27 de fev. de 2014

26 de fev. de 2014

My Hero




   Sua namorada foi sequestrada e você deve resgatá-la das mãos dos vilões sozinho e a todo custo. Esse foi um dos motes mais exaustivamente usados no mundo dos videogames e gerou alguns jogos muito bons, como as séries "Double Dragon" e "Adventure Island", e outros nem tanto... "My Hero" ( originalmente em japonês "Seishun Scandal") se enquadra nessa segunda categoria.

25 de fev. de 2014

"Shinobi"- A saga do mestre ninja



   "Shinobi" foi o "jogo de ninja" da Sega que concorria com "Ninja Gaiden" da Nintendo, quando eram essas as duas empresas peso-pesado no mundo dos videogames- a época dos 8 e 16 bits. Existiu nesse tempo uma verdadeira guerra entre os jogadores de cada marca, a famosa "Guerra dos 16 bits", equivalente no mundo dos games à 2o Guerra Mundial do mundo real. 

   As discussões esquentadas ocorriam em escolas, cursos, praças ou qualquer outro local onde a rapaziada se reunia, sempre se tentando provar qual empresa era melhor que a outra, ou qual série/ franquia era a melhor. Eu particularmente gosto bastante das duas séries e não me dou ao trabalho de ficar discutindo qual é melhor, "Shinobi" ou "Ninja Gaiden". Curto os dois títulos, e assim me divirto em dobro.

   Acho que a principal diferença é a questão da história. "Ninja Gaiden" teve uma história mais trabalhada e complexa, enquanto as de "Shinobi' poderiam até ser chamadas de clichê. Entretanto os enredos de "Shinobi" tem aquilo que eu, por brincadeira, chamo de "charme da simplicidade", além de cumprirem seu papel de explicar o jogo e deixar as sequencias amarradas. 


   Tudo começa ainda no Master System...


-"Shinobi" (Master System): Uma corporação criminosa chamada Zeed ("Ring of Five", na versão norte-americana) raptou os filhos de vários líderes mundiais. Joe Musashi, um ninja ("shinobi"), é convocado para salvar os reféns e derrotar a corporação. Afinal... para que serviço secreto, esquadrões de resgate, etc, se você tem um ninja por perto?

-"Shadow Dancer"/ The Secret of Shinobi" (Mega Drive): A cidade de Nova York é tomada por um sindicato do crime, Union Lizard, o qual também é responsável pela morte de Kato, amigo de Joe Musashi. Agora, acompanhado por seu cachorro branco Yamato, Joe Musashi vai lutar para libertar a cidade e vingar a morte de seu amigo, enfrentando o Union Lizard e seu chefe, Sauros.Aliás, Sauros é um dos vilões mais nonsense que eu vi nos videogames: um homem lagarto capaz de causar desastres cataclísmicos. O sakê deve ter corrido solto entre a equipe de idealização e roteiro... correu igual a um rio!

Existe uma versão para Master System de "Shadow Dancer", bem fraca, diga-se de passagem e com uma jogabilidade osso duro de doer!

Esse jogo parece ser mais um spin-off, já que não se liga direito as outras sequencias, em termos de enredo e cronologia.


-"The Revenge of Shinobi" (Mega Drive): Três anos após a derrota sofrida em "Shinobi" (Master System) a organização criminosa retorna, tendo mudado seu nome para Neo Zeed (quanta criatividade, não?). Em busca de vingança, Neo Zeed assassina o mestre de Joe Musashi e rapta sua noiva, Naoko. Joe Musashi mais uma vez tem que lutar contra a organização em busca de vingança e de não ficar para titio.

No Japão foi lançado como "The Super Shinobi", um claro exemplo de como os japoneses conseguem criar um nome supimpa e extremamente inovador!


- "Shinobi III- Return of the Ninja Master" (Mega Drive): Com um nome desses só podia ser um jogão, hein? Pois é... Dois anos após sua última derrota a Neo Zeed retorna para ameaçar o mundo (dessa vez tiveram o bom senso de não trocar de nome... Neo NeoZeed soaria ainda mais ridículo...), sob o comando do misterioso Shadow Man (sinistro, hein?).

   Joe Musashi estava em um retiro em uma longínqua montanha quando sentiu a presença da corporação (sentiu a presença! Deu para sacar o naipe do cara, hein?!). Parte então em uma jornada onde terá que atravessar cavernas, montar a cavalo e até surfar em uma prancha voadora (a primeira metade dos anos 90 foi uma época incrível, não acham?) e buscar derrotar o Shadow Man (sinistro, todos tem que concordar...) e a NeoZeed (corporação criminosa que compensa em persistência o que lhe falta em criatividade).


"The Cyber Shinobi" (Master System): Lançado em 1990 apenas para Europa, Austrália e Brasil, quando o Sega Master System já estava sendo descontinuado em outros mercados. O jogo se passa em um futuro próximo, em algum momento não especificado do século XXI, e narra as aventuras do neto do shinobi original, o qual também se chama Joe (sim, criatividade não é o forte dos roteiristas dessa franquia) , o qual tenta impedir a organização criminosa Cyber- Zeed (ok, sem comentários...) de lançar várias cargas de plutônio ao redor do mundo.

Esse jogo também parece ser um spin-off da série original, mas tendo mais relação com ela em termos de cronologia que "Shadow Dancer".

EXTRA



-"Alex Kidd in Shinobi World" (Master System): O que fazer se sua namorada for raptada por um perigoso vilão? Ir salvá-la, lógico! E se você puder contar com a ajudinha do espírito de um antigo shinobi para te tornar um ninja também? Melhor ainda!
Essa é mais ou menos a premissa de um dos mais simpáticos cross-overs do mundo dos games, onde Alex Kidd vai deixar o pedra-papel-ou-tesoura de lado em prol das seculares ténicas dos guerreiros das sombras japoneses, a fim de resgatar sua amada e derrotar o perverso Dark Ninja- que retornou 10000 anos após ser banido para sabe-se lá onde, aparentemente apenas para raptar a namorada do Alex (que azar miserável, hein?).

Divertido, com gráficos e sons bem legais, esse jogo funciona como uma paródia da série, tendo suas fases e inimigos inspirados nos do primeiro "Shinobi", inclusive as próprias músicas de "Alex Kidd in Shinobi World" sendo remixagens das músicas do jogo original.




Brincadeiras a parte, a franquia "Shinobi" é muita boa e tem aquele clima onírico, descompromissado, por vezes até um tanto ingênuo que marcou a maioria dos jogos das gerações 8/ 16 bits e que aos poucos foi se perdendo desde então. Fora isso, a arte das capas japonesas dos jogos da franquia é um atrativo a parte. Todas excelentes!

Aos poucos iremos postando reviews para cada jogo da série merece aqui no OSD. Fãs de ninjas, fiquem atentos!

P.S: Existiram jogos para outros sistemas- o portátil Game Gear, Sega Saturn, etc, mas não os joguei e nada sei a respeito deles. Está aí um bom projeto para o futuro!

22 de fev. de 2014

Skitchin


Vamos disputar uma corrida na qual fazer o adversário cair não é uma atitude desleal e sim, faz parte da disputa! Não, eu não estou falando dos Road Rashes ( Posts futuros serão feitos).
Estou falando de outra raridade 16 bits, do mega drive, o empolgante mas nem tão bom Skitchin.

Andar de patins nunca foi tão emocionante e violento depois de alguma pequenas horas jogando esse game.
Mas fique tranquilo, não vi nenhuma policia em horas jogando esse game.


20 de fev. de 2014

(Mais) coisas que aprendi jogando videogame




  
 Mais uma compilação fruto de horas de aprendizado, divulgada com o intuito de ajudar a criar um futuro melhor para as próximas gerações.

101- Saltar é uma das habilidades mais importantes para um herói.
102- Cemitérios são locais perigosos.
103- Vagar pelo mundo atrás de broches e medalinhas é mais importante para o futuro de uma criança do frequentar a escola ou estudar.
104-As chances de uma estalactite cair é proporcional à distância que você se encontra de estar embaixo dela. Quanto mais perto, maior a chance.
105- Um vampiro sempre volta. Muitas vezes.
106- Herói salvador do mundo é uma escolha profissional válida.
107- Areia quente é algo muito perigoso, se você não tiver os sapatos certos.
108- Retirar animais de seu habitat natural e colocá-los para lutar por mera diversão não é crime ambiental.
109- O subsolo guarda muitos segredos, perigos e riquezas. E quando se fala de riquezas, não é petróleo não.
110- É possível saltar de novo no meio de um salto, pegando impulso no próprio ar.
111- Invasão alienígena é um assunto para ser levado a sério.
112- Subir do térreo ao último andar de uma torre é trabalho árduo.
113- Barcos a vela podem navegar sem vento. Além disso podem ir para a direção que você quiser... para frente, para os lado, para trás. A vela é meramente decorativa.
114- Soldadinhos de chumbo, palhacinhos e outros brinquedos podem ser mortais.
115- Se um idoso resolveu se isolar das outras pessoas, morando sozinho em um lugar ermo e de difícil acesso, é porque ele sabe algo importante.
116- Lutadores de artes marciais tem um senso estético para roupas muito particular...
117- Um animal ser bonitinho ou fofinho não significa que ele é inofensivo.
118- Existem cidades onde não há ninguém nas ruas, exceto você e seus inimigos. Em compensação também existem cidades lotadas de gente,mas onde quase ninguém fala algo que preste.
119-Se um cão branco aparecer na sua frente, chute-o. O resultado será interessante.
120- Esmeraldas. Junte sete e seja uma pessoa completamente diferente.
121- Sem dinheiro? Corte umas moitas.
122- Bumerangues são algo realmente útil.
123- Contra a censura aperte ABACABB.
124- Frustração: Encontrar um baú, abri-lo e ele estar vazio.
125- Tartarugas aladas são uma espécie razoavelmente comum.
126- Um capacete pode esconder uma grande surpresa.
127- Mesmo o universo sendo infinito, o seu planeta será sempre a primeira opção para ser invadido.
128- Karibo's shoes nunca saem de moda.
129- Nunca subestime morcegos. Eles podem atrapalhar mais do que sua aparência insignificante dá a perceber.
130- Toda mansão antiga ou casa abandonada possui fantasmas e passagens secretas.
131-Mesmo que sua missão seja vital, existem pessoas que só darão aquela informação importante se você apresentar ou entregar uma ninharia insignificante (uma carta, um anel, etc...).
132- Cães de caça são a prova de balas. Não desperdice seu tempo atirando nele, mesmo que ele ria por você não ter acertado pato algum.
133- Aquele maldito portal sempre abrirá na sua época. O poderoso inimigo aprisionado/ adormecido sempre se libertará/ acordará na sua época.
134- Aparentemente, princesas só existem para serem raptadas.
135- Em geral, cristais são algo importante.
136- Todo general é telepata e pode passar suas ordens e instruções aos soldados da tropa mesmo que eles estejam extremamente distantes e sem nenhum meio ou forma usual de comunicação.
137- Toda ruína possui um tesouro escondido.
138- Abismos, fossos ou precipícios- em algum momento você acabará caindo em um.
139- Dragões não são apenas seres lendários. Eles existem e são realmente perigosos.
140- Labirintos- em algum momento você vai se perder em um.
141- Dançar pode ser algo extremamente destrutivo.
142- Quando se trata de raptos de crianças, as divisões anti-sequestro deveriam recorrer a ninjas ou astros de música pop.
143- Nas mãos da pessoa certa, qualquer coisa pode se tornar uma arma mortal: um chapéu, um iô-iô, etc...
144- Comida encontrada no chão é tão saudável quanto qualquer outra. Coma-a tranquilamente.
145- Entregar jornais é uma profissão de alto risco.
146- Mesmo que você nunca fale uma palavra (ou no máximo diga apenas "Yes" ou "No") a vida inteira, ainda assim você pode viver grandes aventuras, ter amigos e aliados fiéis e derrotar qualquer ameaça.
147- Um deus grego tem poder suficiente para ressuscitar alguém, mas não para salvar a própria filha ("RISE FROM YOUR GRAVE").
148- Quanto mais perto do tempo acabar, mais rápido os segundos parecem correr.
149- Se uma lenda ou profecia diz que um herói surgirá, então um herói surgirá. Ponto final. Inquestionável.
150- Você não ganha experiência através de estudo ou vivência. Você ganha experiência vencendo lutas e matando monstros.

18 de fev. de 2014

Cinco personagens muito legais injustamente deixados de lado

   


   É quase incontável a quantidade de personagens que apareceram no mundo dos videogames no período 8 / 16 bits. Uns poucos conseguem seguir adiante nas continuações das franquias. Outros simplesmente foram deixados de lado. Em alguns casos o ostracismo é merecido. Já em outros você se pergunta “Mas por que tiraram tal personagem? Ele era tão legal.”. É nesse espírito que buscamos no fundo do baú da memória cinco personagens que mereciam uma participação um pouco mais longa no mundo dos videogames!




1- Max- “Streets of Rage 2” (Gênesis/ Mega Drive)



   O melhor jogo da franquia “Streets of Rage” e um clássico no estilo “beat’em up!”, "Streets of Rage 2" trouxe dois personagens novos para a luta contra Mister X. Um dos novatos foi Max Thunder, lutador de wrestling que chamava atenção pela força descomunal e pelos golpes especiais absurdamente úteis. Seguindo a tradição de grapplers (personagens no estilo Mike Haggar e Zanguief), Max era mais lento que os outros personagens, algo que não chegava a atrapalhar de fato- em especial se o grandalhão conseguisse colocar as mãos em um cano de ferro ou uma espada. Infelizmente nada disso foi suficiente para evitar que Max fosse cortado do elenco de “Streets of Rage 3”, fazendo apenas uma ponta em um dos finais do jogo.


2- Carlos- “Final Fight 2” (SNES)


   Lutador sul-americano oriundo de uma família de imigrantes japoneses, Carlos Miyamoto fez sua estréia na franquia “Final Fight” como um amigo do prefeito Mike Haggar disposto a ajudar na briga contra a organização criminosa Mad Gear. Com sua cara de durão, cabelo comprido e uma espada presa às costas, Carlos unia boa força à boa velocidade e tinha o golpe especial visualmente mais legal do jogo. Um personagem que tinha tudo para dar certo, não? Porém... não emplacou... Após "Final Fight 2", Carlos só teve mais uma participação em jogos de videogame, fazendo figuração em um dos finais do jogo "Capcom Fighting Evolution" (intitulado “Capcom Fighting Jam" no Japão).

3- Gilius Thunderhead -“Golden Axe”, “Golden Axe 2” (Gênesis/ Mega Drive)



  Mais conhecido como “o anão” ou “o anão com machado”, Gilius Thunderhead foi um dos protagonistas dos primeiros dois jogos da série Golden Axe, onde o baixinho com capacete de chifres roubava a cena a base de machadadas e cabeçadas. Quando a terceira seqüência do jogo saiu... surpresa! No lugar do machado, Gilius agora porta uma bengala e atua apenas como um coadjuvante que ajuda a guiar os heróis durante o jogo. O tempo passou, e o já idoso Gilius aposentou-se da carreira de aventureiro, passando a atuar como mentor palpiteiro desde então. Apesar de “Golden Axe 3” ter sido um bom jogo, o papel dado a Gilius foi, sem dúvida, decepcionante.

4- Ness- “EarthBound” (SNES)



  Protagonista de um dos RPGs mais interessantes lançados para SNES, o garoto de boné vermelho e poderes psíquicos perambulou por meio mundo, esbarrou com todo o tipo de gente bizarra e evitou uma invasão alienígena, mas não conseguiu garantir uma participação maior nos jogos da Nintendo, reaparecendo apenas na série caça-níqueis “Super Smash Bros” -e ainda por cima, inicialmente apenas como personagem secreto! O guri merecia mais...

5- Samson -“Little Samson” (NES)



   Samson (Lickle, no original japonês) e seus companheiros Kikira, Gamm e K.O foram os protagonistas de um dos jogos estilo plataforma mais legais do NES, mas desde então simplesmente sumiram, imerecidamente relegados ao limbo. Um triste destino para uma das trupes mais simpáticas de todos os bits.


   A lista não precisaria parar aí, obviamente. Em um universo em permanente expansão e movimento, como o dos videogames, não faltariam nomes para acrescentar, mas esses poucos exemplos podem servir para se olhar para trás, para o que foi produzido nos jogos antes, e quem sabe achar algumas surpresas divertidas de um tempo com menos bits.

17 de fev. de 2014

Galactic Protector




   A pequena nave senciente Opa Opa ficou (medianamente) famoso por estrelar a série de jogos "Fantasy Zone", mas também esteve a frente de um jogo bem menos cotado, o pouco conhecido "Galactic Protector".

   Lançado em 1988 pela Sega para o Master System, "Galactic Protector" seria o que hoje é chamado de "jogo casual". É um shooter onde Opa Opa deve proteger um planeta dos ataques de variados corpos celestes ameaçadores. Opa Opa não pode andar livremente pela tela, ficando restrito a rodar em torno do planeta protegido (como se estivesse em sua órbita), atirando contra qualquer ameaça iminente.
Três são os planetas defendidos por Opa Opa: Terra, Saturno e Júpiter. Opa Opa protege um planeta por round, e como o jogo conta com 25 rounds, você acabará defendendo o mesmo planeta várias e várias vezes.

16 de fev. de 2014

Coisas que aprendi jogando videogame (1)

 

  Anos atrás li um texto muito ilustrativo em que eram citadas 50 coisas que você aprende ao jogar videogame(*). Ao ver o quanto tais informações podem ser úteis para a vida e a formação das gerações mais jovens, resolvi dar continuidade a uma iniciativa tão nobre, puxando pela memória e colocando por escrito as coisas aprendi jogando videogame. Como é muito conhecimento a ser compartilhado, postarei em partes o fruto de tantos horas dedicação e esforço.

51-Sem dinheiro? Soque uma parede de tijolos.
52-Muitas vezes você não precisa de asas para voar. Uma roupa de guaxinin ou uma capa amarela podem ser o suficiente.
53-Se sua namorada for sequestrada é mais útil perambular pela cidade inteira batendo em quem aparece pela frente do que contactar a divisão anti-sequestros da polícia.
54-Mesmo que o destino do mundo inteiro dependa do seu sucesso, ainda assim os donos de loja vão cobrar pelas armas, armaduras e equipamento.
55-Às vezes para que alguém se torne seu amigo ou aliado, você precisa dar uma surra nele antes.
56- a lei da gravidade não vigora muito... pedras e blocos de assoalho podem ficar suspensos no ar e até balançar de um lado para outro...
57- Nem sempre violência é a solução. Às vezes basta jogar Jokempô (Pedra-papel-e-tesoura).
58- Dinossauros ainda existem, e são ótima montaria.
59- Seu pai morreu ou desapareceu? Quase sempre isso significa que o mundo está em perigo e que VOCÊ terá que resolver tudo. (Valeu, papai...)
60- Não peça ajuda para seu irmão quando for resgatar sua namorada sequestrada, ou você terá que brigar com ele no final.
61- Se alguém atirar no seu cão, ele não morrerá, apenas voltará a ser filhote.
62- Porcos espinho são os animais mais rápidos do mundo. Além disso raposas e porcos espinho são grandes amigos.
63- Corridas de kart podem ser mais emocionantes que Fórmula 1.
64- Com tantas mulheres no mundo, o vilão sempre raptará a sua.
65- Amigo de verdade é aquele que sobrevive a fase para enfrentar o chefão junto com você.
66-Qualquer um pode pilotar uma nave espacial... raposas, coelhos, sapos...
67- Anéis podem salvar sua vida. Sempre carregue alguns com você.
68- Ter como amigos um cogumelo e um dinossauro não significa que você precisa de tratamento psiquiátrico.
69- Dependendo do momento, você fica mais feliz em ver uma maçã ou frango assado do que um saco de dinheiro, um maço de notas ou uma pequena pilha de barras de ouro.
70- Um punhado de lutadores de artes marciais desarmados é o suficiente para limpar uma cidade tomada por gangues.
71- Você pode entrar na residência de completos desconhecidos e não ser preso por invasão, e pegar o que quiser nela e não ser preso por roubo.
72- Por mais efeitos especiais e animações que coloquem, xadrez continua sendo apenas xadrez.
73- Existem lojas em locais muito estranhos ou absurdos...
74- Se a garota for bonita, e te der atenção, é quase certo que você terá que resgatá-la um dia.
75- Muitas vezes você terá que andar por meio mundo antes de encarar o grande vilão da história: desertos, praias, selvas, cavernas, florestas, montanhas e terrenos nevados. Tudo isso para depois encontrar o cara em um castelo em ruínas, ou algo que o valha.
76- Nunca julgue um herói por sua profissão. Um encanador ou faxineiro de laboratório podem salvar o dia.
77- É possível pisar, caminhar e mesmo correr em nuvens.
78- Um rei pode ter vários guardas e soldados a seu dispor, mas quem vai resolver o problema é um guerreiro que ele nunca viu na vida.
79-Se em um cemitério um túmulo se destaca dos demais por ser maior ou mais enfeitado, é porque tem uma masmorra ou labirinto sob ele.
80- Cavaleiros usam cuecas samba-canção com bolinhas sob a armadura de placas. E gorilas usam gravatas.
81- No meio de uma aventura, objetivos como salvar o mundo ou sua namorada te ocupam tanto a mente que você nem lembrará que precisa ir ao banheiro de vez em quando.
82- Quando você sair da água sua roupa e seu cabelo secam instantâneamente.
83- Você pode entrar e vagar por esgotos tranquilamente, sem pegar nenhuma infecção ou doença.
84-Menina com uniforme escolar de marinheiro + uma espada = um mundo salvo
85- Quanto menos vestida está uma lutadora, mais forte ela é.
86- Existem muitos cientistas loucos no mundo. Ninjas também.
87- Nunca saia de uma cidade sem antes falar com todos os moradores dela.
88- De alguma maneira, insetos e outros animais podem carregar dinheiro ou ouro...
89- Armas são tão fáceis de serem compradas quanto uma lata de refrigerante.
90- Você pode até vencer sem a arma e a armadura mais poderosas, mas é tão divertido consegui-las...
91- Não é porque o filme, desenho animado ou história em quadrinhos é legal que o jogo baseado nele obrigatoriamente será também. Não é porque o jogo de videogame é legal que o filme baseado nele obrigatoriamente será também
92-Raposas tem dois rabos e podem voar girando-os.
93- Geralmente, mapas estão rasgados em vários pedaços.
94- Não importa o estado de conservação, você sempre venderá sua arma e armadura antigas pela metade do preço que elas custaram.
95- A princesa sempre está em outro castelo.
96- “It’s dangerous to go alone! Take this.”, ou seja, se for perigoso ir lá fora sozinho, leve uma espada.
97- Não ter medo de escuro é uma tremenda burrice.
98- Se você é um lutador de artes marciais, em algum momento terá que lutar com alguém que é igual a você em tudo, exceto nas cores das roupas.
99- Nunca desista. Sempre “Continue”.
100- Não basta vencer- tem que ler os créditos.


 Este post feito sem fins lucrativos, mas se você realmente quiser agradecer, aceito um cogumelo verde como forma de agradecimento.



(*) O texto é esse: http: //www.uhull.com.br/01/08/50-coisas-que-aprendi-jogando-video-game/

13 de fev. de 2014

ESWAT: City Under Siege



   Uma das idéias fantasiosas mais típicas dos videogames é de que um único indivíduo pode salvar o mundo. Essa ideia estilo "The Power of One" permeia quase todos os jogos da era 8/16 bits. preciso dar um exemplo?


   Imagine então que uma megalópole está tomada por delinquentes e no meio de um surto de violência. E agora? 

   Sem problema! Um único policial cheio de boas intenções, determinação e bem treinado é suficiente para tudo se resolver. E se ele contar com equipamento ultra avançado, melhor ainda!

   Este é o caso de "ESWAT: City Under Siege", lançado em 1990 para o Mega Drive. Adaptação de um arcade de 1989 ("ESWAT: Cyber Police"), o jogo é um plataforma sidescroller que lembra muito a mecânica dos jogos da série "Shinobi". Além do Mega Drive também foi feita uma versão para Master system, muito mal recebida na época e que em breve receberá um review aqui no OSD.


História e Roteiro

   Em um futuro próximo, as ruas de City of Liberty são tomadas por uma horda crescente de malfeitores, bandidos & correlatos. Um ótimo jeito de dar boas-vindas ao jovem oficial Duke Oda, recém-chegado à Cyber Police Force para ser um dos membros da ESWAT (Enhanced Special Weapons and Tactics). 

   
   Antes mesmo de ter tempo para esquentar sua cadeira na delegacia, Duke Oda é um dos policiais incumbidos de lidar com a situação, a qual é mais complexa do que pode parecer a primeira vista. Por trás da infestação de punks com óculos escuros e atiradores de roupa cáqui encontra-se uma misteriosa organização criminosa com acesso a mais alta tecnologia, E.V.E, que tenciona tomar o controle da cidade.

   A trama vai se desenrolando conforme Duke avança no combate a E.V.E. Inicialmente designado para ser um dos policiais que atuam na linha de frente nas ruas de City of Liberty, o jovem oficial vai subindo rapidamente na hierarquia da corporação, recebendo missões mais delicadas e perigosas até o confronto final com a mente por trás da organização criminosa.

   A alta tecnologia dominada pela E.V.E é posta às claras sem demora... androides, um helicóptero-robô, ciborgues... com certeza não se trata de uma gangue comum. Seguindo o que diz o velho ditado, "combater fogo com fogo", Duke Oda vai ter acesso a um dos trunfos da Cyber Police a partir da fase 3: o ICE Combat Suit, equipado com armas poderosas (incluindo um lança foguetes! Fabuloso, não?) e um jato propulsor acoplado às costas, capaz de levar Duke às alturas no combate ao crime.

   No geral o enredo lembra muito os filmes e animes/ mangás da época. Se você gostava dos desenhos que eram exibidos pela Manchete no "U.S Mangá' ou assistiu aos primeiros filmes da franquia "Robocop" vai entender. A história e o personagem não são trabalhados a fundo. O oficial Duke Oda nunca chega a ser nada mais que "o cara da armadura cibernética", mas isso de forma alguma compromete o jogo.

Gráficos e efeitos visuais



   Os gráficos são bons sem serem extraordinários. O sprite de Duke Oda é bem feito e se movimenta bem. O mesmo pode ser dito da maior parte dos vilões, em especial dos chefes de fase, mais bem trabalhados que a média.

   As cut scenes e a abertura são bem legais para a época. Recomendo assistir, até porque dá para entrar mais no clima do jogo.

   Os cenários são muito bonitos. O cenário da primeira fase em especial chama a atenção com seu céu púrpura e prédios com janelas iluminadas ao fundo, destacando-se como um dos mais bonitos do jogo. O cenário da segunda fase, a prisão, também é bem interessante, com um clima sombrio e tons verde escuro e preto que lembram os animes lançados diretamente para vídeo da década de 80. 



Música e Efeitos Sonoros




   As músicas e efeitos sonoros cumprem bem seu papel. Músicas boas sem serem memoráveis e efeitos especiais melhor que a média da época dão um bom complemento aos gráficos.


Controle e Jogabilidade




   Os controles são ágeis e respondem bem. Basicamente, um botão é usado para ataque, um para saltar e um para selecionar as armas do ICE Combat Suit:


SEM o ICE Combat Suit (fases 1 e 2)

  • Direcional Para Direita e Esquerda: Move Duke Oda nessas direções.
  • Direcional para cima: Mirar para cima, em um ângulo de 90o. Ao pular você pode pressionar  direcional para cima para o pulo ser mais alto.
  • Direcional para Baixo: Agachar. Pode-se atirar agachado, e se Direcional para Direita ou Esquerda for pressionado enquanto o policial estiver agachado, ele vai se deslocar abaixado na devida direção. Apertar para baixo e o botão de pulo faz Duke descer de alguma plataforma em que ele se encontre.
  • Botão A: Saltar
  • Botão B: Atirar
  • Botão C: Saltar
  • Start: pausa o jogo.

COM o ICE Combat Suit (a partir da fase 3)

  • Botão A: Troca armas da armadura cibernética.
  • Botão B: Atirar
  • Botão C: Saltar e Ativer o jato. Aperte C duas vezes e segure o botão para voar com o jetpackPara usar o jato basta apertar e segurar o botão de saltar. O combustível gasta rapidamente, mas se recarrega sozinho em pouco tempo.



Dificuldade




   Esse é um aspecto do jogo que merece destaque: A dificuldade pode torná-lo bem frustrante.  Nas duas primeiras fases, quando Duke Oda ainda não recebeu seu traje de combate, a dificuldade do jogo não é nada demais. A partir do estágio 3, já vestindo o ICE Combat Suit, a dificuldade do jogo cresce de forma absurda. A própria fase 3 é bem mais difícil que as 2 primeiras fase do jogo juntas! Um aumento bem abrupto na curva de dificuldade do jogo!

  Algo que também colabora de forma negativa para a dificuldade do jogo é ter de recomeçar a fase desde o início quando se perde uma vida Não há nenhuma espécie de save point nem nada parecido durante o jogo. Isso pode ser bem frustrante, em especial a partir da fase 3, quando trechos bem difíceis começam a aparecer com mais frequência.

Comentário Final




   Um típico representante dos jogos de aventura "plataforma & sidescroller" que foram o ponto forte do Mega Drive. "ESWAT: City Under City" é um jogo desafiador e divertido, sem ser especialmente marcante. Uma boa adição a biblioteca de jogos do Mega Drive, mas de forma discreta.

   Recomendado para retrogamers, fãs de jogos estilo arcade e para a galera que curte a temática cyberpunk e animes de ficção científica da década de 80.

NOTA: 7,5

10 de fev. de 2014

The Legend of Kage

 


   No final dos anos 80 e início dos anos 90, alguns jogos eram verdadeiros arroz-de-festa no lugar onde eu morava. "The Legend of Kage" foi um deles, de tão fácil que era pegá-lo emprestado com algum colega e também devido a frequência em que era encontrado em multicartuchos daquela época. Acho que foi um dos jogos mais jogados lá na rua, embora raramente fosse citado como um dos preferidos de alguém.

9 de fev. de 2014

(Vídeo) I Dream In Retro

Já é um vídeo antigo, mas ainda uma das melhores homenagens aos videogames da era 8/16 bits que já vi. RetroMike, um grande fã de jogos antigos, é o autor do vídeo, e também seu protagonista. O vídeo mostra uma viagem pelo mundo dos sonhos, onde elementos de diversos jogos diferentes se misturam.


RetroMike possui uma página no Devian Art com mais material, inclusive uma versão em HD de "I Dream In Retro". Quem quiser conhecer mais do trabalho do cara é só ir em:

http://retromike.deviantart.com/

P.S: Ainda estamos identificando todas as referências no vídeo. Tente você também. É divertido!

P.S2: I Dream in Retro...  Don´t we all?

7 de fev. de 2014

Phantom Fighter


   Você gosta daqueles filmes de kung fu antigos? Aqueles bem trash mesmo, tipo “A Guilhotina Voadora”?  Procure ver então “Mr. Vampire”, um filme chinês que mistura comédia, terror e artes marcais lançado em 1985. Ou melhor ainda! Tente jogar o jogo de NES inspirado nesse filme, “Reigen Doushi”, que lançado em 1988 no Japão e dois anos depois nos EUA, rebatizado como “Phanton Fighter”!

   Na tradução do título já começaram os problemas... o jogo é sobre as aventuras do mestre de kung fu e exorcista  Kenchi  em sua luta contra os kyonshies, uma espécie de vampiro-zumbi saltador com garras afiadas. Essa criatura da mitologia chinesa não tem nada a ver com um fantasma (“phantom”, em inglês). Por que o título do jogo no ocidente é esse? Vai saber... de repente ninguém nos EUA fazia a menor ideia do que é um kyonshi...


5 de fev. de 2014

Flicky



   Atualmente é a era de ouro dos jogos casuais... o fato de "Plants vs Zombies" ter recebido tantos prêmios e o sucesso jogos como "Candy Crush Saga", "Angry Birds" e "Bejeweled" torna bem difícil negar isso. E como todo nicho ou estilo de jogo, existem jogos casuais bons e jogos casuais ruins. Infelizmente a maioria acaba caindo no segundo grupo, na minha opinião.



   Foi com o crescimento da internet que os casual games deslancharam de fato, mas eles já existiam antes, bem antes. Mesmo na época mais hardcore dos videogames, a era dos 8/16 bits, eles já estavam presentes na cena gamer.


   Um exemplo? O primeiro que me vem a cabeça é "Flicky", lançado originalmente em 1991 para o Mega Drive, port de um arcade game bem mais antigo,de 1984. "Flicky" tem todos os elementos que permitem classifica-lo como um casual game: gameplay e jogabilidade simples (direcional controla direção que o personagem anda. qualquer botão faz ele saltar. Só isso); fases curtas; cenários simples. No geral é mais adequado para jogadas rápidas, sem compromisso.




História e objetivos do jogo


   A história do jogo é bem simples... Flicky, um pássaro azul que não voa mas que salta até bem, deve salvar vários pintinhos, coletivamente nomeados Chirp, enquanto é perseguido pelo gato listrado Tiger e pelo lagarto Iggy por um cenário que lembra um apartamento com decoração de jardim de infância ou um descanso de tela do windows dos anos 90.

   Flicky deve apanhar todos os Chirp espalhados pelo cenário e guiá-los em segurança para uma prota escrito "EXIT". Para auxiliá-lo a se livrar de Tiger e Iggy, o passarinho azul pode apanhar e arremessar vários itens encontrados pelos cenários (martelos, vasos, canecas, etc). Ao serem acertados, Tiger ou Iggy desaparecem, podendo aleatoriamente deixar um diamante no lugar (que vale uma quantidade também aleatória de pontos). Contudo o sossego dura pouco, já que espalhadas pelo cenário existem algumas gaiolas de onde saem novos Tiger e Iggy para substituir os derrotados, de forma contínua e infinita. A cada duas fases, há um pequeno mini-game como bônus, onde Flircky tem que apanhar Chirps em queda livre com um rede.


   O jogo acaba quando o pequeno emplumado perde todas as vidas. E como se perde uma vida? Sempre que Flicky é apanhado por Tiger ou Iggy, obviamente! Flicky então faz uma pequena cena de choro e todos os Chirps que tinha apanhado ficam espalhados pelo cenário (sendo que os Chirps com óculos escuros vão ficar correndo alucinadamente pelo cenário como se não houvesse um amanhã). Mais vidas podem ser conseguidas devido a pontuação, mas não existe Continue nesse jogo. A vida era dura para pequenos pássaros azuis nos anos 90, não?


* Bônus secreto! 



The Bikini Girl: Se você conseguir a façanha de completar os primeiros 10 rounds do jogo em menos de 20 segundos, ao mesmo tempo conseguindo Perfect Bonus em todas as fases- isto é, levando todos os Chirps para a saída de uma vez só- a Bikini Girl aparecerá em uma das janelas e você ganhará 10000 pontos. A Bikini Girl aparecerá de novo nas fases 18 e 34, sob as mesmas circunstâncias.



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Gráficos, música e efeitos sonoros


   Os gráficos não são ruins. Os personagens são bem desenhados (exceto Iggy, que lembra mais aquela cobrinha dos jogos de celular do que um lagarto...) e simpáticos. Os cenários são um tanto estilizados demais e alguns que aparecem no decorrer do jogo são francamente esquisitos... ok... alguns são feios mesmo, em especial o level 16... Seria melhor eles terem mantido a estética "jardim de infância" em todas as telas.

   Uma curiosidade é que o design do jogo ficou a cargo de Yoji Ishii, que fazia parte do time que desenvolveu "Sonic The Hedgehog". O passarinho Flicky foi reaproveitado em vários jogos da franquia "Sonic", em papéis menores.

O som é mediano. Repetitivo é o melhor adjetivo para ele. A única música do jogo não é ruim, mas torna-se enjoativa depois de algum tempo. Os efeitos sonoros são bem simples.



Dificuldade e diversão


O nível de dificuldade não é alto. É um típico jogo centrado na prática e na tentativa-e-erro. Algo que depõe contra o jogo é que ele não tem final- após o nível 48, o jogo passa a se repetir numa escala crescente de dificuldade... Algo tão atari em plenos 16 bits? Decepcionante para jogadores hardcore, que tem como motivação básica chegar ao final e assistir as telas e animações de encerramento.

No geral, um jogo divertido. Provavelmente nunca será um dos seus "top 10 favoritos", mas mesmo assim pode render alguns bons momentos de diversão.


NOTA:6,0


P.S1: O jogo saiu em várias coletâneas e está disponível para o Virtual Console, além de figurar entre os 20 jogos do MD Play, o Mega Drive Portátil da Tec Toy.



P.S 2: até o momento, meu recorde foi chegar ao level 30.