10 de out. de 2019

10 jogos de NES não-licenciados que são legais

Em geral jogos não licenciados eram marcados por sua péssima qualidade, amadorismo, falhas grosseiras na jogabilidade, bugs e glitchs na programação. Sua má qualidade fez com que seu principal legado fosse sua utilização fosse como matéria-prima básica para shows como "Angry Video Game Nerd", onde todos os aspectos de sua ruindade eram expostos e execrados de forma cômica. O infame "Action 42" provavelmente é o tour de force dessa categoria de jogos, mas, acredite... nem todos os jogos não licenciados de NES eram ruins.
Hoje o OSD traz para você uma lista com dez jogos de Nintendo não-licenciados que podem realmente te divertir, ou pelo menos não fazer você ter voltade de jogar o cartucho contra a parede e depois tocar fogo nos fragmentos. Já vou deixando avisado que quase toda a lista é de jogos da Tengen ou da Camerica/Codemasters, com uma ou outra exceção perdida no meio...
ATENÇÃO! Não vamos incluir na lista jogos que posteriormente receberam lançamento oficial, como o "Tetris" e o "Gauntlet" da Tengen (mesmo o "Tetris" da Tengen sendo melhor que aquele outro que foi oficialmente lançado).

1- Rolling Thunder



Provavelmente um dos melhores jogos não licenciados que já joguei, "Rolling Thunder" originalmente era um bom jogo de arcade que recebeu um port não oficial para NES pela Tengen. O jogo é sobre a busca de um agente secreto por sua parceira sequestrada em um jogo de plataforma de ação bem legal, com um dos grupos de vilões mais legais que já vi, os "Maskers", que parecem saídos de alguma novela de detetive pulp
"Rolling Thunder" tem gráficos dentro do padrão de outros jogos de NES da época- não fica nada a dever para "Code Name: Viper", por exemplo, e achei um pouco melhor do que "8 Eyes"! Música, jogabilidade... tudo OK. E ainda tem o destaque das cutscenes passadas entre as fases, mostrando os suplícios da parceira do herói, com gráficos de qualidade bem acima da média. Realmente "Rolling Thunder" foge do estereótipo dos jogos não licenciados, e com louvor!

Uma das cutscenes do jogo
2- The Fantastic Adventures of Dizzy


Lançado para o NES pela Camerica/ Codemasters, esse é o jogo que partilha o primeiro lugar do pódio com "Rolling Thunder". "The Fantastic Adventures of Dizzy" não é só um bom jogo não licenciado, é um dos melhores adventures que já joguei, caprichado em todos os aspectos e bem desafiador, e parte de uma franquia que se tornou clássica e arregimentou uma legião de fãs.
Em "Fantastic Adventures of Dizzy", o herói-ovo Dizzy deve salvar seus parentes, os Yolkfolks, enfeitiçados pelo maligno feiticeiro Zaks e resgatar sua namorada, Daisy, sequestrada pelo supracitado feiticeiro.
O jogo não é fácil, mas vale a pena. Aliás, mesmo não sendo licenciado ganhou o prêmio "NES Adventure Game of the Year 1991" pela revista Game Players Magazine. Dá para ver que o que temos aqui não é nada do nível de "Action 42", não?

3- Treasure Island Dizzy


Outro adventure do herói estilo Humpy-Dumpt lançada não oficialmente para o NES pela Camerica/ Codemasters. É parte da compilação "Quattro Adventure", cujos outros três títulos também são legais (quer dizzer... "Boomerang Kid" nem tanto).
Nesse jogo Dizzy acaba preso em uma ilha e deve arrumar um jeito de sair de lá. Não é tão bom quanto "The Fantastic Adventures" of Dizzy, masp9, ainda assim,  é uma boa pedida para quem curte adventures.

4- The Adventures of Captan Comic


Provavelmente o melhor jogo lançado pela Color Dreams (tudo bem que isso não quer dizer muita coisa) para NES, "The Adventures of Captain Comic" é um jogo que costuma ser injustamente execrado e massacrado pela maioria dos jogadores. É fato que não é nem de longe o melhor jogo que você jogar´na vida, mas para quem resolve dar uma chance "The Adventures of Captain Comic" se revela um jogo de aventura plataforma razoável e não linear, com bastante exploração e muitos itens a serem achados ou recuperados. E não se deve deixar de levar em consideração que o jogo originalmente foi inteiramente programado por uma única pessoa para computador!
A história é bem típica da época... o aventureiro espacial Captain Comic está em uma missão no planeta Tambi, onde deve achar três tesouros perdidos e assim evitar uma crise cósmica que pode levar a uma guerra interesterlar. Francamente... já vi roteiros piores em jogos oficiais... Gráficos, música e jogabilidade são passáveis, nada extraordinário mas também não são o lixo cósmico que muitos afirmam ser.
Ah... e a arte da capa do jogo é muito legal! Aliás, muitos jogos da Color Dreams tinham capas bonitas, o que em geral era o melhor que o jogo tinha a oferecer...

5-  Skull & Crossbones


Um jogo de piratas lançado pela Tengen, onde um dupla de cães do mar (o jogo permite player 2) parte em uma aventura para salvar uma princesa levada por um feiticeiro maligno.
"Mas... piratas? Isso não faz sentido!"
Ah, sim... e encanadores salvarem uma princesa de uma mistura de dragão, tartaruga e dinossauro faz bastante sentido, certo?
Enfim... "Skull & Crossbones" é aquele típico plataforma bem "mais-ou-menos", recomendado em especial para os fãs do gênero.
Ainda assim... é melhor que vários títulos lançados com o selo de qualidade Nintendo, como "Dr. Jekyll and Mr. Hyde" ou "Back to the Future".

6- Micro Machines


Um joguinho de corrida lançado pela Camerica/Codemasters onde se controla veículos de brinquedo/ miniaturizados variados (carros, lanchas, etc) em cenários diferenciados (uma mesa de bilhar, uma mesa de café da manhã e até uma casa da árvore). O jogo não é grande coisa em termos de gráficos mas a jogabilidade é OK e é divertido e diferente.

7- Bee-52


Um jogo de navezinha que no lugar da navezinha tem abelhas lançado pela Camerica/ Codemasters! "Bee-52" é um SHMUP criativo (e a criatividade começa já no título, com o trocadilho com o bombardeiro da 2o Guerra Mundial B-52) e bonito, onde a abelha Bee-52 deve coletar sua cota de mel das flores em cada estágio, enquanto enfrenta os vários perigos que o mundo dos insetos oferece, como aranhas e correlatos.
O jogo é bonito, a trilha sonora pe legal e dá para dois jogadores (com a abelha B-53), sendo seu maior defeito se tornar meio repetitivo com o tempo. Se você gosta de SHMUPs, dê uma chance.

8- Vindicators


Outro porte de arcade não licenciado lançado pela Tengen para o NES, dessa vez um run and gun onde um ou dois jogadores controlam tanques por um cenário futurista atirando em tudo que e mexe no ano de 2525 para salvar a Terra de uma invasão alienígena. 
A diferença de qualidade entre a versão arcade e a de NES é visível, sendo os gráficos do nintendinho bem fracos, mas independente disso pode divertir os fãs do gênero- em especial quando jogado em dupla.

9- Super Robin Hood


Um plataforma legal lançado pela Camerica/Codemasters como um dos quatro jogos do "Quattro Adventure". Os gráficos são razoáveis e todo o resto também. Não vai ser o mais marcante jogo plataforma de aventura que você já jogou mas invadir o castelo de Nottingham para salvar lady Marian vai te divertir por um tempinho.

10-The Ultimate Stuntman


Um jogo de ação lançado pela Camerica/Codemasters com altos e baixos. O jogo tem boa variedade de estilos, com fases estilo plataforma, outras onde se dirige carros ou outros veículos enquanto controla o mercenário contratado para resgatar Jenny Aykroyd das garras do Dr. Evil (mas que nome criativo). O jogo merecia um polimento melhor em todos os aspectos, desde gráficos até jogabilidade (exceto a música, que é muito legal), mas para mim, no fim das contas os prós pesam mais na balança que os contras.

E fechamos por hoje, Ainda tem mais alguns joguinhos não licenciados de NES, como o puzzle "Krazy Kreatures" da American Video Entertainment, que poderiam estar aqui, mas aí iria ultrapassar os dez títulos estipulados. Se gostarem do post eu faço uma continuação com mais alguns games que não receberam o selo de qualidade da Nintendo, mas até poderiam.

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