História e Roteiro
Originalmente um arcade, uma versão de "My Hero" para Master System foi lançada em 1986. A versão para Master system foi bem inferior a do arcade, cortando vários elementos e inimigos presentes na versão original.
O roteiro em sí não sofreu modificações... Steve (Takeshi no original) passeava tranquilamente com sua namorada Remy (Mari no original) quando e atacado por Mohikan, um líder de gangue. Pego de surpresa, o jovem não consegue evitar o rapto de sua amada mas sem hesitações toma a única decisão que uma pessoa sensata e equilibrada tomaria. Chamar a polícia e a divisão anti- sequestros? Não!!! Sair batendo em todo mundo que aparece pela frente até conseguir ter sua garota de volta, ora!
Steve/ Takeshi vai atravessar três fases repetidas cerca de 20 vezes em looping, enfrentando bandidos de meia listrada, anões arremessadores de faca, buldogues bravos, bombas e porcos velozes (sim... porcos...é sério...) até encontrar o raptor de sua garota em um duelo ao pôr-do-sol numa praia deserta.
Romântico, não?
Gráficos
Os gráficos são fracos até para o padrão do Master System, mas não tão ruins quanto alguns dizem. O cenário é chapado e geométrico demais, não tendo nenhum elemento realmente interessante- a exceção é o cenário da praia onde se luta contra o chefe de gangue, uma praia ao pôr-do-sol. Não é a oitava maravilha do mundo, mas se destaca no jogo.
Os sprites dos personagens são simples e pouco detalhados. Steve/ Takeshi é desenhado de forma quase minimalista. O máximo que pode se dizer é que ele está usando o uniforme escolar estereotipado do Japão (estilo Kazuma Kuawabara). Os vilões são bem cartunescos, em especial os membros da gangue com óculos escuros e meias listradas.
Música e Efeitos sonoros
Nada a se destacar aqui. A música usada no jogo não é ruim de fato, mas pode se tornar um tanto enjoativa após um tempo. Os efeitos sonoros são absurdamente simples.
Controle e Jogabilidade
Os controles respondem razoavelmente bem,apesar de um ou outro momento em que a detecção de golpe vai te deixar na mão.
Steve/ Takeshi possui 3 ataques:
- Botão 1: voadora. Muito eficiente. Será o golpe que você mais desferirá no jogo todo)
- Botão 2: soco. Praticamente inútil...em geral só serve para rebater as garrafas arremessadas contra você do alto dos prédios.
- ↓ + botão 2: Rasteira. Útil contra inimigos baixinhos como os buldogues.
- ↑+ botão 2: Chute alto. Não muito útil.
Um detalhe que pode ser útil é que se o herói socar uma garrafa arremessada contra ele, ela sairá voando e derrubará qualquer inimigo que estiver no caminho.
Dificuldade
O jogo tem um ritmo rápido com bandidos vindo sem parar contra você, e isso pode levar a uma certa dificuldade nas primeiras jogadas.
"My Hero" é difícil. O protagonista morre com um único golpe e não existem power ups, vidas nem nada correlato durante o jogo. Por incrível que pareça, as lutas no final das fases contra o Mohikan são em geral mais fáceis que atravessar o estágio em sí.
"My Hero" foi apenas mais uma das versões de jogos de arcade que a Sega lançou para seus consoles caseiros, e não foi sequer uma das mais bem feitas ou melhores. O jogo não é ruim de todo, mas o fato de lembrar o esquema de jogos do Atari (looping das mesmas fases com dificuldade cada vez ampliada) torna-o cansativo e enjoativo bem rapidamente.
Recomendado para fãs incondicionais do Master System e verdadeiros fanáticos por jogos de artes marciais.
NOTA: 5,0
P.S: No Brasil, "My Hero" foi lançado com o nome de "Gang's Fighter".
Não conheci a versão arcade. Olhei aqui no YouTube, o gráfico era bem melhor e tinha 2 fases diferentes antes voltar de ter o looping. Raios, não passaria nem ferrando da fase do planeta dos macacos... o.o"
ResponderExcluirTambém nunca joguei o arcade, mas parece ser mesmo osso duro de roer!
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