Quando algo faz sucesso, não tardam a aparecer clones e cópias tentando caçar uns niqueis graças ao sucesso alheio. Algumas dessas cópias tem suas qualidades e até conseguem algum reconhecimento por seus próprios méritos, enquanto outras são simplesmente sofríveis.
Lançado pela Sega em 1985 no Japão como "Astro Flash", e no ano seguinte como "Transbot" nos EUA, foi uma tentativa de pegar carona no sucesso de "Transformers" e se encaixa nessa segunda categoria.
História e Roteiro
A história do jogo até que não é tão má assim: No ano 2000, a guerra nuclear terminou a pouco tempo e agora a humanidade tenta reerguer a civilização e recuperar tudo o que foi perdido no conflito.
Ao sair dos abrigos nucleares subterrâneos e iniciar o longo caminho da restauração, os sobreviventes descobrem da pior forma possível que estão sob uma grave ameaça, a qual vem na forma de DALAUS, um super computador com inteligência artificial a altura, também sobreviveu ao conflito e agora está decidido a criar seu próprio império, e, para tal, planeja eliminar de vez a raça humana.
Todas as esperanças da humanidade recaem agora sob um único piloto, o qual, a bordo da nave CA-214, capaz de alternar sua forma entre caça e robô, deve destruir DALAUS e suas forças.
O roteiro até tinha potencial para gerar um jogo legal, mas, infelizmente, não foi o que aconteceu.
Gráficos
Os gráficos são bem fracos. Os cenários são mortos, sem graça e os inimigos são em pouca variedade e com um design medíocre, sendo os chefes de fase apenas ligeiramente melhores. Sua nave é feia, com um escolhe de cores horrenda e mal animada, com movimentos duros. Tanto a forma de caça quanto a de robô voam com a graça e desenvoltura de uma tábua.
Tudo o que se refere a parte gráfica de "Transbot" é bem sem vida, a tela inicial inclusive.
Música e Efeitos Sonoros
Tanto a música da tela de abertura quanto as únicas duas músicas de fase (uma para a superfície, a outra para o subterrâneo) até que não ruins, mesmo sendo genéricas e repetitivas. Quanto aos efeitos sonoros, são indiscutivelmente medíocres.
Controles e Jogabilidade
Os controles respondem bem, mas a nave em si é lenta e a jogabilidade tem algumas coisas esquisitas, como ser muito mais lento se deslocar na vertical do que na horizontal, que atrapalham na hora de jogar.
Dificuldade
O jogo é difícil, com inimigos rodopiando e atirando de todos os lados enquanto você tenta irar sua nave (que não é nenhum prodígio de velocidade) do caminho.
A única forma de se conseguir power-ups é destruindo um veículo de carga terrestre, que aparece de tanto em tanto, e apanhar a esfera que é liberada. O jogador então tem que ser rápido para escolher uma letra de A até G, cada uma modificando a resistência, o tipo de tiro e, por vezes, também sua forma, podendo assumir a aparência de um robô que mais parece brinquedo chinês vendido em camelô. Esse, teoricamente, seria o grande atrativo do jogo, mas francamente... não é grande coisa.
"Transbot" também é daqueles jogos que não tem final, o que diminui ainda mais o interesse em jogá-lo, caindo em looping após a 2o fase.
Sim... exatamente isso... "Transbot" só tem duas fases repetidas indefinidamente. Empolgante, não?
Comentário Final
Capa da versão norte-americana do jogo |
"Transbot" é um jogo fraco, um shooter medíocre cujo único trunfo, a possibilidade de alterar a forma da nave, não consegue impedir o jogo de ser bastante genérico.
Mesmo para os aficcionados por SHMUPs, "Transbot" é pouco mais que uma curiosidade, sem nenhum atrativo em especial.
NOTA: 3,0
P.S: No Brasil "Transbot" foi rebatizado como "Nuclear Creature" quando lançado pela Tectoy. Abaixo a capa da versão brasileira do jogo:
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