29 de jul. de 2020

(Mais) 10 Jogos não-licenciados de NES que são legais

Já que andei falando tanto de jogos não licenciados, que tal uma lista com mais dez jogos que não tinham o selo Nintendo de Qualidade mas que valiam a pena serem jogados, ou eram pelo menos passáveis.

1- Tiles of Fate



Esse jogo causou frustração em muita gente no início dos anos 90, pois a capa super sinistra e o texto do verso falando sobre uma guerra de conquista e tomada de castelos acabava levando a se pensar que era um jogo de aventura ou ação, quando na verdade é um jogo de puzzle.
Isso éuma pena porque era um jogo bem legal (pelo menos se você gosta de puzzles),o único do NES de shusensho, um jogo que usa as pedras do mahjong e tem como objetivo eliminar as pedras, clicando em duas iguais que estejam disponíveis, até limpar a mesa- sendo que em "Tiles of Destiny" você ainda conta com a ajuda de três power-ups para ajudar a fazer os ladrilhos do destino sumirem.
O jogo tem gráficos legais e música até legais, com cutscenes que nem parecem de jogo não licenciado. Se você gosta de puzzles, recomendo bastante conhecer.

2- Impossible Mission II


Uma sequênci de um jogo originalmente lançado para o Commodore 64, "Impossible Mission II" é um jogo cult  que mistura plataforma, ação e puzzles. É daquele tipo de jogo "ame ou odeie", onde você procura por códigos para abrir portas por oito torres diferentes enquanto é perseguido por robôs do sistema de segurança.
Os gráficos são medíocres, mas a animaçao é até surpreeñdentemente boa. A jogabilidade é daquelas que precisa d eum tempo de treino até se pegar o jeito, o que só vai ser tentado por quem curtiu o jogo. Falando francamente, não é um jogo ruim, mas não é do tipo que agrada todo mundo.

Essa capa enganou muita gente! Independente disso é bonita;



3- Krazy Kreatures


Um jogo de puzzle do tipo "junte 3 iguais", só que em um ritmo acelerado, com os bichos sendo arremessados na tela cada vez mais rápido. É divertido, apesar dos gráficos e efeitos sonoros medíocres. A capa, por outro lado, era legal, com toda aquela estética "comecinho dos anos 90"!

Muito 1990, 1991 essa capa... essa combinação de cores, esse tipo de letra, essas carinhas que parecem adesivo que se colava no vidro do carro...
4- Mig-29 Soviet Fighter


Um simulador de avião de caça bastante interessante por vários motivos. Em temmos de gráficos "Mig-29 Soviet Fighter" tinha mais profundidade na média do que outros simuladores de caça da época; o jogo variava o estilo conforme a fase, tendo algumas com visão vista de cima e é um dos poucos jogos da época que os soviéticos não aparecem como vilões e sim como protagonistas.

5-CJ's Elephant Antics


Como é um jogo da Codemasters já se espera que tenha qualidade, mesmo não sendo licenciado. "C.J Elephant Antics" é um plataforma na média da época, com gráficos bonitos. É um jogo todo bem afinado, com bons  e responsivos comandos e música que se encaixa com o visual "fofinho" do título. Originalmente saiu para NES como um dos quatro jogos do cartucho "Quattro Arcade".
Se você é fã de jogos plataforma, vale a pena conhecer.

6- FireHawk


Um shooter de helicóptero, e dos bons!  Cortesia dos Oliver Twins e da Codemasters! O roteiro é em estilo daqueles filmes de ação furados do início dos anos 90 (Use um helicópto Apache para destruir as fábricas de drogas de narcotraficantes), mas o jogo é de fato um shooter acima da média.

7-Big Nose the Caveman


Outro plataforma típico da época trazido pelas mãos da Codemasters. Parece uma versão um pouco menos caprochada de "Joe & Mac" ou "Chuck Rock", mas dá para se divertir. Um detalhe legal é que os osso que você cata pelo caminho são usados como dinheiro para comprar itens.

8- Big Nose freaks out


Um jogo de plataforma daquele tipo em movimento contíuo, pois agora Big Nose vem equipado com um skate pré-histórico! O jogo tem gráficos mais caprichados que seu predecessor, é bem feito mas de fato prefiro o primeiro...

9- Venice Beach Volleyball


Um campeonato de volei de praia razoável, com o diferencial que o jogo tem equipes mistas e os jogadores tem características diferenciadas uns dos outros. 
O jogo também tem a torcida mais mal feita que já vi... chega a ser hilário!

10- Linus Spacehead's Cosmic Crusade


Um jogo estilo adventure com momentos de plataforma. O jogo tem um estilo que lembra "Maniac Mansion", de ter que encontrar objetos e depois levá-los ao lugar correto. Tem uma versão remake que saiu para o Mega Drive que é bem legal também.
É uma sequência do jogo de ação "Linus Spacehead" (Um jogo bem mais ou menos, diga-se de passagem) e tem uma história divertida, onde Linus tenta convencer seus compatriotas que esteve no lendário planeta Terra e então decide voltar ao planeta perdido com uma câmera para bater fotos e provar de uma vez por todas que não era lorota. Só que para isso antes ele precisa de dinheiro para comprar uma câmera fotográfica...
É um  jogo bem leve e tem momentos engraçados, sendo uma hidden gem para os fãs de adventure!

Menções Honrosas
Tem mais alguns jogos que mereciam estar nessa lista, mas como já falei deles em outras postagens deixei-os de fora par não ser repetitivo.
São eles: "Gaiapolis"; "Puzzle"; "P'radikus Conflict"; "Pyramid"; "F-15 City War"; "Metal Fighter"; "Jovial Race"; "Galactic Crusader"; "Q- Boy" e "Hell Fighter".
Caramba... só as mençoes honrosas já deu mais uma lista com dez jogos!

OK, fechamos a lista, ou seriam as listas? De qualquer forma, fechamos e eu prometo que vou ficar um bom tempo sem falar de jogos não-licenciados. Por enquanto chega!
Prometo! 

28 de jul. de 2020

Mais um lançamento da Piko Interactive para agosto na loja Steam!


Previsto para 26 de agosto, mais um jogo antigo chegará à loja Steam pelas mãos da Piko Interactive e dessa vez é um de Game Boy Advanced.
Originalmente lançado em 2002, "Blender Bros." é um plataforma com um quê de "Spnic the Hedgehog", mas com o diferencial que herói Blender pode conseguir a ajuda de vinte parceiros, os Mini Bros, cada um com uma habilidade diferente- desde que primeiro os resgate pelas fases, obviamente.
O jogo tem oito chefões e muita exploração por 21 estágios diferentes, além de trechos em 3D, onde se pilota uma moto voadora, além de três mini-jogos para dar mais variedade ao jogo.
Eu nunca joguei esse jogo antes, mas pelo que vi em alguns vídeos, parece legal, tendo mantido tanto características dos plataformas dos anos 80 e 90 quanto adicionado alguns elementos novos.
Novos em 2002, obviamente...

Jogos Steam para Retrogamers #27

Que tal mais umas dicas para aquecer seu coração saudosos dos tempos de poucos bits? Hoje vão ser só duas recomendações porque eu comprei os dois packs com jogos antigos da Namco e desde então o que mais tenho jogado é "Legacy of the Wizard" e "Rolling Thunder"... Acho que é um motivo compreensível.

SUGESTÃO #1

Se você está com saudades de jogar: "Sonic the Hedgehog" (Mega Drive); "Sonic the Hedgehog 2" (Mega Drive); "Sonic the Hedgehog" (Master System), "Zero the Kamikaze Squirrel" (SNES, Mega Drive); "Aero the Acro-Bat" (SNES, Mega Drive); "Aero the Acro-Bat 2" (SNES, Mega Drive)

Tente: Polyroll


Sinopse: Um jogo que se inspitou nos jogos de "plataforma de bichinhos velozes" dos anos 90. Esteticamente falando lembra em especial os antigos jogos do Sonic de 16 bits. É divertido, colorido e com personagens simpáticos. O roteiro também é bem anos 90... seus amigos foram sequestrados, no caso por um malévolo kiwi (o pássaro, não a fruta) e agora você deve correr saltar e girr por várias fases para salvá-los. Os mais exigentes podem dizer que é apenas um Sonic genérico, mas, mesmo sendo um clone, "Polyroll" é um joguinho que entretem, em especial se você era fã dos jogos de aventura estilo plataforma de antigamente.
E quem não era, afinal?

SUGESTÃO #2

Se você está com saudades de jogar: "Tiles of Fate" (NES)

Tente: Shisensho Solitaire


Sinopse: Shisensho é um tipo de puzzle que usa as pedras do mahjong e cujo objetivo primário é o mesmo do Mahjong solitaire (também conhecido como Taipei): eliminar as pedras, clicando em duas iguais que estejam disponíveis, até limpar a mesa. A diferença entre o shisensho e o mahjong solitaire/ taipei é que o mahjong solitaire/ taipei dispõe as pedras em várias camadas, enquanto oshisensho tem apenas uma camada. É mais simples mais igualmente divertido, viciante e relaxante- isto é, se você gosta de puzzles.
"Shisensho Solitaire" é bem menos espalhafatoso que "Tiles of Fate", não contanto com uma historinha heróica de guerra e conquista que iludiu tantos/ tantas gamers dos anos 90 a comprarem o jogo e cutscenes, mas cumpre o que se propõe a ser: um bom jogo de shusensho com várias modalidades (corrida contra o relógio, camapanha, jogo livre, etc). Os gráficos e músicas são agradáveis, não é caro e tem boa variedade de opções para não se tornar enjoativo. 
Recomendo apenas tentar conhecer as regras antes de comprar o jogo.

Fechamos aqui por hoje. Bom jogo a todos e vou voltar a jogar "Leacy of the Wizard".

25 de jul. de 2020

Mais quatro jogos oldschool em breve na loja Steam, lançados pela Piko Interactive

Depois de um tempo sem lançamentos na loja Steam, a Piko volta a catga com quatro títulos bastante interessantes! Vamos dar uma olhada em cada um deles:

- Zero Tolerance




Lançado em 1994 apenas para o Mega Drive, "Zero Tolerace" foi um dos poucos jogos de tiro em 1o pessoa do console. Um FPS bem labiríntico. O jogo tem 40 estágios divididos em três grandes áreas  (uma nave espacial abandonada, uma central de comando fortificada e o complexo subterrâneo abaixo dela), com cinco personagens diferentes para serem escolhidos (e quando um morre, não pode mais ser selecionado).
O jogo tem seus senões, como o personagem ser meio lento em alguns mometos, o que se explica pela limitação do hardware do console de 16 bits da Sega, mas ainda assim é um bom título tirado do limbo pela Piko, sendo a primeira vez que é disponibilizado em alguma plataforma diferente do Mega Drive.
O lançamento está previsto para 17 de agosto. Como grande fã do Mega Drive, aguardo ansiosamente.

- Canon- Legend of the New Gods




Outro jogo de Mega Drive, mas agora um RPG não licenciado desenvolvido em Taiwan e lançado em 1996 apenas para o público de lá. O jogo originalmente se chamava "Feng Shen Ying Jie Chuan", se passa em um cenário de fantasia medieval com um toque oriental e tem um estilo de combate tático que lembra "Shining Force".
O lançamento é previsto para 10 de agosto. Como o anterior também estou ansioso no aguardo!

- Motor Mash



Um jogo de corrida de computador lançado pela Ocean em 1997. Parece uma mistura de "Rock'n Roll Racer" e "Micromachines" com um toque do desenho "Corrida Maluca". O jogo tem várias pistas temáticas (Artic, City, etc), cada uma com seus próprios perigos e armadilhas, além de vários pilotos diferentes para o jogador escolher.
O lançamento está previsto para 3 de agosto.

-The Legacy: Realm of Terror



Um jogo de terror lançado para os computadores em 1993. O jogo mistura combate contra criaturas dantescas com puzzles em uma antiga mansão amaldiçoada. Tem um quê de H.P. Lovecraft nesse jogo.
O lançamento não está previsto, apenas é informado que será em breve

Para os fãs de jogos antigos sem dúvida são boas notícias. Agora é torcer que não atrasem e que em breve a Piko lance mais jogos nas lojas GOG e Steam!

24 de jul. de 2020

Divagações Oldschool: O Cartucho "Futebol" da Milmar


Já que volta e meia eu tenho tocado no nome da Milmar, eu não poderia deixar de falar daquela que foi sua maior pérola, o jogo "Futebol".
Sim. O nome do jogo era esse. "Futebol". Apenas "Futebol".
Bem minimalista, não?
Esse foi um dos joguinhos não-licenciados meia- boca que fizeram muito sucesso na rua onde eu cresci, lá pelos anos 1990, 1991... E quando digo meia-boca, não estou brincando... para se ter uma ideia o jogo não tinha faltas e a forma mais usual de você roubar a bola era dando carrinho. E controlar o goleiro então? Era simplesmente terrível!
E ainda assim a galera se divertia horrores com esse jogo tosco, aglomeramdo-se em forma de meia-lua em torno da televisão  e esperando ansiosamente sua vez de jogar. Eu era um dos poucos (talvez o único) que não curtia muito esse jogo. Joguei, participei dos campeonatinhos improvisados entre a gente e tudo mais, mas realmente não ligava de verdade.
Até porque eu tinha meu próprio cartucho de futebol para jogar no Phantom System, o "Soccer", que tinha ganho de aniversário do meu avô. "Soccer" era bem melhor, até porque era originalmente um jogo licenciado Nintendo, lançado em 1985. O meu cartucho, de fato, não era original e sim um dos cartuchos piratas produzidos aqui para os NES-clones, mas o jogo em si era igual ao dos cartuchos cinzentos das locadoras.
Voltando ao "Futebol" da Milmar... mas como um jogo tão meia- boca fez tanto sucesso? Primeiro porque era um jogo de futebol, e no início dos anos 90 era praticamente obrigatório você gostar de futebol. Os poucos que não gostavam, como eu, eram comumente alvo de profundo espanto e ofensas gratuitas,
Um segundo fator, e bem importante, é que foi o primeiro jogo em nossa língua que vimos. A tela de abertura estava em português. Espantoso naqueles tempos!



E não era só isso! Os times disponíveis para escolha eram brasileiros! Pela primeira vez tinhamos a possibilidade de selecionar clubes daqui para jogarmos! Estava escrito até na caixa, com todas as letras, "Times do Brasil"! Até então todos os jogos de futebol que conhecíamos, como o supervalorizado "Super Futebol" do Master System, só tinham seleções de países para o jogador escolher. Isso foi motivo de delírio entre a molecada!



O "Futebol" da Milmar trazia oito clubes brasileiros conhecidos, sendo três do Rio de Janeiro: Vasco, Flamengo e Fluminense. A molecada exultava por poder jogar com seu time do coração! Meu irmão mais novo só jogava com o Vasco. Tinha um amigo que só jogava com o Flamengo e por aí vai.
O problema era quando dois caras que torciam para o mesmo time iam jogar um contra o outro. Sempre estourava briga para decidir quem escolheria o time para o qual torcia. As vezes a discussão durava mais temo que a própria partida, e tudo isso para acabar sempre da mesma maneira: uma disputa de par ou ímpar para decidir quem escolheria o time primeiro
Exceto,l se um deles fosse o dono do cartucho, pois aí o cara sempre tinha prioridade, obviamente.
Além dos três times cariocas ainda tinham quatro de São Paulo (Corinthians, Palmeiras, Santos e o próprio São Paulo) e um do Rio Grande do Sul (Internacional) como opção de escolha. Geralmente quem selecionava algum desses eram aqueles que torciam pelo Botafogo, deixado de fora pela Milmar ao compôr o elenco de "Futebol". Só restava aos botafoguenses escolherem o Corinthians e fingir que era o Botafogo com o uniforme reserva.
Não faço a menor ideia se a Milmar conseguiu uma autorização formal dos clubes para usar os nomes e escudos, mas se tivesse que apostar, eu diria que não. Mesmo que tenha sido assim, na cara de pau, ninguem foi pedir satisfaçã na justiça e ficou tudo por isso mesmo. Acredito que os clubes não tenham dado a mínima. Era o comecinho dos anos 90, afinal. Era outra época, onde tudo era bem mais bagunçado.
Aliás, a forma como o próprio cartucho "Futebol" veio a existir era fruto disso, desse contexto da época. Mais especificamente da reserva de mercado que permitiu que os NES-clones existissem e que versões não-oficiais dos cartuchos de Nintendo fossem fabricados aqui. Já teve muita gente falando disso, e melhor do que eu seria capaz de fazer, então vou apenas me centrar mesmo só no caso do "Futebol". 
A Milmar não desenvolveu o jogo, é claro. A empresa brasileira apenas alterou o o título original na tela de abertura e o menu de seleção de times de um jogo (não licenciado) originalmente lançado pela America Video Entertainment, "Ultimate League Soccer". Já a arte da capa se não me engano foi feita aqui, sendo diferente da original, e até que não era das piores. 


Capa original do jogo original

Obviamente nenhum de nós sabia disso na época. E a verdade é que nem nos importavámos em saber. O cartucho existia, estava em nossas mãos e tinha times brasileiros. Era o suficiente.


18 de jul. de 2020

Divagações Oldschool: A Última Vez


Qual foi o último jogo que você alugou? Pode parecer inacreditável, mas lembro até hoje qual foi minha última "fita" alugada.
"The Incredible Hulk", do Mega Drive.
Jogo mediano, pelo que me recordo. Nunca mais o joguei de novo depois da locação. Para o relativo pouco tempo que fiquei com o cartucho (um final de semana, apenas), até que cheguei razoavelmente longe, tendo estancado na luta contra o chefe da 3o fase, o Homem- Absorvente. O jogo não era dos mais fáceis, até porque em considerável parte dele você jogava com o Bruce Banner, e o doutor era quase inútil como herói... mesmo quando conseguia uma arma, ela só dava uns dois disparos antes de se tornar inútil... enervante... E toda fase você ainda tinha que encarar o Abominavel como su´b-chefe, mais ou menos lá pela metade do estágio.
Eu imaginei que aquela seria a última vez que alugava uma "fita"? Não, não fazia ideia. Não teve nada  de cerimonioso, nem de ritual de despedida. Eu simplesmente peguei o jogo meio ao acaso no sábado, por parecer a melhor opção dentre as disponíveis e levei para casa. Joguei e entreguei na segunda- feira junto com os filmes que minha família tinha alugado, como já havia feito tantas vezes antes. Saí da locadora e fui cuidar da minha vida, sem pensar mais no assunto.
Por que não aluguei mais nenhum jogo? Por diversas razões... muitos fatores atuando ao mesmo tempo...
Fui ficando cada vez mais ocupado com outras coisas e jogava cada vez menos (antes de alugar "The Incredible Hulk" eu estava a uns dois ou três finais de semana sem alugar jogo algum). O ano do vestibular já estava ali, na soleira da porta e eu precisava estudar com mais afinco. Trabalhei meio período em alguns lugares. Coisas assim.
Como nos jogos de videogame, o tempo é escasso, passa rápido e as fases se sucedem. As coisas foram correndo, mudando, se acumulando, e fui deixando para ir na locadora "no final de semana que vem", depois "em outra ocasião" e depois simplesmente "depois".
Depois. Aquele "depois" que nunca chega. E só passados muitos anos é que fui perceber que, ao entregar aquele jogo e fechar aquela porta de vidro emoldurada em madeira cheia de adesivos, eu não tinha apenas deixado sobre o balcão uma caixinha de plástico preta com uma "fita" dentro. Era um  período, um momento, da minha vida que ficava para trás.

13 de jul. de 2020

"Billy Masters Was Right"- um point-&-click inspirado em "Maniac Mansion"


Gosta de "Maniac Mansion", clássico da Lucasfilms? É até hoje um dos melhores jogos point-&-click já feitos e mantêm-se divertido mesmo passados mais de 30 anos de seu lançamento.
Se você gosta de "Maniac Mansion" e seu estilo, dê uma olhada em "Billy Masters Was Right", um jogo curto, inspirado em "Maniac Mansion" e que mantêm a estética e jogabilidade do grande clássico.



Mas do que se trata?
illy Masters é um adolescente desacreditado, acusado de usar dorgas e acusar falsamente seus professores de crimes bem sérios. Para todos, Billy não passa de um baderneiro mentiroso. Até seus pais o colocaram de castigo, sem Billy poder sair de casa a hora que quiser.
Mas... Billy Masters está certo. E vai tentar fazer algo a respeito.
Agora você deve guiar Billy em sua busca para limpar seu nome e provar a culpa de seus professores (não necessariamente nessa ordem), em um típico cenário suburbano estadunidense, o melhor estilo Lucasfilms de jogar!


Parece interessante? Para conhecer o jogo é só clicar no link abaixo e fazer o download na página:


Se você curte jogos point-&-click, fica a dica. Bom jogo a todos!

12 de jul. de 2020

12 jogos antigos que recomendo nunca serem jogados

Por mais que eu goste de jogos antigos, eu seria cego ou fanático se negasse que alguns eram terríveis, quase como se seus programadores odiassem a humanidade e o jogo fosse sua vingança.
Hoje trazemos aqui no OSD uma lista com doze jogos que qualquer gamer, veterano ou nao, faz bem em passar longe.
Nem sempre poucos bits trazem muita diversão...

-ALF (Master System)




Sente saudades daqueles domingos em que você assistia "ALF" sentado no tapete da sala? Jogue esse jogo e mate quelquer vestígio de nostalgia dentro de você.

- Little Red Hood (NES)



Como eu já disse antes, um jogo confuso, esquisito e com gráficos feios.
Como eu também já disse antes, evite esse jogo feito a peste.

- Férias Frustradas do Pica-Pau (Master System/ Mega Drive)



Todo ano novo uma das minhas resoluções é não jogar "Férias Frustradas do Pica-Pau" naquele ano que se inicia. Tenho cumprido sem falha.
E isso vale tanto para a versão do Mega quanto do Master.

- Fighting Hero (NES)


Possivelmente o pior jogo de luta um-contra-um já feito.

- Peter Pan and the Pirates: The Revenge of Captain Hook (NES)


Um dos piores jogos plataformas não só do NES mas de todos os tempos.
Por incrível que pareça, tive um amigo que gostou desse jogo na época que o aluguei e conseguiu ir até bem longe!

- The Uncanny X-Men (NES)


Um dos piores jogos Run-&-Gun não só do NES mas de todos os tempos.
Por incrivel que pareça, o mesmo amigo que gostou de "Peter Pan and the Pirates" também gostou desse jogo dos X- Men... é sério...

- Tagin' Dragon (NES)


Um punhado de dragões mal desenhados empenhados em um jogo de pega-pega canibalesco. Não preciso dizer mais nada, certo?
Tudo nesse jogo é ruim... detecção de dano, jogabilida, músicas... 
E a tela de abertura é nauseante!

7- Back to the Future (NES)


O epiteto daquela máxima de poucos bits "Filme bom, game ruim".
O Rod daqui do OSD odeia esse jogo com todas as forças, talvez porque ame o filme de coração. O pior é que ainda fizeram uma continuação tão ruim quanto o primeiro título!

- Home Alone (NES)


Repetitivo, mal acabado, tedioso... tudo isso se aplica à mais essa péssima adaptação de um filme de sucesso.

- Home Improvement: Power Tool Pursuit (SNES)


Chato. Muito chato. Chatíssimo.
Ainda assim, possivelmente o jogo menos pior dessa lista.
O que não é nenhum grande feito...

- Hong Kong 97 (SNES)


Um jogo péssimo, mal feito, com controles capengas e detalhes de sumo mal gosto. Um shooter de última classe... Entre jogar isso ou pedra-papel-e-tesoura contra o espelho, fique com a segunda opção.

- Action 52 (NES, Mega Drive)


Não. Apenas não. Nunca. Simplesmente não.

"Ah, mas será que a versão do Mega Drive não é um pouco melhor?"
Não. Eu já disse... não.

Fechamos por aqui. Se alguém depois de ver essa lista inventar de jogar algum desses jogos, já deixo aqui o meu "Eu avisei" adiantado. Até a próxima!

11 de jul. de 2020

10 capas de jogos não licenciados que são melhores que os próprios jogos

Algo que sempre me chamou a atenção foi a qualidade de algumas das capas de jogos não licenciados produzidos por empresas pequenas e de qualidade para lá de questionável, como a Color Dreams ou a Sachen. Algumas das capas mais bonitas que vi foram de jogos ruins de trincar os dentes! Tem coisas que só os tempos de poucos bits fazem por você...
 Aqui vão dez das minhas capas favoritas desse tipo, para ver se você concorda comigo de que tinha empresa que teria feito melhor em parar de produzir software e passar a produzir capas para  os jogos "com selo de qualidade".

- Challenge of the Dragon


Essa capa era digna de ser de um livro de Advanced Dungeons & Dragons (e quem jogou AD&D sabe o quanto as capas dos livros eram caprichadas), mas o jogo é um plataforma de fantasia medieval bem meia boca...

-Puzzle


A capa, além de bonita per si, é um ótimo exemplo da estética do final dos anos 80/ início dos anos 90 (o jogo é de 1991). Lembro desse jogo sendo vendido por aqui e a ilustração cobria toda a capa daquele papel mais duro típico da época, se destacando nas prateleiras. O jogo, sendo bem justo, não é dos piores para um jogo não licenciado, mas chega a ser covardia comparar o tigre que aparece no jogo com aquele que está na capa.
Uma curiosidade... nos EUA o jogo foi lançado pela American Video Entertainment mas até hoje não se sabe ao certo quem produziu... nem no próprio jogo se tem a informação! O principal suspeito é a Idea-Tek, mas certeza não se tem.. e o jogo nem é algo para se envergonhar assim... já joguei coisa bem pior...
Outra curiosidade... esse jogo também foi lançado no Brasil pela Milmar.

- Moon Ranger


A capa parece de um livro da era de ouro da ficção científica. 
Já os gráficos do jogo parecem de um desenho de sábado de manhã de baixo orçamento...

-Castle of Deceit


Outra capa padrão AD&D para um jogo que sequer merecia ficar na prateleira mais baixa da locadora.

King Neptune's Adventure


Essa capa me lembra ilustrações que vi em revistas como a "Heavy Metal" ou a "Metal Hurlant", mas o jogo eu preferia riscar das minhas lembranças.

- P'radikus Conflict


Essa capa parece ter saído de uma das HQs de "Star Trek" dos anos 80. O jogo é só um SHMUP genérico.

- Pyramid


Outra capa que brilhava nas estantes das lojas no início dos anos 90. O jogo nem é dos piores, mas a verdadeira estrela da situação é a capa mesmo.

-Master Chu and the Drunkard Hu


Parece uma capa de filme de ação dos anos 70. Pena que o jogo provavelmente teve um orçamento ainda menor que o mais barato daqueles filmes.

- Mission Cobra


Essa capa fez muito sucesso entre os moleques que gostavam de filme de ação na rua onde eu morava lá pelo início dos anos 90. 
Ou seja, basicamente todo mundo..

- F-15 City War


Eu vejo essa capa e começa a tocar a músca "Danger Zone" do Kenny Loggins na minha cabeça.

Tem mais algumas capas legais de jogos nem tanto assim, mas por hoje é o suficiente. Quem sabe em uma futura postagem eu trago mais algumas? Veremos... Veremos...

10 de jul. de 2020

A Sachen e seus jogos não licenciados de NES


Se você teve um NES-clone é extremamente provavel que tenha, em algum momento, rodado nele um cartucho da Milmar, uma empresa brasileira que produzia consoles & correlatos.
Apesar de produzir os cartuchos (ou "fitas", como nós chamávamos na época) a Milmar não produzia os jogos, limitando-se a utilizar material desenvolvido por terceiros e que, muitas vezes, sequer era licenciado- embora na época a maioria de nós não tivesse a mínima noção dessas coisas... jogo era jogo e caso encerrado...
Dentre os jogos lançados por aqui pela Milmar, muitos deles foram obra de uma desenvolvedora de Taiwan chamada Sachen, ou Tin Chen Enterprise, ou Joy Van... dá tudo na mesma... e sim... eu só vim a saber disso mais de uma década depois... naquele tmpo a única coisa que eu lia as telas de abertura dos jogos eram o título e a plavra START. Joguei muito jogo taiwanes e nem fazia ideia.
E os jogos da Sachen são bons? Olha... a primeira coisa é que para avaliá-los melhor, eu tenho que tirar os óculos da nostalgia e isso é algo que se consegue completamente? Difícil... o que posso dizer é que os jogos variam de muito ruins a passáveis, com um único realmente legal para contar como exceção. Mesmo os passáveis tem aquele ar trash, entende? Tipo filme de baixo orçamento mas que você acaba, de certa forma, gostando.

A maior parte dos jogos da Sachen eram variantes de mahjong (se você gosta, vai fundo) ou jogos de cartas sem muito polimento. Nem lembro se esses chegaram aqui. Os que joguei eram temáticas mais "tradicionais" para a molecada do início dos anos 90: corrida, aventura, jogos de avião e alguns puzzles. Vamos dar uma rápida olhada naqueles que joguei, alguns  em cartucho (em todos da Milmar) na época dos NES- clones, outros posteriormente. 

- Gaiapolis: Um port não-autorizado de um arcade da Konami, feito na maior cara de pau! É surpreendentemente legal e o melhor jogo da Sachen. O estilo de jogo lembra "The Ninja" do Master System, com uma visão de isonométrica e capacidade de movimentar por oito direções diferentes, mas os ataques básicos dos heróis de "Gaiapolis" são golpes com armas de curta distância.



A história é legal, e os gráficos, músicas e sons, mesmo longe de serem de excelência, não são ruins, estando acima da média para jogos não licenciados. Acho que é o úico jogo da Sachen que eu recomendaria ser jogado hoje em dia sem ser por nostalgia ou curiosidade.

- Pyramid: Um clone de "Tetris", mas com peças triangulares. Os gráficos da tela de abertura e do cenário de fundo são toscos, mas os do jogo em si são passáveis e, como puzzle, "Pyramid" não é ruim. Se você curte Puzzles, dê uma conferida. O jogo teve uma continuação, "Pyramid II", um pouco mais caprichada e também vale a curiosidade dos puzzle-maníacos.


Eu acho a arte da capa muito bonita- é engraçado que alguns jogos não licenciados tinham artes de capa até melhores que muitas de jogos oficiais!

-Metal Fighter: Um jogo de ação estilo run-&-gun em um cenário de ficção científica. Foi lançado aqui no ocidente pela (merecidamente) infame Color Dreams. "Metal Fighter" é geralmente apontado como um dos melhores jogos da Color Dreams e um dos melhores desenvolvidos pela Sachen, o que basicamente é a mesma coisa que dizer que o Moe era o mais inteligente dos Três Patetas. 


Brincadeiras a parte, é um jogo passável e pode render alguns momentos de diversão.

- Chinese Kungfu/ Challenge of the Dragon: Um beat'em up estilo "Double Dragon", mas infinitamente inferior e com gráficos e jogabilidade fraquinhos. Só vale como curiosidade para aos fanáticos por esse gênero de jogo.


Tem um jogo diferente da Color Dreams que também é chamado "Challenge of the Dragon", só que é um jogo de aventura em um cenário de fantasia medieval. Já  aviso que o "Challenge of the Dragon" da Color Dreams é tão fraco quanto seu xará da Sachen.

- Master Chu and the Drunkard Hu:  Um jogo de aventura aparentemente inspirado naqueles filmes de kung fu velhos. Um jogo medíocre que deixa a impressão que, com recursos financeiros e técnicos adequados, poderia ter sido algo até legal.


Esse eu tenho certeza que saiu aqui pela Milmar.

- Little Red Hood: Um jogo de aventura confuso, esquisito e com gráficos feios. 


Evite esse jogo feito a peste.

- Silent Assault/ Raid: Um clone pobre de "Contra" ou "Rush'n Attack". O melhor do jogo é o sprite do herói, que é até legal- em compensação o resto dos gráficos não é grande coisa... prepare-se para ver alguma das piores montanhas já feitas em jogos de 8 bits. E a tela de abertura parece os soldadinhos de "Toy Story" após serem pisoteados por alguém...



Não chega a ser um jogo ruim de fato, mas suas limitações o fazem interessante como uma curiosidade apenas para os fanáticos pelo gênero Run-&-Gun.

- Twin Eagle/ Double Strike: Aerial Attack Force: Um "joguinho de navezinha" medíocre.


Sidewinder/ Mission Cobra: Esse era o jogo da Sachen mais popular na rua onde eu morava quando moleque, mesmo que ninguém soubesse o que raios era Sachen. A gurizada se amarrava nesse SHMUP de helicópeto simples e um tanto medíocre, mas que até diverte um pouco. Seu grande problema é só ter 3 fases, repetidas em looping a partir do estágio 4. O jogo sequer tem um final verdadeiro!


Esse teve cartucho lançado aqui pela Milmar. Lembro bem disso.

-Jovial Race: Um clone pobre de "Rally-X" da Namco. Também teve cartucho desse jogo por aqui graças à Milmar. 



O jogo em termos de gráficos, música & correlatos está bem abaixo do impressionante, mas até que não é um jogo ruim. Segue bem a risca o que "Rally-X" era nos arcades, em uma produção baixo orçamento. Se você gosta de jogos de corrida estilo "labirinto", dê uma chance (até porque é um dos poucos títulos do NES desse estilo).

- Galactic Crusader/ Incantation: Um SHMUP que, para um jogo não licenciado, até que não está ruim. É passável. Acho os gráficos um pouco acima da média.


- Street Heroes: Um filho bastardo e deserdado de "Street Fighter II" e "Samurai Shodown". Só jogue por extrema e mórbida curiosidade.


- Q- Boy:  Um plataforma até interessante, mas mal polido, esquisito (o salto duplo do protagonista é a base de fratulência e seu ataque é um espirro) e trash



Não é tão ruim (para um jogo não licenciado) e é outro que dá aquela impressão de que com um pouco mais de recursos e infraestrutura poderia ter rendido alguma coisa. Para os fãs de plataforma vale a curiosidade e diverte um pouco.

- Thunder Blast Man/ Rocman X:  Um clone da franquia "Megaman", armado com um bumerangue. É até passável, mas alguns dos inimigos de fase demoram muito para serem derrotados. 



Falta polimento e tudo mais, o que não é de surpreender de um jogo não licenciado taiwanes... O que foi dito para "Q- Boy" nesse quesito vale para "Thunder Blast Man" também.

- Jurassic Boy: Na tela de abertura diz "Jurassic Boy 2", sabe-se lá porque... um clone capenga de "Sonic the Hedgehog". Corra dese jogo.



- Tagin' Dragon:  Um jogo de dragões correndo semi-aleatoriamente um atrás do outro. Ruim demais. Um dos piores puzzles que já vi.


- Hell Fighter: Esse é difícil de classificar... é tão trash que chega a ser cult... um jogo de aventura estilo plataforma com temática de terror. Basicamente é "lute para salvar o mundo de Satã em pessoa". O jogo tem os problemas usuais dos jogos não licenciados, é mal polido (em especial nos gráficos) e etc, mas vale uma olhada. Esse realmente tinha potencial para ser algo mais.


Chega por hoje.. Já falei demais de jogo velho não licenciado... De repente um dia eu volto no assunto. Talvez não.
 Até a próxima e bom jogo a todos- se bem que, se você quiser jogar "Little Red Hood" ou "Tagin' Dragon", isso será virtualmente impossível...