27 de set. de 2019

10 Jogos mais Bizarros e Tétricos do SNES

Depois das bizarrices do NES, do Master e do Mega, só faltava ele... o último dos "4 Grandes" da primeira metade dos anos 90 aqui no Brasil! O vértice que faltava no Quadrilátero OldSchool: O Super Nintendo, também conhecido como SNES, ou simplesmente Super, para nós, os íntimos de tantos anos.
Comparados aos outros três, a biblioteca de títulos do SNES é aquela considerada a mais "family friendly", porém, garimpando bem, você encontra uma pérolas bem tétricas no meio de tantos títulos família protagonizados por bichinhos fofinhos!
Pegue sua bateia e venha conosco!

1- Majyuuou



Provavelmente o jogo mais sombrio e dark de toda a biblioteca do SNES, com um roteiro que nada fica a dever a mangás e animes de terror estilo "DevilMan". A história do jogo tem uns elementos bem pesados, com traição, tortura e infanticídio... Um homem chamado Abel descobre que seu melhor amigo, Bayer, vendeu a alma para o demônio. Não satisfeito em se desgraçar sozinho, Bayer mata em sacrifício tanto a esposa quanto a filha (e aparentemente até o gato de estimação) de seu amigo Abel, com o propósito nada nobre de trazer Lúcifer ao mundo dos humanos.
Abel, obviamente, não gosta nem um pouco da atitude de seu melhor amigo e parte para vingança, mas leva a pior, tomando uma surra digna de briga de torcida organizada. Entretanto, o espírito de sua falecida esposa, Maria, o traz de volta das portas da morte e clama para que Abel vá ao próprio Inferno resgatar a alma da filha, Iria.
Abel vai para o Inferno (literalmente), armado inicialmente com uma pistola que dispara energia no lugar de balas, no melhor estilo Leigan de Yusuke Urameshi, acompanhado pelo espírito da esposa na forma de uma fada. Além da pistola, Abel pode se transformar em bestas como uma harpia ou dragão à la  "Altered Beast" para tocar o maior rebú na casa do capeta.
Além da história, o jogo também espalha cenas bem eprturbadoras pelas fases... existem corpos pendurados, almas aprisionadas em cubículos e mesmo cenas de tortura, onde demônios com cabeça de cavalo espancam mulheres.  E ainda tem outro lance levemente perturbador... se Abel morrer, Maria, na forma de fada, sacrifica sua própria alma para que ele reviva (mais uma vez) e possa tentar continuar a salvar Iria.
O jogo, por motivos não muito difíceis de adivinhar, não saiu do Japão, nunca tendo sido oficialmente lançado nos EUA. Existe contudo uma versão feita por fãs, com textos traduzidos em inglês e batizada de "King of Demons".

Bem que alguma empresa podia comprar os direitos desse jogo e relança-lo oficialmente traduzido para Steam ou GOG hoje em dia...

2- Parodius


Lançado pela própria Konami, "Parodius" é uma grande e engraçada brincadeira satirizando o gênero "SHMUP", em especial títulos da própria empresa, como "Gradius". Os inimigos são uma coleção de peças raras, um mais estapafúrdio que o outro! Já imaginou um dia ter que enfrentar uma corista gigante entre os prédios iluminados de uma metrópole? O momento chegou!

3- Captain Novolin


Jogos educacionais geralmente unem boas intenções e uma péssima execução, gerando resultados plenos em vergonha alheia e humor involuntário, e "Captain Novolin" destacou-se com louvor em ambos os casos!
No jogo você é um super-herói diabético (sim, isso mesmo), com um visual que parece saído de algum desenho animado de sábado de manhã de baixo orçamento ou de uma loja de fantasias baratas, que deve enfrentar doces, hambúrgueres e demais comidas inadequadas na heróica missão de manter sua taxa de glicose controlada. Fora isso Capitão Novolin não pode deixar de tomar insulina e sempre recebe algumas importantes informações sobre diabetes entre uma fase e outra.
Os gráficos são... estranhos, mas os inimigos são divertidos. Da maneira errada, mas são. Se você alguma vez sonhou em aprender tudo que se sabia sobre diabetes nos anos 90 sem precisar conversar com um médico, esse jogo é para você!

4- Chou Aniki


O jogo de luta mais... sui generis,,, já lançado. Chou Aniki é um jogo onde homens musculos, vestidos com sunguinhas ou roupas de couro e cheios de poses bem... performáticas... lutam em cenários cheios de flores gigantes e estátuas de mais homens musculosos semi-nus.

aquilo saindo daquele cano... é um... mas que bizarro...

E a personagem feminina de destaque é uma lutadora meio mulher- meio submarino, tripulada por mais homens musculosos semi-nus.
Sim é sério.


Se lançado nos dias de hoje "Chou Aniki" provavelmente seria execrado tanto por coanservadores, por seu teor homoerótico, quanto por membros de movimentos LGBT, pelas representações caricatas e estereotipadas. Apenas lembre-se que esse jogo foi lançado na primeira metade dos anos 90, quando as coisas eram bem diferentes.

5- Earthbound



"Earthbound" é um dos melhpres jogos do SNES, e provavelmente um dos melhores RPGs já lançados também, mas convenhamos... é muito bizarro...
O jogo mistura elementos de ficção científica de filme B, com um alienígena vingativo querendo destruir a Terra, com elementos tanto de mangás e animes ou da cultura pop norte-americana, e isso somado à paranormalidade, cidades infestadas por zumbis, túneis assombrados que distorcem as leis do espaço tempo, cujos fantasmas aparentemente não suportam jazz, um mentor inseto falante de outro planeta, viagens ao subconsciente e dimensões fora do tempo-espaço, além do mais bizarro antagonista infantil de todos os tempos, o covarde, malicioso e vingativo Pokey.
Mesmo a mais benévola das criaturas desse jogo, os Mr. Saturn, são tremendamente estranhos... aliás todos os aliados são estranhos... o inventor juvenil com péssimos hábitos de higiena Apple Kid... a banda de jazz Runaway Five... só tem gente "única".
Não entendam mal... "Earthbound" é um clássico imperdível, com ótima história e textos bem escritos e criativos, além de fazer um dos melhores usos do surreal que já vi no mundo dos jogos. Eu gosto demais desse jogo, mas... que é indubitavelmente esquisito, é...

6-Uniracers


Um jogo onde um monociclo aparentemente guiado por um espírito zombeteiro ou pelo Homem Invísivel da Liga Extraordinária deve chegar ao fim do trajeto de uma pista arco-íris, tendo ao fundo o cenário mais genérico possível. 
O jogo permite dois jogadores. Boa sorte em encontrar alguém para jogar isso com você. Eu estou fora.

7- Mo Hawk and Headphone Jack


Um jogo protagonizado por um humanoide amarelado pelado de cabelo moicano verde usando óculos escuros e headphones, perambulando por cenários com o pior design que já vi, sendo uma tarefa impossível entender o que são.
Eu até pararia por aqui, mas preciso avisar que a tela de abertura é uma panóplia de cores aleatórias tão caótica que faz doer as retinas. Recomendo cautela ao jogar esse jogo. 
Aliás, não recomendo muito jogar esse jogo...

Anatomicamente está faltando algo nesse herói aí...
8- Soccer Kid




Um alienígena roubou a taça da copa do mundo. Por que? Porque não, roubaria, ora? Só para acrescentar na sua coleção de troféus roubados, aparentemente. Agor aum garoto munido de sua perigosa... bola de futebol... deve recuperar a taça e permitir que a Copa do Mundo aconteça. Sim... um menor de idade sozinho carregando uma bola deve lidar com um caso de roubo mais do que internacional, interplanetário!
Além do alienígena, o jovem futebolista deve enfrentar outros perigos, como cantores de ópera parecidos com o Luciano Pavarotti e submarinos soviéticos- mesmo que quando esse jogo tenha sido lançado já não existisse mais a URSS.

9- UFO Kamen Yakisoban: Kettler no Kuroi Inbou


Um beat'm up lançado apenas no Japão inspirado por uma série de comerciais de macarrão instantâneo, onde um herói fantasiado de pacote de cup noodles enfrenta vilões pelas ruas da cidade. E ele pode fazer isso pedalando um monociclo em alguns momentos.
É... é isso...

10- Gourmet Warriors


Um beat'em up que mistura pancaria com culinária.
Sim... culinária...
Um jogo com protagonistas bem exóticos, onde consumir proteína é uma prioridade e deve salvar não só a cidade de Zeus Heaven Magic City (que nome...) quanto seus suprimentos alimentícios. Quem diria que a gourmetização tinha chegado aos jogos d evideogame ainda nos anos 90!


E fechamos a lista super tétrica do Super Nintendo! Como é de praxe em posts assim, lembro que não estou dizendo que os ajogos aqui citados são automaticamente ruins. Apenas foram criados por desenvolvedores com muita criatividade ou com um peculiar senso de realidade alterado- ou talvez as duas coisas!

Um comentário:

  1. Aff, SÉRIO que faltou EarthWorm Jim nessa lista?! Imperdoável, imperdoável...

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