas das fases são divertidas, com um tom alegre e circense, enquanto a música da fase bônus (uma espécie de jogo de basquete) é mais agitada e as músicas dos chefes de fase tem um tom mais dramático, mais profundo. 
Os efeitos sonoros também são muito bons e deixam a correria do jogo ainda mais animada, em especial os diferentes barulhos das cabeçadas de Headdy contra os vários objetos do cenário e inimigos.

Controles e Jogabilidade


Os controles são fáceis, descomplicados, e a jogabilidade é boa e responsiva, mesmo com um escorregão aqui e ali. O personagem principal é ágil e veloz, com saltos longos e mais precisos que a média. Seu único senão é que as vezes é preciso um pouco de cuidado e atenção para Headdy não aterrissar fora do ponto desejado ou algo parecido, por ele ser tão ágil. Nada que um pouco de treino e prática não resolva.

Dificuldade

"Dynamite Headdy" é um jogo com desafio na medida certa para ser divertido e não frustrante. As fases variam, algumas mais fáceis, outras (como a "Stair Wars") são mais difíceis, mas o aumento da curva de dificuldade é bem calculado. Os chefes são desafiantes, mas não são impeditivos- e isso vale mesmo para os mais enjoados, como a forma de bailarina do boneco d emadeira.
Um detalhe muito legal das fases são os vários segredos escondidos, os "Secret Points", que estimulam a experimentação e a exploração, fazendo você ter vontade de jogar a fase de novo para procurar por todos.
Os "Secret Points", aliás, são bem variados. Alguns são ganhos ao se derrotar algum inimigo específico, outros por se cumprir uma tarefa ou ainda por realizar algum determinado feito. Muito legal mesmo!
Outra das grandes atrações di jogo são as diferentes cabeças (quinze no total) que Headdy pode encontrar e usar. A maioria são armas, como uma cabeça em forma de martelo que golpeia muito forte ou uma com aspirador capaz de sugar itens e inimigos sem distinção. Existem umas poucas diferenciadas, como aquela necessária para acessar a fase bônus e uma para recuperar energia através de uma soneca. Cuidado que existe uma que só atrapalha, sendo enorme e pesada e limitando os movimentos do herói de brinquedo.
O jogo também conta com power ups espalhados pelas fases (jujubas para recuperar energia e miniaturas do Headdy para ganhar vidas extras) mas são bem poucos. Fique de olho por que as vezes eles podem passar batidos.
Enfim... "Dynamite Headdy" pode até te fazer xingar em alguns momentos, mas a vontade que se ten é de tentar de novo e não de jogar o controle contra a tela da TV.

Comentário Final


"Dynamite Headdy" é um jogo divertido e criativo de sobra para se destacar entre as dúzias de jogos plataforma de 16 bits. Sua combinação de um visual geral lúdico com alguns tons mais esquisitos e sombrios, aliado a fases de design competente e aos gráficos e jogabilidade de qualidade tornam o título ainda mais interessante e aprazível. 
Recomendado em especial para os fãs de jogos plataforma, mas com potencial para agradar todos os gamers.

NOTA: 8,5

P.S: Existem algumas diferenças estéticas entre a versão japonesa e a norte-americana, como por exemplo o gato (primeiro chefe do jogo) ser marrom na versão americana e azulado na versão japonesa. As duas versões do jogo estão disponíveis no pacotão Sega disponível na loja Steam.

25 de dez. de 2018

24 de dez. de 2018

Feliz Natal!/ Merry Christmas!


Nós aqui do OldSchool Digger desejamos um Feliz Natal para nossos amigos, leitores e para as 1166 pessoas da "Região Desconhecida" que acessaram nosso blog em 2018! Continuem jogando em 2019!

We from the OldSchool Digger wish a Merry Christmas to our friends, readers and to the 1166 people from "Unknow Region" that have accessed out blog in 2018! Keep playing in 2019!

21 de dez. de 2018

5 jogos oldschool para o Natal

HOHOHO! Feliz Natal...
- Mas ainda faltam uns 4 dias para o Natal...
Não se prenda a detalhes irrelevantes! O que importa é que nós do OldSchool Digger separamos cinco jogos antigos repletos de espírito natalino para você, gamer sem paciência para ouvir pela milésima vez a piada do "pavê ou pacumê" do seu tio chato e que não comprou uma roupa nova para desfilar pela sala de casa, poder se trancar no quarto sem deixar de curtir essa data tão festiva!

1- Daze Before Christmas (Mega Drive; SNES)



Um boneco de neve malévolo decidiu que esse ano ninguém vai ganhar presente nem comer arroz com passas e, para acabar com o Natal, sequestrou os duendes ajudantes do Papai Noel. Agora o bom velhinho deve usar seus poderes mágicos e bom coração para garantir que a noite feliz aconteça- ou nem tão bonzinho assim, caso beba uma xícara de chá com um pouco de cafeína a mais... Anti-Claus, o lado diabólico do Papai Noel, vai dar as caras e mostrar que não tem saco para presepadas- na verdade ele até tem, e ainda bate nos outros com ele!

"HOHOHO" é o cacete, bando de desgracentos!
2- Home Alone (Mega Drive)


Como todo filme bem-sucedido, a comédia estrelando o outrora-pirralho-simpático-agora-eterno-garoto-problema Macaulay Culkin não podia deixar de gerar um monte de jogos de qualidade questionável para faturar uns niqueis a mais em cima do grande sucesso do cinema. A versão do Mega Drive costuma ser apontada como a melhorzinha de todas (o que provavelmente não é lá grande mérito levando em consideração os outros títulos), onde Kevin deve proteger não só sua casa mas também as de seus vizinhos dos pilantras Harry e Marv- tendo a sua disposição até um menu para fazer as combinações de armadilhas diabólicas usando as tranqueiras comuns que recolhe pelo cenário.
Existe uma versão para NES também mas bem mais pobre e menos bem-quista.

3- Home Alone 2 (NES; Mega Drive; SNES; Game Boy, PC)


A malfadada sequência do primeiro jogo, inspirada no segundo filme da série, lançada para tudo que foi plataforma da época e não agradando em nenhuma. Em "Home Alone 2" mais uma vez você deve ajudar Kevin a sabotar os planos de Harry e Marv, agora também pelos corredores do hotel, onde aspiradores de pó descontrolados espreitam para pegar o garoto esquecido pela família.
Eu não lembro de ter essa cena no filme, mas também já assisti a muito tempo...

4- James Pond II: Codiname: Robocod (Mega Drive; SNES; Master System; Game Gear)


Após ser derrotado no primeiro jogo da série, o (quase) famigerado Dr. Maybe foge para o Pólo Norte e sequestra a oficina do Papai Noel, mantendo os trabalhadores como reféns. Agora, com a ajuda de um traje cibernético, o peixe agente secreto James Pond deve derrotar Dr. Maybe, recuperar todos os brinquedos roubados e salvar o Natal (não necessariamente nessa ordem).

5- Xmas Lemmings (PC)


Lançado em 1991, "Xmas Lemmings" foi uma prévia freeware para o lançamento de "Oh No! More Lemmings". O jogo tinha apenas quatro fases (duas  de "Oh No! More Lemmings" e duas originais), colocando os simpáticos roedores acéfalos para enfrentar a morte certa vestidos de Papai Noel e em cenários nevados embalados por música natalina. Posteriormente outros "Xmas Lemmings" foram lançados e acabaram reunidos em uma coletânea em 1995, intitulada "Holiday Lemmings".

É isso, pessoal. Provavelmente vou sumir pelos próximos dias e só voltar a postar depois do Natal, então aproveito para desejar antecipadamente Boas Festas, com muita paz, felicidade e todos os outros lugares comuns que todo mundo fala, para todos os nossos leitores e amigos. Não comam rabanada demais para não terem dor de barriga e não fiquem rindo da sua tia solteirona de porre da cidra Cereser dando vexame, porque isso é feio. Até!

19 de dez. de 2018

Altered Beast- Master System


De bem parecida com o que aconteceu com "Golden Axe", "Altered Beast" foi  outro clássico dos arcades e do Mega Drive cuja adaptação para o Master System sofreu com as limitações do sistema, tendo os cortes e sacrifícios feitos para fazer o port rodar em um console de 8 bits comprometido seriamente a qualidade e a diversão do jogo.

História e Roteiro


Não há muito de diferente a se falar aqui, exceto que o enredo é o exatamente o mesmo das outras versões: Neff, o senhor do mundo subterrâneo dos mortos, sequestra Atena, filho de Zeus, e agora o maior dos deuses traz de volta a vida um bravo centurião romano, morto em batalha um século atrás, para resgatar sua filha das garras de Neff,
Enquanto isso, Zeus provavelmente continuará com a bunda sentada em seu trono no Olimpo, enchendo a pança de ambrosia servida por Ganimedes.

Gráficos


É visível que os gráficos foram um dos aspectos onde mais se investiu na adaptação,  tentando manter os sprites dos personagens e os cenários o mais próximo possível dos originais, mas com resultados bastante insatisfatórios.
A primeira fase, o cemitério, é até passável, mas já sofre com a flagrante perda de detalhes dos cenários, com a palheta de cores esquisita e limitada e com a piora no traço tanto dos personagens quanto dos cenários, mas a partir da 2o fase, a floresta pantanosa, é que fica inegável o quanto os gráficos dessa versão são uma pálida e mortiça cópia daqueles do arcade ou do Mega Drive- essa fase, inclusive, é de doer os olhos!
Os sprites dos personagens são grandes mas essa é a melhor coisa que se pode dizer deles... são pessimamente animados e quando se destrói um inimigo, o sprite dele literalmente quebra em pedaços, que mais parecem os fragmentos de uma figura de papel cortadas por um aluno de pré- escola pouco habilidoso.
A transformação do centurião nas formas animais é, sem dúvida, o ponto alto dos gráficos, com cut scenes vistosas e bem feitas.

Música e Efeitos Sonoros


As músicas até que não sofreram tanto em sua formatação em sua adaptação para os 8 bits. Obviamente não tem a mesma qualidade das originais, mas são perfeitamente escutáveis.
O mesmo não pode ser dito dos efeitos sonoros, que são bem fracos e algumas vezes até sofrem um atraso, um delay, em relação a ação na tela, por exemplo na transformação ou a risada de Neff ao ser derrotado ao fim de cada fase.

Controles e Jogabilidade

Esse foi o aspecto mais sacrificado no jogo, sem dúvida alguma. Tanto os controles quanto a jogabilidade são sofríveis! Tudo é lento... a tela se move como se estivesse em câmera lenta... o mesmo vale para os inimigos e para o centurião em especial! 
A resposta aos comandos é ruim, lenta e errática, e é muito difícil retomar o controle depois de ser golpeado.
Resumindo... controles e jogabilidade péssimos! Outro ponto que atrapalha bastante é que para saltar deve-se apertar o botão 1 e o botão 2 simultaneamente, devido ao fato do controle do Master só ter dois botões, o que deixa tudo mais complicado, em especial quando se trata de lidar com inimigos voadores, como aquelas pragas de imps amarelos!

Dificuldade



Essa versão de "Altered Beast" é bastante difícil, em especial devido a horrível jogabilidade e controles o deixarem quase injogável! Jogar "Altered Beast" no Master System é uma experiência frustrante em grande parte porque seu maior desafio é lidar com controles que parecem quebrados de tão pouco responsivos! Passar da primeira fase já é um feito digno de nota. Chegar na terceira ou quarta é uma verdadeira proeza!

Considerações Finais


A versão para o Master System de "Altered Beast" é um péssimo port, quase injogável e nada divertido. A única razão que pode levar alguém  jogar esse jogo é curiosidade (mórbida?), e nada além disso.
Exceto, talvez, masoquismo...

NOTA: 2,0

12 de dez. de 2018

Bank Panic


Volta e meia se esbarra com um jogo que não prometia nada e acaba surpreendendo. Lançado para o público europeu do Master System em 1987 pela Sega, "Bank Panic" é um desses casos, com uma premissa pouco empolgante ou animadora, mas acaba divertindo mais do que se podia esperar.

História e Roteiro


Enredo simples para um jogo simples: É um típico dia em um típico banco do velho oeste norte- americano. Clientes vem depositar seu dinheiro. Bandidos tentam assaltá-lo. Bombas são plantadas em suas portas. 
O xerife da cidade, um típico cowboy honrado e corajoso de chapéu dourado, deve proteger o banco até o fim do expediente, quando toda a população da cidade se reúne em frente ao banco para comemorar tal acontecimento sacudindo os braços aleatoriamente.
Com certeza uma cena bem comum por aquelas bandas.

Gráficos


Os gráficos são bem legais. O cenário é simples e sempre o mesmo, mas os sprites dos personagens são grandes. bem desenhados e divertidos, com um traço cartunesco e bem-humorado e um visual que lembra tanto filmes de bang bang antigos quanto desenhos animados ou quadrinhos ambientados no velho oeste.

Música e Efeitos Sonoros


O jogo tem poucas músicas, e de qualidade mediana. A música que toca em todos os rounds lembra algo tocado no piano de um saloon, mas rapidamente se torna repetitiva.
Os efeitos sonoros são um pouco acima da média, merecendo destaque o som das armas atirando, bem razoável para um jogo de 8 bits.

Controles e Jogabilidade

O jogo inteiro se passa dentro de banco do velho oeste americano, o qual é um edifício aparentemente circular com doze portas e aparentemente apenas um ou dois caixas para atender os clientes- uma representação bastante fiel de como eram os bancos dali naquela época, acredito eu... pelo menos a parte de ter poucos caixas atendendo é perfeitamente realista até os dias de hoje!
Para circular pelo banco usa-se os direcionais para esquerda ou direita, sempre tendo três portas numeradas a sua frente. Para atirar usa-se três botões: o direcional para cima atira na porta da esquerda e os botões 1 e 2 nas portas da direita e do centro, respectivamente.
Demora-se um pouco para pegar o jeito, volta e meia se atirando na porta errada ou acertando um cliente por engano ( que reage furiosa e comicamente, gesticulando freneticamente todo chamuscado) e a única forma de evitar isso é treinar até pegar o jeito e reagir automaticamente. 
Pelo menos os comandos respondem com perfeição, o que facilita o trabalho.

Dificuldade


Não é nada difícil aprender a jogar "Bank Panic", mas para dominar o jogo é preciso bastante treino, até porque em cada nova fase a dificuldade aumenta consideravelmente, com as portas abrindo mais rápido e mais bandidos aparecendo.
Preste atenção em umas barras que parecem acima do número de cada porta. Elas mostram quando tem alguém em frente a porta, prestes a abri-la.
Quando uma porta se abre, pode aparecer qualquer uma das seguintes possibilidades:

A) Cliente: Pode ser um homem ou uma mulher. Eles depositam um saco de dinheiro e vão embora. é preciso recolher pelo menos um saco de grana em cada uma das doze portas antes de passar para o round seguinte.
E tome cuidado para nunca atirar equivocadamente em um cliente! Você perderá uma vida!
Mas até que é engraçado...
B) Cliente amarrado: Atire na corda e ele depositará três sacos de dinheiro. Demore e um bandido aparecerá.
C) Cliente rendido: Quando o cliente estiver com cara de assustado e as mãos para o alto, aguarde. Logo um bandido tomará seu lugar.
D) Garoto do Chapéu: Um fã mirim do cowboy herói do jogo, que carrega uma pilha de três ou mais chapéus para o herói demostrar seu talento no gatilho acertando-os no tempo certo. Faça isso e ganhe ou um saco de dinheiro ou tempo extra.
E) Bandidos mascarados: Eles querem roubar o banco e não vão hesitar em atirar no bravo xerife. Se você atirar neles antes deles sacarem a arma, será considerado "unfair" (injusto) e você ganhará apenas 100 pontos. Deixe o gatuno sacar a arma e assim ganhe uma pontuação bem maior.
ATENÇÃO! O bandido de botas brancas é o chefe do bando e precisa de DOIS tiros para ser eliminado.

Lembre-se! Pontos são importantes porque são a única forma de ganhar vidas nesse jogo.

Um outro detalhe importante é que volta e meia aparecerá uma bomba presa à alguma das portas. Se você não atirar nela, ela explodirá e perde-se uma vida. Pode parecer esquisito atirar em uma bomba para evitar que ela exploda, mas como é um jogo de faroeste, parto do pressuposto que o cowboy de branco atirou no pavio e o apagou.
O grande problema do jogo não é sua dificuldade e sim ser absurdamente repetitivo. Todas as fases são absolutamente a mesma coisa! Lá pelo Round 8 ou 9, já se está farto de tudo isso.

Comentário Final


"Bank Panic" é um joguinho casual legal, que diverte por um tempo até se tornar enjoativo devido a mesmice e repetitividade de suas fases. É o tipo de jogo para se jogar de vez em quando, sem compromisso.

NOTA: 5,5

10 de dez. de 2018

Serviço de Utilidade Pública OSD: Qual letra é qual arma em "Transbot"



Os power-ups nesse shooter da Sega são conseguidos ao se apanhar letras voadoras, liberadas ao se destruir um cargueiro terrestre. As ditas letras vão de A até G. Abaixo segue a lista do efeito que cada letra ocasiona no caça espacial CA-214:

A- DEFAULT WEAPON: Forma padrão do CA-214. Caso você esteja com outro armamento ou na forma de robô, apanhar o "A" retornará a forma original.
B- RING LASER:  Mantêm a forma de caça, com tiros bem mais rápidos.
C- WIDE LASER: Alterna para a forma de robô, disparando um laser de ampla extensão mas não muito rápido
D- TORPEDO: Mantém a forma de caça, com o tiro mais poderosos do jogo,mas lento.
E- TRIPLE SHOT: Alterna para a forma de robô. Atira em três direções diferentes (diagonal superior, centro e diagonal inferior), mas o alcance é curto.
F- FRONT N BACK SHOT: Alterna para a forma de robô. Atira para frente e para trás simultaneamente. 
D- AMMUNITION: Recarrega a munição ao máximo. Não tem nenhum efeito sobre a forma padrão.

Por hoje é só isso mesmo, pessoal. O recorde mundial em "Transbot" é de Jon A. Rivera, com 502,040 pontos. Caso alguém queira tentar quebrar recorde, o guia acima vai ser útil. Só não sei como fazer alguém manter o interesse em jogar esse jogo o suficiente para conseguir isso. 
Eu, francamente, estou fora.

9 de dez. de 2018

Transbot/ Astro Flash/ Nuclear Creature


Quando algo faz sucesso, não tardam a aparecer clones e cópias tentando caçar uns niqueis graças ao sucesso alheio. Algumas dessas cópias tem suas qualidades e até conseguem algum reconhecimento por seus próprios méritos, enquanto outras são simplesmente sofríveis.
Lançado pela Sega em 1985 no Japão como "Astro Flash", e no ano seguinte como "Transbot" nos EUA, foi uma tentativa de pegar carona no sucesso de "Transformers" e se encaixa nessa segunda categoria.

História e Roteiro


A história do jogo até que não é tão má assim: No ano 2000, a guerra nuclear terminou a pouco tempo e agora a humanidade tenta reerguer a civilização e recuperar tudo o que foi perdido no conflito.
Ao sair dos abrigos nucleares subterrâneos e iniciar o longo caminho da restauração, os sobreviventes descobrem da pior forma possível que estão sob uma grave ameaça, a qual vem na forma de DALAUS, um super computador com inteligência artificial a altura, também sobreviveu ao conflito e agora está decidido a criar seu próprio império, e, para tal, planeja eliminar de vez a raça humana.
Todas as esperanças da humanidade recaem agora sob um único piloto, o qual, a bordo da nave CA-214, capaz de alternar sua forma entre caça e robô, deve destruir DALAUS e suas forças.
O roteiro até tinha potencial para gerar um jogo legal, mas, infelizmente, não foi o que aconteceu.

Gráficos


Os gráficos são bem fracos. Os cenários são mortos, sem graça e os inimigos são em pouca variedade e com um design medíocre, sendo os chefes de fase apenas ligeiramente melhores. Sua nave é feia, com um escolhe de cores horrenda e mal animada, com movimentos duros. Tanto a forma de caça quanto a de robô voam com a graça e desenvoltura de uma tábua.
Tudo o que se refere a parte gráfica de "Transbot" é bem sem vida, a tela inicial inclusive.

Música e Efeitos Sonoros

Tanto a música da tela de abertura quanto as únicas duas músicas de fase (uma para a superfície, a outra para o subterrâneo) até que não ruins, mesmo sendo genéricas e repetitivas. Quanto aos efeitos sonoros, são indiscutivelmente medíocres.

Controles e Jogabilidade

Os controles respondem bem, mas a nave em si é lenta e a jogabilidade tem algumas coisas esquisitas, como ser muito mais lento se deslocar na vertical do que na horizontal, que atrapalham na hora de jogar.

Dificuldade


O jogo é difícil, com inimigos rodopiando e atirando de todos os lados enquanto você tenta irar sua nave (que não é nenhum prodígio de velocidade) do caminho.
A única forma de se conseguir power-ups é destruindo um veículo de carga terrestre, que aparece de tanto em tanto, e apanhar a esfera que é liberada. O jogador então tem que ser rápido para escolher uma letra de A até G, cada uma modificando a resistência, o tipo de tiro e, por vezes, também sua forma, podendo assumir a aparência de um robô que mais parece brinquedo chinês vendido em camelô. Esse, teoricamente, seria o grande atrativo do jogo, mas francamente... não é grande coisa.
"Transbot" também  é daqueles jogos que não tem final, o que diminui ainda mais o interesse em jogá-lo, caindo em looping após a 2o fase.
Sim... exatamente isso... "Transbot" só tem duas fases repetidas indefinidamente. Empolgante, não?

Comentário Final
Capa da versão norte-americana do jogo
"Transbot" é um jogo fraco, um shooter medíocre cujo único trunfo, a possibilidade de alterar a forma da nave, não consegue impedir o jogo de ser bastante genérico.
Mesmo para os aficcionados por SHMUPs, "Transbot" é pouco mais que uma curiosidade, sem nenhum atrativo em especial.

NOTA: 3,0

P.S: No Brasil "Transbot" foi rebatizado como "Nuclear Creature" quando lançado pela Tectoy. Abaixo a capa da versão brasileira do jogo:


8 de dez. de 2018

10 jogos oldschool impróprios para menores

ATENÇÃO! ESSA POSTAGEM NÃO É RECOMENDÁVEL PARA MENORES DE 18 ANOS  OU MORALISTAS HIPÓCRITAS. CASO SEJA ESSE SEU CASO, POR FAVOR NÃO PROSSIGA A LEITURA DO PRESENTE TEXTO.

A quantidade gêneros e estilos de jogos de videogame é enorme e, como em toda mídia bem sucedida, não podia deixar de haver aqueles que escolhem direcionar seus produtos para um ramo mais... "adulto"...- se bem que, na maioria dos casos, parece que o termo  "adolescente" se encaixa melhor do que qualquer outro...
E isso não é de hoje, acredite! Nós do OSD separamos 10 jogos antigos que a galera do grupo jovem da igreja pode até jogar escondido, mas não admitiria em voz alta.

1- Leisure Suit Larry in the Land of Louge Lizards (PC)


Provavelmente o mais pop dos games "salientes", "Leisure Suit Larry in the Land of Louge Lizards" é um adventure game  lançado pela Sierra On-Line originalmente de 1987 e que gerou uma franquia de sucesso, com várias sequências e remakes. O jogo segue as aventuras (e desventuras) de Larry Laffer, um virgem de 38 anos que mora com a mãe,  em sua viagem à fabulosa cidade de Lost Wages (uma paródia de Las Vegas) em sua busca pela "primeira vez" e pela mulher de seus sonhos (não necessariamente nessa ordem).
"Leisure Suit Larry in the Land of Louge Lizards" mistura piadas infames, humor de filme de comédia dos anos 80 e um protagonista no melhor estilo "fracassado simpático" que garante umas risadas, além de ter gráficos bem legais para sua época. O jogo ganhou um remake em 1991 e outro em 2013, em estilo point-and-click com gráficos atualizados mas com a mesma comicidade rasteira de sempre.

2- Bubble Bath Babes (NES)


No início dos anos 90, a desconhecida Panesian lançou para o NES três jogos de teor erótico, voltados para o público adulto. Obviamente nenhum deles era licenciado e sequer estavam a venda nas lojas que tradicionalmente vendiam jogos de videogame! O mais conhecido dos três é um puzzle estilo "junte 3 iguais" onde, além da moça nua de renderização de qualidade burocrática, ainda podia se ter acesso a mais nudez de 8 bits dependendo da sua performance no jogo.
Uma curiosidade é que esse jogo ganhou um remake voltado para todos os públicos, substituindo as moças nuas por sereias parcamente vestidas, "Mermaids of Atlantis- The Riddle of the Magic Bubble", também não licenciado.

3- Peek-a-Boo Poker (NES)


Mais um dos títulos lançados pela Panesian para o Nintendinho, como o nome já indica "Peek-a-Boo Poker" é um jogo de strip pôquer. Sem mais.

4- Hot Slots (NES)


O último título lançado pela infame Panesian, "Hot Slots" é um simples jogo de caça-niqueis, mas com o mesmo fator de recompensar o jogador com sensuais cenas de 8 bits dos outros dois games da empresa- E assim como os os outros dois, "Hot Slots" também é um cartucho bem raro atualmente e, mesmo todos sendo considerados jogos de qualidade inferior, valem uma boa grana!

5- X-Man (Atari 2600)


Comumente (e erroneamente) chamado de "Sexo-Man" aqui no Brasil, "X-Man" é um jogo de Atari 2600 onde um protagonista bem "empolgado" tenta achar seu caminho por um labirinto repleto de tesouras, caranguejos e dentaduras mecânicas até a entrada de um quarto, onde uma moça o aguarda para ajudá-lo a marcar pontos de uma forma bem... íntima. 
Sim, o jogo não fazia o menor sentido, mas quem o comprava certamente não tinha isso como prioridade.

6- Gigolo (Atari 2600)


Um jogo de Atari onde, sem brincadeira nenhuma, você controla uma prostituta que percorre as ruas de uma cidade para atender clientes em suas casas enquanto foge da polícia e depois entrega o dinheiro para seu cafetão. 
Francamente não sei dizer se isso é um jogo ou um trabalho sociológico sobre prostituição...

7- Softporn Adventure (PC)


Embora hoje quase desconhecidos das gerações mais novas, text-based games/ jogos-texto já foram bastante populares entre os gamers, o gênero contando com jogos de todo tipo, como terror, aventura, fantasia e... erótico... 
Lançado em 1981, "Softporn Adventure" é um dos que mais se destacaram nesse... sub-gênero... e inclusive foi uma das inspirações para o jogo " "Leisure Suit Larry in the Land of Louge Lizards" . O jogo mostra as peripécias de um sujeito festeiro amargando um maré de azar e tentando dar a volta por cima.
Uma curiosidade é que o programador do jogo, Chuck Benton, afirmou que alguns pedaços da história do jogo foram baseados em fatos reais de sua própria vida, mas não especificou quais seriam esses pedaços.
Como dizia aquele programa... acredite se quiser...

8- Knights of Xentar (PC)


Único jogo da série japonesa de RPGs "eroge" "Dragon Knight" a chegar no ocidente, "Knights of Xentar" era originalmente o terceiro jogo da franquia, a qual mistura a mecênica dos RPGs da época e um cenário de fantasia medieval com nudez e situações mais apimentadas. Lançado originalmente em 1992, só chegou nesse lado do planeta três anos depois, em 1995.

9-Leather Goddesses of Phobos (PC)


O jogo começou como uma piada do pessoal da Infocom em uma reunião, depois virou um título de trabalho bem humorado usado em qualquer jogo em desenvolvimento, e por fim tornou-se um text-based game que parodia os filmes e livros de ficção científica dos anos 40 e 50 com bastante humor e alguns momentos mais sexy, onde as "Leather Godsses" do título finalmente terminam seus planos de invasão e conquista da Terra, visando transformar o planeta em seu reduto de prazer particular, e para isso sequestram um terráqueo para servir de cobaia para a técnica que escravizaria a humanidade, sobrando à suposta cobaia acabar com o plano das dominatrix espaciais e salvar a humanidade.
O jogo gerou uma sequência, "Leather Goddesses of Phobos 2: Gas Pump Girls Meet the Pulsation Inconvenience from Planet X",uma aventura gráfica, e também foi citado no filme "Perdido em Marte", como um dos jogos que o protagonista acha no laptop da astronauta nerd Beth Johanssen, junto com "Zork II".



10- Cobra Mission: Panic in Cobra City (PC)


Um jogo point-and-click japonês de 1991, lançado no ano seguinte nos EUA, onde um detetive deve descobrir porque as mulheres da cidade de Cobra City vem desaparecendo. O jogo tem várias cenas de sexo, algumas interativas, onde o jogador seleciona as opções a serem usadas ( mãos, lábios, etc) para tentar fazer aumentar o medidor de prazer das moças- se falhar, ela se aborrece e vai embora.
Sim, é sério.

E a lista chega ao fim. Sempre vale a pena lembrar esses jogos não são destinados a quem ainda não completou 18 anos nem são um bom assunto para conversar no almoço de família do domingo, certo?