10 jogos antigos para quem gosta de jogos de tabuleiros ou abstratos tradicionais

Acho que ainda não comentei aqui, mas também sou um grande fã de jogos tradicionais, tanto de tabuleiro quanto outras formas de jogos abstratos (inclusive recebi uns dias atrás meu tabuleiro de shogi, o xadrez japonês tradicional) e isso não vem de agora... eu era um dos pouco que gostavam dos jogos que a molecada da rua onde eu cresci, mais interessada em jogos de esporte, ação ou simuladores, apelidava de depreciativamente de "jogos de velho"

Na verdade acho que era o único... De qualquer forma, aqui vão dez jogos da época de poucos bits para todos aqueles que gostam de afiar a mente (ou seria queimar uns neurônios?) à frente de um tabuleiro!

1- Sega Chess (Master System)

Um jogo muito bom para quem gosta de xadrez, simples e surpreendentemente completo! O jogo tem duas formas de visualizar o tabuleiro (2 D e isonométrica), as jogadas aparecem anotadas no canto da tela, onze níveis de dificuldade e permite até que você refaça a jogada caso se arrependa do que acabou de fazer. Pode também pedir dicas e outras opções que considero menos interessantes (como trocar de lado no meio da partida, podendo passar a jogar com as pretas quando você comelou com as brancas ou vice-versa).

A interface é bem fácil de lidar. Os gráficos são legais e tem até uma aberturazinha de jogo com temática medieval!

Para mim, um dos melhores jogos de xadrez em 8 bits- na verdade o segundo melhor!

2- The Chessmaster (NES)

Esse é o melhor jogo de xadrez de 8 bits na minha opinião. "The Chessmaster" é a adaptação para Nintendinho da famosa franquia para PC que tem o mago velho de barba branca jogando xadrez na capa. "The Chessmaster" vai além de ser mero entretenimento casual, sendo uma boa ferramenta para melhorar sua habilidade no xadrez. "Battle Chess" era mais popular devido às animações das peças derrotando umas às outras, mas The Chessmaster" como jogo de xadrez tem mais qualidade.

Só para constar... acho as capas dessa franquia de jogos muito maneiras!

3- Othello (NES)

O jogo onde se deve cercar as peças do seu adversáro e assim trocar a cor dela para a sua. O maior problema desse jogo é que é muito difícil vencer o computador! Difícil de verdade!

4- Gomoku Narabe Renju (NES)

Um dos jogos de tabuleiro mais apreciados no Japão e o favorito do manda-chuva da Nintendo, Hiroshi Yamauchi. Que eu saiba, só existe em japonês, então é melhor aprender as regras em outro lugar primeiro!

5- Shanghai (Master System)

Muitas pessoas chamam esse jogo de mahjong, mas na verdade não é mahjong- apenas usa as peças de mahjong. "Shanghai" é um jogo solitário onde você deve achar duas peças iguais e fazê-las sumir, enquanto o mahjong original lembra um jogo de baralho para quatro pessoas.

Esse tipo de jogo também é conhecido como "Mahjong Solitaire" e devido a imensa quantidade de jogos gratuitos que existem para jogar on line ou em celular acaba que muitas pessoas no Brasil sequer sabem da existência do mahjong original, pensando que "Shanghai"/ "Mahjong Solitaire" seja a única versão que existe.

Independente disso e de qualquer outra coisa, é um jogo muito divertido, e, para mim, o "Shangai"  de Master System é melhor do que a esmagadora maioria dos aplicativos ou versões on line atualmente existentes. E não é por causa da animação do dragão não! 

Aliás... faltou falar que gosto muito da música desse "Shangai" do Master.

6- Mahjong (NES)

Esse sim é o mahjong verdadeiro! E como Mahjiong precisa de quatro jogadores para ser corretamente jogado, poder jogar contra o computador nesse cartucho é uma boa opção para quem quer conhecer o jogo mas não consegue achar pessoas para jogar.

Mais uma vez, acho que nunca foi lançado no ocidemte e só tem em japonês. Melhor aprender as regras na internet primeiro antes de jogar essa versão do NES.

7- Habu Meijin no Omoshiro Shogi (SNES)

Versão para videogame 16 bits de shogi, o xadrez japones. O objetvo é capturar o rei adversário. Tem peças bem diferentes do xarez ocidental, como o general de ouro e o lanceiro (também chamado de lança).

Existe também uma versão de shogi para o Nintendinho, Famicom Shogi: Ryuu-ou-Sen. Que eu saiba, ambos os jogos infelizmente só foram lançados no Japão.

8- Backgammon (Atari 2600)

Uma versão bem básica do jogo dos reis. Estranhamente nunca achei uma versão de gamão para NES ou Master.

9-  Tiles of Fate (NES)

Outro jogo de puzzle solitário que usa as peças de mahjong. É um jogo de shisensho (também conhecido como rivers) com uma cosmética temática de guerra de conquista na China Antiga, somado a alguns power- ups para dar uma incrementada na partida. É um jogo de puzzle muito divertido e já falamos dele algumas vezes aqui no blog.

10- Battle Chess II: Chinese Chess (PC) 

Uma versão do xadrez chinês para PC, segundo jogo da franquia "Battle Chess", onde as peças são representadas por personagens que lutam comicamente quando ocorre uma captura. Atenção! Esse não é aquele jogo com o tabuleiro em forma de estrela erroneamente chamado de xadrez chinês!

É o Xiangqi, o verdadeiro xadrez chinês, com peças como o elefante, o canhão e a carroça. O Objetivo é dar xeque-mate no general (a peça que em xiangqi é equivalente ao rei no xadrez tradicional).

"Battle Chess II: Chinese Chess" é uma boa forma de aprender xiangqi, jogo tão pouco difundido aqui no Brasil. O game destaca-se pelos gráficos bonitos  e divertidos. Ah... e também dá para jogar on line e está disponível na loja Steam! 

"Mas e aquele outro jogo que todo mundo chama de xadrez chinês?"

Aquele do tabuleiro em forma de estrela sequer é um jogo chinês... em mesmo é oriental. É uma variante (bem divertida, diga-se de passagem) de um jogo de tabuleiro europeu chamado halma, sendo halma estrela o nome mais acurado do jogo de tabuleiro estrelado. Também é conhecido como Damas Chinesas, mas esse nome é igualmente equivocado equivocado. O jogo foi chamado de xadrez chinês apenas por marketing, tentando-se  dar um toque mais "exótico" para alavancar as vendas.

 

Acho que já tem o suficiente para s aficcionados por tabuleiro. Ah... Eu sei que ninguém perguntou, mas meu tabuleiro de xiangqi deve chegar da China chegar em mais ou menos um mês. Estou ansioso! 

Tudo bem, eu realmente sei que ninguém perguntou... 

Dark Castle

Tem aqueles jogos que são tão ruins e decepcionantes que é até difícil saber por onde começar para falar deles, de tanto defeito junto. Por mais que se seja fã da época de poucos bits é inegável que sua contribuição para a lista de jogos execráveis foi notável... "Back to the Future", "Shaq Fu", "Teddy Boy"... a lista é longa e, independente de quem a faça, é quase certo que "Dark Castle", lançado originalmente em 1991 para o Mega Drive pela Eletronic Arts, figure nela. 

Merecidamente, diga-se de passagem.

História e Roteiro

Basicamente a história é um camponês que decide derrubar o jugo do Black Knight (Cavaleiro Negro, em tradução livre) sobre sua região e, armado com um saco de pedras, decide invadir o castelo do cara e derrotá-lo.

Sim. Um saco de pedras.

Um saco de pedras contra um guerreiro treinado, armado com uma espada de lâmina larga, protegido por uma armadura de placas e com fileiras de capangas a seu serviço, protegendo os corredores de sua fortaleza. 

Pois é...  Acredite no seu potencial...

Gráficos

Os gráficos são ruins na maior parte do jogo. A primeira tela, onde você escolhe o caminho a seguir até engana, mas a partir daí a coisa vai ladeira abaixo, e é uma ladeira bem íngreme... falando sério...é de doer os olhos. Acho que a melhor coisa que pode ser dita dos gráficos de "Dark Castle" é que, se os desenvolvedores queriam criar uma atmosfera de pesadelo para o castelo, eles conseguiram. Pelos motivos errados, mas conseguiram...

O sprite do herói do jogo é, na melhor das hipóteses, sem graça e ainda assim é o melhor que o jogo tem a oferecer. Os inimigos são simplesmente sofríveis! Os ratos são apenas um quadradinho marrom correndo de um lado para o outro!

E o jogo ainda tem um dos easter eggs mais criptográficos de todos os tempos. Em uma das paredes dos subterrâneos está escrito "Saddam was Here". Saddam esteve aqui.

Saddam? Saddam Hussein? Eu sei que no início dos anos 90 o Iraque estava em evidência devido à Guerra do Golfo e tudo mais, mas... francamente... é realmente sério esse disparate aí? É Saddam de Saddam Hussein mesmo? O que eles tinham na cabeça?

Saddam? Sério isso?

Música e Efeitos Sonoros

Sobre a música... sim, A música, pois o jogo só tem uma única música, a "Tocata e Fuga em Ré Menor" de Bach, tocada ininterruptamente. O que dizer DA música? Os caras conseguiram a proeza de arruinar uma obra-prima da música clássica, apenas! Conseguiram fazer Bach  soar ruim! É um feito para poucos! 

Os efeitos sonoros, por incrível que pareça não são dos piores. São irritantes, mas não são o que o jogo tem de pior.

Controles e Jogabilidade

Olha...  a ruindade dos gráficos não é nada comparada aos controles e jogabilidade desse jogo. Acredite em mim.

Os controles de "Dark Castle" são péssimos. Beiram o inominável! Andar é um desafio! Andar! Tentar andar sem o personagem tropeçar e cair feito um membro rejeitado dos Três Patetas é quase impossível! Descer uma escada pode, sem motivo nenhum, virar um tombo onde se termina de descida rolando aos trambolhões e pronto! Uma vida a menos!

Lembrando que esse é o caraque quer derrotar um cavaleiro negro.

E levou apenas um saco de pedras como arma.

Tudo é custoso nesse jogo... Tem pedaços onde você precisa saltar e como é árduo conseguir um salto certo! E não vou nem falar de como é difícil passar de um lado para outro usando cordas! Não tenho palavras para descrever isso! 

O herói pode ser seu próprio pior inimigo, mas ainda assim terá que enfrentar outros... Pequenos pixels marrons (teoricamente os supracitados ratos) impossíveis de acertar com as pedras; morcegos chatos para cacete, e apenas um pouco menos piores de serem acertados que os ratos, e por aí vai. 

O ataque do camponês é terrível, não tem outro termo...até tentaram fazer algo diferente, fazendo que o camponês possa jogar pedras todos os ângulos possíveis em 360o, mas o tiro saiu pela culatra. O tempo que se leva para acertar o braço do herói na direção desejada é uma eternidade! O camponês é lento feito uma tartaruga manca! Você acerta o ângulo e o maldito do morcego já está do outro lado da tela!

Dificuldade

"Dark Castle" é difícil?  Na verdade é acima de tudo frustrante, em especial decido aos controles ruins e pouco responsivos. "Dark Castle" tem uma das piores jogabilidades já vistas, e isso é o que realmente torna esse jogo difícil.

Você literalmente briga mais com o joystick do que com o Black Knight! Atravessar de um lado para o outro usando as cordas, por exemplo, é uma tarefa digna da paciência de um monge budista! 

Comentário Final

"Dark Castle" é daquele tipo de jogo que dificilmente se encontra um motivo para jogar que não seja curiosidade mórbida, masoquismo ou raiva de si mesmo. É ruim, feio, cansativo, com controles da pior qualidade possível e realmente nada divertido. Como já falei antes, um jogo onde andar é um desafio não dá para perdoar.

NOTA: 1,0

10 jogos antigos bem cotados pela crítica, mas que eu não consigo gostar

 Sim, gosto é algo esquisito. Tem aqueles jogos que quase todo mundo odeia, como "Fester's Quest", e eu gosto e tem aqueles jogos sucesso de crítica e público que eu joguei e o resultado foi,, na melhor das hipóteses, "É só isso?" (como foi o caso de "Tekken").

A lista de hoje são dez jogos de sucesso, ou pelo menos bem-quistos, mas que eu acho chatos ou simplesmente não gosto. Atenção! Não estou dizendo que são jogos ruins! Eu reconheço que são jogos bem feitos e com qualidades, com sucesso merecido e tudo mais, porém eu... simplesmente não curto...

1- "Tekken" (Arcade; Playstation)

Uma das franquias de luta mais famosas e queridas, mas para mim sempre será o jogo onde você sai na porrada com um urso amestrado...e conforme a franquia cresce, você também luta contra um boneco feito de tocos de pau.

"Ah, mas você gosta daquele jogo de luta "Rahma 1/2" do SNES e lá tem um panda!'

Não, tem um lutador de artes marciais transformado em panda. É diferente. 

2- Ecco the Dolphin (Mega Drive; Master System)

O jogo é lindo! Gráficos lindos! Música bonita! História meio neo-age, mas legal! Porém... é chato.

3- "Ecco: The Tides of Time" (Mega Drive; Master System)

Tão bonito quanto o primeiro, com uma história ainda mais viajante, porém... igualmente chato.

4- "Shadow of the Beast" (Mega Drive,Master System)

A história parece de anime e horror dos anos 80 e 90, e é bem legal, mas para mim é apenas um jogo frustrante de difícil e com jogabilidade confusa.

5- "Virtua Fighter" (Sega Saturn; Sega 32X)

Francamente? Prefiro "Street Fighter 2"...

6- "Virtua Fighter 2" (Mega Drive; Sega Saturn)

Continuo preferindo "Street Fighter 2".

A versão que conseguiram fazer para o Mega Drive, entretanto, é impressionante! Tiraram leite de pedra para fazer o jogo! Posso não curtir, mas é impossível não reconhecer!

7- "Super Monaco GP" (master System; Mega Drive)

Fórmula 1 é chato. O jogo também.

8- "Ayrton Senna Super Monaco GP" (Mega Drive)

Idem acima, mesmo que os gráfico sejam ótimos.

9- "Shadow Dancer" (Master System)

Adoro o jogo do Mega, mas a versão do Master... putz... para mim é o pior jogo da franquia inteira. Ninja lerdo do cacete! Se arrasta feito uma lesma!

10- NBA Jam (SNES; Mega Drive)

Amigo lá da rua: "Cara, olha que jogo maneiro!"

Eu: "Basquete só com duas pessoas de cada lado? É só isso?"

Ainda tem outros, mas vou deixar para lá antes que me odeiem (ou me odeiem ainda mais)...Lembrando que não estou dizendo que os jogos são ruins, apenas que não fizeram a minha cabeça, OK?

Considerações sobre o "Zen Chess"

 

Li durante a semana alguns reviews sobre o lançamento da coletânea "Ze Chess" da Minimol Games pra o Nintendo Switch e alguns pontos me chamaram atenção. Eu não tenho um Switch mas tenho os jogos da Zen Chess na minha biblioteca Steam, mas ainda assim acredito poder esclarecer algumas dúvidas ou questionamentos que vi nos reviews.

1- "Zen Chess"=  problemas de xadrez

Muitos jogadores casuais desconhecem, mas xadrez não é apenas um jogo para ser jogado entre duas pessoas. Dá para jogar xadrez sozinho também, resolvendo os chamados problemas de xadrez. 

O que vem a ser isso? 

Basicamente é fornecido ao jogador uma combinação de peças no tabuleiro e uma tarefa (dar xeque-mate em um lance, em dois lances, etc). São quebra-cabeças para o jogador testar seu raciocínio e apurar sua técnica em xadrez, aumentando sua visão de jogo e capacidade de abstração. É isso que os jogos "Zen Chess" são. 

Pelo que vi em alguns reviews e comentários, alguns jogadores compraram sem ter ciência disso e ficaram perdidos sem saber o que fazer, dizendo que o jogo não dá instruções nem diz ao que veio. O jogo de fato é sucinto, mas ele diz o que é para fazer sim... nos títulos dos jogos. Você notou que tem os subtítulos "Mate in one" (mate em um) "Mate in two" (mate em dois)? Quem já conhece e resolve problemas de xadrez já saberia pelo título do que se trata e acredito que a Minimol tenha esse público em mente. Talvez o fato do título não estar na nossa língua tenha colaborado um pouco para a confusão.

Sempre achei "Zen Chess" um jogo de nicho (diferente do clássico "Battle Chess", que era realmente para chamar a atenção e atrair novos jogadores) e isso explica a lacônica postura da Minimol quanto a explicações. Foi uma postura acertada? É debatível... um jogador que fez review falou que discorda de ter que procurar materiais fora do jogo (como regras do xadrez) para poder jogar. Eu particularmente acho que a pessoa deve procurar saber um pouco do game (qualquer game) antes de comprá-lo e mesmo fora do mundo dos jogos eletrônicos, no tabuleiro físico mesmo, problemas de xadrez são para quem já sabe jogar. Se você nem sabe colocar as peças corretamente no tabuleiro, como elas se movimentam e os movimentos especiais (como o os dois tipos de roque), realmente "Zen Chess" vai te frustrar.

Se for esse seu caso, recomendo ler pelo menos um livro de regras de xadrez (físico ou em PDF... tanto faz) antes de comprar "Zen Chess".

2- Mas de fato faltou alguma informação?

Sim, faltou. Existem muitos livros com problemas de xadrez (eu tenho alguns) e sempre ao se passar um problema, é passado ao jogador qual cor ele deve jogar primeiro (Brancas jogam ou pretas jogam). As vezes isso vem por escrito, outras (como no livrinho de bolso "Problemas de Xadrez" de Reinaldo Guarino) é indicado por um quadrado com a COR que deve ser jogada primeiro. 

Não tem isso no "Zen Chess". De repente como os programadores colocaram as brancas sempre começando, acharam desnecessárioespecificar, mas para quem resolve problemas de xadrez no tabuleiro mesmo, tal informação faz falta. A maioria dos problemas são do tipo "brancas jogam" mas isso não é uma regra. Muito problemas são iniciados com o jogador movimentando as peças pretas primeiro.

Isso é uma falta grave no jogo? Não, é um detalhe e não impede nem que se entenda o que fazer nem que se jogue, mas realmente poderia ser revisto

Aliás, existem muitas variações de problemas de xadrez ("peças pretas ajudam", "empate", etc) e os jogos da coletânea só trazem a forma de jogar mais conhecida.

Outra coisa que senti falta... nos livros é de praxe ter a notação das jogadas e isso está ausente nos jogos "Zen Chess". O jogo vai avaliando em tempo real suas jogadas, e simplesmente não aceita lances "incorretos", voltando a peça para sua casa original. O lance só se realiza de fato (isto é, a peça ficando em uma nova casa do tabuleiro) se o é a jogada correta, logo não existe a necessidade de olhar a resposta no final do livro, como quando se resolve problemas de xadrez no tabuleiro físico. Eu compreendo que talvez isso afetasse a proposta minimalista que a Minimol quis imprimir ao "Zen Chess". Eu compreendo, mas senti falta das notações desde a primeira vez que joguei.

2b-"Preciso saber notação de xadrez para resolver problemas de xadrez?"

Resposta curta e precisa: se for no tabuleiro físico e com um livro de problemas de xadrez, sim. Se for no "Zen Chess", não.

3- É realmente um jogo tanto para jogadores iniciantes quanto avançados?

Vi em alguns reviews reclamações que o jogo não seria para iniciantes. A minha opinião a respeito de se "Zen Chess" é tanto para iniciante quanto avançados? 

Sim... e não.

Como assim? Sim, porque atende ao nível de jogadores iniciantes ou pouco experientes EM RESOLVER PROBLEMAS DE XADREZ.

Não porque não é adequeado para o iniciante que nunca jogou xadrez, para quem mal sabe (ou nem mesmo sabe) mexer as peças ou para quem nem sabia que problemas de xadrez existiam. Tem opções melhores para aprender a jogar xadrez (inclusive para celular).

4- Estou com saudades de "Sega Chess" do Master System e de outros jogos de xadrez dos consoles de 8 ou 16 bits... devo comprar os jogos "Zen Chess"?

Não, não deve. É uma proposta bem diferente. Uma opção barata e disponível na loja Steam para quem sente saudades do cartuchinho de "Sega Chess" do Master é o "Simple Chess". 

Fecho por aqui. Espero que ajude quem está pensando em adquirir a coleção "Zen Chess" para seu switch. Bom jogo a todos. Até breve.

Só mais um jogo ruim!

 Eu sei que tinha dito que não falaria mais de jogos antigos ruins por um tempo, mas vou ter que voltar atrás e abrir uma pequena exceção, por duas razões.

Um amigo, grande fã do SNES, reclamou que eu fui tendencioso na lista, falando de muitos jogos do Super e poupando o Mega Drive... eu argumentei que não deixei de falar que alguns dos jogos tinham versões para o Mega (às vezes até piores que as do Super), mas ele disse que quem ficou em evidência foi o SNES e não o Mega Drive.

Fora isso, eu realmente esqueci de colocar um jogo, que só tinha para o Mega*, tenebroso de ruim e que não pode ficar fora de nenhuma lista de jogos oldschool execráveis. Como é praticamente um serviço de utilidade pública alertar os jogadores sobre tal tranqueira, vou falar só sobre mais esse e depois eu paro. Prometo!

Vamos lá... preparem-se para...

- Dark Castle (mega Drive)

OK... é difícil até saber por onde começar... basicamente a história é um camponês que decide derrubar o jugo do Black Knight (Cavaleiro Negro, em tradução livre) sobre sua região e decide invadir o castelo do cara para derrotá-lo, armado com... um saco de pedras. Não, não é piada.

O jogo acumula defeitos... gráficos ruins, música de péssima qualidade (conseguiram estragar "Tocata e Fuga em Ré Menor" de Bach nessa aberração de poucos bits) e pouco variada, e o pior de tudo... "Dark Castle" tem também uma das piores jogabilidades que já vi! Isso torna a dificuldade imensa e o jogo frustrante e sem um grama sequer de diversão! Acertar uma pedrada em algum inimigo é difícil!  Acertar os saltos é difícil! Atravessar algum fosso ou buraco agarrado em cordas é quase impossível! Um jogo onde andar é um desafio não dá para perdoar! 

Francamente é um jogo que não recomendo de forma alguma ser jogado. Nem por curiosidade. ão aceite uma cópia desse jogo nem se for de graça. Caso você seja um colecionador e queira ter uma coleção completa dos jogos de Mega DRive, coloque-o na última prateleira e nunca mais o tire de lá.

Esse jogo é tão ruim que merece um review só para ser malhado adequadamente. Um dia desses eu faço isso. Hoje não.

Nem amanhã.

Um dia desses.

*Esse jogo saiu também para PC, Amiga, Commodore 64, e Macintosh, e outros, mas acho que (felizmente) a única versão que chegou ao Brasil foi a de Mega Drive.

(Ainda mais) 10 jogos antigos que recomendo nunca serem jogados

 Ok... Já que o Rod deu continuidade ao festival de desgraças de poucos bits, vamos chutar de vez a tampa da Caixa de Pandora e listar mais dez jogos que mostram que nem tudo era diversão nos tempos das locadoras.

- Wayne's World (SNES)

Típico exemplo do caso "Filme divertido, jogo chato".

"Wayne's World" teve também uma versão, igualmente chata, para Mega Drive.

- Wayne's World (NES)

Tão monótono quanto a versão do SNES e Mega Drive, mas com gráficos mais simples. Pelo menos na versão do Nintendinho você podia jogar com o Garth.

Armado com uma pistola laser.

Não, não faz sentido, eu sei.

E não... não torna o jogo mais divertido.

- Wayne Gretzky Hockey (NES)

E não é porque o jogo de esporte tem o nome e a imagem de um grande atleta na capa que automatricamente é bom. "Wayne Gretzky Hockey" é um belo exemplo disso. Aliás... "belo" não é um termo que se aplique a esse jogo... gráficos abaixo do medíocre, uma jogabilidade truncada que faz o jogo ser frustrante e não desafiador, música de fazer qualquer um ter vontade de furar os tímpanos...  enfim... tudobisso e mais  um pouco. 

Francamente esse cartucho seria melhor usado como substituto do disco de hockey do que para a finalidade originalmente destinada a ele.

Aliás... parece que "Wayne" não é lá um nome muito propício em jogos antigos...

- Uniracers (SNES)

Nos tempos de poucos bits não ter sentido não significava não ter graça ou não ser divertido. Existem muitos títulos que comprovam isso.

Infelizmente não é o caso de "Uniracers", onde você controla um monociclo fantasma correndo e pulando aleatoriamente por pistas que parecem feitas com um monte de canudinhos de refrigerante encaixados uns nos outros.

Não, definitivamente não é o caso de "Uniracers". Eu recomendo pedalar para longe desse jogo.

- Shaq Fu (SNES. Mega Drive)

"Shaq Fu" só não é o pior jogo de luta de todos os tempos porque "Fighting Hero" existe- e ainda assim perde por pouco!

É difícil dizer o que é mais tosco nesse jogo... os controles mal calibrados, o enredo estilo "O pior dos anos 90 só para você!" ou a vergonha alheia que se sente ao ver Shaquile O'Neal achando que está fazendo pose de lutador enquanto salta pela tela.

Aliás, se é inegável à contribuição de Shaquile O'Neil ao esporte, o dano que causou ao mundo do entretenimento também é bem considerável... além do jogo "Shaq Fu", o ex- pivô do L.A Lakers estrelou "Kazaam", um dos piores fimes infantis de todos os tempos.

Só recomendo jogar naqueles momentos que você está com muita raiva de si mesmo.

- Teddy Boy (Master System)

Jogos estilo plataforma foram um dos pontos fortes dos 8 e 16 bits, mas isso não significa que no meio da cesta não tivessem um bom punhado de frutas podres. Um dos piores plataformas de todos os tempos (aliás, forte concorrente ao título) é "Teddy Boy" do Master System. 

Como definir "Teddy Boy"? Um jogo repetitivo, sem graça e com uma história praticamente inexistente- e olha que muitos bons jogos de 8 bits tinham um fiapo de enredo, mas "Teddy Boy" extrapolou! "Teddy Boy" não chutou o pau da barraca no quesito roteiro... "Teddy Boy" pegou a barraca, saiu correndo e a jogou no rio mais próximo!

Aqui no Brasil esse jogo recebeu uma nova versão, substituindo o garoto de boné da versão original pelo personagem mais non sense dos quadrinhos nacionais, Geraldinho, do (merecidamente) famoso cartunista Glauco. Continuou uma droga de qualquer maneira, talvez até piorada pelo fato do traço do Geraldinho não combinar em nada com a estética do resto do jogo. Ficou esquisito para caramba...

Para fechar com chave de ouro (SIC), a capa do título lançada aqui no ocidente é simplesmente bizonha! Pelo menos a capa com arte do Glauco para a versão "Geraldinho" do jogo ficou legal

Aliás... faz tempo que não debocho de uma capa de jogo velho... bem que podia ser essa... seria merecido...

- Mo Hawk and Headphone Jack (SNES)

Outro dos piores jogos estilo plataforma que já joguei. O jogo consegue somar gameplay sem graça; protagonista nada carismático, fases com um design confuso (aliás muito confuso) e sofrível e uma das piores telas de abertura que já vi, que de tantas cores tão caóticamente misturadas faz os olhos pedirem por uma compressa fria e duas horas de repouso em um quarto escuro.

Para aqueles que ainda não viram e ficaram curiosos... um lembrete! O que foi visto não pode ser desvisto.

- Winter Games (NES)

A jogabilidade desse jogo faz a palavra "ruindade" atingir novos patamares. Acho que o objetivo secreto dos desenvolvedores era ver quantos controles seriam destruídos, inclusive aqueles arremessados contra a parede por acesos de raiva, por causa desse título.

- Great Soccer (Master System)

Não, não ´o "Super Futebol" que fez tanto sucesso por aqui. É o que veio antes dele, E de "Great" esse jogo só tinha o nome mesmo. Possivelmente o pior jogo de futebol de todos os tempos- até mesmo que aqueles execrados títulos do Atari 2600 como "Pelé's Soccer"!

- Dr. Jekyll and Mr. Hyde (NES)

Um jogo inspirado o clássico da literatura "O Médico e o Monstro", cuja adaptação provavelmente est´fazedo os ossos de Stevenson rolarem no túmulo até hoje. O jogo tem um dos roteiros menos empolgantes de todos os tempos: O bom doutor Jekkyl vai se casar e deve chegar a tempo na igreja, onde sua noiva o espera. Basicamente você caminha pelas ruas de uma cidadezinha genérica que de inglesa tem bem pouco enquanto tudo e todos decidem que vão te matar antes do casório. Até os pássaros decidem te atacar, fazendo cocô sobre você. 

Sim. Tem isso no jogo. Acredite.

E se não bastasse ter que esquivar de bolos fecais que tem cerca de 2/3 do tamanho do passáro que os... produziu (aliás, haja cloacra!), o bom doutor carrega dentro de si seu pior inimigo! Quando seu lado mal aflora, o doutor se transforma no malévolo senhor Hyde, o qual aparentemente não tem a menor vontade de contrair o matrimônio e sai correndo a direção oposta, forçando o jogador a refazer um bom pedaço do caminho. Levando em consideração que o dr. Jekyll é um dos mais ineptos heróis do mundo dos games e que até NOTAS MUSICAIS são capazes de ferí-lo... não é tarefa fácil sobreviver a esse vai-e-vem. Se o jogo além de difícil fosse ao menos divertido, até que a coisa iria... mas nem isso!

Ou talvez divertir não fosse a intenção original dos programadores... talvez eles quisessem fazer uma crítica aos padrões sociais ainda tão conservadores da sociedade contemporânea, com o senhor Hyde, ao fugir na direção oposta, representando tanto o medo quanto a recusa não admitida de um cidadão conservador em perder sua liberdade individual ou sua individualidade ao assumir as responsabilidades trazidas pelos laços matrimoniais e a revolta contra a quase obrigatoriedade que é imposta pela sociedade quando o assunto é casamento, a qual procura tolher violentamente pessoas que tentam construir em suas vidas uma alternativa a esse padrão e...

Não... não... não é nada disso não...o jogo só é ruim mesmo...

OK... chega... paramos por aqui e vou ficar um bom tempo sem falar de jogos ruins depois dessa. Como sempre já deixo adiantado o "Eu avisei" para qualquer um que invente de jogar qualquer coisa dessa lista. Vocês foram alertados.

Até a próxima. 

Jogos Steam para Retrogamers #28

 Mais dicas para reacender a chama retro que existe dentro de nós retrogamers.

SUGESTÃO #1

Se você está com saudade de jogar: "Haunting - Starring PolterGuy" (Mega Drive)

Tente: Ghost Master

Sinopse: Basicamente o mesmo objetivo do game de Mega. Você controla um fantasma que executa diversas tarefas na casa, afim de assustar e expulsar os moradores da mesma. Mas desta vez o jogador tem toda uma equipe de fantasmas para colocar em cada parte do cenário, de acordo com a característica de morte daquela fantasma. As aparições e tarefas dependem do uso de plasma. assim como no Mega.

SUGESTÃO #2

Se você está com saudade de jogar: Coleção de "Road Rash" (Mega Drive); "Skitchin" (Mega Drive).

Tente: Road Redemption

Sinopse: Tudo bem que Road Redemption tenha gráficos mais avançados que nossos queridos games retro, mas a mecânica é quase a mesma. Corrida de motos, com porradaria durante o percurso para vencer os adversários. Por ser mais atual, Road Redemption tem muito mais recursos, armas e cenários para a corrida. Um fato interessante é que implementando Road Rash, tem pista com duas mãos, e ai pode se usar o artificio de empurrar o adversário em algum carro ou caminhão que venha no sentido contrario.

Por hoje é só pe-pe-pe-pessoal. Se tiver dicas e que gostaria que estivessem aqui, podem comentar.

Mais 5 jogos antigos que recomendo nunca serem jogados

Trazendo para o OSD mais um post de utilidade publica.

Objetivo aqui é manter sua sanidade, felicidade e paz de espirito. Por isso ao escolher um retro game para diversão, favor não escolher um desses:

Obs: depois não diga que não foi avisado.

- The Flintstones– Master System

Um pequeno punhado de puzzles, só que colocaram a família da idade das pedras para gerar marketing.
Logo na primeira fase, teste sua paciência tentando pintar uma parede e cuidar da Pedrita com o relógio correndo. Não é tão difícil quanto outros games, é apenas uma porcaria.

- Bill & Ted's Excellent Video Game Adventure – NES

 

Que de excelente não tem nada. Jogabilidade horrorosa. Theme chiclete e péssima , em um tom parecido com o De Volta Para o Futuro do NES. Não é porque o NES tinha pouco recurso, é só ver outros games com themes bons e vai entender.(Ninja Gaiden por exemplo e Zelda, ambos de NES)

- Superman – Nintedo 64

Talvez o jogo mais odiado de todos os tempos. Superman voa mal para passar por argolas em cenários cheios de glitch. Pronto é isso.

- De Volta para o Futuro 2 – Master System

Primeira fase,  um encostão você morre e começa a fase do inicio. Com uma jogabilidade muito ruim, haja paciência para não ser atingido. Onde até o ÓLEO no chão, faz você CAIR DO HOVERBOARD!

- De Volta para o Futuro 3 – Mega Drive

Simmmm. Mais um De Volta para o Futuro neste post, e o terceiro mal falado nesse humilde site. Uma franquia que eu amo tanto, teve tão pouca representatividade no mundo dos games das antigas eras.
Um apanhado de puzzles horríveis e superdifíceis. Não tem como gostar ou tentar zerar esse jogo. No youtube você vai encontrar loucos fazendo long-play dessa coisa ruim.

Se você ver algum cartucho ou rom desses por ai, já sabe né:

Por enquanto é só. Pode ser que mais matérias como essa apareçam. Pode ser que lancemos nosso canal no youtube, mas pode nunca ser, que alguns jogos desses serão de verdade jogados, porém sempre abordados.