28 de fev. de 2019

Final Fight


Todo gênero tem aqueles jogos essenciais, que, devido tanto a suas qualidades quanto ao seu sucesso, ajudaram a definir as características daquele tipo de jogo. "Final Fight", originalmente para os arcades lançado no Japão em 1989 com o nome de "Final Clash", é um desses casos, tendo deixado seu legado não só através da franquia que iniciou quanto mas também através da influência que exerceu nas dezenas de beat'em ups que o seguiram na primeira metade dos anos 90. 

História e Roteiro


"Final Fight" foi lançado no finalzinho dos anos 80 e é visível a influência dos filmes de ação daqueles tempos. Seu enredo podia perfeitamente ter servido para alguma das produções cinematográficas cheias de pancadaria e diálogos memoravelmente toscos da época: Metro City, uma  metrópole violenta, decadente, suja e corrupta- basicamente uma típica metrópole norte-americana dos anos 80, segundo os filmes do período- tem seu submundo controlado pela gangue Mad Gear, a mais poderosa dentre todas da cidade. O novo prefeito de Metro City, o ex- lutador profissional Mike Haggar, pretende reverter esse quadro e trazer justiça à cidade caótica, mas tem sua filha, Jessica, sequestrada pela Mad Gear, como forma de chantageá-lo para interromper seus planos.
Decidido a salvar Jessica sem se dobrar à poderosa organização criminosa e a seu ardiloso líder, Belger, Mike Haggar parte para o resgate, mostrando que prefeito de verdade saí do gabinete e resolve a questão da segurança pública por conta própria- e sem nem mesmo estar vestindo uma camisa para isso! 
Devido a corrupção que impera na cidade, sendo que até mesmo membros da polícia figuram dentro das fileiras da Mad Gear, Haggar pode contar apenas com a ajuda de Cody, namorado de Jessica e especialista no uso de facas, e de Guy, lutador de artes marciais descendente de um antigo clã ninja e amigo em comum dos dois, para resgatar a belíssima Jessica, derrotar a famigerada Mad Gear e trazer a tão merecida paz para Metro City- não necessariamente nessa ordem.

Gráficos


Lembre-se... "Final Fight" é um jogo de 1989... seus gráficos, de ponta para a época, não ficaram imunes ao peso dos anos, mas, ainda assim continuam bons. Os cenários são muito legais, cheios de detalhes (pichações nas paredes, o barman lendo jornal, etc) e bastante variados no primeiro estágio, "Slums", fica muito bem marcado a diferença entre o bairro pobre e arruinado, separado com cercas e placas alertando para o perigo, para o centro da cidade cheio de arranha-céus ao fundo. É quase um exemplo gráfico daquele conceito sociológico de cidade partida!



Gosto bastante das partes passadas no metrô (uma clara representação de como o japonês médio imaginava o metrô de Nova York dos anos 80) e da Bay Area, com o mar noturno ao fundo- só estranho ter uma Estátua da Liberdade em um determinado ponto... talvez algum dos criadores do jogo achasse que cada cidade dos EUA tinha uma... vai saber...
As cut-scenes são, em geral, bem desenhadas e os sprites dos personagens variam de medianos (o rosto de Cody, por exemplo, parece meio esquisito) a muito bons (em especial os chefões Damnd/ Thrasher e Sodom/ Katana), já animação está um tanto envelhecida, com alguns personagens se movendo de forma bem dura, como Andore ou Abigail. Nada que comprometa muito a qualidade geral, no fim das contas.

Música e Efeitos Sonoros


A trilha sonoro do jogo é ótima e variada! Tem o equilíbrio certo entre agitação de uma luta e tensão de ver um ente querido sequestrado e não dá para imaginar nada melhor para se perambular pelas ruas enquanto se esmurra membros de gangue com gostos para roupa questionáveis. É difícil escolher uma para destacar, mas gosto bastante do tema da Bay Area e da música que toca quando se chega na última parte do jogo, a cobertura de Belger.
Os efeitos sonoros também são ótimos! Dá para ouvir o barulho da composição do metrô correndo sobre os trilhos e o som metálico dos latões sendo chutados contra os heróis. Os golpes realmente soam como tal e as risadas, assobios e gritos dos inimigos cumprem bem a sua parte. Realmente "Final Fight" estava bem acima da qualidade média da época nesse quesito.

Controles e Jogabilidade


Os controles são simples e no geral respondem bem- só o golpe especial, onde é preciso apertar o botão de pulo e o de ataque ao mesmo tempo, as vezes engasga e não sai no momento desejado- o que pode ser bem ruim quando se está cercado por punks te cobrindo de socos e pontapés.

Dificuldade


O jogo não e fácil- afinal era um arcade e foi feito para comer moedas dos jogadores! Os chefes são difíceis, sendo Rolento e Abigail os piores em minha opinião, e até mesmo alguns inimigos de fase podem ser bem complicados de se lidar, como o arremessador de facas El Gado ou o brutamontes Andore, enquanto outros, como a polêmica Poison (afinal uma mulher trans ou não?), estão na média para os beat'em ups da época. Os golpes dos inimigos tiram bastante energia e não é raro eles acertarem sequências das quais é difícil de se safar- até porque em alguns momentos é difícil retomar o controle de seu personagem após ele levar um golpe.
O trio de protagonistas segue a divisão clássica da época, o cara forte e resistente, porém lento (M. Haggar), o cara rápido e ágil, mas que faz e aguenta pouco dano (Guy) e o equilibrado (Cody) e todos tem um glpe especial que atinge inimigos em todas as direções. Para dar um tempero extra, Haggar tem um golpe a mais que os outros dois, um formidável pilão que tira muita energia, e Cody pode usar as facas para lutar, enquanto os outros dois só podem arremessá-las.
O jogo tem algumas armas (facas, canos e espadas) e itens que recuperam energia ou dão pontos extras espalhados pelas fases- aliás pode comer comida achada no lixo tranquilamente que faz bem! Uma última coisa... espremidas entre os estágios, tem-se duas fases bônus, onde os três lutadores podem demostrar seu pouco apreço pela propriedade privada alheia destruindo um carro ou quebrando vidros em uma fábrica. Tente caprichar nelas, pois as fases bônus podem render muitos pontos- o que é importante já que ganha-se vidas ao se atingir determinadas pontuações!

Comentário Final


"Final Fight" é um grande clássico e, sem dúvida alguma, muito divertido, mesmo que tempo cobrando seu preço. Seus personagens são carismáticos e mesmo os vilões tem mais personalidade que aqueles da maioria dos jogos de pancadaria. É desafiante sem ser frustrante e é daqueles jogos que agradam um público mais geral, não só exclusivamente os fãs do gênero beat'em up
E jogado com os amigos fica ainda melhor!

Nota: 8,5

P.S1: Na versão norte-americana do jogo, Poison e sua pallete swap Roxy foram substituídos por uma dupla de punks genéricos, Sid e Billy, devido à polêmica questão envolvendo o gênero de Poison. 

P.S2: "Final Fight" ganhou duas versões para SNES, pois, devido às limitações do console doméstico, não dava para disponiblizar os três lutadores para escolha no jogo. Em "Final Fight" podia-se escolher entre Cody ou M. Haggar para tentar resgatar Jessica, enquanto em "Final Fight Guy" o jogador podia escolher o ninja Guy no lugar de Cody, permanecendo Haggar como a segunda opção,

26 de fev. de 2019

"Nightshade" e mais dois títulos oldschool chegando para Steam em março!


A Piko Interactive aparentemente está decidida em fazer que 2019 seja o "Ano da Piko"! Mais três títulos oldschool chegam à Steam em março trazidos pela empresa!
O destaque vai para "Nightshade", um jogo de ação e aventura com um clima muito, mas MUITO pulp! Parece saído daquelas publicações dos anos 20 e 30, tipo "Weird Tales" ou "Amazing Stories"!
"Nightshade" saiu originalmente para o NES e, mesmo nunca tendo sido um estouro de sucesso, angariou seu séquito de fãs fiéis e o status de "cult" No jogo, Nightshade é um herói de sobretudo e chapéu fedora, no melhor estilo de The Spirit ou O Sombra, e tenta salvar Metro City de uma onda de crimes comandada pelo antigo vilão egípcio Sutekh. Nossa... um vilão egípcio com poderes mágicos! Isso realmente é muito pulp! E quem melhor para derrotar um vilão egípcio estereotipado e caricato do que um herói que pode sumir na noite feito um fantasma?
Não, essa frase não é minha... está na página do jogo: "A superhero that can melt into the darkness like a phantom."- isso é muito pulp também! Indiscutivelmente pulp
Além de "Nightshade", a Piko também está trazendo  "Radical Rex", um jogo que saiu originalmente para SNES e Mega Drive (com algumas diferenças entre ambos) e é sobre um pequeno tiranossauro que anda de skate e cospe fogo enquanto tenta salvar os dinossauros da extinção planejada por um poderosos vilão. E para aqueles que dizem que um dinossauro cuspidor de fogo skatista não faz o menor sentido, eu respondo que é um jogo dos anos 90 e na época fazia bastante sentido.
Aliás, tudo fazia sentido nos anos 90.


"Radical Rex" é um jogo estilo plataforma que lembra um pouco títulos como "Big Nose Freaks Out" ou "Bonk's Adventure", ambos do NES, ou "Super Bonk", do SNES.  Uma boa pedida para quem é fã de jogos plataformas antigos!
Fechando os lançamentos anunciados, temos o mais datado dos três: um pacote com os três jogos da série "Spellcasting" lançados para PC ("Spellcasting 101"; "Spellcasting 201" e "Spellcasting 301"). A série "Spellcasting" era essencialmente uma mistura de adventure com text-games e narra as peripécias de um jovem aprendiz  em uma escola de magia, Ernie Eaglebeak- que em casa, inclusive, era tratado com desdém por um padrasto cruel que o colocava para dormir no sotão.



"Ah, isso é uma imitação de Harry Potter!"
Não... esses jogos são mais antigos... o primeiro saiu em 1990, o segundo em 1991 e o último em 1992. Fora isso... o jogo tem um tom bem mais... saliente... do que Harry Potter também, chegando quase a um tom de softcore em alguns momentos... lembra um tanto aquelas comédias adolescentes dos anos 80 e 90, do estilo de "A Vingança dos Nerds", "Almôndegas" ou correlatos. Desnecessário dizer que nós do OSD não recomendamos essa série de jogos para ninguém menor de 18 anos ou puritanos de qualquer idade...

Dos três, aquele que estou mais ansioso para ver na minha biblioteca Steam é sem dúvida "Nightshade", que pretendo comprar já no lançamento, dia 1/3. Depois de devidamente adquirido e jogado, postarei as minhas impressões- ou faço logo um review, se estiver com um pouco mais de tempo!

24 de fev. de 2019

Três jogos de PC espanhóis antigos e cult chegam em breve na Steam!



Nos anos 80 e 90 Japão e EUA foram, sem dúvida, os grandes produtores de jogos de videogame, tanto em volume de jogos criados quanto em quantidade de títulos famosos, mas outros países também contribuíram com sua cota de games, como a Inglaterra e, em menor escala, a Espanha.
Os estúdios tanto da Inglaterra e da Espanha não tinham nem de perto os recursos que os grandes nomes da época tinham, mas compensavam com criatividade e um ar mais "lado B", alternativo ou cult em seus jogos- o estúdio inglês The Bitmap Brothers talvez seja o melhor exemplo disso!
Enquanto a Inglaterra em alguns momentos conseguiu ocupar o terceiro lugar do pódio, mesmo nunca arranhando a supremacia dos japoneses ou estadunidenses, a Espanha realmente voltou-se mais para o nicho cult
Já comentamos aqui no blog sobre "La Abadia del Crimen", de Paco Menéndez, aquele que talvez seja o mais cult dos cults jogos jogos espanhóis. Existe já a algum tempo uma versão em inglês distribuída gratuitamente na loja Steam e recomendo bastante que todos baixem e experimentem "The Abbey of Crime Extensun"! O jogo, inspirado em "O Nome da Rosa" de Umberto Eco, é realmente bem feito e envolvente, embora bem enervante em alguns momentos! Já deixo avisado!
"La Abadía del Crimen" é um jogo de mistérios e solução de puzzles. Gostou do jogo ou gosta de jogos desse tipo? Então... dia 28 de março chega na loja Steam outro jogo espanhol seguindo um estilo de jogo bem parecido, mas com uma temática e ambientação bem mais contemporânea: "La Fuga", uma aventura gráfica originalmente lançada em 1996.



Em "La Fuga" o jogador controle um prisioneiro que tem sete dias para achar um jeito de fugir da prisão onde se encontra aguardando seu julgamento definitivo e sua transferência para um um presídio de segurança máxima, de onde é impossível escapar. Exploração, interação com outros prisioneiros, puzzles e enigmas para serem desvendados... tudo isso é necessário para achar o caminho da liberdade.
Além de "La Fuga", mais duas aventuras gráficas espanholas estilo point-&-click! Quem gosta de quadrinhos europeus ou de histórias em quadrinho antigas talvez conheça, ou pelo menos tenha ouvido falar, das HQs de "Mortadelo e Salaminho", recheadas de non sense e humor pastelão. O sucesso da dupla de desmiolados garantiu a eles sua participação no mundo dos games: "Mortadelo y Filemon: La Banda de Corvino" (na verdade três jogos em um) e "Mortadelo y Filemon: Una Aventura de Cine". 



Graficamente falando, ambos os jogos são muito bons, reproduzindo com perfeição o estilo e a estética das histórias em quadrinhos, além de seguirem a mesma linha de humor debochado. Ambos chegam em março, dias 21 e 14, respectivamente.


O fato de nenhum desses jogos ter sido muito conhecido por aqui na época em que foram lançados torna essa tempestade espanhola no Steam ainda mais bem vinda! É a chance dos retro-gamers brasileiros conhecerem mais jogos que fujam do eixo tradicional Japão- EUA e experimentarem algo um pouco mais cult, mais alternativo.
E títulos oldschool diferentes são sempre bem-vindos, afinal!

23 de fev. de 2019

Piko Interactive adquire direitos sobre os jogos da extinta Krisalis Software


A Piko Interactive, produtora e distribuidora especializada em trazer jogos antigos e semi-esquecidos de volta à vida e ao mercado, vem se superando em 2019! Depois de vários lançamentos oldschool para as lojas Steam e GOG, incluindo o RPG de SNES "Dragon View", a Piko acaba de adquiri os direitos de um estúdio fechado em 2001, o Krisalis Software, não muito lembrado aqui no Brasil, mas que foi responsável por um punhado de jogos interessantes, em especial para Amiga!
Infelizmente nem todos os títulos da Krisalis migraram para as mãos da Piko... "Laser Squad" (PC) e "Rogue Trooper" (Amiga), por exemplo, já pertenciam a outras empresas antes da Piko arrematar o portfólio da Krisalis e, infelizmente, não serão por ela relançados... Por outro lado "Arabian Nights", um plataforma de aventura bem divertido de Amiga, agora é da Piko e será lançado quando alguns assuntos técnicos relacionados à emulação forem acertados.
Até o momento não tenho maiores informações de quais outros jogos a Piko conseguiu... torço que "The Adventures of Kid Kleets"/ "Soccer Kids", um joguinho pouco conhecido de SNES, esteja entre eles, assim como "Badlands", um jogo de corrida em um futuro pós-apocalíptico simples mas que tem seu charme, estejam entre eles! 
Assim que souber mais novidades, vou informando aqui no blog. Vamos ver quais são as próximas novidades que a Piko reserva para nó, gamers fãs de jogos antigos e retro! Até a próxima"

21 de fev. de 2019

The King of Dragons



Até grandes produtoras tem seus jogos menores e a Capcom não é uma exceção. Um desses jogos de razoável qualidade e sucesso mediano lançados por essa gigante do mundo dos games é o jogo de arcade "The King of Dragons", lançao em 1991 e ambientado em um cenário de fantasia medieval quase clonado dos livros de "Dungeons & Dragons" e "Advanced Dungeons & Dragons".

História e Roteiro



Um roteiro sem originalidade, bastante familiar para qualquer um que tenha passado algumas muitas horas em uma mesa de RPG, mas que pelo menos é bem costurado, sem furos ou inconsistências.
Basicamente é uma história de "Mundo ameaçado por grande monstro poderoso", onde cabe aos heróis vencerem o mal e salvarem as terras dos homens, elfos e anões do perigo: O dragão vermelho Gildiss despertou e, como todo dragão vermelho que se preza, inicia uma onda de caos, fogo e destruição (não necessariamente nessa ordem) pelas terras do norte. Vilas são destruídas e castelos são tomados por Gildiss e seus asseclas. Por que? Porque Gildiss é um dragão e é isso que dragões fazem, ora.
Um heroico punhado de aventureiros decide partir de encontro ao dragão vermelho e pô-lo para dormir de uma vez por todas, devendo cruzar meio reino e enfrentar o exército monstruoso de Gildiss pelo caminho, além de dar uma ajuda a uma ou outra pessoa que esteja precisando, pois eles são heróis e é isso que os heróis fazem, ora.
Um detalhe legal é que, se você deixar a tela de início rolar sem iniciar o jogo vão aparecer umas cutscenes com NPCs tipicamente RPGísticos (como o dono de uma loja e um sujeito em uma taverna) passando adiante boatos sobre os ataques do dragão e os problemas enfrentados ao norte. Uma sacada bem legal e divertida, bem RPG, para explicar para os jogadores o objetivo do jogo!

Gráficos



Os gráficos de "The King of Dragons" são legais, mas é inegável que, se tratando de um jogo de arcade, deixam a impressão que são menos do que poderiam ser... Mesmo sendo um arcade do início dos anos 90, os gráficos poderiam ser mais vistosos, mais trabalhados e chamativos. Os gráficos de "The King of Dragons" parecem mais com os de um bom jogo de console doméstico de 16 bits do que com o que se via nos arcades da época-  "Golden Axe" , afinal, é de 1989!
Independente disso os gráficos agradam aos olhos. Os cenários são bonitos, com alguns detalhes que lhes dão mais graça (como o céu do anoitecer na luta contra o ciclope) e os sprites dos personagens são bem desenhados e contam com uma animação e movimentação até bem feita, embora sejam pequenos, em especial quando comparados aos sprites de outros beat'em ups daqueles tempos. 
Outro detalhe bacana é que, ao se encontrar algum NPC pelo jogo (como o guerreiro ferido no covil da hidra), uma imagem grande do personagem aparece no centro da tela, junto ao texto da fala. Os lábios chegam a se mexer, o que foi um detalhe bem caprichado.
Dentre os cenários, gosto em especial dos cenários subterrâneos, do templo onde se enfrenta o ciclope e das ruínas do minotauro, que lembram algo greco-romano. Já dentre os personagens, acho o visual do grupo de aventureiros muito legal, bem clássico! Os inimigos de fase são bons como um todo, mas quem se destaca mesmo são os monstros maiores, como a hidra, o wyvern ou os minotauros com machados gigantes.

Música e Efeitos Sonoros

Assim como o roteiro do jogo, tanto as músicas quanto os efeitos sonoros são bem típicos do gênero fantasia medieval. São bem feitos, cumprem sua função mas nada muito inspirado ou marcante. As músicas pelo menos são variadas (embora uma outra se repita em fases diferentes) e realçam o tom épico e aventuresco do jogo. Não ficariam mal como música de fundo para umas partidas de RPG de mesa ou jogos de tabuleiro como "Hero Quest".
A música de abertura é bem épica e sem dúvida a minha favorita, seguida da música do chefão da 10o fase, as wraiths. Infelizmente nenhuma delas é muito longa e logo entram em looping.

Controles e Jogabilidade


 Os controles são bastante responsivos, o que é essencial para jogos beat'em up e são até bem simples: um botão de ataque comum, outro de pulo e apertando os dois ao mesmo tempo usa-se magia. O único senão é o uso do escudo do clérigo, anão e guerreiro para se defender... para boquear um golpe deve-se apertar o direcional na direção oposta ao do oponente (se você estiver sendo atacado pela direita deve apertar o direcional para esquerda, por exemplo) bem no momento em que o inimigo desfere o ataque. O timing tem que ser perfeito e é bem chatinho de se pegar o jeito. na verdade.

Dificuldade


A dificuldade em "The King of Dragons" é equilibrada. Nem demais, nem de menos. Como em todo beat'em up, jogar com mais alguém ajuda muito- e em "The King of Dragons" podem jogar três ao mesmo tempo!
Alguns chefes, como as aranhas gigantes ou o cavaleiro negro, são mais enjoados de se derrotar. Outros são mais fáceis do que parecem, como o rei orc ou as wraiths. Os inimigos e fase em si não são realmente complicados de se lidar, mas causam problemas quando em grande número ou em algumas combinações de tipos de monstros que, juntos, dão mais trabalho que isolados, como quando orcs aparecem junto com os montadores de dragões.
O jogador pode escolher entre cinco personagens diferentes: Guerreiro; Clérigo; Mago, Anão e Elfo. Cada um tem seus pontos fortes e fracos- o Elfo, por exemplo, tem o ataque mais rápido e que tem o maior alcance, mas tem pouca energia e resistência, enquanto o clérigo tem ótima defesa e um ataque bem razoável, mas é muito lento, e por aí vai. Pelo menos para mim, nenhum é realmente melhor que o outro, dependendo mais do estilo de jogo de cada jogador.
"The King of Dragons" também possui alguns elementos de RPG, como subir de nível (que aumenta os pontos de vida, entre outras coisas) ao se conseguir pontos de experiência suficiente matando monstros ou coletando tesouros. Sim... isso é muito "Dungeons & Dragons"!
Por fim, para facilitar o andamento do jogo, pode-se aumentar os níveis de armas, escudos, anéis de proteção e flechas se coletando power ups em alguns momentos específicos, além de itens que recuperam energia, como comida ou poções de cura. Um detalhe mais criativo é a possibilidade de encontrar esferas mágicas que, uma vez quebradas, libertam algum feitiço, como transformar inimigos em sapos. Bem divertido!

Comentário Final


"The King of Dragons" é um jogo divertido, embora não seja a nem de longe coisa mais excepcional lançada para os arcades nem um grande marco para o gênero beat'em up. Nenhum elemento do jogo é realmente original, mas por outro lado são bem utilizados e encaixados. O forte do jogo é realmente a ação e nisso ele cumpre seu papel, além de que a gama até variada de personagens para escolher é um fator de rejogabilidade considerável. 
No geral, "The King of Dragons" é um daqueles títulos para serem jogados sem se criar muita expectativa, como um passatempo despretensioso mas que ajuda a passar o tempo de forma apreciável. É especialmente recomendado para fãs de fantasia medieval e fanáticos por beat'em ups.

NOTA: 6,5

P.S 1: O título teve uma versão lançada para SNES lançado em 1994, com algumas mudanças tanto na  estética (os sprites são um pouco mais atarracados e menores) quanto na jogabilidade em si (um botão específico para usar o escudo, etc). 

P.S 2: "The King of Dragons" é um dos sete jogos que fazem parte do "Capcom Beat'em Up Bundle", disponível na loja virtual Steam.

16 de fev. de 2019

"Gekido Kintaro's Revenge", beat'up de Game Boy Advanced, chega na Steam em março!



Se você for fã de jogos beat'em up da mesma forma que eu, comemore! Um pequeno clássico desse gênero vai chegar dia 4 de março na loja Steam: "Gekido Kintaro's Revenge", lançado originalmente em 2002 para Game Boy Advanced!
O jogo é uma sequência de"Gekido Urban Fighters" de PSX, e mistura artes marciais e sobrenatural, com o jovem lutador Tetsuo é enviado por seu mestre para investigar uma vila remota onde estranhos acontecimentos vem ocorrendo.
A versão a ser lançada na loja Steam conta com muitas novidades, como novas cut scenes, novos estágios, nova trilha sonora e dois modos de jogo novos. Eu, particularmente, detesto quando lançam versões de clássicos alteradas, com um trilha sonora diferente da original ou coisas assim (ainda não engoli isso nessa versão remasterizada do clássico cult "Gods"), mas é dito na página do jogo que nessa versão de "Gekido Kintaro's Revenge" você pode customizar sua experiência, escolhendo entre aspectos novos ou antigos:

"Tons of video/audio options and original against new assets options to customize your experience."

Achei o texto ficou meio vago...  só no âmbito do áudio ou vídeo que posso escolher os aspectos originais? Posso fazer o mesmo com os novos estágios, preferindo jogar apenas as fases originais do jogo? E as tais cut scenes novas? Posso cortá-las? Não sei dizer... de repente não dá para deixar tudo igual ao original... eu francamente espero que dê! Não que eu não queira jogar os novos estágios ou ouvir a nova trilha sonora, mas gosto de ter (e jogar) o jogo original primeiro e depois curtir as novidades como um bônus.
Sim, eu sou um purista chato. De qualquer forma, o jogo já está disponível para ser colocado na Lista de Desejos/ Wishlist e vale a pena dar uma conferida na página dele- tem videozinho para assistir e tudo.

14 de fev. de 2019

RPG retrô "Chained Echoes" em campanha no Kickstarter


Saudades dos velhos RPGs de 16 bits, em especial das muitas obras-primas do SNES? É nisso que "Chained Echoes" busca inspiração!
"Chained Echoes" se passa em um mundo que mistura magia e tecnologia, com dragões e magos lado a lado com trajes mecanizados estilo mecha! Guie um grupo de aventureiros em uma busca por paz, tentando por fim à guerra que assola um continente por décadas a fio.
O jogo promete muita viagem de 20-25 horas por paisagens variadas, povoados por personagens "cativantes" (nas palavras do próprio desenvolvedor), cheia de segredos para serem descobertos por quem gosta de explorar o cenário.
O jogo é feito com o engine Unity3D, com gráficos estilo 16 bits e trilha sonora que remete aos jogos de RPG do primeiro Playstation. Os combates são em tempo real e como novidade trazem interações com o cenário que podem trazer consequências na batalha (como cortar a corda do lustre pendurado no teto para fazê-lo cair sobre os inimigo) além de não existirem encontros aleatórios no jogo.

O jogo ainda está em estado de desenvolvimento e os desenvolvedores lançaram uma campanha no Kickstarter para arrecadar os fundos necessários para terminar "Chained Echoes" e lançá-lo no mercado. Quem quiser conhecer mais sobre o projeto e mais detalhes sobre o jogo é só clicar no link abaixo:

https://www.kickstarter.com/projects/1013827562/chained-echoes-a-16bit-fantasy-rpg-with-mechs-and

Existe também a página própria do jogo, com detalhes e meios de contato:

http://www.chainedechoes.com/

Minha primeira impressão foi bem positiva! A primeira vista "Chained Echoes" parece que vai ser bem legal! Se você gosta de RPGs clássicos, vale a pena dar uma conferida!



8 de fev. de 2019

"Katana Soul" já tem data de lançamento na loja Steam marcada!


O jogo de samurai da Seep já tem data para chegar na loja Steam: Março de 2019! 
"Katana Soul" busca seguir o estilo dos jogos antigos e isso não só na estética! Apesar de ser um jogo relativamente curto (cerca de meia hora, segundo os desenvolvedores) é bastante difícil e não disponibiliza nem continues nem save game para o jogador!  Um desafio e tanto, seja para gamers veteranos, seja para a  galera mais nova.
Pelo vídeo que vi, o jogo parece ser bem promissor! Gostei bastante dos gráficos com a paleta de cores do Commodore 64 e a premissa do jogo, a luta solitária de um samurai em um Japão dominado por forças demoníacas, me lembrou o divertido "Kenseiden" do Master System! E a música ficou show!
Até o momento ainda não foram disponibilizadas informações sobre o preço do jogo ou sobre a dia específico do lançamento. Assim que mais informações forem divulgadas, avisaremos aqui no blog.

Para quem quiser dar uma conferida, deixo abaixo o link da página da Steam.

https://store.steampowered.com/app/1028300/Katana_Soul/?curator_clanid=4777282&utm_source=SteamDB

 Recomendo bastante que assistam ao vídeo do jogo. Fiquei bem animado com o que vi e me deixou com mais vontade de jogar "Katana Soul". Para quem está com saudades de jogar "Kenseiden" é um prato cheio!

Trilogia "Jill of the Jungle" disponibilizada de graça na GOG!


"Jill of the Jungle" foi uma trilogia de jogos de aventura  estilo plataforma lançada para PC  pela Epic Megagames no início dos anos 90. Os jogos seguem as aventuras de uma amazona loura, Jill, por selvas e cavernas em uma busca mística, enfrentando seus inimigos a base da faca e de uma arma de arremesso que lembra uma versão do chakran da Xena com lâminas.



Foram lançados no total três títulos para a série ("Jill of the Jungle"; "Jill Goes Underground" e "Jill Saves the Prince", respectivamente), com estilo de jogo bem típico para os jogos plataforma da época, com muitos saltos de dificuldades variadas, chaves a serem encontradas e power ups para ajudar o jogador a seguir em frente. Embora não tenham sido nenhum sucesso estrondoso, a série até que agradou e alcançou um status de cult, tendo uma base de fãs fiéis até os dias de hoje, mesmo sendo bastante datado em termos de gráficos e estilo de jogo.



Os três jogos diferiam pouco entre si, mudando apenas alguns detalhes como a existência ou não de um overworld/ mapa-mundo para se alcançar as fases ou as cores da roupa da protagonista, diferentes em cada aventura (verde no primeiro jogo; vermelho no segundo e azul no terceiro e último título). Originalmente lançados de forma individual, posteriormente os três títulos relançados juntos em uma compilação chamada "Jill of the Jungle: The Complete Trilogy", disponibilizada gratuitamente para download na loja GOG desde 2 de novembro do ano passado.
Quem quiser dar uma conferida nas peripécias da rainha da selva, é só ir no link abaixo e baixar a trilogia:

https://www.gog.com/game/jill_of_the_jungle_the_complete_trilogy

O único senão é que você tem que se cadastrar na loja primeiro e estar logado para poder efetuar o download, mas como a inscrição no site também é gratuita nem é um problema ou incômodo tão grande assim- Inclusive existem alguns outros bons jogos ofertados gratuitamente pela loja virtual, como "Lure of the Temptress" ou "Ultima IV Quest of the Avatar", os quais você pode baixar mesmo nunca tendo comprada nada pelo GOG! Vale a pena conferir.

Uma última curiosidade sobre "Jill of the Jungle" é que seu engine foi utilizado por uma companhia chamada Ark Multimidia Publishing em um jogo de aventura de temática cristã, "Onesimus: A Quest for Freedom" (também conhecido como "Escape from Rome"), inspirado na Epístola a Filémon do Novo Testamento e tendo como protagonista o escravo convertido ao Cristianismo (e santo, para várias denominações cristãs) Onesimus. Ainda não joguei esse jogo, mas tenho bastante curiosidade...

5 de fev. de 2019

"Mystery World Dizzy", jogo oficial do Dizzy gratuito


A dica não é novidade e eu ia falar ontem, quando escrevi sobre o "Panic! Dizzy", mas... esqueci... simplesmente esqueci... Então vai ser hoje mesmo! O que importa é jogar!

Para comemorar o aniversário de 30 anos da série "Dizzy","Mystery World Dizzy" foi disponibilizado gratuitamente pelos criadores da franquia, os Oliver Twins, no site yolkfolk.com, podendo tanto ser jogado on line quanto se fazer o download da ROM, de graça e legalmente.
O jogo é a continuação nunca lançada de "The Fantastic Adventures of Dizzy" e, apesar de ter sido finalizado por um fã da série, Lukasz Kur, "Mystery World Dizzy" é um jogo "oficial da série, pois já estava praticamente pronto nos anos 90 e seria lançado exclusivamente para NES em 1993 ou 1994, o que acabou não acontecendo por alguma razão qualquer.
O jogo é um adventure que segue o mesmo estilo e o formato  de "Treasure Island Dizzy" e "The Fantastic Adventures of Dizzy", com ênfase em exploração e solução de puzzles onde muitas vezes entra a necessidade de se ter ou usar um item específico. Para quem gosta de adventures vale muito a pena conferir! 
Para baixar ou jogar, é só clicar no link abaixo:

http://yolkfolk.com/mwd/


Uma novidade legal é que existe português  entre as línguas disponíveis para se escolher! Um ótimo incentivo para tornar os jogos do Dizzy mais conhecidos e populares por aqui!

Esta aí a dica e por hoje é isso. Bom jogo a todos e divirtam-se no fabuloso mundo dos Yolkfolks!

4 de fev. de 2019

"Panic! Dizzy", jogo perdido do Dizzy, chega na sexta ao Kickstarter!


Gosto bastante de adventures e dentre as muitas franquias que curto "Dizzy" está entre minhas favoritas.  Uma ótima mistura de jogo plataforma com puzzles (muitas vezes envolvendo usar o item certo no lugar ou com a pessoa certa) e um pouco de exploração por cenários de fantasia.
Meu primeiro contato com a série de jogos "Dizzy" foi bem por acaso: esbarrei com um cartucho "Quatro Adventure", da Codemasters/ Camerica*, no Carrefour, lá por 1992 ou 1993, e no meio de "Super Robin Hood" e "Linus Spacehead" estava a divertida figura de um ovo antropomórfico estilo Humpty Dumpty usando um chapéu de explorador dentro de uma bolha de ar e as voltas com algumas criaturas aquáticas. 
Não cheguei a jogar "Treasure Island Dizzy" na época. Não comprei o cartucho. Apenas anos depois é que isso veio a acontecer, e ainda por cima só depois de eu ter jogado aquele que até hoje é meu jogo favorito do "Dizzy", a versão (não licenciada) de NES de "The Fantastic Adventures of Dizzy".
Esses dois, e os outros títulos da série "Dizzy" que joguei, me divertiram muito, daí não podia deixar de me empolgar com a notícia que a partir de sexta-feira que vem (8/2)  "Panic! Dizzy", um jogo perdido dos criadores da série, os Oliver Twins, vai começar a campanha de arrecadação no Kickstarter para finalmente ser lançado!
Até o momento não tenho maiores informações, mas conforme eu for sabendo de algo, posto aqui no blog. Torço muito para que "Panic! Dizzy" seja disponibilizado nas lojas Steam ou GOG e não apenas em cartuchos para NES ou algo do gênero. Se seguir o mesmo estilo dos outros jogos antigos, "Panic! Dizzy" vai ser um prato cheio para quem gosta de adventures à moda antiga!


* A Codemasters era uma desenvolvedora britânica que fez vários jogos bem legais, embora não licenciados, para NES, como "Bee 52" e "Micromachines". Os jogos da Codemasters eram distribuídos nos EUA pela Camerica.
Outro detalhe é que em geral as artes das capas dos jogos da Codemasters eram muito legais! Um dia desses faço um post para mostrar algumas e falar mais disso.

3 de fev. de 2019

Os 10 Jogos Oldschool com capa mais Anos 80

Tudo produzido pelas mãos dos seres humanos tem a marca de seu tempo, mas em alguns casos essa marca chega ao exagero. E qual época se destacou nesse quesito? Os anos 80, é óbvio!
Na lista de hoje nós do OSD separamos as dez capas de jogos antigos mais inconfundivelmente anos 80 que suas retinas nostálgicos já viram!

1- Anticipation (NES)



"Anticipation" foi um family game (aqueles feitos especialmente para se jogar com os amigos e família durante reuniões, tipo "Mario Party") onde se tentava adivinhar qual é o objeto na tela, enquanto ele ia sendo desenhado, mas olhando para essa capa eu não consigo deixar de pensar que mais parece um seriado de comédia protagonizado pelo típico "casal de namorados legal" (no caso os dois que estão jogando) e seu grupo de amigos, que inclui um playboy riquinho e esnobe usando uma camisa vermelha que mais parece rosa; a melhor amiga puxa-saco que vibra com tudo que a protagonista faz; um sujeito metido a engraçado sempre vestido com camisas polo, que fazem com que ele pareça um carregador de tacos de golfe de um clube grã-fino; uma garota semi-histérica sempre sacudindo as mãos e um nerd abobalhado sem sorte nenhuma com mulheres e que vive tentando conquistar (sem muito sucesso) a garota semi- histérica... ah... e também a loura bonita sempre de suéter listrado sem nenhuma característica marcante como personagem e usada apenas para enfeitar a cena, feito um vaso de planta.
Obviamente cada episódio terminaria com alguma lição edificante e um abraço coletivo entre os amigos.

2- Metro-Cross (NES)


Os anos 80 queriam ser radicais. E tem coisa mais radical do que skate? 
Tem... tem sim. É claro que tem, mas a galera dos anos 80 achava que não. De qualquer forma a capa de "Metro-Cross" falhou miseravelmente nesse sentido.
E em qualquer outro...

3-Barbarian: The Ultimate Warrior (Commodore 64)


Após o sucesso do filme "Conan o Bárbaro" a década de 80 foi assolada por uma barbaromania, sendo tanto a capa de 'Barbarian: The Ultimate Warrior" quanto o jogo em si um exemplo primoroso desses produtos feitos para ganhar dinheiro em cima da rapaziada que queria ser o Conan quando crescesse.
Destaque para o cabelo da moça de biquíni, que aparentemente serve tanto para comédias românticas ambientadas na Nova York dos anos 80 quando para aventuras passadas nos sangrentos tempos perdidos dos bárbaros- seja lá quando foi isso... E aparentemente o mesmo pode ser dito dos biquínis...

4- Rival Turf (SNES)


Beat'em ups são jogos estrelados por caras durões! E existe algo mais durão do que adolescentes que assistiram 157 vezes o clipe "Beat it" do Michel Jackson na MTV? 
Sério... desafio qualquer um a olhar para essa capa e não começar a ouvir "BEAT IT! BEAT IT!' dentro da cabeça.

5- Skate or Die (NES)


Ah, os anos 80... a época que as pessoas andavam de skate enquanto faziam cosplay de clipe do A-ha...

6- Ghost Lion  (NES)


Se alguma vez você já pensou qual seria o resultado da mistura do filme "Flashdance- Em Ritmo de Embalo" com a franquia "Final Fantasy", aí está... 
E quem seria mais indicado para salvar o mundo do que uma garota recém-saída da aula de aeróbica carregando uma espada e calçando as botas da irmã roqueira mais velha que pegou emprestado sem pedir?

7- Rollerblade Racer (NES)


Rosa, amarelo e azul bebê para todo lado? Confere. Óculos espelhados? Confere. Garota usando uma combinação de cores aparentemente escolhida por algum daltônico? Confere. Faixa de pano rosa cheia de detalhes tribais na testa? Confere. Patins com detalhes de cores berrantes? Confere. A palavra "radical" aparece em algum momento? Confere.
Sim... genuinamente anos 80. 

8-Kid Niki Radical Ninja (NES)


Um garoto de mullet e rabinho de cavalo vestido de bárbaro encarando  algo que parece o pôster do filme "Mestres do Universo" (aquele do He- Man... sim, aquela bomba mesmo), emoldurado em rosa com as letras (cada uma de uma fonte diferente, para mostrar ousadia) do título dentro de quadrados com figuras geométricas coloridas aleatórias ao redor.
Ah, os anos 80...
"Mas... o jogo não era sobre ninjas?"
Não se atenha a detalhes irrelevantes, ora... 

9- Super Skateboardin' (Atari 7800)


Um skate rosa (até nas rodas) e amarelo, com um tênis All Star com pintinhas de leopardo e cadarços rosa-choque e nome do jogo grafitado (porque grafite é algo muito urbano e os anos 80 queriam ser urbanos) no chão, com direito as marcas das bordas do estêncil no chão, para ficar mais Brooklyn. Anos 80, indubitavelmente.
E que fixação se tinha por skates naquela época... é algo quase patológico...

10- Treasure Master (NES)


Se algum dia seus netos te perguntarem como eram os anos 80, apenas mostre a capa desse jogo para eles.


E por hoje é só, fechamos essa lista que conseguiu misturar tão bem nostalgia e vergonha alheia- ou seja, nada diferente de qualquer outra coisa que envolva os anos 80. Bom jogo a todos e até a próxima.