3 de dez. de 2018

Divagações Old School: É "Captain Commando" o futuro do mundo de "Street Fighter" e "Final Fight"?


O excelente lançamento da Capcom que trouxe um punhado de beat'em ups de qualidade para a Steam acabou reacendendo uma velha dúvida em mim... Seria o ano de 2026 de "Captain Commando" o futuro do mundo apresentado em "Final Fight" e "Street Fighter"?
Bom... muita coisa parece indicar que sim... o nome da cidade de "Captain Commando" é o mesmo da cidade do prefeito Mike Haggar, Metro City. A cidade onde os quatro comandos perambulam seria a Metro City algumas décadas depois de Mike Haggar mostrar que não é preciso usar camisa para ser um bom prefeito.
A ligação com "Street Fighter" é um pouco mais indireta... Ginzu, o ninja commando, é treinado no estilo Bushinryu de  Ninjutsu, o mesmo do ninja de roupas laranja Guy ( uma escolha nada discreta para um assassino das sombras, diga-se de passagem), parceiro de treino de do encrenqueiro Cody.
"Final Fight" foi o primeiro jogo que Guy apareceu, mas depois foi incluído na série de luta um-contra-um "Street Fighter", estreando em "Street Fighter Alpha". 
Ora... como Ginzu e Guy são do mesmo clã ninja e lutadores do mesmo estilo (apenas separados por um período de tempo) e Guy é parte da série "Street Fighter", então Ginzu (e todo o resto) também fazem parte do multiverso "Street Fighter". Outra prova da ligação entre "Street Fighter"-"Final Fight" é que Chun Li faz uma ponta em "Final Fight 2", comendo lámen em uma barrraquinha ao fundo de uma das fases.
Parece tudo encaixado, certo? Mas aí vem o salmão da dúvida... nos arquivos da Shadaloo sobre Yuta Homura, um dos ninjas da vila Glade of Ninjas  e amigo da Ibuki de "Street Fighter III: New Generation", diz que ele é capaz de zerar o arcade "Captain Commando" usando Mack the Knife, o Mummy Commando, com apenas uma moeda.
Pronto... zoou a hipótese toda... depois dessa vejo três hipóteses:

1) Erro ou esquecimento dos desenvolvedores de "Street Fighter III" que acabou passando batido pelo pessoal da Capcom- o que, se for o caso, acho que deveria ser alterado e modificado nas versões do jogo lançadas para consoles domésticos.

2) Uma piada (interna?) ou uma referência- gracejo para os fãs de "Captain Commando", devendo ser encarada como uma brincadeira, não sendo uma informação canônica para ser tomada em consideração séria- o que, se for o caso, acho uma péssima decisão ou atitude, já que acaba embolando a mitologia da série- algo a ser evitado em QUALQUER franquia (exceto "The Legend of Zelda", obviamente, porque aí a bagunça faz parte e tentar montar o quebra-cabeça é um dos charmes da série).

3) "Captain Commando" de fato existe dentro do multi-verso "Street Fighter" mas como um "jogo dentro do jogo", um jogo de arcade mesmo, encontrado em fliperamas frequentados pelo Yuta Homura e o uso do estilo Bushinryu no "jogo dentro do jogo" deve-se a fama que Guy criou após ajudar a resgatar Jessica e derrotar a Mad Gear em Metro City uns anos antes .
"Final Fight" foi lançado em 1989, sendo esse aparentemente o "ano" no tempo do jogo, e o arcade "Captain Commando" foi lançado em 1991 (apesar de sua história ser passada em 2026), tendo o estilo Bushinryu sido utilizado pelos criadores do "jogo dentro do jogo" "Captain Commando" como forma de homenagear Guy, ou usar isso como propaganda do jogo- o que, se for o caso, achei um desperdício do cenário de "Captain Comamando" dentro do multiverso "Street Fighter", pois é uma opção bem menos divertida, bem menos legal, do que a hipótese "mundo do futuro".

Se a terceira hipótese for de fato a correta, a única explicação racional que encontro é que talvez os desenvolvedores tenham achado que "Captain Commando" podia engessar o desenvolvimento das franquias, pois o futuro do multiverso "Street Fighter/ Final Fight" já seria conhecido, mas, colocando-o como um jogo de arcade, um "jogo dentro do jogo", permitiria-se criar novos jogos ambientados no futuro das duas franquias, sem causar conflito ou contradição com o mostrado em "Captain Commando".
Mercadologicamente falando, faz sentido. É uma razão compreensível, admito, mas, particularmente, continuo preferindo que a opção "Mundo do futuro" fosse a oficial. Ficava muito mais irado ir construindo essas pontes e fazendo as ligações.

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