18 de nov. de 2018

Astro Warrior


Às vezes um jogo era tão genérico que rolava pouco interesse nele ser lançado em todas as regiões disponíveis para o console, ou então podia acontecer do jogo ser modificado ou adaptado para atender os interesses de um mercado específico, tendo desde os visuais até a história bastante modificados. O jogo de nave "Astro Warrior", lançado em 1986 pela Sega no Japão e nos EUA, foi um desses casos, só chegando à Europa e América latina bem depois, e completamente descaracterizado, como um dos jogos do nefasto Sapo Chulé, "Sapo Chulé: S.O.S Lagoa Poluída", lançado em 1995 no Brasil pela Tec Toy.

História e Roteiro


A história é bem simples e genérica, um mero pretexto para colocar o jogador atirando contra quase tudo que se move na tela:
As Devil Star Imperial Forces ("Forças Imperiais Estrela Demoníaca" em tradução livre... sinistro, hein?) estabelecem uma base perto das fronteiras do sistema Alpha Kentowry (Seria Alfa Centauri em pronúncia niponizada?), a qual serve como ponta-de-lança para a invasão do setor. 
As Solar System Allied Forças ("Forças Aliadas do Sistema Solar", em tradução livre.... vibrante, hein?) tomam a única decisão sensata e coerente em uma situação dessas, de ter que enfrentar uma invasão com centenas de naves e a presença de uma estação fortemente armada na soleira de sua porta. Formar uma esquadra, com dezenas de esquadrões e centenas de naves para fazer frente à agressão? Não... nem pensar... 
Mandam uma única nave, a Astro Raider, pilotada por um único piloto, intitulado "Warrior", derrotar o exército  Devil Star inteiro e resolver a situação por conta própria. Mandar um único caça espacial derrotar uma armada inteira sozinho... uma decisão bastante acertada e sensata, realmente... Bem no estilo "Vai lá, parceiro, resolve esse lance aí para a gente. Se vira".

Gráficos


Os gráficos de "Astro Warrior" são simplistas e bem "mais-ou-menos" mesmo, sem muita coisa para se destacar exceto a tela de abertura, com a nave espacial em primeiro plano, a qual ficou legal.
Se o visual da nave do jogador é minimamente passável, as naves inimigas são bem genéricas e pouco chamativas- mesmo os chefes de fase são bem sem sal!
A versão do jogo lançada por aqui consegue ser ainda pior, substituindo o espaço estrelado como cenário de fundo por um borrão verde escuro que deveria ser a lagoa com água poluída, mas acaba parecendo apenas uma panela de sopa de ervilha derrubada por alguém no chão da cozinha.

Música e Efeitos Sonoros

Não há muito a dizer dos efeitos sonoros, sendo bem típicos de jogos de nave da época, sem nada de destacável. As músicas do jogo, por outro lado, são legais, com um tom até heroico. A trilha sonora acaba sendo um dos pontos fortes do jogo.

Controles e Jogabilidade


Os controles são simples (tanto o botão 1 quanto o botão 2 tem a mesma função, servindo para atirar) e respondem satisfatoriamente, não havendo muito do que se reclamar ou exaltar nesse quesito. 

Dificuldade

Capa norte- americana de "Astro Warrior', e que nem é das piores!

Quanto a dificuldade...bem, "Astro Warrior" é um SHMUP dos anos 80, logo é óbvio que é difícil. O jogo pelo menos traz alguns power ups para o jogador, na forma de "naves" (as "Weapons Supply Ships") que descem a tela horizontalmente e quando apanhadas pela Astro Raider aumentam a velocidade da nave, o poder de seus tiros e a quantidade de rajadas disparadas de uma vez só e outras coisas do tipo. As melhorias de fato ajudam bastante, em especial contra os chefões.

Comentário Final

A capa da versão lançado no Brasil pela Tec Toy
"Astro Warrior" não é um jogo realmente ruim, mas é um SHMUP bem genérico e sem nada de especial, com pouco a oferecer a quem não é um fanático pelo gênero. A maioria dos jogadores provavelmente perderá o interesse após umas poucas partidas jogadas, enquanto os entusiastas dos "jogos de navezinha" vão se prender mais pelo desafio mesmo.

NOTA: 5,0

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