31 de jul. de 2018

10 jogos oldschool com protagonistas robôs

Videogames são um dos ícones do mundo tecnológico contemporâneo e sempre foram um dos símbolos do que tem de mais moderno para diversão e entretenimento. Não é de se espantar então que uma parceira entre videogames e uma das figuras mais emblemáticas da ficção científica, os robôs, surgisse e rendesse frutos- inevitavelmente com alguns frutos podres no cesto, não dá para negar... 
Robôs e androides foram inimigos, coadjuvantes e até meros figurantes, mas não poucas vezes roubaram para si as luzes do holofote e protagonizaram seus próprios títulos, provando que para se ter um coração de herói por vezes não é preciso nem mesmo ter um coração! Nós do OSD separamos dez jogos assim, com os robôs no papel principal e mostrando que fazem jus ao óleo lubrificante que gastam nas juntas!
Só uma última observação! Essa lista é dedicada ao robôs tradicionais, 100% máquinas e com uma programação que lhe permite funcionar sozinho e até tomar decisões, mesmo que de forma limitada. Não entra na lista nem mechas, armaduras robóticas controladas por um ser humano em seu interior (daí nem "Cybernator" do SNES nem "Macross" do NES entram, por exemplo) nem ciborgues, seres híbridos entre máquina e orgânico, parte robô, parte humano ou animal (Daí não entra "Cyborg Justice" do Mega Drive nem "Robocop" do NES, por exemplo). Em alguma lista futura, ciborgues e mechas terão sua vez.

1- Mega Man (NES)


Com certeza o mais famoso robô do mundo dos games- e muito merecidamente! Os jogos do Blue Bomber, famosos tanto pela qualidade quanto pela dificuldade, começaram como as aventuras de um garoto robô e seus amigos contra um cientista maluco, depois ganhando um tom mais maduro, até mesmo levemente trágico, na série "X" e posteriormente mudando completamente de estilo na série "Legends", tornando-se um adventure com boa dose de exploração, e um grande mistério a respeito da origem do Mega Man, no lugar de um jogo plataforma.
No primeiro jogo da franquia Mega Man, fruto da genialidade do bondoso cientista doutor Light, deve evitar que um cientista rival, o doutor Willy, e seu exército de robôs modificados conquistem o planeta. Muitos dos elementos marcantes da série "Mega Man", como ele ser capaz de absorver as habilidades de ataque dos robôs derrotados, já estão presentes aqui. Sem dúvida é um dos maiores clássicos do NES e ajudou a definir o estilo dos jogos plataforma.

2- B.O.B (SNES, Mega Drive)


Geramente é apontados nos robôs sua eficácia e precisão em cumprir suas tarefas e sua quase infalibilidade. No caso do robozinho dourado B.O.B, o "quase" merece ser realçado... após bater com o espaçocarro de seu pai ao ir buscar sua namorada para um encontro, o não-tão-perfeito-assim robô acaba preso em um asteroide hostil onde deve conseguir as peças necessárias para consertar seu veículo da forma mais sensata possível: atirando feito louco com a arma acoplada em um de seus braços.
"B.O.B" é um daqueles jogos que tem "Anos 90" estampados em letras garrafais de cores berrantes... o tipo de arte, o tipo de humor, a história... tudo ali é típico dos anos 90. Deliciosamente anos 90!

3- Alien Storm (Mega Drive, Arcade)


Juntamente com um agente armado com uma arma de raios e uma agente portando um lança-chamas, o androide Scooter (ou Slammer, como é chamado em algumas versões do jogo) é um dos membros da força de combate destacada para salvar a Terra da invasão de um exército de alienígenas agressivos e que não vêem muitos problemas em devorar seres humanos. Além de seus chicotes de pura energia, Scooter ainda conta com o devastador ataque de se auto-destruir- com direito ao corpo vir correndo do nada depois, catar a cabeça no chão e encaixá-la em seu devido lugar. Simplesmente impagável!

4- Atomic Robo Kid (Mega Drive)


Um título que mistura elementos de shooter e maze game/ jogo de labirinto e tem um dos menos antropomórficos heróis robôs do mundo dos jogo tentando proteger a Terra do ataque de uma horda de mutantes vindos de uma colônia terrestre distante banhada por radiação cósmica. Apesar da aparência inofensiva que seu corpo compacto, pés desproporcionais e olhos do tamanho de um farol de fusca lhe conferem, Atomic Robo Kid é um combatente habilidoso, equipado para voar e usar diferentes armas. E você ainda pode adquirir equipamento novo vendido por um robô- dinossauro em miniatura! 

5- Vectorman (Mega Drive)


Um dos poucos jogos com teor ambientalista que de fato saiu legal ("Sonic the Hedgehog" é um dos outros), Vectorman conta a história de um planeta Terra poluído abandonado pela humanidade e deixado a cargo de androides, cuja missão é limpar o planeta e deixá-lo de novo habitável. Tudo ia bem até um dos androides ser acoplado por engano a um antigo míssil nuclear e tornar-se um ditador chamado Warhead, que proclama ser a Terra sua propriedade e que qualquer humano que retorne deverá ser morto; Todos os androides caem sob seu controle, exceto Vectorman, o encarregado de despejar lixo tóxico no Sol, o qual estava fora do planeta naquela hora, escapando assim desse destino.
Agora o androide de limpeza deve tornar-se um herói e garantir que a humanidade possa um dia retornar para a Terra e, quem sabe, poluí-la outra vez. 
E sim, eu sei que no jogo não são chamados de robôs e sim de "orbots" , mas francamente... não vamos problematizar por tão pouco...

6- Transformers: Convoy no Nazo (NES)



Nunca lançado fora do Japão, esse jogo tornou-se infame pela sua dificuldade alta e injusta, além de por ser um tremendo caça- niqueis, cuja história visava ganhar um trocada em cima do fato de que o filme de 1986 dos "Transformers" ( onde Optimus Pride morre e funciona como um link entre a 2o e a 3o temporada do desenho) demorou anos para passar no Japão, sendo exibido bem depois dos EUA e Europa. "Transformers: Convoy no Nazo" procura dar uma explicação meia-boca do destino de Optimus Pride para o público japonês, tendo como foco a busca de Ultra Magnus por respostas. Jogo recomendado apenas para os retrogamers mais hardcore.

7-Contra: Hard Cops (Mega Drive)

 

Em "Contra: Hard Cops" um grupo terrorista consegue se apossar de tecnologia alienígena e deve ser detido a qualquer custo. Esse foi o primeiro jogo da franquia para o Mega Drive e substituiu os personagens clássicos Bill e Lance por uma nova equipe de operativos, composta por um casal de soldados humanos, Ray Poward e Sheena Etranzi; Brad Fang, um lobisomem de óculos escuros e braços cibernéticos com uma metralhadora acoplada a um deles ( cara... é impossível negar que isso é irado demais) e Browny, um androide que parece ter fugido das páginas de um mangá de Akira Toriyama, armado com um rifle laser quase do seu próprio tamanho e o único personagem capaz de voar por um breve período de tempo- algo que eu discordo do jogo... Brad Fang deveria ser capaz de voar também... um lobisomem com braços cibernéticos e óculos escuros é irado o suficiente para fazer qualquer coisa!

8- Xardion (SNES)


Uma experiência de terraformagem sai de controle e torna-se um ninho de monstros prontos a se lançar no espaço e invadir qualquer planeta que veja pela frente.  Três planetas outrora inimigos precisam se unir para derrotar a ameaça terraformistica e enviam seus melhores combatentes. Dois deles são humanos pilotando mechas e o terceiro é Panthera, um robô em forma de felino dotado de um cybercérebro (seja lá o que isso for). Um dos primeiros jogos lançados para o SNES e um pequeno clássico,injustamente esquecido hoje em dia,  cheio de ação em um cenário que parece OVA de anime japonês de ficção científica dos anos 80.

9- Metal Storm (NES)


Um jogo de ação e aventura pouco lembrado de NES, onde um estação espacial de batalha sai de controle e passa a atacar os planetas do sistema solar. Netuno foi o primeiro a ser destruído e a Terra é o próximo alvo (obviamente... não podia ser diferente). Um androide de combate M-308 Gunner enviado para a estação é a melhor chance de parar seu computador central e salvar o planeta azul- sendo que M- 308 Gunner (admito que é meio chato ficar digitando esse nome...) conta com um detalhe todo especial: é capaz de inverter a gravidade a qualquer momento que quiser, caminhando e atirando feito louco tanto pelo chão quanto pelo teto.

10- The Guardian Legend (NES)



Um híbrido de plataforma com SHMUP, estrelando Guardian um aerobot/ "aerorobô" capaz de alterar sua forma entre um caça espacial e um androide de formas femininas usando um biquíni e botas de cano alto. Sim.. um biquíni... é isso mesmo que você leu...
A missão de Guardian é evitar que uma arma semelhante a um planeta atinja a Terra em cheio, e para evitar essa sinuca cósmica, Guardian usa a forma de caça espacial quando voando e lutando pela atmosfera do planeta ambulante e a humanoide quando na superfície.  Usando um biquíni.
Eu, particularmente, acho que uma armadura de alta tecnologia seria mais útil em uma missão que visa evitar a sistemática  destruição do planeta Terra por colisão com um corpo celeste errante de imenso tamanho, mas reconheço que não sou engenheiro robótico.

Por hoje as dicas são essas. Lembrem-se das três leis da robótica criadas pelo Isaac Asimov e quando puderem leiam a peça "A Fábrica de Robôs" ("R.U.R Rossumoví Univerzálni Roboti" no original) do escritor tcheco Karel Tchápek, que foi de onde a palavra "Robô" surgiu. Bom jogo para todo mundo!

P.S: Não, não quero falar daquele robozinho do NES, o  R.O.B.

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